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MpMagEst 
Tributário 
Caio Bartine 
Data: 07/06/2013 
Aula 04 
 
MpMagEst – 2013 
Anotador(a): Carlos Eduardo de Oliveira Rocha 
Complexo Educacional Damásio de Jesus 
RESUMO 
 
SUMÁRIO 
 
1. Princípios constitucionais tributários 
2. Imunidades tributárias. 
 
 
1. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS 
 
1.1. Princípio do não confisco (art. 150, IV da CF): o tributo não pode ter caráter confiscatório, que de 
acordo com a jurisprudência e doutrina é a expropriação do patrimônio particular, por um caráter 
eminentemente sancionatório e sem qualquer possibilidade de indenização. 
 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios: 
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;” 
 
Tributação confiscatória é aquela que determinado ente federativo impõe uma carga tributária ao 
ponto de acarretar a inviabilidade econômica do contribuinte – Min. Celso de Mello. 
 
A determinação do confisco em matéria tributária não dependerá apenas da análise das alíquotas, 
mas da dinâmica da aplicação do aspecto quantitativo em determinados tributos. Nesse aspecto, a 
distinguir alíquotas confiscatórias das alíquotas seletivas, uma vez que a seletividade permite 
alíquotas diferenciadas em razão da essencialidade do produto para o consumo. 
Por mais que um tributo não se confunda com multa, é possível a aplicação do princípio do não 
confisco para as penalidades pecuniárias. A diferença é que a multa será aplicada com a 
observância aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. 
 
2. IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 
 
É uma vedação constitucional que impede a incidência tributária. Determina o impedimento do 
aperfeiçoamento do fato gerador. 
 
Expressões correlatas na constituição, que se subentende tratar de imunidade tributária: 
 
(i) Vedação; 
(ii) Não incidência; Imunidades tributárias na Constituição 
(iii) Isenção; 
(iv) Gratuidade 
 
(i) Não incidência Se tratadas fora do escopo da constituição, são fato atípicos 
(ii) Isenção 
 
 – ausência da descrição na hipótese de incidência. 
 
 
2 de 3 
O CTN com a finalidade de permitir maior segurança jurídica ao contribuinte no art. 108, §1º 
estabelece: 
 
“Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade 
competente para aplicar a legislação tributária utilizará 
sucessivamente, na ordem indicada: 
§ 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de 
tributo não previsto em lei.” 
 
Não se pode confundir analogia com interpretação extensiva. A interpretação extensiva é utilizada 
como uma forma de dimensionar uma maior competência tributária, observado os limites 
previstos em lei. Já a analogia é a aplicação de um fato semelhante ao caso concreto, sendo este 
fato semelhante não previsto em lei. 
 
Uma isenção não qualificada na Constituição passa a ser uma dispensa legal no cumprimento da 
obrigação tributária principal, excluindo o crédito tributário dela decorrente. A própria 
constituição estabelece que toda e qualquer extensão só pode ser conferida mediante lei 
específica. E sendo a isenção a desoneração tributária, uma vez que é incentivo fiscal, deve se 
coadunar com a lei de responsabilidade fiscal (LC 101/2000). 
Depende de estudo de impacto orçamentário e indicação de outra receita como fonte de custeio. 
 
Obs.: a Imunidade tributária pode recair sobre todo ou qualquer tributo – desde que haja expressa 
previsão. 
 
2.1. Imunidades genéricas (art. 150, VI da CF) – trata-se de imunidade própria de imposto e não se 
estende para outras espécies tributárias. *Trata-se tema muito abordado nas provas de concursos 
públicos. 
 
“VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
b) templos de qualquer culto; 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive 
suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das 
instituições de educação e de assistência social, sem fins 
lucrativos, atendidos os requisitos da lei; 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua 
impressão.” 
 
2.1.1. Imunidade recíproca (art. 150, VI, “a”) – a União não pode cobrar impostos dos Estados, 
que não podem cobrar impostos dos municípios (Patrimônio, Renda e Serviços). 
 
 Operações: IPI – IOF - ICMS 
Demais Impostos 
 Transmissão: ITCMD - ITBI 
 
A finalidade é a preservação do pacto federativo e assim, o STF entendeu que patrimônio, 
renda e serviços são estendidos aos impostos sobre operações e transmissões. 
 
Situação proposta: 
 
 a União realiza a locação de imóvel para o particular, incide IPTU? Não, uma vez que a 
União é imune ao recolhimento do imposto é a propriedade é pertencente a ela. Na 
situação inversa, se o particular locar o imóvel para a União, incide IPTU? Sim. E se o 
 
3 de 3 
locatário colocar uma cláusula contratual constando que a União irá pagar as despesas 
de IPTU essa cláusula é válida? Sim, uma vez que a União esta numa relação contratual. 
 
 A União realiza a alienação de imóvel para o particular. Tendo em vista a determinação 
do STF para extensão da imunidade para todo e qualquer imposto, incide ITBI? Sim, 
porque nesse caso quem tem o dever de assumir o encargo é o adquirente e não o 
alienante. Na situação inversa, em que o particular aliena o imóvel para a União, não 
incidirá ITBI, uma vez que o adquirente goza de imunidade tributária. 
 
 Determinado município recebe de uma concessionária de energia elétrica o valor da 
tarifa pela utilização do serviço, com a incidência de ICMS. Neste caso, o ICMS é um 
tributo plurifásico, incidindo em todas as cadeias, compensado no preço pago na 
operação posterior, nesse sentido, conforme entendimento do STF, que a imunidade 
tributária reciproca, referente aos impostos indiretos, alcança o contribuinte de direito, 
mas não se estende ao contribuinte de fato, devendo este assumir a totalidade dos 
encargos tributários. 
 
Obs.: 
Contribuinte de direito: quem realiza o fato gerador 
Contribuinte de fato: assume o encargo tributário. 
Obs.: é extensiva as autarquias e fundações públicas desde que atendam suas 
finalidades essenciais. 
 
 Imunidades sobre agencias reguladoras, sobre agencias executivas e a possibilidade de 
imunidade sobre consórcios públicos: agencia reguladora (autarquia em regime 
especial) pode gozar de imunidade recíproca. Estende para todas agencias reguladoras? 
Sim, pois a natureza dessa atividade não deixa de ser autárquica. 
Agencia executiva pode gozar de imunidade? Sim, pois é uma qualificação dada a uma 
autarquia ou uma fundação pública que celebra com o Poder Público um contrato de 
gestão (excrecência jurídica Celso Antonio). IMETRO – é qualificado como agencia 
executiva. 
Consórcios Públicos: instituto regulamentado pela lei 11.107/05 (modificou o art. 41, IV 
do CC). É uma forma de gestão associada de entes federados, que se associam 
contratualmente para prestação de serviços público comuns. A finalidade é prestar um 
serviço público comum com maior eficiência. O consorcio é dotado de personalidade 
jurídica de direito público ou privado. No primeiro caso trata-se uma associação pública 
(que por sua vez é espécie de autarquia) ou no segundo caso, trata-se de uma 
associação civil (associação que presta serviços públicos).

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