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MpMagEst Civil FLoureiro Aula02 220213 CarlosEduardo

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MpMagEst 
Direito Civil 
Francisco Loureiro 
Data: 22/02/2013 
Aula 02 
 
MpMasEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Direitos da Personalidade 
 
 
1. DIREITOS DA PERSONALIDADE (Art. 11 a 21 CC). 
 
Personalidade para o código civil tem duplo sentido: significa como aptidão para ser titular das 
relações jurídicas (Art. 1º CC). Nos artigos 11 ao 21, significa um conjunto de atributo e de 
característica que são protegidos pelo ordenamento jurídico – atributo inerente a própria existência. 
 
O código civil não esgota os direitos da personalidade, portanto, os elencados no código civil são 
definidos de forma genérica. Art. 5º CF é outro exemplo. 
 
a) Garantia da integridade física: direito a vida, ao próprio corpo, a partes separadas do próprio 
corpo, e o direito de receber alimentos. 
 
b) Garantia da integridade intelectual: direitos de liberdade de expressão, pensamento e direito à 
autoria científica (marcas e patentes), autoria literária. 
 
c) Garantia da integridade moral: direito à honra, a intimidade, a privacidade, ao nome, ao segredo. 
 
1.1. Características dos direitos da personalidade: 
 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da 
personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo 
o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
 Os direitos da personalidade são inatos da pessoa: (surgem com a concepção – doutrina mais 
moderna). Há quem diga que esses direitos são positivados com o nascimento. 
 
 Intransmissíveis: dignifica que não podem ser cedidos à terceiros. Tem exceções: direitos 
patrimoniais decorrentes ao direito de imagem e autoral (modelos que cedem uso de imagem); 
partes do corpo podem ser cedidas: doação de sangue, doação de órgãos etc. 
 
 Irrenunciáveis: não se pode abdicar abstratamente de cada um dos direitos. 
 
 Absolutos: 
 
 Extrapatrimoniais: não são mensuráveis economicamente, ao menos num primeiro momento não 
tem valor patrimonial, mas podem gerar efeitos patrimoniais se violados. 
 
 
2 de 5 
 Imprescritíveis: a pretensão para seu exercício não está sujeito à prescrição. Não se extinguem 
pelo decurso do tempo. O que pode descrever são os efeitos patrimoniais decorrente da sua 
violação. 
 
 Vitalícios: começam com o nascimento e terminam com a morte do titular. 
 
 Necessários: não há pessoa sem direito da personalidade. 
 
1.2. Tutela dos direitos da personalidade (Art. 12 CC). 
 
“Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a lesão, a direito 
da personalidade, e reclamar perdas e danos, sem prejuízo de 
outras sanções previstas em lei. 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para 
requerer a medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, 
ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto 
grau.” 
 
Tutela inibitória tem correspondência processual no art. 461 do CPC. É um pedido para que cesse a 
violação do direito da personalidade. 
 
“Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de 
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela 
específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará 
providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do 
adimplemento.” 
 
Tutela repressiva, diz respeito às perdas e danos decorrente da violação já concluída do direito da 
personalidade. 
 
Se a pessoa tiver morta, a legitimidade para pleitear direitos da personalidade são praticamente os 
mesmos da linha sucessória, mas o parágrafo único do art. 12 não mencionou o companheiro, 
contudo a doutrina amplamente admite. A tutela inibitória é concorrente com os legitimados, mas 
na tutela repressiva essa legitimação depende da natureza do direito violado: 
A primeira corrente: para a ofensa da honra da pessoa morta, alguns direitos da personalidade se 
projetam para além da vida e ganham uma projeção ao longo do tempo e portanto, só terão 
legitimidade de forma sucessiva ou subsidiária os herdeiros da vocação hereditária. 
A segunda corrente, afirma que o dano é indireto, e afeta a imagem da família, aos seus parentes 
e portanto, existe uma ação concorrente. 
Precedentes: STJ REsp 26866 (violação a honra da filha já morta). 
 
Três situações: 
 
a) Ofensa após a morte. 
 
b) Ofensa da pessoa viva que morre após a ofensa sem ter ajuizada a ação indenizatória (dentro 
da prescrição). REsp 302029. Decido por maioria, prevaleceu a posição da ministra Nancy 
Andrighi. Se a pessoa não ajuizou a ação é porque ela não queria e portanto os herdeiros não 
poderiam ajuizar a ação. Atualmente o entendimento pacificado é de que o direito de pedir 
indenização por danos morais, de ofensa a pessoa que morreu antes de ajuizar ação gera um 
direito patrimonial que por sua vez, pela saisine ela se transmite imediatamente aos seus 
 
3 de 5 
herdeiros. Logo os direitos violados geram consequências reparatórias de direito patrimonial. 
REsp 978651 
 
http://www.jusbrasil.com.br/filedown/dev1/files/JUS2/STJ/IT/RESP_978651_SP_17.02.2009.pdf 
Há uma corrente intermediária (Pontes de Miranda) é possível o ajuizamento da ação após a 
morte desde que faça prova de que a vítima sofreu muito, pretendida propor a ação mas não 
conseguiu fazer. 
 
c) Ofender pessoa vivia, o ofendido ajuíza a ação e a morte ocorre no curso da demanda. Os 
herdeiros se habilitam e há a substituição processual. 
 
A legitimação do art. 12 não se aplica a um dos direitos da personalidade que tem regra específica 
no código civil (Art. 20), qual seja, a violação ao direito à imagem, limitada ao cônjuge, 
companheiro, ascendente, e descendente, são excluídos os colaterais da linha sucessória. 
 
1.3. Integridade física (Art. 13 a 15 CC). 
 
1.3.1. Órgão e partes do corpo vivo. 
 
“Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição 
do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da 
integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para 
fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.” 
Exceções: 
 
(i) Necessidade médica Ex.: amputação; 
(ii) Transplante – regulado pela Lei 9.434/97. O art. 9º da lei permite a disposição desde 
que a seja gratuita, para cônjuge, companheiro ou parente até quarto grau. Para 
estranhos, necessita de autorização judicial. Exceto doação de medula óssea. 
(iii) Que os órgãos sejam duplos. 
(iv) Pode ser o doador incapaz, mas desde com prévia autorização judicial. 
(v) Partes do corpo que tem restituição natural podem ser cedidos, desde que gratuita. 
Ex. Sangue (art. 199 CF) 
 
Cirurgias de mudança de sexo são aceitas desde que haja compatibilidade psicológica. Não há a 
necessidade de autorização judicial. 
 
1.3.2. Disposição do corpo para além da morte (Art. 14 CC) 
 
“Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a 
disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para 
depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente 
revogado a qualquer tempo.” 
 
O Art. 4º da Lei de transplantes, diz que no silêncio do falecido, os parentes, por ato de vontade, 
autorizam a doação, a não ser expressa negativa do falecido para a doação. 
 
A Lei de transplante nega a doação de pessoas desconhecidas. 
 
4 de 5 
 
1.3.3. Tratamento médico voluntário (Art. 15 CC) 
 
“Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco 
de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica.” 
Com ou sem risco de vida o tratamento é sempre voluntário, depende de autorização do paciente. 
O consentimento é dispensado na impossibilidade em casos de inconsciência do paciente, ou 
casos de extrema urgência. 
A negativa do tratamento por convicção religiosa (negativa de transfusão desangue). Amplamente 
majoritário, prevalece a vontade do paciente. Nos casos de inconsciência, incapacidade do 
paciente, as transfusões são autorizadas. A convicção religiosa é do pai, mas não pode dispor da 
vida do filho por suas próprias convicções que não se confundem com a do filho. 
 
Obs.: artigo 232 CC. Alguém que se recusa a submeter-se a uma determinada prova pericial, a 
negativa supera a prova Ex.: Recusa de realização de exame de DNA, presume-se positivo. 
 
1.4. Direito ao nome (art. 15 a 16 cc). 
 
Nome é um elemento designativo do individuo – identifica a pessoa. 
 
A Lei 6015/73 (registros públicos) trata do nome como aspecto público (dever que todo mundo 
têm de se identificar perante a sociedade, garante uma segurança nas relações, em razão disso 
que se dá a obrigatoriedade do registro). Perante o código civil é direito da personalidade. 
 
O nome é composto do Prenome e Sobrenome (patronímico) indica seu tronco ancestral. 
 
Agnome ou cognome: é posto ao nome com função designativa Ex.: Filho, Junior, Neto 
 
Axiônimos: indicam o cargo da pessoa (Dr. Excelência) 
 
Alcunha (hipocorístico): é o apelido 
 
O nome da pessoa jurídica integra o patrimônio do estabelecimento, é transmissível e tem valor 
patrimonial. 
 
1.4.1. Retificação do Nome (Lei 6.015/73) 
 
Art. 55. O nome é escolha dos pais. Se o declarante der só o prenome o oficial registra o 
nome do pai e o da mãe (a lei diz só o sobrenome do pai). 
É proibido o registro de nomes ridículos. Se há a insistência o juiz corregedor dos oficiais 
decidirá após ouvido o MP 
 
1.4.2. Exceções ao princípio da imutabilidade relativa do nome: 
 
 Adicionar apelido público notório Ex.: Lula. 
 Mudança do prenome e do sobrenome em razão de medidas à proteção à 
testemunha (art. 57 §7º e 58 p único). 
 Adoção (alteração do prenome e sobrenome) 
 Pedido de naturalização (o estrangeiro pode pedir a tradução ou a adaptação do 
seu nome compatível com o Brasil) 
 
5 de 5 
 Erro gráfico (Art. 110) 
 Alteração do prenome ridículo. 
 Art. 56, § 1º - um ano após a maioridade civil a pessoa pode mudar seu prenome, 
acrescer mais nomes de família, mas não é possível a supressão dos nomes de 
família já incorporados (não precisa justificação) 
 Em casos de homonímia é permitido acrescentar sobrenome para evita-lá. 
 Transexuais é permitido a mudança o prenome e o sexo – jurisprudência REsp 
1008398. Nacy Andrighi. 
 
Obs.: Se houver uma fundada razão os juízes permitem alteração do nome mesmo que não haja 
expressa determinação legal. 
 
Alteração do sobrenome: 
 
Adoção 
Divorcio 
Casamento

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