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Aula 01 - Direito Administrativo - Prof. Celso Spitzcovsky

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MpMagEst 
Administrativo 
Celso Spitzcovsky 
Data: 14/02/2013 
Aula 01 
 
MpMasEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Noção Básica 
2. Reflexos 
3. Princípios 
 
 
1. NOÇÃO BÁSICA 
 
A única finalidade que a administração pode perseguir quando atua é a preservação dos interesses da 
coletividade – também chamado de interesse público primário. 
 
Portanto, a administração sempre atua buscando interesses de terceiros (a coletividade) e sua 
respectiva fundamentação está no art. 1º da CF. 
 
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união 
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, 
constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos:” 
 
A palavra República: res/pública – significa coisa pública, cuja titularidade foi entregue ao povo. Ao 
Administrador lhe cabe somente o poder de gerenciar a coisa pública. 
 
2. REFLEXOS 
 
Em razão desses interesses que a administração representa quando atua, é o recebimento do 
ordenamento jurídico de prerrogativas e obrigações que não se estendem aos particulares. 
 
Exemplos de prerrogativas: 
 
a) Atos administrativos são revestidos de atributos tais como: 
 presunção de legitimidade; 
 auto-executoriedade (a administração executa sozinha seus próprios atos, não precisa de 
autorização do judiciário nem dos seus administrados); 
 imperatividade, 
 
b) Contratos Administrativos: 
 Quem elabora de forma unilateral as cláusulas contratuais é a Administração (cláusulas 
exorbitantes), assim como, para rescindir ou rever suas cláusulas não precisa de prévio ajuste 
da parte contrária, uma vez que as partes não estão em poder de igualdade. 
 
c) Para contratar é necessário observar o princípio da eficiência (art. 37, XXI): 
 
 
2 de 4 
Conclusão final: a esse conjunto de prerrogativas de um lado e obrigações de outro, que incidem sob a 
Administração, para a preservação dos interesses da coletividade se dá o nome de Regime Jurídico da 
Administração. 
 
Toda a vez que a administração praticar um ato se afastando do seu objetivo único (o interesse da 
coletividade) incidirá em desvio de finalidade, que se apresenta como uma forma de ilegalidade. 
Aquele que for atingido pelo ato poderá se socorrer do Poder Judiciário. Que por sua vez só faz 
controle de legalidade dos atos da administração (art.2º CF). 
 
“Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre 
si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.” 
 
O judiciário, se esse ato for legítimo, não poderá interferir em seu mérito, obedecendo o princípio da 
separação dos poderes. 
Ex.: numa eventual desapropriação de uma residência para construção de uma delegacia (que 
obviamente atende o interesse público), o judiciário apenas poderá intervir na evidência de uma 
ilegalidade no processo desapropriatório. 
 
3. PRINCÍPIOS 
 
Os princípios foram inseridos no texto constitucional para preservação do interesse público. 
 
 Legalidade; 
 Impessoalidade; 
 Moralidade; 
 Publicidade; 
 Eficiência. 
 
3.1. Localização 
 
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos 
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, 
ao seguinte:” 
 
Estes princípios foram elencados de forma meramente exemplificativa e portanto, comportam 
ampliações: 
 
 Supremacia do interesse público sobre o do particular; 
 Motivação (requisito de validade do ato administrativo); 
 Razoabilidade; 
 Boa-fé; 
 
Art. 2º da Lei 9.784/99, (Disciplina Processos Administrativos no Âmbito), elenca outros princípios: 
 
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos 
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, 
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, 
segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
 
3 de 4 
 
3.2. Destinatários. 
 
Esses princípios se aplicam para a administração Direita e Indireta da União, Estados, Municípios e 
Distrito Federal, das quatro esferas de governo. 
 
ÓRGÃOS – ADMINISTRAÇÃO DIRETA: 
Estão localizados na estrutura da Administração Direta, que são unidades de competência que não são 
dotadas de personalidade jurídica. 
Órgãos como unidade de competência é o mesmo que os órgãos são dotados de um campo próprio de 
atuação, anteriormente previsto em lei. 
Dizer que não são dotados de personalidade jurídica significa que não possuem capacidade de estar 
em juízo, seja no polo ativo ou no polo passivo. Logo, a vítima de um ato praticado por um órgão, irá 
pleitear a reparação contra a esfera de governo onde o órgão se encontra. 
Ex.: 
Na esfera Federal são exemplos de órgãos os Ministérios. 
Na esfera Estadual e Municipal são exemplos de órgãos as Secretarias. 
Na esfera Municipal são exemplos de órgãos subprefeitura ou administrações regionais. 
 
Teoria do órgão: é aquela que atribui responsabilidade pelos danos causados por eles a esfera de 
governo onde eles se encontrem. 
 
Obs.: Excepcionalmente há órgãos que são revestidos de capacidade jurídica: Ex.: Ministério Público e 
Defensoria Pública. 
 
PESSOAS – ADMINISTRAÇÃO INDIRETA. 
Estão localizadas na estrutura da Administração Indireta e são unidades de competências dotadas de 
personalidade jurídica. Tem campo de atuação definido em lei e se praticar algum ato extrapolando 
essa competência legal, o ato será inválido. 
Ao contrário dos órgãos, as Pessoas têm competência para estar em juízo, propondo ou sofrendo 
medidas judiciais. 
Ex.: 
Autarquias, Fundações, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista. São pessoas jurídicas que 
integram a administração pública nas quatro esferas de governo. 
Quem responde pelos danos causados são as pessoas e não os órgãos (Art. 37, § 6º CF). 
 
“§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito 
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos 
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, 
assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos 
de dolo ou culpa.” 
 
4. ESPÉCIES 
 
4.1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
 
Referencia deste princípio no texto constitucional: (art. 5º, II, XXXIX e 150 da CF). 
 
“II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
coisa senão em virtude de lei;” 
 
4 de 4 
“XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem 
prévia cominação legal;” 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;” 
 
Legalidade para o particular significa dizer que a ele é permitido fazer tudo aquilo que a lei não proíba 
(não contradição com a lei). 
Legalidade para a administração significa dizer que ela só faz o que a lei expressamente determina 
(relação de subordinação em relação à lei – para que a Administração possa praticar seus atos ela 
depende de uma lei anterior disciplinando a matéria). Sem que exista lei previamente regulamentando 
a matéria, a prática de um ato pretérito importará em sua ilegalidade e caberá a intervenção do poder 
judiciário. 
 
Existindo Lei regulando a matéria, mas a Administração inova ao praticar o Ato (ato infralegal), a 
ilegalidade permanece, uma vez que hierarquicamente o ato está localizado abaixo da lei. Seria 
permitir o mesmo que inovação da lei em face da Constituição. 
 
Ex.: 
 
Sumula 686 dos STF 
 
“Só a lei pode sujeitar exame psicotécnico a habilitação de 
candidato a cargo público”. 
 
Art. 5º, XIII 
 
“XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, 
atendidas as qualificaçõesprofissionais que a lei estabelecer;”

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