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Transtornos alimentares Transtornos alimentares são doenças que afetam particularmente adolescentes e adultos jovens de sexo feminino, levando a prejuízos psicológicos sociais crescentes, aumentando a mortalidade. Anorexia nervosa: É caracterizada por perca de peso alarmante, dietas “malucas” e rigorosas, causando magreza excessiva, o que leva a pessoa a ver imagens distorcidas do próprio corpo; altera obviamente a estrutura corporal, tendo influencia também no ciclo menstrual. Breve histórico Herbanas (1986) relata um dos casos pioneiros de anorexia, um caso de uma jovem que ao se curar de uma doença não identificada, começou a comer descontroladamente. Na tentativa de controlar seus impulsos alimentares, refugiou-se num convento, onde restringia sua alimentação a pão e alguns vegetais, ela se mutilava e fazia longos jejuns. No início até conseguia cumprir suas obrigações no convento, mas rapidamente seu quadro foi se deteriorando, até sua morte por desnutrição. Já no século XIII, há relatos de mulheres que se auto jejuam como uma forma de aproximar-se de Deus, eram as chamadas Santas anoréxicas. O quadro era de mulheres insatisfeitas consigo mesmas e com distorções cognitivas, tal como as anoréxicas de hoje. Existem relatos dessa época bem conhecidos, como o de Catarina Benica, que aos 16 anos recusou o plano de casamento imposto pelos pais, jurando se manter virgem, entrando para o convento, se alimentava de pão e alguns vegetais, e provocava vômito com ingestão de plantas. Em 1964, Richard Morton é autor do primeiro relato de anorexia nervosa, descrevendo o caso de uma jovem que se recusava a alimentar-se, ela não aceitou nenhuma ajuda até morrer por inanição. O médico responsável se mostrou muito intrigado, pois a jovem estava com suas faculdades mentais em perfeito estado. Já em 1903, Janete relata o caso de Nádia, uma moça de 22 anos de idade que sente vergonha e repulsa de seu próprio corpo, com frequente vontade de emagrecer. O autor denominou esse caso de anorexia nervosa, ele faz relação entre magreza e maturidade sexual, sugeriu dois tipos patológicos – obsessivo e histérico. Alguns critérios para o diagnóstico de anorexia nervosa segundo o DSM (Diagnóstico Estatístico de Transtornos Mentais): Recusa de manter-se igual ou acima do peso adequado à sua estrutura corpórea e altura Medo de ganhar peso e se tornar gordo Perturbação sobre o modo de como conviver com o peso No que se refere às mulheres, ausência de pelo menos 3 ciclos menstruais Conclusão: Com relação à anorexia nervosa, o que se pode observar nesse artigo é que ela é uma doença antiga, existente desde o século XIII. Ela perdura frequente e arduamente até os dias atuais, mesmo com inúmeros recursos médicos disponíveis. A própria sociedade impõem quando condiciona, por exemplo, uma jovem a ser modelo – precisa ter certos padrões de beleza e a magreza se torna curriculum. Há também pessoas com o tão famoso complexo de sempre achar que está acima do peso, o que pode acabar virando uma obsessão e mais à frente acarretar na doença. Citando como estudo de caso, uma amiga médica pediátrica, se alimenta todos os dias no almoço com duas colheres de arroz, peito de frango grelhado e um tomate, pois a mesma possui aversão a engordar. Bibliografia: CORDÁS, T. A. Transtornos alimentares: classificação e diagnóstico. Revista de Psiquiatria Clínica, vol31, n4, pp.154-157, 2004. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rpc/v31n4/22398. Transtornos alimentares Centro Universitário Estácio do Ceará Disciplina: Psicologia da motivação e emoção Professora: Ana Maria Melo Alunas: Maria Cecília Oliveira, Thais Sarmento Turma: 1003 Fortaleza, 13 de junho de 2017.
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