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Aula 2 Aula Desenvolvimento Humano III

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Desenvolvimento Humano III
Aula II
Professora: Fátima Uhr
Definição de Self
Professora: Fátima Uhr
O conceito self é usado de forma generalizada na clínica e na pesquisa, o que torna difícil reconhecer, de imediato, qual a perspectiva epistemológica adotada ao se falar de self. 
Definição de Self
Professora: Fátima Uhr
As abordagens teóricas fundamentam-se em diferentes concepções para compreender o ser humano, o que traz implicações diretas na maneira de descrever o self. 
Definição de Self
Professora: Fátima Uhr
Entre os muitos dilemas com os quais as teorias sobre o self se defrontam, Bamberg e Zielke (2007) destacam três que estão altamente inter-relacionados:
Definição de Self
Professora: Fátima Uhr
(1) a questão da identidade e de sentir-se o mesmo, ou seja, como é possível considerar-se o mesmo face a constantes mudanças; 
Definição de Self
Professora: Fátima Uhr
(2) a questão de sentir-se único e o mesmo, ou seja, se é possível considerar-se como único apesar de ser o mesmo como qualquer outro (e vice-versa); 
Definição de Self
Professora: Fátima Uhr
(3) a questão de quem é o encarregado da construção, isto é, se é a pessoa quem constrói o mundo do jeito que é ou se a pessoa é construída pelo modo como o mundo é.
Definição de Self
Professora: Fátima Uhr
Este termo foi utilizado inicialmente por vários psicanalistas ingleses, para designar a pessoa enquanto lugar de atividade psíquica, ou seja, o self seria o produto de processos dinâmicos que asseguram a unidade e a totalidade do sujeito.
Definição de Self
Professora: Fátima Uhr
Modelos de Crises Normativas
Professora: Fátima Uhr
Carl C. Jung e Erik Erikson foram referência para grande parte da teoria e da pesquisa da vida adulta de crises normativas.
Modelos de Crises Normativas
Professora: Fátima Uhr
Carl C. Jung: 
Individuação e Transcendência
Professora: Fátima Uhr
Carl Jung, o primeiro grande teórico do desenvolvimento adulto, sustentava que um desenvolvimento saudável na meia-idade exige individuação, a emergência do verdadeiro self através da
Carl C. Jung: 
Individuação e Transcendência
Professora: Fátima Uhr
ou da integração das partes conflitantes da personalidade, incluindo aquelas até então negligenciadas.
Carl C. Jung: 
Individuação e Transcendência
Professora: Fátima Uhr
Até aproximadamente os 40 anos, disse Jung, os adultos concentram-se nas obrigações com a família e com a sociedade, desenvolvendo os aspectos da personalidade que os ajudarão a alcançar objetivos externos.
Carl C. Jung: 
Individuação e Transcendência
Professora: Fátima Uhr
As mulheres enfatizam a expressividade e o zelo; os homens orientam-se, sobretudo às realizações. 
Carl C. Jung: 
Individuação e Transcendência
Professora: Fátima Uhr
Na meia-idade, as pessoas direcionam sua preocupação aos eus interiores, espirituais. 
Tanto os homens como as mulheres buscam uma "união de opostos". 
Carl C. Jung: 
Individuação e Transcendência
Professora: Fátima Uhr
Duas tarefas necessárias - mas difíceis - da meia-idade são abrir mão da imagem de juventude e reconhecer a mortalidade
Carl C. Jung: 
Individuação e Transcendência
Professora: Fátima Uhr
Segundo Jung (1966), a necessidade de reconhecer a mortalidade exige uma busca pelo significado no self. 
Carl C. Jung: 
Individuação e Transcendência
Professora: Fátima Uhr
Essa virada para o interior pode ser perturbadora; à medida que questionam seus comprometimentos, as pessoas podem temporariamente perder suas referências. 
Carl C. Jung: 
Individuação e Transcendência
Professora: Fátima Uhr
Mas as pessoas que evitam essa transição e não reorientam sua vida adequadamente perderão a chance de crescer psicologicamente.
Carl C. Jung: 
Individuação e Transcendência
Professora: Fátima Uhr
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Sendo esta baseada na perspectiva freudiana em relação ao desenvolvimento da personalidade, essencialmente nos primeiros cinco estádios de desenvolvimento. 
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Centrou a sua teoria na capacidade de adaptação do ego ao meio, ou seja, no contexto sociocultural. 
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Erikson considerava o Homem como um ser social, que vive e interage com grupos sociais e que é pressionado e influenciado por estes.
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Erikson propõe uma concepção de desenvolvimento em oito estágios psicossociais, perspectivados por sua vez em oito idades que decorrem desde o nascimento até à morte. 
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Pertencendo as quatro primeiras ao período de bebe e de infância, e as três últimas aos anos adultos e à velhice, cada estágio é atravessado por uma crise psicossocial entre uma vertente positiva e uma negativa. 
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Em contraste com Jung, que via a meia-idade como uma época de voltar-se para o interior, Erikson descreveu um virada para o exterior. 
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Erikson considerava o período em torno dos 40 anos como a época em que as pessoas passam por sua sétima "crise" normativa, geratividade versus estagnação. 
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Geratividade, como Erikson a definia, é a preocupação de adultos maduros com o estabelecimento e a orientação da próxima geração, perpetuando-se através da influência sobre os que virão. 
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Prevendo o declínio de sua vida, as pessoas sentem a necessidade de deixar um legado - de participar na continuação da vida. 
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
As pessoas que não encontram um escape para a geratividade tornam-se absortas em si mesmas, excessivamente entregues aos próprios prazeres ou estagnadas (inativas ou inertes).
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
A geratividade pode expressar-se não apenas através da criação dos filhos e dos netos, mas também através do ensino ou do aconselhamento, da produtividade ou da criatividade e da "auto geração" ou auto desenvolvimento. 
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
Ela pode estender-se ao mundo do trabalho, da política, das artes, da música e a outras esferas. 
Erik Erikson: 
Geratividade versus Estagnação
Professora: Fátima Uhr
• Eu tento repassar o conhecimento que adquiri com minhas experiências.
• Não acho que outras pessoas precisem de mim.
• Eu acho que gostaria de trabalhar como professor.
Um teste pessoal de sua geratividade
Professora: Fátima Uhr
• Sinto que fiz diferença para muitas pessoas.
• Eu não me proponho a trabalhar para uma instituição de caridade.
• Fiz e criei coisas que tiveram impacto sobre outras pessoas.
Um teste pessoal de sua geratividade
Professora: Fátima Uhr
• Tento ser criativo na maioria das coisas que faço.
• Acho que serei lembrado por muito tempo depois que morrer.
Um teste pessoal de sua geratividade
Professora: Fátima Uhr
• Acredito que a sociedade não pode ser responsável pela provisão de alimento e de abrigo para todas as pessoas sem moradia.
• As pessoas poderiam dizer que fiz contribuições especiais para a sociedade.
Um teste pessoal de sua geratividade
Professora: Fátima Uhr
• Caso eu não pudesse ter filhos próprios, gostaria de adotar crianças.
• Tenho habilidades importantes que tento ensinar aos outros.
• Acho que não fiz nada que irá sobreviver após a minha morte.
Um teste pessoal de sua geratividade
Professora: Fátima Uhr
• Em geral, meus atos
não têm um efeito positivo sobre os outros.
• Sinto como se não tivesse feito nada de valor para contribuir para os outros.
Um teste pessoal de sua geratividade
Professora: Fátima Uhr
• Comprometi-me de muitas formas com muitas pessoas, grupos e atividades diferentes em minha vida.
• As pessoas dizem que eu sou uma pessoa muito produtiva.
Um teste pessoal de sua geratividade
Professora: Fátima Uhr
• Sou responsável pelo aperfeiçoamento do bairro em que vivo.
• As pessoas procuram-me em busca de conselhos.
Um teste pessoal de sua geratividade
Professora: Fátima Uhr
• Acho que minhas contribuições permanecerão após a minha morte.
Fonte: Loyola Generativity Scale. Reproduzido de McAdams e de St.Aubin, 1992.
Um teste pessoal de sua geratividade
Professora: Fátima Uhr
Momento de Ocorrência dos Eventos: O Relógio Social
Professora: Fátima Uhr
Segundo o modelo de momento de ocorrência dos eventos o desenvolvimento da personalidade adulta depende menos da idade do que de eventos de vida importantes. 
Momento de Ocorrência dos Eventos: O Relógio Social 
Professora: Fátima Uhr
Os primeiros estudos de crises normativas, a ocorrência e o momento de ocorrência de fatos importantes, como o casamento, a aposentadoria e o nascimento dos filhos e dos netos eram bastante previsíveis
Momento de Ocorrência dos Eventos: O Relógio Social 
Professora: Fátima Uhr
Hoje os estilos de vida são mais diversos, "os relógios sociais" batem em ritmos diferentes, e um "ciclo de vida fluido" confundiu os limites da idade adulta (Neugarten e Neugarten, 1987).
Momento de Ocorrência dos Eventos: O Relógio Social 
Professora: Fátima Uhr
Quando a vida das mulheres giravam em torno de ter e de criar filhos, o término dos anos reprodutivos significava algo diferente do que significa agora, quando tantas mulheres de meia-idade entraram na força de trabalho.
Momento de Ocorrência dos Eventos: O Relógio Social 
Professora: Fátima Uhr
Quando os padrões ocupacionais eram mais estáveis e a aposentadoria aos 65 anos de idade era quase universal, o significado de trabalhar na meia-idade talvez fosse diferente de seu atual significado em um período de mudanças frequentes de emprego, de redução no tamanho das empresas e de aposentadoria precoce ou tardia.
Momento de Ocorrência dos Eventos: O Relógio Social 
Professora: Fátima Uhr
Quando as pessoas morriam mais cedo, os sobreviventes de meia-idade sentiam-se velhos, percebendo que eles também estavam perto do fim de sua vida. 
Momento de Ocorrência dos Eventos: O Relógio Social 
Professora: Fátima Uhr
Muitas pessoas sentem e observam mudanças durante a meia-idade. Quer examinemos pessoas de meia-idade objetivamente, em termos de seu comportamento exterior, quer subjetivamente, em termos de como elas descrevem a si mesmas, surgem alguns temas e questões. Existe algo como uma "crise de meia-idade"?
O Self na Idade Adulta: Questões e Temas
Professora: Fátima Uhr
Como a identidade desenvolve-se na meia-idade? 
O que contribui para o bem-estar psicológico? 
Homens e mulheres mudam de maneira distinta? 
Todas essas questões giram em torno do self.
O Self na Idade Adulta: Questões e Temas
Professora: Fátima Uhr
Mudanças de personalidade e estilo de vida durante o início a meados dos 40 anos costumam ser atribuídas à crise da meia-idade, período supostamente estressante desencadeado pelo exame e pela reavaliação de nossa vida..
Existe uma Crise da Meia-idade?
Professora: Fátima Uhr
O termo foi cunhado pelo psicanalista Elliott Jacques (1967). 
Existe uma Crise da Meia-idade?
Professora: Fátima Uhr
Ele irrompeu na consciência pública na década de 1970 – período de rápida mudança social, de estilos de vida alternativos e da busca generalizada de crescimento pessoal - com a popularização das teorias de crises normativas de Erikson, de Jung e de Levinson.
Existe uma Crise da Meia-idade?
Professora: Fátima Uhr
A crise de meia-idade foi conceitualizada como uma crise de identidade; na verdade, foi chamada de segunda adolescência
Existe uma Crise da Meia-idade?
Professora: Fátima Uhr
O que a suscita, disse Jacques, é a consciência da mortalidade. Muitas pessoas percebem que não consegue realizar sonhos que tanto desejaram.
Existe uma Crise da Meia-idade?
Professora: Fátima Uhr
Hoje, a realidade da crise de meia-idade como experiência normativa de desenvolvimento foi posta em xeque.
Muitas pesquisas comprovam que a crise de meia-idade pode ser estressante, contudo não mais do que a idade adulta.
Existe uma Crise da Meia-idade?
Professora: Fátima Uhr
Ao que parece, a meia-idade é apenas uma das transições da vida, transição que tipicamente envolve um exame introspectivo e uma reavaliação de valores e de prioridades. 
Existe uma Crise da Meia-idade?
Professora: Fátima Uhr
Esse balanço da meia-idade pode ser um ponto de virada psicológico, um período de balanço que produz novos entendimentos de nós mesmos e que estimula correções a meio caminho no plano e na trajetória de nossa vida.
Existe uma Crise da Meia-idade?
Professora: Fátima Uhr
Na área da psicologia, a resiliência é a capacidade de uma pessoa lidar com seus próprios problemas, vencer obstáculos e não ceder à pressão, seja qual for a situação.
Resiliência na Psicologia
Professora: Fátima Uhr
A teoria diz que resiliência é a possibilidade do indivíduo de tomar uma decisão quando tem a chance de tomar uma atitude que é correta, e ao mesmo tempo tem medo do que isso possa ocasionar. 
Resiliência na Psicologia
Professora: Fátima Uhr
A resiliência demonstra se uma pessoa sabe ou não funcionar bem sob pressão.
Resiliência na Psicologia
Professora: Fátima Uhr
Pessoas com ego resiliente- com capacidade de se adaptar de maneira flexível e engenhosa a possíveis fontes de estresse - têm mais chances de serem bem-sucedidas na travessia da meia-idade
.
Resiliência na Psicologia
Professora: Fátima Uhr
Para pessoas com personalidades resilientes, até fatos negativos, como um divórcio indesejável, podem tornar-se trampolins para desenvolvimento positivo.
Resiliência na Psicologia
Professora: Fátima Uhr
Mais característico
Compreende sua própria motivação e seu comportamento.
Tem afeto; capacidade para relacionamentos próximos.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr
Mais característico
Tem equilíbrio e presença social
É produtivo; faz as coisas acontecerem.
É calmo e relaxado.
É habilidoso em técnicas sociais de jogo imaginário.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr
Mais característico
É socialmente perceptivo de indicadores interpessoais.
É capaz de atentar para o cerne de problemas importantes ou adversidade.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr
Mais característico
É uma pessoa genuinamente confiável e responsável.
Responde ao humor.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr
Mais característico
Valoriza a própria independência e autonomia.
Tende a despertar afeição e aceitação.
É naturalmente bem-humorado.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr
Menos característico
Tem defesa frágil do ego; desadaptado sob estresse.
Sabota a si mesmo.
Sente-se pouco a vontade com incerteza e com
Complexidades.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr
Menos característico
Reage exageradamente a pequenas frustrações; é irritadiço.
Nega pensamentos e experiências desagradáveis.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr
Menos característico
Não varia os papéis; relaciona-se com todos da mesma maneira.
É basicamente ansioso.
Desiste ou retrai-se diante de frustração.
É emocionalmente indiferente.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr
Menos característico
É vulnerável a ameaça real ou imaginária; receoso.
Tende a ruminar e a ter pensamentos preocupantes.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr
Menos característico
Sente-se enganado e vitimado pela vida.
Sente falta de significado pessoal na vida.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr
Nota: 
Esses itens são utilizados como critério para medir a resiliência do ego, utilizando-se o Conjunto Q Adulto da Califórnia. Fonte: Adaptado de Block, 1991, como reproduzido em Klohnen, 1996.
Características de Adultos de Ego Resiliente
Professora: Fátima Uhr

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