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MpMagEst SATPRES Administrativo CSpitzcovisky Aula09 160413 CarlosEduardo

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MpMagEst 
Administrativo 
Celso Spitzcovisky 
Data: 16/04/2013 
Aula 09 
 
MpMasEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Parcerias público privadas. 
2. Licitações. 
 
 
1. PARCERIAS PÚBLICO PRIVADAS (continuação) 
 
1.1. Limite financeiro para celebração de uma PPP: valor mínimo R$ 20.000.000,00 e não possui valor 
máximo. 
 
1.2. Garantias para celebração de PPP’s (Art. 8º) 
 
“Art. 8º As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração 
Pública em contrato de parceria público-privada poderão ser 
garantidas mediante: 
I – vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do 
art. 167 da Constituição Federal; 
II – instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei; 
III – contratação de seguro-garantia com as companhias 
seguradoras que não sejam controladas pelo Poder Público; 
IV – garantia prestada por organismos internacionais ou 
instituições financeiras que não sejam controladas pelo Poder 
Público; 
V – garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal 
criada para essa finalidade; 
VI – outros mecanismos admitidos em lei.” 
 
a) Vinculação de receitas públicas – quando se fala em vinculação de receitas o poder público 
está oferecendo ao parceiro privado receitas públicas por até 35 anos. Observado o disposto 
do art. 167, IV da CF: 
 
Proíbe o poder público de rotular o produto da arrecadação de impostos. Como regra não pode 
determinar a destinação do valor arrecadado (pela razão do imposto se um tributo não vinculado). 
 
Art. 167. São vedados: 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou 
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos 
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de 
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para 
manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de 
atividades da administração tributária, como determinado, 
respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a 
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação 
 
2 de 9 
de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 
4º deste artigo” 
 
Excepcionalmente pode determinar a destinação ex. art. 212 da CF: 
 
“Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, 
e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por 
cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e 
desenvolvimento do ensino.” 
 
b) Garantia prestada pelo Estado ao parceiro privado por organismos internacionais ou 
instituições financeiras – desde que não sejam controladas pelo poder público (art. 8º, IV) 
 
1.3. Licitação – toda PPP deve ser precedida por licitação Art. 175 da CF: 
 
“Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente 
ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de 
licitação, a prestação de serviços públicos.” 
 
1.3.1. Requisitos para a abertura de uma licitação das PPP’s (art. 10) 
 
(i) Previsão do objeto da PPP deve estar prevista no plano plurianual (Art. 10, V); 
 
“Art. 10. A contratação de parceria público-privada será precedida 
de licitação na modalidade de concorrência, estando a abertura 
do processo licitatório condicionada a: 
V – seu objeto estar previsto no plano plurianual em vigor no 
âmbito onde o contrato será celebrado; 
 
É o plano de metas estabelecido pela administração para ser desenvolvido nos 
próximos exercícios financeiros. Nesse plano, devem ser incluídos todos os 
projetos que não tenham começo e fim no mesmo exercício financeiro 
(planejamento para gastos e arrecadação dos próximos anos). Se algum contrato, 
obra, serviço não estiver incluído no plano plurianual, gera crime de 
responsabilidade. Art. 165, §1º e 167, §1º da CF 
 
“Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração 
pública federal para as despesas de capital e outras delas 
decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada.” 
 
“Art. 167. São vedados: 
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um 
exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no 
plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de 
crime de responsabilidade.” 
 
 
3 de 9 
(ii) Para abertura de uma licitação deve ser realizada uma consulta pública para dar 
legitimidade ao projeto (Art. 10, VI): 
 
“VI – submissão da minuta de edital e de contrato à consulta 
pública, mediante publicação na imprensa oficial, em jornais de 
grande circulação e por meio eletrônico, que deverá informar a 
justificativa para a contratação, a identificação do objeto, o 
prazo de duração do contrato, seu valor estimado, fixando-se 
prazo mínimo de 30 (trinta) dias para recebimento de sugestões, 
cujo termo dar-se-á pelo menos 7 (sete) dias antes da data 
prevista para a publicação do edital; e” 
 
A publicação deve mencionar qual o objeto da PPP, qual sua justificativa, seu 
valore e o prazo da parceria. 
 
(iii) Obtenção de licença ambiental (art. 10, VII) – quando a obra ou serviço implicar 
em impacto ambiental Art. 225 da CF. 
 
“VII – licença ambiental prévia ou expedição das diretrizes para o 
licenciamento ambiental do empreendimento, na forma do 
regulamento, sempre que o objeto do contrato exigir.” 
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia 
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras 
gerações. 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio 
ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará 
publicidade;” 
 
(iv) Necessidade de autorização legislativa (Art. 10, §3º) quando o valor da 
remuneração pago pelo poder público ao parceiro privado for superior a 70% do 
valor total da obra ou do serviço. 
 
“§ 3º As concessões patrocinadas em que mais de 70% (setenta 
por cento) da remuneração do parceiro privado for paga pela 
Administração Pública dependerão de autorização legislativa 
específica.” 
 
Obs.: concessões só por concorrência pública, e aberta a licitação um dos critérios de 
julgamento específico é o menor valor da remuneração a ser paga pela administração. 
 
1.3.2. Exigência da constituição de uma Sociedade de Propósito Específico (art. 9º), antes da 
celebração do contrato. Para implantar e gerenciar o objeto da parceria publico privada 
 
Art. 9º Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída 
sociedade de propósito específico, incumbida de implantar e 
gerir o objeto da parceria. 
 
4 de 9 
§ 1º A transferência do controle da sociedade de propósito 
específico estará condicionada à autorização expressa da 
Administração Pública, nos termos do edital e do contrato, 
observado o disposto no parágrafo único do art. 27 da Lei no 
8.987, de 13 de fevereiro de 1995. 
§ 2o A sociedade de propósito específico poderá assumir a forma 
de companhia aberta, com valores mobiliários admitidos a 
negociação no mercado. 
§ 3o A sociedade de propósito específico deverá obedecer a 
padrões de governança corporativa e adotar contabilidade e 
demonstrações financeiras padronizadas, conforme regulamento. 
§ 4o Fica vedado à Administração Pública ser titular da maioria 
do capital votante das sociedades de que trata este Capítulo. 
 § 5o A vedação prevista no § 4o deste artigo não se aplica à 
eventual aquisição da maioria do capital votante da sociedade de 
propósito específico por instituição financeiracontrolada pelo 
Poder Público em caso de inadimplemento de contratos de 
financiamento.” 
 
Obs.: A lei proíbe que a administração tenha maioria do seu capital votante (§4º) 
 
1.4. Cláusulas essenciais dos contratos (art. 5º) 
 
Prazo diferenciado: 
Art. 5o As cláusulas dos contratos de parceria público-privada 
atenderão ao disposto no art. 23 da Lei no 8.987, de 13 de 
fevereiro de 1995, no que couber, devendo também prever: 
I – o prazo de vigência do contrato, compatível com a 
amortização dos investimentos realizados, não inferior a 5 
(cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventual 
prorrogação;” 
 
Penalidades (art. 5º, II) 
 
“II – as penalidades aplicáveis à Administração Pública e ao 
parceiro privado em caso de inadimplemento contratual, fixadas 
sempre de forma proporcional à gravidade da falta cometida, e às 
obrigações assumidas;” 
 
Obs.: é a primeira vez que surgem penalidades que a administração está sujeita. 
 
Repartição de riscos entre o parceiro público e o parceiro privado. Riscos que ocorram durante a 
execução do contrato ex.: caso fortuito, força maior, fato do príncipe (fato imprevisível causado 
pelo poder público), ou seja, riscos resultantes de fatos imprevisíveis. (art. 5º, III) 
 
“III – a repartição de riscos entre as partes, inclusive os referentes 
a caso fortuito, força maior, fato do príncipe e álea econômica 
extraordinária;” 
 
2. LICITAÇÕES 
 
 
5 de 9 
2.1. É o processo administrativo através do qual o poder público seleciona a proposta mais vantajosa 
para o interesse público nos termos previstos no edital. 
 
2.2. Fundamento art. 37, XXI da CF: 
 
“XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, 
serviços, compras e alienações serão contratados mediante 
processo de licitação pública que assegure igualdade de condições 
a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam 
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da 
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as 
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à 
garantia do cumprimento das obrigações.” 
 
2.3. Pressuposto para abertura de licitação: viabilidade de competição. Logo, se o poder público 
pretende adquirir um produto que apenas um fornecedor produz, não há necessidade de licitação. 
Ou, para contratação de um espetáculo público. 
 
2.4. Competência: 
 
(i) Para legislar em matéria de licitações: Art. 22, XXVII da CF – as quatro esferas de governo. 
 
“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as 
modalidades, para as administrações públicas diretas, 
autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as 
empresas públicas e sociedades de economia mista, nos termos do 
art. 173, § 1°, III.” 
 
Normas gerais: a união abre a possibilidade para as outras esferas de governo em legislar 
sobre pontos específicos em matéria de licitação. 
 
(ii) Para licitar – as quatro esferas de governo em seus pontos de atuação. 
 
2.5. Legislação básica em matéria de licitação: Lei 8666/93 
 
2.6. Destinatários da Lei 8666/93 – todos aqueles que se encontram dento da administração nas 
quatro esferas de governo. 
Obs.: mesmo os contratos de publicidade devem ser precedidos de licitação. 
 
2.7. Fases da licitação (art. 43) 
 
“Art. 43. A licitação será processada e julgada com observância 
dos seguintes procedimentos: 
I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à 
habilitação dos concorrentes, e sua apreciação; 
II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes 
inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não 
tenha havido recurso ou após sua denegação; 
 
6 de 9 
III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos 
concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem 
interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou 
após o julgamento dos recursos interpostos; 
IV - verificação da conformidade de cada proposta com os 
requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no 
mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os 
constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser 
devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a 
desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis; 
V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os 
critérios de avaliação constantes do edital; 
VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação 
e adjudicação do objeto da licitação. 
§ 1º A abertura dos envelopes contendo a documentação para 
habilitação e as propostas será realizada sempre em ato público 
previamente designado, do qual se lavrará ata circunstanciada, 
assinada pelos licitantes presentes e pela Comissão. 
§ 2º Todos os documentos e propostas serão rubricados pelos 
licitantes presentes e pela Comissão. 
§ 3º É facultada à Comissão ou autoridade superior, em qualquer 
fase da licitação, a promoção de diligência destinada a esclarecer 
ou a complementar a instrução do processo, vedada a inclusão 
posterior de documento ou informação que deveria constar 
originariamente da proposta. 
§ 4º O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e, no que 
couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços e ao convite. 
§ 5º Ultrapassada a fase de habilitação dos concorrentes (incisos I 
e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe desclassificá-los 
por motivo relacionado com a habilitação, salvo em razão de fatos 
supervenientes ou só conhecidos após o julgamento. 
§ 6º Após a fase de habilitação, não cabe desistência de proposta, 
salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito 
pela Comissão.” 
 
(i) Publicação de edital – se apresenta como a lei interna das licitações. Porque ali deverão 
estar previstas todas as regras que uma vez publicadas deverão ser cumpridas por todos 
os participantes – tanto os licitantes quanto pela administração. 
 
Princípio da vinculação ao edital (Art. 41) – ou vinculação ao instrumento convocatório. 
 
“Art. 41. A Administração não pode descumprir as normas e 
condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada. 
§ 1º Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar edital de 
licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo 
protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes da data fixada 
para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a 
Administração julgar e responder à impugnação em até 3 (três) 
dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 1o do art. 113. 
§ 2º Decairá do direito de impugnar os termos do edital de 
licitação perante a administração o licitante que não o fizer até o 
 
7 de 9 
segundo dia útil que anteceder a abertura dos envelopes de 
habilitação em concorrência, a abertura dos envelopes com as 
propostas em convite, tomada de preços ou concurso, ou a 
realização de leilão, as falhas ou irregularidades que viciariam 
esse edital, hipótese em que tal comunicação não terá efeito de 
recurso.) 
§ 3º A impugnação feita tempestivamente pelo licitante não o 
impedirá de participar do processo licitatório até o trânsito em 
julgado da decisão a ela pertinente. 
§ 4º A inabilitação do licitante importa preclusão do seu direito de 
participar das fases subseqüentes. 
 
Cláusulas essências ao edital (Art. 40) 
 
“Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em 
série anual, o nome da repartição interessada e de seu setor, a 
modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção 
de que será regida por esta Lei, o local, dia e hora para 
recebimento da documentação e proposta, bem como para início 
da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o 
seguinte:” 
 
a) O editaldeve descrever o objeto a ser licitado – a descrição desse objeto deve ser 
demasiadamente detalhada para permitir que os licitantes elaborem suas propostas. 
b) Descrição dos documentos de natureza pessoal que deverão ser apresentados. 
Inclusive para a administração ter conhecimento dos licitantes. 
c) Critério de julgamento a ser utilizado para a análise das propostas comerciais. 
d) Prazo que o contrato deverá ser executado (art. 57) – prazo limite para a duração dos 
contratos administrativos é durante a vigência dos créditos orçamentários. O prazo 
para duração de um crédito orçamentário é o prazo de vigência do orçamento que se 
equivale a 01 ano. Excepcionalmente, a lei prevê duração desses contratos com prazo 
superior a 01 ano, nas situações de serviço de natureza contínua (aqueles cuja 
execução não pode ser interrompida). Para estes o prazo limite é de 60 meses ou 5 
anos, admitida prorrogação na hipótese de emergência por mais 12 meses. 
 
(ii) Habilitação – a administração analisa os documentos e condições pessoais de cada 
licitante (art. 27 a 31) – são documentos de natureza jurídica, técnica, fiscal e financeira. O 
objetivo é verificar se o licitante esta em condições de cumprir com o futuro contrato. 
Ex.: balanços dos últimos anos, se a empresa tem experiência na execução daquele 
contrato etc. 
Nesta etapa, os documentos apresentados são analisados por todos os demais licitantes 
(etapa demasiadamente demorada). 
 
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos 
interessados, exclusivamente, documentação relativa a: 
I - habilitação jurídica; 
II - qualificação técnica; 
III - qualificação econômico-financeira; 
IV - regularidade fiscal. 
IV – regularidade fiscal e trabalhista; 
 
8 de 9 
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da 
Constituição Federal. 
 
“Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, conforme 
o caso, consistirá em: 
I - cédula de identidade; 
II - registro comercial, no caso de empresa individual; 
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vigor, 
devidamente registrado, em se tratando de sociedades comerciais, 
e, no caso de sociedades por ações, acompanhado de documentos 
de eleição de seus administradores; 
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de sociedades civis, 
acompanhada de prova de diretoria em exercício; 
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa ou 
sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato de registro 
ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão 
competente, quando a atividade assim o exigir.” 
 
“Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e 
trabalhista, conforme o caso, consistirá em: 
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no 
Cadastro Geral de Contribuintes (CGC); 
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou 
municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do licitante, 
pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto 
contratual; 
III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e 
Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, 
na forma da lei; 
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo 
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação 
regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei. 
V – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça 
do Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa, nos 
termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, 
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943.” 
 
a) Licitante apresentou problemas em seus documentos: ele estará inabilitado (está 
excluído da licitação); 
b) Licitante apresentou os documentos em ordem: ele estará habilitado para a etapa 
seguinte. 
c) Os documentos de todos os licitantes apresentam o mesmo problema: abre-se prazo 
para que o problema seja solucionado. 
 
(iii) Cadastramento (art. 34) 
 
“Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da 
Administração Pública que realizem freqüentemente licitações 
manterão registros cadastrais para efeito de habilitação, na 
forma regulamentar, válidos por, no máximo, um ano. 
 
9 de 9 
§ 1º O registro cadastral deverá ser amplamente divulgado e 
deverá estar permanentemente aberto aos interessados, 
obrigando-se a unidade por ele responsável a proceder, no mínimo 
anualmente, através da imprensa oficial e de jornal diário, a 
chamamento público para a atualização dos registros existentes e 
para o ingresso de novos interessados. 
§ 2º É facultado às unidades administrativas utilizarem-se de 
registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da 
Administração Pública.” 
 
Apresentado os documentos regulares, o licitante estará cadastrado e poderá participar 
de licitações sem a necessidade de apresentar documentos, apresentando o certificado de 
cadastrado. 
Só os previamente cadastrados, poderão num primeiro momento participara da tomada 
de preços. 
 
(iv) Classificação: é aquela que a comissão de licitação vai analisar as propostas comerciais só 
daqueles que foram habilitados na fase anterior. Os que foram inabilitados já foram 
excluídos. 
 
a) Momento da desclassificação: é aquele que são excluídas propostas comerciais: 
 As que foram inexequíveis (aquelas que não têm condições de serem 
executadas); 
 Aquela que embora exequível esteja em desacordo com o edital; 
 
b) Julgamento das propostas: o critério será um daqueles previstos no edital e uma das 
hipóteses do artigo 45: 
 Menor preço 
 Melhor técnica 
 Técnica e preço 
 Maior lance, melhor oferta (para alienação de bens) 
 
(v) Homologação – 
 
(vi) Adjudicação – 
 
 
Próxima aula: homologação e adjudicação

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