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MpMagEst Civil PGeral FLoureiro Aula08 170513 CarlosEduardo

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MpMagEst 
Direito Civil 
Francisco Loureiro 
Data: 17/05/2013 
Aula 08 
 
MpMasEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Modalidades (ou elementos acidentais) 
 
 
1. MODALIDADE (art. 121 a 137) 
 
1.1. Condições suspensivas e resolutivas (continuação): 
 
Momentos da condição suspensiva: 
 
 Pendente: quando os efeitos do negócio jurídico está sob condição, há direito adquirido 
sob direito eventual. 
 
 Implemento: no instante que ocorre o momento futuro e incerto (o negócio ganha 
eficácia). 
 
Atenção: Retroatividade dos efeitos da condição (art. 125 e 126 do CC) 
 
“Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à 
condição suspensiva, enquanto esta se não verificar, não se terá 
adquirido o direito, a que ele visa.” 
 
“Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição 
suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas 
disposições, estas não terão valor, realizada a condição, se com 
ela forem incompatíveis.” 
 
Obs.: conclusão sistemática dos dois artigos, a posição majoritária é que os atos de 
disposição e oneração da coisa são inválidos na pendencia da condição se esta se verificar 
em favor de terceiros. Contudo, os atos de mera administração (benfeitorias) 
convalescem. 
 
É possível praticar atos conservatórios a fim de evitar que seu direito pereça (art. 130 do 
CC): 
 
Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição 
suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados a 
conservá-lo.” 
 
 Frustração: é a falha da condição suspensiva, as partes retornam ao estado anterior. 
 
 
 
2 de 5 
1.2. Condição resolutiva (art. 127 e 128): quando o evento futuro e incerto extingue o ato jurídico 
criado. Os efeitos do negócio jurídico começam desde logo até o evento da condição ocorra. 
 
Momentos da condição resolutiva 
 
 Pendente: o direito surge desde logo, como um direito puro e simples. Os atos de 
oneração que praticar, também estarão sujeitos a condição resolutiva. Os frutos também 
serão colhidos; 
 
 Frustração: certeza de que a condição resolutiva não mais irá ocorrer. Nesse caso é como 
se a condição jamais irá ocorrer, o negócio é puro e simples desde o início. 
 
 Implemento: provoca a extinção dos efeitos do negócio jurídico. 
Obs.: art. 127 e 128 do CC. 
 
“Art. 127. Se for resolutiva a condição, enquanto esta se não 
realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a 
conclusão deste o direito por ele estabelecido.” 
 
“Art. 128. Sobrevindo a condição resolutiva, extingue-se, para 
todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; mas, se aposta a um 
negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, 
salvo disposição em contrário, não tem eficácia quanto aos atos já 
praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição 
pendente e conforme aos ditames de boa-fé.” 
 
Em relação aos atos de oneração e disposição terão efeitos ex tunc, em relação aos atos 
de administração terá efeitos ex nunc, portanto estes atos serão válidos. 
 
Quem frustra maliciosamente a condição é como se ela estivesse ocorrido art. 129: 
 
“Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a 
condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte 
a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não 
verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a 
quem aproveita o seu implemento.” 
 
1.3. Termo (art. 131 a 135 do CC): é o evento futuro e certo que subordina a eficácia dos efeitos do 
negócio. Subordina o exercício porque o direito já está adquirido no instante que o negócio é 
celebrado. 
 
1.3.1. Termo inicial (ou termo suspensivo, termo dilatório, termo a quo): é o marco do início da 
eficácia do negócio jurídico. 
 
1.3.2. Termo final (ou termo extintivo, termo peremptório, termo ad quem): é aquele que 
determina a extinção dos efeitos do negócio jurídico. 
 
1.3.3. Termo incerto: é aquele evento que se sabe que irá acontecer, mas não quando: ex.: 
morte. Ex.: usufruto. 
 
 
3 de 5 
Obs.: o direito a termo é adquirido desde logo, o que é suspenso é seu exercício. Assim, não corre 
a prescrição. 
 
“Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a 
aquisição do direito.” 
 
Pagamento de uma obrigação antes do termo inicial não é passível de repetição. 
 
Prazos: 
 
“Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, 
computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do 
vencimento. 
§ 1o Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á 
prorrogado o prazo até o seguinte dia útil. 
§ 2o Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto 
dia. 
§ 3o Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número 
do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência. 
§ 4o Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.” 
 
Os prazos contam-se em proveito do devedor art. 134: 
 
“Art. 133. Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do 
herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, salvo, quanto 
a esses, se do teor do instrumento, ou das circunstâncias, resultar 
que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os 
contratantes.” 
 
Obrigações sem prazo são exigíveis desde logo art. 135: 
 
“Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são 
exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em 
lugar diverso ou depender de tempo.” 
 
1.4. Encargo (ou modo): 
 
É um ônus imposto quando é feito uma liberalidade com a finalidade de limitá-la. É criado para o 
beneficiário um restrição à vantagem que ela teve. 
 
É incompatível o encargo em negócios jurídicos onerosos apenas em negócios gratuitos ex.: 
doações e testamento com encargo. 
 
“Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do 
direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, 
pelo disponente, como condição suspensiva.” 
 
“Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, 
salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em 
que se invalida o negócio jurídico.” 
 
 
4 de 5 
Todas as obrigações podem ser impostas em encargo (dar, fazer, não fazer, etc). 
 
Obs.: o encargo obriga o beneficiário, mas não suspende, a condição suspende a eficácia do 
direito, mas não obriga o beneficiário. 
 
O encargo é compulsório e pode ser exigido. No caso de doação, não sendo cumprido o encargo, o 
doador poderá exigi-lo ou revogar a doação. 
No testamento, o descumprimento do encargo não provoca a revogação (mas há decisão 
contrária). 
 
Se o encargo for ilícito ou impossível, é considerado o encargo como não escrito, e portanto vale a 
doação e o testamento como se puro e simples forem. Exceto art. 137, quando o encargo for 
determinante para o ato. 
 
2. PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA (art. 189 a 211) 
 
2.1. Prescrição: todos os prazos prescricionais estão obrigatoriamente nos artigos 205 e 206 do Código 
Civil. Todos os demais, parte geral, parte especial, família etc, são prazos decadenciais. 
 
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual 
se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 
e 206. 
 
2.1.1. Definição de prescrição (art. 189): no exato momento da violação de um direito subjetivo 
nasce a faculdade de reagir contra essa violação. 
 
2.1.2. Direito subjetivo – violação de um dever de conduta que dá direito de uma prestação; 
 
2.1.3. Direito potestativo – são sempre previstos na lei, não há prestação, mas há sujeição. 
 
Os direitos subjetivos normalmente ensejam na matéria processual sentenças condenatórias – 
matérias de prescrição. Os direitos potestativos ensejam, na matéria processual, sentenças 
constitutivas – matérias de decadência.2.1.4. Fundamento: a prescrição existe para evitar a litigiosidade perpetua. 
 
2.1.5. Prescrição é matéria de ordem pública 
 
2.1.6. Renúncia da prescrição art. 191 e proibição de alteração dos prazos prescricionais (art. 
192): 
 
“Art. 191. A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e 
só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a 
prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de 
fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição. 
 
A renúncia da prescrição é possível, mas proibido que seja feita antes ou durante a 
prescrição, mas só apenas depois de decorrido o prazo prescricional. Mas, também a 
renúncia não poderá importar em prejuízos de terceiros. 
 
 
5 de 5 
“Art. 192. Os prazos de prescrição não podem ser alterados por 
acordo das partes.” 
 
2.1.7. Não há preclusão para alegação da prescrição art. 193: 
 
“Art. 193. A prescrição pode ser alegada em qualquer grau de 
jurisdição, pela parte a quem aproveita. 
 
Obs.: o limite do conhecimento da prescrição é a coisa julgada. 
Obs.: a prescrição pode ser reconhecida de ofício. 
 
“Súmula 150 do STF: prescreve a execução no mesmo prazo da 
prescrição da ação.” 
 
2.1.8. A exceção prescreve no mesmo prazo da pretensão (art. 190). A exceção é substancial, de 
direito material ex.: exceção de benfeitoria (você não cumpriu a sua parte e por isso não 
cumprirei a minha). São as exceções que o demandado impõe contra o demandante uma 
verdadeira pretensão, que poderia ser pleiteada por via de ação. 
 
2.1.9. Causas que impedem ou suspende a prescrição (art. 197 a 201) 
 
Se a prescrição sequer se inicia, configuram as causas impeditivas da prescrição. Na causa 
suspensiva a prescrição é iniciada, mas é suspensa. Voltando a correr do momento de 
onde parou. A causa suspensiva poder perdurar por prazo indeterminado. 
 
2.1.10. Causas interruptivas da prescrição (art. 202 a 204) 
 
Havendo interrupção da prescrição, o prazo volta a correr desde o início e de forma 
instantânea.

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