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CONTABILIDADE BÁSICA
CADERNO DE APOIO
Professora: Rosimar Bessa
VERSÃO 01/2015
CAPÍTULO 1
Apresentação do plano da disciplina Contabilidade Básica, relações com o mercado, seus usuários e demonstrativos.
INTRODUÇÃO
Na formação do profissional, principalmente nos processos de gestão, a contabilidade está presente em todas as estruturas de negócios, por isso é conhecida como Ciência dos Negócios. 
Dentre as diversas áreas que são exploradas para a formação gerencial destacam-se as estruturas de informações que sustentam as decisões no contexto patrimonial, econômico e financeiro, elementos vitais para sustentar a realização atividades organizacionais. Desta forma, para a efetividade da administração do negócio, se faz necessário controlar os fatos ocorridos nestas organizações nas no que tange às atividades operacionais do empreendimento e nas relações com a sociedade.
Nesta disciplina vamos dar os primeiros passos da contabilidade, dando suporte para o aprofundamento e sustentação do desenvolvimento acadêmico e profissional futuro de outras áreas de conhecimento que necessitam deste embasamento, incluindo normas contábeis relacionadas às sociedades.
2. CONTEXTO DO ESTUDO 
As organizações são constituídas para satisfazer as necessidades de produtos e serviços da sociedade. Os benefícios gerados por essas entidades, tanto podem ser de natureza material (bens, serviços, riqueza), quanto não-material (de ordem afetiva, intelectual, moral, religiosa, cultural, etc.), que sempre revertem ao próprio homem, o que as caracteriza como organizações sociais. Estas organizações são consideradas entidades econômico-administrativas, conhecidas como aziendas, tendo em vista que realizam atividades de troca de produtos e serviços, requerendo, para o desenvolvimento de suas atividades, de estruturas patrimoniais e de gestão. 
Numa visão sistêmica, pode-se visualizar estas estruturas como sistemas abertos, ou seja, como conjuntos de partes inter-relacionadas com um fim comum e que interagem com o sistema social onde estão inseridas.
Estas organizações formam-se individualmente ou por grupos de pessoas (físicas ou jurídicas) que se unem e se estruturam com um fim comum. No regime capitalista esse fim, normalmente, é o lucro para as empresas (confrontação de receitas e custos). Não obstante, existem outras formas de organização social que não visam lucro, mas que buscam resultados positivos na confrontação entre custos e benefícios no desenvolvimento de suas atividades. 
Neste contexto, as organizações que visam lucro (também conhecidas como entidade, negócio ou empreendimento) são constituídas de um conjunto de pessoas e de patrimônio (veremos o conceito de patrimônio mais adiante), que buscam desenvolvimento através da colocação ou negociação (mercado) dos bens e serviços produzidos, conforme definido no esquema abaixo:
 
NEGÓCIO OU EMPREENDIMENTO = PESSOAS + PATRIMÔNIO 
 (PESSOA JURÍDICA)
		 
 					
								PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
							 		
									 VENDA
INVESTIMENTOS 	 LUCRO 	 MERCADO
 (COMPRADORES) 
 	SÓCIOS/PROPRIETÁRIOS
 	 
Conforme observado acima, o negócio ou empreendimento é originado pelo investimento efetuado pelos seus fundadores (ou proprietários ou sócios), para criar a estrutura necessária à realização do objeto do negócio (também conhecido como objeto social do negócio), visando o LUCRO (remuneração pelos investimentos ou aplicações de recursos realizadas). Entretanto, nem todo o negócio obtém sucesso, pois está sujeito à várias incertezas (riscos) relacionadas ao ambiente em que opera (concorrência, desequilíbrio financeiro, problemas relacionados à sociedade, ao sistema jurídico e à economia, catástrofes, etc). Para minimizar estas incertezas, é necessária uma boa gestão do negócio, ou seja, os administradores devem tomar boas decisões, subsidiados por um bom planejamento, para colocar o negócio no rumo certo e minimizar estes riscos. Para que boas decisões sejam tomadas é fundamental que os gestores disponham de boas informações, confiáveis e corretas. Uma das principais condições para que uma organização possua um bom sistema de informações derivam essencialmente de sistemas de controle eficazes. 
Com base nestes argumentos, pode-se afirmar que a contabilidade é um dos principais sistemas de controle de uma organização, dotado de regras (princípios) e padrões que habilitam o controle econômico e financeiro das entidades, bem como, capaz de gerar relatórios padronizados e não padronizados, que subsidiam a função gerencial dos administradores e outros interessados no desempenho organizacional, governo, financiadores, entre outros usuários. 
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES X CONTABILIDADE X PROCESSO DE GESTÃO
Conforme visto anteriormente a Contabilidade é um dos principais sistemas de informações de uma organização. Neste contexto, viu-se também que os sistemas de informações são os principais instrumentos de apoio às decisões e que nascem da do controle das diversas áreas operacionais da empresa. Esses sistemas de informações estão vinculados ao modelo de gestão da organização, surgindo da necessidade de desenvolver e planejar as operações vitais do empreendimento, podendo-se citar os sistemas de controle de estoque, de controle da produção, de compras, de controle financeiro, de controle de recursos humanos, de planejamento de vendas, de acompanhamento de negócios, etc. Estes sistemas de apoio às operações têm como objetivo auxiliar os departamentos e atividades a executarem suas funções operacionais (compras, estocagem, produção, vendas, faturamento, recebimentos, pagamentos, qualidade, manutenção, planejamento e controle da produção, etc.).
A contabilidade e a estrutura do negócio
O papel da contabilidade é reforçado pelas próprias características da ciência contábil e das funções da atividade contábil, tendo em vista que, para a empresa cumprir seus objetivos, é necessário a sua continuidade (sobrevivência), e para tal, é necessário a realização de lucros que satisfaçam plenamente todos os envolvidos com o sistema empresa (sócios, credores, diretores, funcionários, governo, etc.). Em outras palavras, todas as ações da empresa, dentro das áreas de compras, produção, comercialização e finanças, devem conduzir a resultados econômicos positivos (lucros). Sendo a Ciência Contábil a única especializada em avaliar o desempenho econômico de um negócio, todas as ações terminam por convergir para os Sistemas de Informações Contábeis, que são, essencialmente, sistemas de avaliação de gestão econômica. Analisando o fluxo de informações dentro da empresa, verifica-se que, em linhas gerais, de alguma forma e em algum momento, todas as informações existentes ou geradas na empresa terminam por cair na contabilidade, para o processo de mensuração dos eventos econômicos a que eles pertencem. A contabilidade, por meio de sua metodologia de registro (o lançamento) mensura os eventos econômicos, classifica-os e incorpora-os a seu sistema de informação, fazendo seu papel de controle e avaliação econômicos do sistema empresa. 
4. A CONTABILIDADE COMO CIÊNCIA
A Contabilidade é estudada como uma Ciência, por dispor de princípios lógicos e utilizar metodologia científica no seu desenvolvimento, embora em estudos realizados quanto sua evolução tenha sido considerada para muitos uma arte de registrar e memorizar fatos ocorridos, e mais recentemente como uma técnica de registros definida através da metodologia das partidas dobradas, podemos conceituar a Ciência Contábil da seguinte forma:
UmaCiência que permite, através de suas técnicas e princípios, manter um controle permanente do patrimônio da empresa.
É uma Ciência que estuda, registra e controla o patrimônio, com a finalidade de fornecer informações aos interessados na gestão da entidade ou a terceiros sobre a situação econômico-financeira dessa entidade, seja ela com ou sem fins lucrativos.
É o meio pelo qual se efetua todo e qualquer registro pertinente à atividade econômica e social da entidade.
É a Ciência que tem por objetivo controlar e evidenciar a situação patrimonial da entidade, a sua evolução e os instrumentos utilizados no desempenho do sujeito aziendal.
5. CAMPO DE APLICAÇÃO
a) Azienda - Entidade econômico-administrativa, assim chamada, aquela que, para atingir seu objetivo, seja ele econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessita de administração.
b) Entidades (organizações) - Pessoas Físicas, Jurídicas Públicas, Jurídicas Privadas ou Mistas.
		 CARÁTER:
Econômico - Objetiva o lucro. Exemplo: Empresas comerciais.
Social - Prestam serviços à coletividade, sem objetivar lucro. 
TIPOS:
Públicas - Organizadas e mantidas pelo governo.
Privadas - organizadas e mantidas por particulares.
Mistas - envolvem os dois grupos (Públicas e Particulares).
6. OBJETO DE ESTUDO
O Patrimônio é o meio que leva o homem à satisfação de suas necessidades primárias e até supérfluas, que, muitas vezes, não há limites para os desejos de acumulação de riqueza. Para os efeitos contábeis, Patrimônio é um conjunto constituído de Bens, Direitos e Obrigações. Contudo, devemos entender o Patrimônio como sendo tudo aquilo que sustenta a atividade organizacional, que seja passível de mensuração financeira e que seja claramente identificável como um dos três itens componentes da contabilidade (bens, direitos e obrigações). 
7. FINALIDADE
Controlar e fornecer informações úteis aos usuários Internos, utilizando a contabilidade com a finalidade de gestão (controle, planejamento e decisão, como Administradores, Gerentes, Diretores, etc.) e Externos que utilizam as informações contidas nos demonstrativos contábeis para avaliação e decisões de investimentos. Estes não têm acesso aos documentos que dão origem à informação contábil (notas fiscais, contratos, requisições e outros documentos que fazem parte do controle interno da organização), como Bancos, Fornecedores, Clientes, Investidores, Governo, Jornais e Revistas Técnicas, etc.
8. AMBIENTE, SEGMENTAÇÃO E USUÁRIOS
A Contabilidade é uma ciência social com um amplo campo de atuação, portanto deve dispor de elementos para servir à sociedade no cumprimento do seu objetivo. Desta forma, ela deve criar os meios para evidenciar as transações originadas das relações sócio-político-legais, minimizando os efeitos das suas próprias limitações, no que tange ao acompanhamento da dinâmica social, bem como a expressão fiel de atos e fatos relevantes que atendam com plenitude a todos os seus usuários. Com base nesta diversidade a Contabilidade se estrutura para fornecer e atender as mais diversas requisições de controle e geração de informação, basicamente se distribuindo em quatro segmentos interdependentes e interagentes: Contabilidade Financeira, Contabilidade de Custos, Contabilidade Fiscal ou Tributária e Contabilidade Gerencial. 
PRINCIPAIS METAS DE CADA TIPO DE USUÁRIO
	USUÁRIO
	TIPO DE INFORMAÇÃO MAIS IMPORTANTE
	Acionistas, Investidores e Jornais e Revistas Técnicas
	Posição econômico-financeira, Fluxo de dividendos e de caixa, valor de mercado do negócio e retorno do capital investido, lucro por ação, etc.
	Financiadores
	Créditos; capacidade de pagamento; desempenho, riscos, etc.
	Entidades governamentais
	Valor adicionado, produtividade, tributos, desempenho e capacidade econômica e social.
	Funcionários
	Informações para planos e decisões; liquidez, empregabilidade, etc.
	Administradores
	Informações para planos e decisões; desempenho de produtos e serviços, situação no mercado, estratégias, liquidez, etc.
	Órgãos de controle
	Posição no mercado e controle de atividades desenvolvidas e legalidade.
	Principais Normas Contábeis e Comerciais 
	Lei 6.404/1976 – Lei das S/A 
	Lei 10.303/2001 – Altera e acrescenta dispositivos na Lei n. 6.404 e 6.385/76
	Lei 10.406/2002 – Novo Código Civil 
	Lei 11.638/2007 – Altera dispositivos na Lei n. 6.404/76 
	Lei 11.941/2009 - Altera dispositivos na Lei n. 6.404/76
	Decreto-Lei 9.295/1946 – Profissão Contábil 
	Estatuto da Micro e Pequena Empresa – Lei Complementar 123/2006
	Instruções normativas, pareceres, deliberações e notas explicativas da Comissão de 
Valores Mobiliários 
	Normas Brasileiras de Contabilidade, resoluções, súmulas do CFC e Pronunciamentos 
do CPC 
	Normas, Comunicados Técnicos, Interpretações Técnicas e Procedimentos de 
Contabilidade – IBRACON 
	Legislação Tributária – nas três órbitas do Poder Público
	Normas do Departamento Nacional de Registro do Comércio – DNRC
Principais Normas do NCC para as Sociedades 
Não obstante a Legislação Societária e Normas relacionadas, dada a importância jurídica da contabilidade para a legalidade das entidades abrangidas pelo Novo Código Civil (Lei nº 10.406, de 10.01.2002) assunto incluso nos Art. 966 ao Art. 1.195, apresentamos abaixo parte dos dispositivos legais que regulam a atividade contábil nas organizações.
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
§ 1º Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.
§ 2º É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.
Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.
Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.
Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.
§ 1º Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
§ 2º Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.
Art. 1.185. O empresário ou sociedadeempresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.
Art. 1.186. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo que registre:
I- a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo saldo, em forma de balancetes diários;
II- o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício.
Art. 1.187. Na coleta dos elementos para o inventário serão observados os critérios de avaliação a seguir determinados:
I- os bens destinados à exploração da atividade serão avaliados pelo custo de aquisição, devendo, na avaliação dos que se desgastam ou depreciam com o uso, pela ação do tempo ou outros fatores, atender-se à desvalorização respectiva, criando-se fundos de amortização para assegurar-lhes a substituição ou a conservação do valor;
II- os valores mobiliários, matéria-prima, bens destinados à alienação, ou que constituem produtos ou artigos da indústria ou comércio da empresa, podem ser estimados pelo custo de aquisição ou de fabricação, ou pelo preço corrente, sempre que este for inferior ao preço de custo, e quando o preço corrente ou venal estiver acima do valor do custo de aquisição, ou fabricação, e os bens forem avaliados pelo preço corrente, a diferença entre este e o preço de custo não será levada em conta para a distribuição de lucros,
nem para as percentagens referentes a fundos de reserva;
III- o valor das ações e dos títulos de renda fixa pode ser determinado com base na respectiva cotação da Bolsa de Valores; os não cotados e as participações não acionárias serão considerados pelo seu valor de aquisição;
IV- os créditos serão considerados de conformidade com o presumível valor de realização, não se levando em conta os prescritos ou de difícil liquidação, salvo se houver, quanto aos últimos, previsão equivalente.
Parágrafo único. Entre os valores do ativo podem figurar, desde que se preceda, anualmente, à sua amortização:
I- as despesas de instalação da sociedade, até o limite correspondente a dez por cento do capital social;
II- os juros pagos aos acionistas da sociedade anônima, no período antecedente ao início das operações sociais, à taxa não superior a doze por cento ao ano, fixada no estatuto;
III- a quantia efetivamente paga a título de aviamento de estabelecimento adquirido pelo empresário ou sociedade. 
Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.
Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas.
Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial.
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
§ 1º O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar à questão.
§ 2º Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o respectivo juiz.
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão apreendidos judicialmente e, no do seu §1º, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos livros.
Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrário.
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.
Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.
Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais, filiais ou agências, no Brasil, do empresário ou sociedade com sede em país estrangeiro.
9. EXERCÍCIOS
 
O que se entende por patrimônio?
São os bens de venda de uma entidade;
São os bens, direitos e obrigações de uma entidade;
São elementos de controle da entidade;
São demonstrativos da entidade. 
Por que a Contabilidade é considerada uma Ciência?
Porque é um objeto de estudo dos dirigentes das entidades;
Porque é regida pelos princípios da Ciência Econômica;
Porque é o objeto de estudo das Ciências Sociais;
Porque é regida por princípios lógicos e utiliza metodologia científica.
Marque as afirmativas falsas (F) e verdadeiras (V):
( ) Azienda é uma unidade gerencial de uma empresa;
( ) A finalidade da contabilidade é controlar o patrimônio e fornecer informações úteis aos diversos interessados na situação econômico-financeira da entidade;
( ) Toda organização com ou sem fins lucrativos pode ser considerada uma azienda;
( ) Uma entidade com caráter econômico não visa lucro;
( ) Uma entidade com caráter social não tem fins lucrativos;
( ) O Novo Código Civil sofreu alterações pela lei 11.941/09;
( ) Fornecedores, instituições financeiras e governo são usuários da contabilidade;
( ) As organizações podem ser públicas, privadas ou mistas. 
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CAPÍTULO 2
Princípios, Postulados e Convenções Contábeis 
RESOLUÇÃO CFC Nº 750/93 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1993
Diário Oficial da União de 31.12.1993
DISPÕE SOBRE OS PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC)
Nota: Redação dada pela Resolução CFC nº 1.282/2010 
1. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS
Os Princípios de Contabilidade são a padronização das técnicas contábeis adotadas pela maioria dos profissionais, com o intuito de normalizar os lançamentos e relatórios, para um melhor controle do patrimônio da entidade. São eles: 
I) o da ENTIDADE; 
II) o da CONTINUIDADE; 
III) o da OPORTUNIDADE; 
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 
V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº. 1282/10) 
VI) o da COMPETÊNCIA; e 
VII) o da PRUDÊNCIA. 
Os princípios da Entidade e da Continuidade são comumente chamados de Postulados, pois, representam os "Pilares da Contabilidade", em função de constituírem a base de toda a teoria contábil.
O POSTULADO DA ENTIDADE  
Estabelece o Patrimônio como sendo o objeto da Contabilidade, e afirma a necessidade de diferenciação do patrimônio próprio com o patrimônio da entidade jurídica, independentemente de pertencer a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. É imprescindível distinguir corretamente a pessoa física da pessoa jurídica.
O POSTULADO DA CONTINUIDADE 
O Postulado da Continuidade prevê que o processo contábil deve ser desenvolvido supondo-se que a entidade nunca terá um fim, ou seja, sem prazo estimado de duração. A suspensão das suas atividades pode provocar efeitos na utilidade de determinados ativos, coma perda, até mesmo integral, de seu valor.
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE 
Refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. 
A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10) 
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL ou CUSTO PELO VALOR HISTÓRICO
Determina que os componentes do patrimônio devam ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. 
As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas: 
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição; e 
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores: 
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis; 
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade; 
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade; 
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e 
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais. 
O PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA
Com o passar do tempo, a inflação foi controlada e esse Princípio de Contabilidade passou a ser utilizado somente para a conversão de moeda estrangeira, assim sendo na Resolução CFC 1282/10 ele foi anexado ao Princípio do Registro Pelo Valor Original.
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA 
O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10). 
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA 
O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. 
O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10) 
A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1282/10) 
2. CONVENÇÕES CONTÁBEIS
Conceitos para servirem como um guia para o profissional da área contábil, normatizando padrões de conduta na hora de escriturar os fatos contábeis, tais como:
 - Consistência
 - Conservadorismo
 - Materialidade
 - Objetividade
CONVENÇÃO DA CONSISTÊNCIA
A Convenção da Consistência nos diz que, uma vez adotado determinado processo, dentre os vários possíveis que podem atender a um mesmo princípio geral, ele não deverá ser mudado com demasiada frequência, pois assim estaria sendo prejudicada a comparabilidade dos relatórios contábeis. 
Exemplo: se for adotado o método PEPS para avaliação de estoques, em lugar do UEPS (ambos atendem ao mesmo princípio geral, isto é, “Custo Como Base de Valor”), deverá ser usado sempre o método nos outros períodos. E se houver a necessidade inadiável de se adotar outro critério, esta adoção e seus efeitos no resultado devem ser declarados como nota de rodapé dos relatórios, de maneira a cientificar o leitor.
Esta convenção é perfeitamente válida, pois tende a um progresso mais rápido rumo à padronização e unificação contábeis, dentro do mesmo setor de atividade. 
CONVENÇÃO DO CONSERVADORISMO
Esta Convenção consiste em que, por motivos de precaução, sempre que o contador se defrontar com alternativas igualmente válidas de atribuir valores diferentes a um elemento do ativo (ou do passivo), deverá optar pelo mais baixo para o ativo e pelo mais alto para o passivo. Se, por exemplo, o valor de mercado do inventário final de mercadorias for inferior ao valor de custo, devera ser escolhido o valor de mercado, por ser o mais baixo.
Esta é uma convenção que modifica o principio geral do Custo Como Base de Valor.(Adotada também pela nossa atual lei das S.A).
A regra “Custo ou Mercado o Mais Baixo” está intimamente ligada ao conservadorismo. Em outras palavras, o custo é à base de valor para a contabilidade, mas, se o valor de mercado for inferior ao de custo, adotaremos o valor de mercado.
CONVENÇÃO DA MATERIALIDADE
Esta Convenção reza que, a fim de evitar desperdício de tempo e de dinheiro, deve -se registrar na Contabilidade apenas os eventos dignos de atenção e na ocasião oportuna. 
Exemplo, sempre que os empregados do escritório se utilizam papeis e impresso da firma registra-se uma diminuição do ativo da empresa, diminuição esta que poderia, teoricamente ser lançada nos registros contábeis à medida de sua ocorrência. Entretanto, isto não é feito, pela irrelevância da operação, e a despesa só é apurada no fim do período por diferença de estoques.
CONVENÇÃO DA OBJETIVIDADE
Esta convenção dita que o profissional deve procurar sempre exercer a Contabilidade de forma objetiva, não se deixando levar por sentimentos ou expectativas de administradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar no seu trabalho e os registros devem estar baseados, sempre que possível, em documentos que comprovem a ocorrência do fato administrativo.
Exemplo: suponha-se que o Contador, para a avaliação de um certo bem, dispusesse de duas fontes, a saber: A fatura relativa à compra do bem e o laudo do maior especialista mundial em avaliação. Deverá escolher, como o valor de registro, o indicado na fatura. Entre um critério subjetivo de valor, mesmo ponderável, e outro objetivo, o contador devera optar pela hipótese mais objetiva.
3. EXERCÍCIOS
1. O princípio contábil que atribui às entidades personalidade própria, distinta da dos sócios, é o princípio da: 
a) Competência 
b) Prudênciac) Entidade 
d) Materialidade 
2. A apropriação ao fim de um período, de despesas incorridas como depreciação, amortização, salários, etc. é um procedimento que corrobora com o princípio do (a): 
a) Competência 
b) Prudência 
c) Entidade 
d) Continuidade 
3. Os registros contábeis devem ser efetuados na ocasião em que ocorrem 
as respectivas transações. Isso é uma consequência clara do princípio contábil da: 
a) Continuidade 
b) Oportunidade 
c) Atualização Monetária 
d) Competência 
4. O princípio que considera a entidade como estando em constante movimento, gerando riquezas e direitos, e contraindo obrigações, é o princípio da: 
a) Entidade 
b) Frequência 
c) Existência 
d) Continuidade 
5. A regra adotar o menor valor para os componentes do Ativo, e maior valor os componentes do Passivo; bem como os maiores valores para as despesas e os menores para as receitas corrobora com: 
a) O Princípio da Oportunidade 
b) A Convenção da Prudência 
c) O Princípio da Prudência 
d) O Princípio da Avaliação 
6. Há situações em que os registros de certos fatos contábeis são irrelevantes, e não devem ser objeto de escrituração individual, por apresentarem valores irrisórios. Essa interpretação provém do (a): 
a) Princípio da Prudência 
b) Princípio da Materialidade 
c) Convenção da Importância 
d) Convenção da Materialidade
CAPÍTULO 3
Principais Demonstrativos Contábeis – conceitos, funções e relações
EVIDENCIAÇÃO CONTÁBIL
Conforme visto, os investimentos são feitos pelos proprietários das organizações que formam a estrutura que capacitará a realização das atividades. Na Contabilidade, vista como um sistema de informações, essa estrutura é controlada e registrada num subsistema que chamaremos de Patrimonial. O registro, o controle e avaliação das atividades são controlados por meio de um Subsistema de Resultado, que fornecerá informações sobre o desempenho das receitas, custos e despesas dentro de um determinado período, este resultado poderá ser positivo (lucro) ou negativo (prejuízo).
A Ciência Contábil tem como finalidade principal informar sobre seu objeto de estudo aos diversos tipos de usuários. Essa informação é fornecida através de evidenciação.
Os usuários da informação contábil, internos e externos, necessitam que estas sejam produzidas com mais qualidade, velocidade e utilidade.
Hoje a necessidade do usuário não é somente pelas informações contidas nas demonstrações obrigatórias pela Legislação. Busca-se outras informações nos relatórios auxiliares ou facultativos, como por exemplo, demonstrativos de desempenho, Orçamentos, Endividamento, Operações, Lucratividade, etc.
A Contabilidade deve estudar o modelo ideal de informação para cada classe de usuários e fazer com que esse modelo obedeça aos princípios fundamentais de contabilidade e, também, a outros aspectos qualitativos de conteúdo informativo.
É bom salientar que por mais que se queira evidenciar os demonstrativos contábeis, tornando-os mais eficazes, a contabilidade não pode deixar de obedecer as suas técnicas de elaboração. Com isso se faz necessário que o usuário tenha algum conhecimento para interpretação dos demonstrativos contábeis e dos documentos complementares ou que tenha um assessoramento de um analista experimentado, principalmente para as decisões de alto vulto, pois por mais que se queira evidenciar e facilitar a interpretação, a contabilidade não é a responsável pela tomada de decisão.
É importante lembrar a máxima: “forneça a informação relevante para o usuário, mas não pretenda invadir o campo do investidor, substituindo-o em todas as avaliações subjetivas do modelo decisório e do risco”.
Informação confiável requer representatividade, ser passível de verificação independente e ser neutra.
 A comparabilidade é também uma qualidade importante da informação contábil, porém secundária. Interage com a relevância e a confiabilidade, que por sua vez contribuem para a utilidade. Finalmente, todas as qualidades citadas estão sujeitas ao conceito de materialidade, a maior limitação ao trabalho contábil.
PRINCIPAIS DEMONSTRATIVOS
O Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício são os dois principais demonstrativos padronizados derivados do Sistema Contábil. O primeiro demonstra a situação financeira do empreendimento, estática, numa determinada data e a evolução do patrimônio, representado por bens, direitos e obrigações acumulados ao longo dos exercícios (normalmente os exercícios coincidem com o ano calendário – 01 de janeiro a 31 de dezembro). O DRE demonstra a situação econômica do empreendimento pela dinâmica dos resultados obtidos nas operações ao longo de um período, como receitas, devoluções, abatimentos, impostos, custos de produtos e serviços, despesas, participações, lucro por ação, entre outros. Os demais demonstrativos são derivados destes dois citados exibindo as fontes para interpretação de outros aspectos da situação econômica e financeira do empreendimento, tais como, fluxos de caixa, valor agregado, lucros ou prejuízos acumulados, variações no patrimônio líquido, etc. Os principais demonstrativos exigidos pela Lei das Sociedades por Ações e Normas da Comissão de Valores Mobiliários são: Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração do Resultado Abrangente, Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração de Mutações no Patrimônio Líquido, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração do Valor Adicionado, Notas Explicativas e Parecer dos Auditores Independentes. Existem outros demonstrativos publicados pelas corporações, evidenciando outros aspectos como planos de investimentos, participação e evolução setorial, contratos efetuados, riscos inerentes ao negócio, seguros, e outros aspectos relevantes, constantes do Relatório da Administração, publicados junto aos demonstrativos obrigatórios. 
Recentemente, a Lei 6.404/76 sofreu algumas alterações, em função das novas tendências de uniformização das práticas internacionais de contabilidade. Estas medidas causaram significativas modificações na estrutura e nos procedimentos contábeis adotados até dezembro/2007. Dentre as principais alterações trazidas pela Lei no 11.638 de 27 de dezembro de 2007, as que mais impactam os demonstrativos são a estrutura do balanço, com a criação dos grupos Circulante e Não Circulante, suprimiu a publicação da Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos, substituindo-a pela Demonstração de Fluxo de Caixa, suprimiu algumas reservas, criou novos métodos de avaliação de ativos e passivos, como leasing financeiro (antes este contrato de arrendamento mercantil não era ativado) e aplicação de metodologia de valor presente para atualizar o valor de ativos e passivos, bem como, entre outros, alguns aspectos metodológicos que influem na apuração do resultado. 
Completando o acervo de demonstrativos regulamentados pela legislação, a fim de complementar os instrumentos analíticos da situação das organizações apresenta-se abaixo um resumo destes principais demonstrativos:
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE - Resultado abrangente é a mutação que ocorre no patrimônio líquido durante um período que resulta de transações e outros eventos que não derivados de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários. 
Resultado abrangente compreende todos os componentes da "demonstração do resultado" e da "demonstração dos outros resultados abrangentes".
Outros resultados abrangentes compreendem itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são reconhecidos na demonstração do resultado como requerido ou permitido pelas normas, interpretações e comunicados técnicos emitidos pelo CFC. Os componentes dos outros resultados abrangentes incluem: 
(a) variações na reserva de reavaliação quando permitidas legalmente - Ativo Intangível); 
(b) ganhos e perdas atuariais em planosde pensão com benefício definido reconhecidos; 
(c) ganhos e perdas derivados de conversão de demonstrações contábeis de operações no exterior; 
(d) ajuste de avaliação patrimonial relativo aos ganhos e perdas na remensuração de ativos financeiros disponíveis para venda; 
(e) ajuste de avaliação patrimonial relativo à efetiva parcela de ganhos ou perdas de instrumentos de hedge em hedge de fluxo de caixa. 
DEMONSTRAÇÃO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS - Este apresenta as movimentações ocorridas na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados, legalmente obrigatória por todas as sociedades, devendo apresentar o saldo da referida conta no final do exercício anterior, suas movimentações e o saldo no final do período levantado (ver exemplo no capítulo 6 da bibliografia básica);
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – Esta Demonstração incorpora a DLPA na sua estrutura, pois é mais abrangente, evidenciando todas as transações que afetaram o Patrimônio Líquido inclusive Lucros ou Prejuízos Acumulados, podendo a sociedade optar pela sua publicação ou não. No caso de publicá-la a DLPA é substituída pela DMPL. 
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA – Este demonstrativo evidencia os fluxos de caixa gerados pela organização. Na verdade considera-se caixa um subgrupo de ativos de alta liquidez (capacidade de ser rapidamente transformado em dinheiro), chamado de Disponível que envolve o Caixa, Bancos Conta Movimento e Aplicações Financeiras de Curtíssimo Prazo (até três meses de para realização, normalmente utilizados para maximizar a eficiência de recursos que não vão ser utilizados imediatamente). Sua elaboração parte de dois métodos, direto e indireto. A função dele é demonstrar os fluxos gerados nas atividades operacionais, nas atividades de financiamento e de investimento. 
NOTAS EXPLICATIVAS – Sua apresentação é obrigatória, pois evidencia os critérios e métodos adotados na elaboração dos demonstrativos contábeis, bem como outros quadros analíticos e demonstrativos complementares e necessários ao pleno entendimento dos demonstrativos no seu todo.
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO (DIRETORIA) – Esta peça inclui planos de investimento, objetivos da administração, projetos de expansão, programas, políticas e estratégias institucionais, quadros analíticos de desempenho e projeções individuais e setoriais, e outros aspectos relevantes que ajudem na avaliação. 
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES – Esta peça tem a função de aumentar a fidedignidade e consequente credibilidade dos demonstrativos contábeis publicados, sendo obrigatória para as companhias abertas, seguradoras e instituições financeiras. Antes da publicação, auditores independentes certificados pela CVM, examinam os demonstrativos a serem publicados e dão parecer sobre o seu conteúdo e adequacidade aos princípios contábeis vigentes, bem como se a situação econômica e financeira expressa a realidade evidenciada nos demonstrativos.
DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO – Pode-se dizer que a DVA expressa os valores que a entidade agregou e distribuiu à comunidade em que está inserida, é como se fosse o PIB da organização. Tem como base as informações do DRE e as especificações das receitas sobre suas diversas formas, insumos, depreciações, outros gastos e impostos, etc., discriminados sob a forma de recursos distribuídos ao meio social: salários, impostos, juros, dividendos distribuídos, alugueis, lucros retidos, etc. 
EXERCÍCIOS
O Balanço Patrimonial de uma organização é composto por:
a) Receitas e obrigações;
b) Bens e direitos;
c) Obrigações e Direitos;
d) Bens, direitos e obrigações.
O Balanço Patrimonial evidencia:
a) A dinâmica das receitas, custos e despesas numa data;
b) A situação projetada como orçamento futuro;
c) A situação econômico-financeira em numa data;
d) A dinâmica patrimonial em determinada data.
A Demonstração do Resultado do Exercício evidencia:
a) A situação projetada dos bens, direitos e obrigações;
b) A dinâmica das receitas, custos e despesas em uma data;
c) A dinâmica do patrimônio em determinada data;
d) A estática das operações em determinada data;
O parecer dos auditores independentes visa:
a) Dar maior credibilidade aos demonstrativos;
b) Evitar fraudes e erros nos demonstrativos;
c) Consolidar os demonstrativos contábeis;
d) Facilitar o entendimento dos demonstrativos.
A demonstração do fluxo de caixa objetiva:
 a) Demonstrar os fluxos das aplicações de recursos;
 b) Demonstrar os fluxos das atividades operacionais, de investimento e financiamento;
 c) Consolidar os fluxos de custos e despesas nas atividades de financiamento;
 d) Demonstrar os fluxos patrimoniais ao longo de um período completo.
São características que devem compor os demonstrativos contábeis:
a) Diversidade de padrões em função de cada usuário;
b) Capacidade de atingir somente aos profundos conhecedores da contabilidade;
c) Compreensibilidade e sumarização de informações capazes de satisfazerem a todos os seus usuários;
d)Todas as informações relevantes ou não devem ser evidenciadas.
O demonstrativo que informa as práticas contábeis da organização objeto é:
a) Demonstração de Fluxos de Caixa;
b) Balanço Patrimonial;
c) Parecer dos Auditores Independentes;
d) Notas Explicativas.
8. A ocorrência de mudanças no patrimônio líquido durante um período resultante de transações e outros eventos que não derivados de transações com os sócios na sua qualidade de proprietários, corresponde à definição da(o): 
a) Demonstração de Fluxos de Caixa;
b) Balanço Patrimonial;
c) Demonstração do Resultado Abrangente;
d) Demonstração do Resultado do Exercício.
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CAPÍTULO 4 
Técnicas, escrituração, os principais sistemas contábeis e a situação líquida do patrimônio
1. TÉCNICAS CONTÁBEIS
É o conjunto de procedimentos utilizados pela contabilidade para registrar ou levantar os fatos contábeis.
As principais técnicas contábeis são:
a) Escrituração;
b)Demonstrações Contábeis e Financeiras (Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado do Exercício, Demonstração dos Fluxos de Caixa, Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido ou Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados, Demonstração do Valor Adicionado);
c) Análise das Demonstrações Contábeis ou Financeiras;
d) Auditoria.
Escrituração e Formalidades
O dia-a-dia de uma organização é permeado de atividades realizadas pelos responsáveis por estas atividades. Assim, estas ações encejam movimentações patrimoniais (atos e fatos contábeis), como compra, venda, transferências, saques bancários, assinatura de cheques, aplicações financeiras, contratos efetuadas, requisições, etc. pelos respectivos responsáveis no âmbito das organizações. A técnica contábil utilizada para registro destes atos e fatos administrativos (contábeis) ocorridos na entidade chama-se lançamento. Os lançamentos são efetuados nos livros contábeis tais como: Livro Diário, Livro Razão, etc. A escrituração pode, então, ser definida como um conjunto de lançamentos efetuados nos livros contábeis. Atualmente, a maioria das organizações efetuam estes registros em sistemas contábeis informatizados e a partir deles são extraídos os demonstrativos no encerramento do exercício. Cada tipo de organização possui suas obrigações legais de elaboração e evidenciação destes atos e fatos que alteram a situação patrimonial de uma entidade.
A Entidade deve manter um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, através de processo manual, mecanizado ou eletrônico. A escrituração será:
Em idioma e moeda corrente nacionais;
Em forma contábil;
Em ordem cronológica de dia, mês e ano;
Com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens;
Com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e aprática de atos administrativos.
A escrituração contábil e a emissão de relatórios, peças, análises e mapas demonstrativos e demonstrações contábeis são de atribuição e responsabilidade exclusivas do Profissional de Contabilidade legalmente habilitado. O Balanço e demais Demonstrações Contábeis de encerramento de exercício serão transcritos no "Diário", completando-se com as assinaturas do Contabilista e do titular ou representante legal da Entidade. Igual procedimento será adotado quanto às Demonstrações Contábeis elaboradas por força de disposições legais, contratuais ou estatutárias. 
O "Diário" e o "Razão" constituem os registros permanentes da Entidade. 
Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos preceitos gerais da escrituração contábil, observadas as peculiaridades da sua função. No "Diário" serão lançadas, em ordem cronológica, com individuação, clareza e referência ao documento probante, todas as operações ocorridas, incluídas as de natureza aleatória, e quaisquer outros fatos que provoquem variações patrimoniais.
Quando o "Diário" e o "Razão" forem feitos por processo que utilize fichas ou folhas soltas, deverá ser adotado o registro "Balancetes Diários e Balanços". No caso de a Entidade adotar para sua escrituração contábil o processo eletrônico, os formulários contínuos, numerados mecânica ou tipograficamente, serão destacados e encadernados em forma de livro. 
O Livro Diário será registrado no Registro Público competente, de acordo com a legislação vigente. 
Partidas Dobradas - a essência deste método, universalmente aceito, é que o registro de qualquer operação implica que a um débito em uma ou mais contas, deve corresponder um crédito equivalente, em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados, ou, simplificando:
LÓGICA CONTÁBIL DAS PARTIDAS DOBRADAS:
não há débitos sem os créditos correspondentes;
total de débitos = total de créditos, ou
origens de recursos = aplicações de recursos
2. ELEMENTOS DO SUBSISTEMA PATRIMONIAL 
São os elementos que compõem a Estática Patrimonial o Ativo também conhecido como aplicações de recursos têm natureza devedora. A natureza define como o registro será realizado, ou seja a débito ou a crédito. A natureza devedora define que os registros a débito aumentam o valor financeiro do ativo, ou seja um aumento do ativo deve ser registrado do lado devedor.
 
Bens = Elementos patrimoniais físicos, que possam ser expressos em moeda; 
Direitos = Títulos, contratos e transações representativas de direitos da empresa que possam ser expressos em moeda. 
O Passivo também conhecido como origem de recursos passíveis de expressão em moeda. Estes itens tem natureza credora, ou seja, um aumento no passivo deve ser registrado do lado credor da conta a ser movimentada. Seus principais elementos são:
Obrigações (Capital de Terceiros) = Títulos, contratos, transações, financiamentos, empréstimos e provisões representativas de fontes de recursos das atividades da organização, obtida com terceiros (pessoas não vinculadas).
Patrimônio Líquido (Situação Líquida) = São as fontes de financiamento incorporadas à organização através de seus proprietários ou através do Lucro obtido no desenvolvimento das atividades.
Os elementos de Patrimônio podem ser chamados de elementos de Balanço, pois o demonstrativo contábil Balanço Patrimonial corresponde a síntese da posição econômica e financeira de uma organização, numa determinada data, obtida pela apuração do saldo das contas componentes de sistema patrimonial num determinado momento. 
3. CONTAS
A Contabilidade possui dois aspectos fundamentais a serem considerados, quais sejam: qualitativo e quantitativo. O aspecto qualitativo diz respeito ao tipo de bem, direito, obrigação, receita, custo e despesa, bem como a época (data) da ocorrência do evento. O aspecto quantitativo diz respeito a avaliação monetária e as respectivas quantidades dessas ocorrências, que devem ser registradas e controladas para o fornecimento, a qualquer tempo, de informações sobre as atividades empresariais. O instrumento onde essas informações são registradas são as contas, que arquivam (acumulam) essas informações para futuras emissões de demonstrativos sobre a posição econômica e financeira da organização. 
 4. NATUREZA DAS CONTAS
A natureza das contas indica como estas serão movimentadas, ou seja, de que forma as movimentações patrimoniais e de resultado serão registradas. Uma conta de natureza devedora, indica que esta deve ser incrementada (aumentada) com lançamentos a débito e reduzida com lançamentos a crédito. Uma conta de natureza credora indica que a mesma é incrementada (aumentada) com lançamentos a crédito e reduzida com lançamentos a débito. 
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO SISTEMA PATRIMONIAL E DAS CONTAS
Forma: Gráfico em “T”
Lado Esquerdo: Bens e Direitos. 
Lado Direito: Obrigações com terceiros e com o proprietário.
P A T R I M Ô N I O – Aspectos
	QUALITATIVO
	QUANTITATIVO
	QUALITATIVO
	QUANTITATIVO
	BENS
	OBRIGAÇÕES DE TERCEIROS
	Dinheiro
	 50,00
	Dupl. A pagar
	50,00
	Veículos
	100,00
	Imp. A recolher
	65,00
	Máquinas
	 50,00
	Fornecedores
	80,00
	DIREITOS
	OBIGAÇÕES PRÓPRIAS 
	Dupl. a receber
	 80,00
	
	
	Prom. a receber
	 15,00
	Capital
	100,00
	TOTAIS
	295,00
	TOTAIS
	295,00
Representam registros de débitos e créditos da mesma natureza ou espécie, identificadas por nomes (títulos) que qualificam elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações, patrimônio líquido, receitas e despesas). Ou ainda, representa um conjunto de transações diferentes mas de mesma natureza.
Modelo de Conta Resumida (Razonete) ou conta em forma de “T”:
 NOME DA CONTA
	VALORES ESCRITURADOS A DÉBITO
	VALORES ESCRITURADOS A CRÉDITO
	
SALDO DEVEDOR
	
SALDO CREDOR
Observem que o Balanço Patrimonial e o Razonete apresentam a mesma estrutura gráfica onde sempre o lado esquerdo será objeto de lançamentos ou contas a débito e o direito a crédito. No Balanço os bens e direitos por terem natureza devedora estão dispostos do lado esquerdo, enquanto as obrigações próprias e de terceiros por terem natureza credora estão a direita. 
5. ESTRUTURA DO SISTEMA PATRIMONIAL
O Sistema Patrimonial é dividido em três partes:
a) Ativo (A) (parte positiva, composta de bens e direitos, também denominada de Patrimônio Bruto ou de Capital total a disposição da empresa, pois é a soma das Origens de Capital de Terceiros e de Capital Próprio. É a parte esquerda do gráfico patrimonial).
b) Passivo Exigível ou capital de terceiros (PE) (parte negativa, composta das obrigações com terceiros, também chamado de Capital de Terceiros ou Obrigações Exigíveis. É a parte direita do gráfico patrimonial).
c) Patrimônio Líquido (PL) ou Situação Líquida (SL) (também chamado de Saldo Patrimonial, Capital Próprio ou Obrigações Inexigíveis. É a diferença entre o Ativo e o Passivo Exigível. O Patrimônio Líquido representa as obrigações da entidade para com os sócios ou acionistas (proprietários) e indica a diferença entre o valor dos Bens e Direitos (Ativo) e o valor das Obrigações com terceiros (Passivo Exigível). Essa parte diferencial (PL/SL), também localizada do lado direito, é que vai medir ou avaliar a situação ou condição da entidade, sendo definida pela Equação Patrimonial).
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA CONTABILIDADE: A = PE + PL
SITUAÇÕES LÍQUIDAS OU ESTADOS PATRIMONIAIS
1ª) Situação Favorável ou Positiva = PL (+) ou SL (+) ou A > PE, PL > 0. Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) excedem o valor das obrigações com terceiros (Passivo Exigível).
PATRIMÔNIO
	A T I V O 
	P A S S I V O 
	Bens................. 4.000,00
	Obrigações....... 6.000,00
	Direitos............. 4.000,00
	 PL/SL.............2.000,00
	TOTAL.............. 8.000,00
	TOTAL............. 8.000,00
2ª) Situação Desfavorável ou Negativa ou Passivo a Descoberto =
PL (-) ou SL (-) ou A<P, PL < 0. Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem menores que as obrigações com terceiros (Passivo Exigível).
PATRIMÔNIO
	A T I V O 
	P A S S I V O 
	Bens................ 4.000,00
	Obrigações........... 8.000,00
	Direitos............ 3.000,00
Descoberto....... 1.000,00
	PL/SL
	TOTAL............... 8.000,00
	TOTAL............... 8.000,00
3ª) Situação Nula ou de Equilíbrio aparente: A = PE, PL = SL = 0. Ocorre quando os bens e direitos (Ativo) forem iguais às obrigações com terceiros (Passivo Exigível); nessa hipótese o Patrimônio Líquido será nulo.
PATRIMÔNIO
	A T I V O 
	P A S S I V O 
	Bens..................... 4.000,00
	Obrigações.............. 7.000,00
	Direitos................ 3.000,00
	PL/SL..................... -
	TOTAL.................. 7.000,00
	TOTAL.................... 7.000,00
6. ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS
Atos Administrativos: podem ou não provocar alterações nos elementos do Patrimônio ou do Resultado. 
Fatos Administrativos: são os que PROVOCAM alterações nos elementos do Patrimônio ou do Resultado, portanto, interessam à contabilidade. Por essa razão, também são denominados Fatos Contábeis e divididos em Fatos Permutativos, Modificativos e Mistos. 
ELEMENTOS DO SUBSISTEMA DE RESULTADO
O subsistema de resultado é composto pelos elementos da dinâmica patrimonial. Ou seja, registram os eventos resultantes das atividades da organização para a geração de lucro.
Receitas de vendas de bens (NATUREZA CREDORA) – obtida pela apuração do resultado da multiplicação da quantidade pelo preço unitário de cada bem vendido; 
Receitas (venda de produtos e serviços) (CREDORA)
Receita de serviços (CREDORA) – obtida pela apuração do resultado da multiplicação da quantidade (horas, projetos, etc) dos serviços prestados pelo preço;
Custos (bens e serviços consumidos para a obtenção de outros bens e serviços)
Custos dos Produtos Vendidos (CPV) (DEVEDORA) – recursos consumidos para fabricação de produtos (materiais + fretes, trabalho, energia, tributos, desgaste de equipamentos, etc;
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (DEVEDORA) – recursos obtenção de bem ou serviço consumidos para a realização da atividade comercial, ou seja, normalmente o preço dos produtos adquiridos para a revenda, acrescido de fretes, tributos e armazenagem;
Custo dos Serviços Prestados (CSP) (DEVEDORA) – recursos consumidos na atividade de prestação de serviços;
Obs: A apuração do CPV será objeto da Contabilidade de Custos. O CSP é bastante variável e não será objeto de nossos estudos na presente disciplina. 
Despesas (bens ou serviços consumidos nas atividades de apoio à geração de receitas)
Despesas Administrativas (DEVEDORA) – Despesas incorridas nas atividades administrativas
Despesas Comerciais (DEVEDORA) – Despesas incorridas nas atividades comerciais, de vendas e marketing, etc.
Despesas Financeiras (DEVEDORA) – Despesas incorridas nas atividades de financiamento (juros, taxas, correções, etc).
	RESUMO DOS MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO
	 CÓDIGO
	 GRUPO
	 NATUREZA
	MECANISMO DE DÉBITO E CRÉDITO
	
100
	
ATIVO
	
 DEVEDORA
	 D
	 AUMENTO
	
	
	
	 C
	 REDUÇÃO
	
200
	
 PASSIVO
	
 CREDORA
	 D
	REDUÇÃO
	
	
	
	 C
	AUMENTO
	
300
	
 DESPESA E C CUSTOS
	
 DEVEDORA
	 D
	AUMENTO
	
	
	
	 C
	REDUÇÃO
	
400
	
 RECEITA
	
 CREDORA
	 D
	REDUÇÃO
	
	
	
	 C
	AUMENTO
Exemplos:
A compra de mercadorias por R$800, à vista, com pagamento em dinheiro será contabilizada no razão da seguinte forma: 
	
(D) CAIXA (C)
	
	
(D) MERCADORIAS (C)
	
	
800,00
	
	
800,00
	
A aquisição de equipamentos a prazo (FATURADOS) por R$1.800 será contabilizada no razão da seguinte forma:
	
(D) EQUIPAMENTOS (C)
	
	
(D) DUPLICATAS A PAGAR (C)
	
1.800,00
	
	
	
	
 1.800,00
A aquisição de um veículo por R$32.000, com 50% de entrada, pagamento em cheque, e o restante financiado (faturado): 
	
(D) BANCOS CONTA MOVIMENTO (C)
	
	
(D) VEÍCULOS (C)
	
	
16.000,00
	
	
32.000,00
	
	
	
	
(D) DUPLICATAS A PAGAR (C)
	
	
16.0000,00
7. EXERCÍCIOS
1. São técnicas utilizadas pela Contabilidade para alcançar os seus objetivos:
(a) Planejamento, coordenação e controle; 
(b) Escrituração, balanço, inventário e orçamentos;
(c) Contabilização, auditoria e controle;
(d) Escrituração, auditoria, demonstração e análise de balanços.
2. São características do método das Partidas Dobradas:
(a) Total de créditos igual ao de débitos; 
(b) Valor débito igual ao dobro de créditos;
(c) Créditos iguais em conta credora;
(d) Valor de crédito igual ao dobro de débitos.
3. São contas pertencentes ao Passivo:
(a) Títulos a receber - Lucros Acumulados - Receitas; 
(b) Salários a pagar - Caixa - Seguros efetuados;
(c) Capital Social - Contas a pagar - Financiamentos obtidos; 
(d) Títulos a pagar - Lucros acumulados - Caixa.
4. O pagamento de uma dívida é uma operação que:
(a) Diminui o Passivo e aumenta o Ativo;
(b) Diminui o Passivo e o Ativo;
(c) Aumenta o Ativo e diminui o Passivo;
(d) Diminui o Passivo e aumenta o Patrimônio Líquido.
5. Uma empresa possui a situação líquida de “Passivo a Descoberto” quando:
(a) O seu ativo for maior que o passivo; 
(b) O seu patrimônio líquido for maior que zero;
(c) Apresentar má situação econômica;
(d) O seu ativo for insuficiente para cobrir suas obrigações.
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CAPÍTULO 5
Estrutura Patrimonial e Plano de Contas
ORIGEM E APLICAÇÃO DE RECURSOS
As origens de recursos são os itens que dão origem aos investimentos feitos em bens, direitos e obrigações pela organização. Normalmente, os Passivos e o Patrimônio Líquido representam essas origens. Estes recursos, pela metodologia das partidas dobradas, devem ser aplicados ou investidos em elementos que compõem as estruturas que movimentarão o negócio, como máquinas e equipamentos, móveis e imóveis, a conta bancária, estoques, etc. Assim, pode-se dizer que os ativos são as aplicações de recursos (investimentos feitos no negócio) e as origens representam os elementos que estão financiando os recursos empregados para que o empreendimento possa realizar suas atividades e o giro do negócio. Este tema explica a natureza das contas, quando os passivos têm natureza credora, pois envolvem créditos em favor de pessoas que dispuseram seus recursos para que a entidade beneficiada os utilizassem. As aplicações são oriundas destes passivos, portanto, devem remunerá-los em função de juros, aluguéis, dividendos, salários, etc, daí a sua natureza devedora. 
PATRIMÔNIO
	ATIVO
	PASSIVO
	INVESTIMENTOS FEITOS EM BENS e DIREITOS 
=
APLICAÇÕES DE RECURSOS
	OBRIGAÇÕES (CAPITAIS ORIGINADOS DE TERCEIROS E CAPITAL PRÓPRIO ORIGINADO DOS DONOS DO EMPREENDIMENTO)
=
ORIGENS DE RECURSOS
CAPITAIS DE TERCEIROS E PRÓPRIOS
Os capitais originados de terceiras pessoas que fornecem seus recursos para financiar o empreendimento são chamados de capitais de terceiros, neste conceito estão embutidos os empréstimos e financiamentos bancários, os fornecedores, os tributos devidos, as dívidas com investidores, salários a pagar e outros créditos contra a entidade. Os Capitais Próprios são de mando dos proprietários da organização, envolvendo todo o Patrimônio Líquido e personificado pelos seguintes itens: Capital Social e a Realizar, Reservas e Lucros ou Prejuízos. 
ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL
O Balanço Patrimonial é umademonstração contábil estática, ou seja, nos mostra a situação das contas Patrimoniais num dado momento. Por exemplo: na data do encerramento do exercício financeiro.
O Balanço Patrimonial compreende os seguintes grupos de contas dispostas de cima para baixo pelo seu grau de liquidez (prazo de realização ou transformação em outros elementos):
BALANÇO PATRIMONIAL
	ATIVO
	PASSIVO
	Para ser Ativo é necessário preencher os quatro requisitos: 
Bens ou Direitos; 
De propriedade da empresa; 
Mensurável em moeda corrente;
Representar benefícios presentes ou futuros.
	São as contas representativas de obrigações com terceiros, exigíveis no seu vencimento, a curto ou longo prazos. Devem ser mensuráveis em moeda corrente.
	CIRCULANTE (Grupo)
	CIRCULANTE (Grupo)
	Englobam as disponibilidades e os bens e direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente, ou ainda, com vencimento até 12 meses da data do último Balanço. Contempla os investimentos circulantes, ou seja:
Disponibilidades - Caixa, Bancos, Aplicação em títulos de liquidez imediata;
Créditos - são os direitos sobre os clientes e outros devedores, por operações realizadas a prazo: contas a receber, duplicatas a receber, clientes, etc.;
Estoques - Mercadorias, matérias-primas, etc..
Direitos até 12 meses - realizáveis no curso do exercício seguinte - Despesas de Seguros antecipadas.
	São as Obrigações, inclusive as decorrentes de arrendamento mercantil, os encargos e os riscos com vencimento até o término do exercício seguinte, ou ainda, com vencimento até 12 meses da data do último Balanço.
Neste grupo estão as obrigações assumidas para a realização de suas operações / financiamentos obtidos. Esta inclusão no Circulante, dependerá do prazo de exigibilidade, onde serão classificadas as obrigações de prazo do curso do exercício - Fornecedores, Salários a pagar, Impostos a recolher, Empréstimos a pagar;
	NÃO NÃO CIRCULANTE (Grupo)
	NÃO NÃO CIRCULANTE (Grupo)
	REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (Subgrupo)
São os Direitos com vencimento após o término do exercício seguinte, ou ainda, com vencimento posterior a 12 meses da data do último Balanço.
Considera-se também como Longo Prazo, as transações de empréstimos a pessoas ligadas (Acionistas, Diretores, e outras pessoas a fins), independente do prazo de vencimento, desde que os empréstimos não façam parte das operações principais da empresa.
	São as Obrigações, inclusive as decorrentes de arrendamento mercantil, os encargos e os riscos, conhecidos e calculáveis com vencimento após o término do exercício seguinte, ou ainda, com vencimento posterior a 12 meses da data do último Balanço. 
Considera-se também como LP, as transações de empréstimos de Acionistas, Diretores, e outras pessoas a fins, independente do prazo de vencimento.
	INVESTIMENTOS (Subgrupo) 
 Participações permanentes no capital de outras sociedades e direitos que não se destinem à manutenção das atividades do empreendimento como: investimentos em ações ou cotas de outras sociedades, obras de arte, imóveis para aluguel, antiguidades, etc.
	RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS - EXTINTO
São os resultados não realizados que serão mantidos e ajustados a valor presente, desde que sejam líquidas e certos.
	IMOBILIZADO (Subgrupo) 
Direitos que tenham por objeto bens tangíveis destinados à manutenção do empreendimento ou exercidos com esta finalidade e os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios riscos e controle desses bens, como: terrenos, edifícios, máquinas, equipamentos, móveis e utensílios, veículos, instalações, edificações em construção, benfeitorias, etc.
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Grupo)
São as obrigações para com os Sócios. Tem como principais contas: Capital Social, Reservas, Ações em Tesouraria e Lucros ou Prejuízos Acumulados. 
Este grupo também é chamado de Capital próprio. Subdividido em:
a) Capital Realizado - o capital que compreende a diferença entre o capital subscrito (montante do capital emitido pela empresa, cujos acionistas assumiram o compromisso de integralizar; é o capital efetivo da empresa, constante de estatuto ou contrato social) e o capital a realizar, representando o montante efetivamente aplicado na empresa pelos sócios ou acionistas;
b) Reservas de Capital 
 b1) Reserva de Correção Monetária do Capital Realizado; 
b2) Reserva de Ágio na Emissão de Ações; 
b3) Reserva de Alienação de Partes Beneficiárias; 
b4) Reserva de Alienação de Bônus de Subscrição; 
b5) Reserva de Prêmio na Emissão de Debêntures; (excluída desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007) 
b6) Reserva de Doações e Subvenções para Investimento; (excluída desde 01.01.2008, por força da Lei 11.638/2007) 
c) Ajuste de Avaliação Patrimonial 
d) Reservas de Retenção de Lucros 
d1) Reserva Legal (5% do lucro líquido do exercício, antes de qualquer outra destinação e seu montante não excederá 20%).
d2) Reserva Estatutária;
d3) Reserva para Contingências;
d4) Reserva de Lucros a Realizar;
d5) Reserva de Lucros para Expansão;
d6) Reserva de Incentivos Fiscais (incluída pela Lei 11.638/07).
e) Ações em tesouraria – as ações retiradas de circulação pela companhia, destacadas no balanço como redução do patrimônio líquido.
f) Prejuízos Acumulados – decorrentes dos resultados auferidos.
	INTANGÍVEL (Subgrupo)
Direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção do empreendimento ou exercidos com esta finalidade, inclusive fundo de comércio adquirido, como: fundo de comércio, direitos autorais, softwares, marcas, patentes, fórmulas, etc.
	
PLANO DE CONTAS
É uma relação lógica e ordenada de todas as contas que serão utilizadas na escrituração dos diversos atos e fatos ocorridos na azienda. Tem como composição básica: 
Elenco - é a relação das contas, podendo ser apenas por código ou por título ou ainda a composição de ambos;
Função - refere-se a finalidade de cada conta;
Funcionamento - informa como a conta será movimentada a Débito e a Crédito.
APRESENTAÇÃO DE UM PLANO DE CONTAS BÁSICO
	ATIVO (NATUREZA DEVEDORA)
	PASSIVO (NATUREZA CREDORA)
	CIRCULANTE (GRUPO)
Caixa
Bancos Conta Movimento
Aplicações Financeiras
Títulos a Receber (Promissórias, Duplicatas,etc.)
Estoques (Matéria-prima, produtos, mercadorias, etc)
Adiantamentos a terceiros
Despesas antecipadas
NÃO CIRCULANTE (GRUPO)
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO (+ de 1 ano para a realização)
Créditos e títulos a receber
Aplicações de Longo Prazo
Adiantamento a Pessoas Ligadas
INVESTIMENTOS (SUBGRUPO)
Participações em Coligadas/Controladas
Bens de Renda
IMOBILIZADO (SUBGRUPO)
Imóveis 
Máquinas & Equipamentos 
Móveis e Utensílios
Veículos
Depreciação Acumulada (credora)
Florestas e Reflorestamento 
Minas 
Exaustão Acumulada (credora)
INTANGÍVEL (SUBGRUPO)
Marcas e Patentes
Fundo de Comércio
Amortização Acumulada (credora)
	CIRCULANTE (GRUPO)
 Títulos a pagar
 Contas a Pagar
 Salários a Pagar
 Financiamentos a Pagar
 Tributos a Pagar
 Dividendos a Pagar 
 Provisões 
NÃO CIRCULANTE (GRUPO)
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO (+ de 1 ano para pagar) (SUBGRUPO)
Dividendos Propostos
Financiamentos a Pagar
Provisões 
RESULTADO DE EXECÍCIOS FUTUROS (SUBGRUPO)
Receitas de Exercícios Futuros
Despesas Relacionadas 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO (GRUPO)
Capital Social
Capital a Integralizar (devedora)
Ações em Tesouraria (devedora)
Reservas de Capital
Reservas de Lucro
Lucros ou Prejuízos acumulados
EXERCÍCIOS
Relacione a coluna da esquerda com a coluna da direita:
	Ativo Circulante – AC
	( ) Fornecedores
	Ativo Imobilizado – AI
	( ) Caixa
	Passivo Circulante – PC 
	( ) Imóveis
	Patrimônio Líquido – PL 
	( ) Receita de Serviços
	Despesas – D 
	( ) Clientes
	Receitas – R 
	( ) Máquinas & Equipamentos
	
	( ) Contas aPagar
	
	( ) Estoque de Mercadorias
	
	( ) Capital Social
	
	( ) Veículos
	
	( ) Reserva Legal
	
	( ) Salários a Pagar
Indique a natureza das contas, preenchendo as lacunas abaixo indicando: 
D – Devedora e C – Credora
	( ) Caixa
	( ) Bancos Conta Movimento
	( ) Estoque de Mercadorias
	( ) Duplicatas a Pagar
	( ) Fornecedores
	( ) Duplicatas a Receber
	( ) Despesa com Salários
	( ) Capital Social
	( ) Salários a Pagar
	( ) Despesas Financeiras
	( ) Veículos
	( ) Marcas e Patentes
	( ) Receitas de Serviços
	( ) Móveis e Utensílios
	
	
Os principais grupos de contas da estrutura patrimonial definidos pela lei societária são constituídos:
Pelos ativos que são distribuídos em origem e aplicação de recursos e pelos passivos que são exclusivamente de origem de recursos, associados ao Patrimônio Líquido que não se enquadram em origem nem em aplicação de recursos;
Não há uma distribuição uniforme entre ativos e passivos salvo se os prazos de realização e exigibilidade forem superiores a um ano, quando estes receberam a classificação de realizável e exigível a longo prazo;
Pelos ativos que são distribuídos em circulantes e não circulantes; pelos passivos que são distribuídos da mesma forma, incluindo, neste grupo o Patrimônio Líquido;
Pelos ativos que são distribuídos em investimentos e aplicações enquanto os passivos se distribuem pelos níveis de liquidez de cada item componente, incluindo o capital próprio da organização.
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CAPÍTULO 6 
Registro em partidas dobradas por balanços sucessivos; formação do capital e fontes de financiamento
ESCRITURAÇÃO BÁSICA POR BALANÇOS SUCESSIVOS
1) Subscrição do Capital
No momento em que os sócios (ou acionistas) assinam o contrato social (subscrevem as ações), há o comprometimento com todas as cláusulas do documento de criação das sociedades, estando incluída a que trata de integralização do capital.
Na implantação hipotética de uma empresa chamada Cia Comercial Aprendiz, cujo contrato social estipula o capital em R$1.000,00, divididos em 100 ações de $10, o registro do contrato na Junta Comercial geraria o seguinte lançamento nas contas e balanço de abertura:
	(D) Capital a integralizar (C)
	
	(D) Capital Subscrito (C)
	1000
	
	
	
	1000
	
	
	
	
	
	
ATIVO
	PASSIVO
	
	
	Patrimônio Líquido
	
	
	
	Capital Social Subscrito
	1000
	
	
	(-) Capital a Integralizar
	(1000)
	
	
	 = Capital Realizado
	0
	TOTAL
	0
	TOTAL
	0
	
2) Integralização do Capital
É a entrega, total ou parcial, do capital subscrito à sociedade. Esta entrega pode ser feita em dinheiro, ou em outros bens e direitos. Digamos que no nosso exemplo um dos sócios tenha integralizado $400 em dinheiro e os outros $400 através de um Prédio que servirá de sede para a empresa:
	Caixa
	
	Imóveis (Prédios)
	
	Capital a integralizar
	400
	
	
	400
	
	
	1000
	800
	
	
	
	
	
	
	200
	
	
ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	400
	
	
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	
	
	Patrimônio Líquido
	
	REALIZÁVEL A L. P.
	
	Capital Social Subscrito
	1.000
	IMOBILIZADO
	
	(-) Capital a Integralizar
	(200)
	 Imóveis (Prédios)
	400
	 = Capital Realizado
	800
	TOTAL
	800
	TOTAL 
	800
3) Contabilização dos gastos para que se torne operacional
Toda empresa incorre em gastos, mesmo antes de iniciar suas atividades operacionais. Esses gastos referentes a novos empreendimentos como a abertura da firma, organização, despachantes, advogados, cartórios, engenharia, etc. serão contabilizados como Despesas do período. Entretanto, para que se torne operacional ela deve adquirir os ativos imprescindíveis ao seu funcionamento.
Suponhamos que na implantação, tenha-se adquirido marcas e patentes necessárias ao empreendimento no valor de $100, com o pagamento efetuado em dinheiro. Dessa forma contabilizaremos:
	
Caixa
	
	
Marcas e Patentes
	(SI) 400
	100
	
	100
	
	 300
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	300
	
	
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	REALIZÁVEL A L. P.
	0
	Patrimônio Líquido
	
	IMOBILIZADO
	
	Capital Social
	1000
	Imóveis (Prédios)
	400
	Capital a Integralizar
	(200)
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	TOTAL
	800
	TOTAL
	800
4) Aquisição de computadores por $150 faturados (a prazo), para pagamento em 10 parcelas mensais e iguais:
	
Computadores
	
	
Duplicatas a Pagar
	150
	
	
	
	150
	 
	
	
	
	
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	300
	Duplicatas a Pagar
	150
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	REALIZÁVEL A L. P.
	0
	
	
	IMOBILIZADO
	
	Patrimônio Líquido
	
	Computadores
	150
	Capital Social
	1000
	Imóveis (Prédios)
	400
	Capital a Integralizar
	(200)
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	TOTAL
	950
	TOTAL
	950
Observe que no balanço acima a organização já conta com Capital Próprio de $800 e com Capital de Terceiros de $150.
5) Aquisição de 100 unidades de mercadorias por $120 para pagamento em 60 dias:
	
Mercadorias
	
	
Duplicatas a Pagar
	120
	
	
	
	150 (SI)
	 
	
	
	
	 120
	
	
	
	
	 270
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	300
	Duplicatas a Pagar
	270
	Mercadorias
	120
	
	
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	REALIZÁVEL A L. P.
	0
	
	
	IMOBILIZADO
	
	Patrimônio Líquido
	
	Computadores
	150
	Capital Social
	1000
	Imóveis (Prédios)
	400
	Capital a Integralizar
	(200)
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	TOTAL
	1.070
	TOTAL
	1.070
Observe que a empresa ainda não obteve lucro ou prejuízo, pois não realizou vendas ao longo dos períodos.
6) A empresa abre uma conta bancária em seu nome e transfere $200 do Caixa para esta conta.
	
Caixa
	
	
Bancos Conta Movimento
	(SI) 300
	200
	
	200
	
	 100 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100
	Duplicatas a Pagar
	270
	Bancos C/ Movimento
	200
	
	
	Mercadorias
	120
	
	
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	REALIZÁVEL A L. P.
	0
	
	
	IMOBILIZADO
	
	Patrimônio Líquido
	
	Computadores
	150
	Capital Social
	1000
	Imóveis (Prédios)
	400
	Capital a Integralizar
	(200)
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	TOTAL
	1.070
	TOTAL
	1.070
Não há alteração do total do ativo e passivo, pois foi somente uma troca do ativo caixa para bancos conta movimento.
7) A entidade obtém um empréstimo a longo prazo de $500 que é depositado na conta bancária em seu nome. 
	
Banco Conta Movimento
	
	
Empréstimos Bancários de LP
	(SI) 200
	
	
	
	500
	 500 
	
	
	
	
	700
	
	
	
	
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100
	Duplicatas a Pagar
	270
	Bancos C/ Movimento
	700
	
	
	Mercadorias
	120
	Não Circulante
	
	Não Circulante
	
	EXIGÍVEL DE LP
	
	REALIZÁVEL A L.P.
	0
	Emprést. Ban. de LP
	500
	IMOBILIZADO
	
	Patrimônio Líquido
	
	Computadores
	150
	Capital Social
	1000
	Imóveis (Prédios)
	400
	Capital a Integralizar
	(200)
	INTANGÍVEL
	
	
	
	Marcas e Patentes
	100
	
	
	TOTAL
	1.570
	TOTAL
	1.570
8) Integralização do restante do Capital pelos Sócios, com depósito na conta corrente da entidade.
	
Banco Conta Movimento
	
	
Capital a Integralizar
	(SI) 700
	
	
	(SI) 200
	200
	 200 
	
	
	0
	
	 900
	
	
	
	
	ATIVO
	PASSIVO
	Circulante
	
	Circulante
	
	Caixa
	100
	Duplicatas a Pagar
	270
	Bancos C/ Movimento
	900

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