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Lei Municipal nº 333 16 Política Ambiental (1)

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GOVERNO DO PARÁ 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ 
GABINETE DO PREFEITO 
1 
 
LEI N° 333/2016, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2016. 
 
“DISPÕE SOBRE A POLÍTICA 
MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE 
SÃO MIGUEL DO GUAMÁ E DÁ 
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.” 
 
O Prefeito do Município de São Miguel do Guamá, Estado do Pará, no uso de suas 
atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município; FAÇO SABER 
que a Câmara Municipal de São Miguel do Guamá aprovou e eu sanciono a seguinte 
Lei: 
 
TÍTULO I 
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1º A política municipal de Meio Ambiente do Município de São Miguel do 
Guamá, do Estado do Pará, respeitada as competências do Estado da União, é o 
conjunto de princípios, objetivos, instrumento de ação, medidas de diretrizes fixadas 
e neste lei, para fim de preservar, proteger, defender o meio ambiente e recuperar e 
melhorar o meio ambiente antrópico, artificial e do trabalho, atendidas as 
peculiaridades locais, em harmonia com o desenvolvimento econômico-social, 
visando assegurar a qualidade ambiental propício à vida. 
 
Parágrafo Único. As normas da Política Municipal do Meio Ambiente serão 
obrigatoriamente observadas na definição de qualquer política, programa ou projeto, 
público ou privado, no território do município, como garantia do direito da 
coletividade ao meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado e 
economicamente sustentável a partir de seus recursos naturais renováveis. 
 
TÍTULO II 
DA POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE 
 
CAPÍTULO I 
DOS PRINCÍPIOS 
 
Art. 2º São princípios básicos da Política Municipal do Meio Ambiente, consideradas 
as peculiaridades locais, geográficas, econômicas e sociais, os seguintes: 
 
I – O direito, da atual e futuras gerações, ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado; 
II – Desenvolvimento Sustentável; 
III – A valorização da vida e emprego que devem ser assegurados de forma 
saudável e produtiva, em harmonia com a natureza; 
IV – A função social da propriedade urbana e rural; 
V – A participação popular; 
VI – O direito de acesso às informações ambientais; 
VII – Educação Ambiental; 
VIII – A prevenção do Dano Ambiental; 
IX – A compensação pelo uso de recursos naturais; 
GOVERNO DO PARÁ 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ 
GABINETE DO PREFEITO 
2 
 
X - A obrigação de recuperar ou indenizar danos ambientais 
XI – O respeito aos povos quilombolas, às formas tradicionais de organização social 
e às suas necessidades de reprodução física e cultural e melhoria de condição de 
vida, nos termos da Constituição Federal e da Legislação aplicável, em consonância 
com o interesse da comunidade local em geral. 
 
CAPÍTULO II 
DOS OBJETIVOS 
 
Art. 3º São objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente: 
 
I – Promover o desenvolvimento econômico social, compatibilizando-o, respeitadas 
as peculiaridades, limitações e carências locais, com a conservação da qualidade do 
meio ambiente e do equilíbrio ecológico, com vistas ao efetivo alcance de condições 
de vida satisfatória e o bem estar da coletividade; 
II – Definir as áreas prioritárias da ação governamental relativas à questão 
ambiental, atendendo o interesse da coletividade; 
III – Estabelecer critérios padrões de qualidade para o uso e manejo dos recursos 
ambientais. Adequando-os continuamente às inovações tecnológicas e às alterações 
decorrentes da ação antrópica ou natural; 
IV – Garantir a preservação da biodiversidade do patrimônio natural e contribuir para 
o seu conhecimento científico; 
V – Criar e implementar instrumentos e meios de preservação e controle do meio 
ambiente; 
VI – Promover o desenvolvimento de pesquisas e a geração e difusão de 
tecnologias locais orientadas para o uso racional de recursos ambientais; 
VII – Estabelecer os meios indispensáveis à efetiva imposição ao degradador 
público ou privado da obrigação de recuperar e indenizar os danos causados ao 
meio ambiente, sem prejuízo das sanções penais e administrativas cabíveis; 
VIII – Garantir o aproveitamento dos recursos naturais de forma ecologicamente 
equilibrada visando à erradicação da pobreza e a redução das desigualdades 
sociais; 
IX – Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino, inclusive quando 
à educação informal da comunidade; 
X – Utilizar o Solo Urbano e Rural de forma ordenada de modo a compatibilizar a 
sua ocupação com as condições exigidas para a conservação, preservação e 
melhoria da qualidade ambiental. 
XI – Estabelecer normas, critérios e limites para a exploração dos recursos naturais 
no âmbito do município com fins de avaliação para o licenciamento ambiental; 
XII – Fixar, na forma e nos limites da Lei, a contribuição dos usuários pela utilização 
dos recursos naturais públicos, com finalidades econômicas; 
 
CAPÍTULO III 
DOS INSTRUMENTOS 
 
Art. 4º São instrumentos para implantação da política municipal de meio ambiente: 
 
I - Normas urbanísticas e de controle ambiental 
II - Zoneamento Ecológico e Econômico 
III - Arborização Urbana 
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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ 
GABINETE DO PREFEITO 
3 
 
IV – Os espaços territoriais especialmente protegidos 
V - Monitoramento e auditoria ambiental 
VI - Licenciamento e autorização ambiental 
VII - Avaliação de Impactos Ambientais, Estudos Prévios de Impactos e respectivos 
relatórios. 
VIII - Termo de ajustamento de conduta e de compromisso 
IX - Educação Ambiental 
X - Audiências Públicas e Participação Ambiental 
XI - Gerenciamento Fluvial 
XII– Participação Popular e Direito A Informação 
XIII – Estímulos e Incentivos 
XIV - Cadastros e Informações Ambientais 
XV - Fundo Municipal de Meio Ambiente 
XVI - Fiscalização Ambiental 
XVII - Infrações e sanções administrativas 
 
SEÇÃO I 
DAS NORMAS URBANÍSTICAS E DE CONTROLE AMBIENTAL 
 
Art. 5º O uso dos recursos naturais existentes no território sob jurisdição do 
Município de São Miguel do Guamá, bem como qualquer atividade, obra e 
empreendimento, que possam causar poluição ou degradação ao meio ambiente, 
sujeitam-se: 
 
I - Aos critérios e restrições impostas pelas normas gerais federais, complementadas 
pelas normas editadas pelo Estado do Pará e suplementares pelas normas locais, 
quer de caráter urbanístico ou ambiental; 
II - Aos padrões de qualidade ambiental; 
Parágrafo Único - O órgão ambiental municipal poderá estabelecer padrões não 
fixados pelos órgãos federais e do Estado do Pará, após a aprovação do Conselho 
Municipal de Meio Ambiente. 
 
Art. 6º O controle ambiental nos limites do território municipal será exercido pela 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA, sempre que possível em conjunto 
de órgãos da esfera estadual ou federal, através de acordos e convênios de 
colaboração mútua, observando, para tal, os preceitos da legislação referente em 
vigor no estado do Pará; 
 
Art. 7º Os resíduos líquidos, sólidos, gasosos ou em qualquer estado de agregação 
da matéria, provenientes de fontes poluidoras, somente poderão ser lançados ou 
liberados, direta ou indiretamente, nos recursos ambientais situados no território do 
Município, desde que obedecidas às normas e padrões estabelecidos nesta Lei e 
em Legislação Complementar. 
 
§ 1º Considera-se fonte de poluição, qualquer atividade, sistema, processo, 
operação, maquinaria, equipamento ou dispositivo, móvel ou não, que induza, 
produza ou possa produzir poluição; 
GOVERNO DO PARÁ 
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ 
GABINETE DO PREFEITO 
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§ 2º Consideram-se recursos ambientais, a atmosfera, as águas interiores; 
superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo e os elementos nele 
contidos, o subsolo, a flora e a fauna; 
§ 3 º. Considera-se poluente, toda e qualquer forma de matéria ou energia que, 
direta ou indiretamente, cause poluição, em intensidade, em quantidade,em 
concentração ou com características em desacordo com as normas e padrões 
estabelecidos em legislação especifica; 
§ 4º Considera-se poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de 
atividades que direta e indiretamente: 
 
I – Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
II – Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
III – Afetem desfavoravelmente o conjunto de seres animais e vegetais de uma região; 
IV – Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
V – Lancem matérias ou energias em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. 
 
Art. 8º Fica o Poder Executivo autorizado a determinar medidas de emergência a fim 
de evitar episódios críticos de poluição ambiental ou impedir a sua continuidade em 
casos de graves e iminentes riscos para as vidas humanas ou recursos econômicos; 
 
Parágrafo Único – Para a execução das medidas de emergência de que trata este 
artigo poderão, durante o período crítico, ser reduzidas ou impedidas quaisquer 
atividades em áreas atingidas pela ocorrência. 
 
Art. 9º Os infratores das normas municipais de meio ambiente estarão sujeitos as 
penalidades previstas no artigo 105 desta lei. 
 
Art. 10. Os recursos contra as sanções impostas seguem os normatizados no Art. 93 
desta lei; 
 
SEÇÃO II 
DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONOMICO 
 
Art. 11. O Zoneamento Ecológico-Econômico tem por fim ordenar o uso do solo 
urbano e de expansão urbana e rural visando à proteção do meio ambiente, 
competindo ao Município de São Miguel: 
 
I – Detalhar, no que couber, normas e diretrizes estabelecidas no zoneamento 
ecológico-econômico do Estado do Pará, dando-lhes cumprimento; 
II – Respeitar, no que couber, as normas e diretrizes, estabelecidas no zoneamento 
ecológico econômico do Estado do Pará, na revisão do Plano Diretor Municipal. 
 
Art. 12. O Zoneamento Ecológico-Econômico do Município de São Miguel do 
Guamá deverá ser aprovado por lei, como base do planejamento municipal, 
estabelecendo políticas, programas e projetos, ressalvadas as competências 
Estaduais. 
 
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PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ 
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Art. 13. A Política Municipal do Meio Ambiente deverá ser ajustada às conclusões e 
recomendações do Zoneamento Ecológico-Econômico. 
 
SEÇÃO III 
DA ARBORIZAÇÃO URBANA 
 
Art. 14. A vegetação de porte arbóreo, localizada no Município de São Miguel do 
Guamá é considerada bem de interesse comum, integrante do Patrimônio Ambiental 
Municipal. 
 
§ 1º Fica obrigado o plantio de pelo menos uma árvore para cada uma suprimida em 
terreno ou via pública, em todo o Município de São Miguel do Guamá. 
§ 2º A retirada de árvores só será permitida comprovado tecnicamente o 
comprometimento do vegetal por qualquer circunstância, sendo obrigatória a 
substituição das mesmas para espécie adequada. 
 
Art. 15. Nenhuma obra, de interesse público ou privado, será executada, sem a 
preservação da vegetação de porte arbóreo, existente na área. 
 
Art. 16. Na impossibilidade da preservação a que se refere o artigo anterior, serão 
destinados previamente novos espaços verdes na área ou em outra a ser definida 
pelo órgão ambiental municipal. 
Parágrafo Único - Em qualquer das hipóteses previstas neste artigo, serão utilizadas 
espécies da flora nativa. 
 
Art. 17. Quando a execução de obras e urbanização de áreas particulares não 
contempladas no Plano Diretor, incidirem sobre o espaço físico dotado de 
vegetação, de médio e grande porte, a respectiva licença mediante prévia 
manifestação do órgão ambiental municipal competente. 
 
SEÇÃO IV 
DOS ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS 
 
Art. 18. São espaços territoriais especialmente protegidos, aqueles necessários à 
preservação ou conservação dos ecossistemas representativos do Município, como 
as áreas de preservação permanente, as unidades de conservação e todos os 
ecossistemas transformados em Patrimônio Ambiental Municipal. 
 
Parágrafo único. Aos espaços previstos neste artigo aplicam-se as disposições da 
Legislação Federal e do Estado do Pará, complementadas pelas normas legisladas 
pelo Município de São Miguel do Guamá. 
 
Art. 19. Na distribuição de terras públicas destinadas à agropecuária, definida em 
planos de colonização e reforma agrária, não serão incluídas áreas de que trata o 
artigo anterior. 
 
Art. 20. Os espaços territoriais especialmente protegidos, para efeitos ambientais, 
serão classificados, sob regimes jurídicos específicos, conforme as áreas por eles 
abrangidas sejam de: 
 
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I – Domínio Público do Munícipio; 
ll – Domínio privado, porém sob regime jurídico especial, tendo em vista a 
declaração das mesmas como de interesse para a implantação de unidade de 
conservação da natureza, as limitações de organização territorial e de uso de 
ocupação do solo; 
lll – de domínio privado, cuja vegetação de interesse ambiental, original ou 
constituída, a credito de autoridade competente seja gravada com clausula de 
perpetuidade, mediante averbação em público. 
 
Art. 21. As áreas mencionadas no inciso l do artigo anterior serão classificadas, 
para efeito e administração, observando os seguintes critérios: 
 
I – Proteção dos ecossistemas que somente poderão ser definidos e manejados sob 
pleno domínio de seus fatores naturais; 
II – Desenvolvimento científico e atividades educacionais; 
Ill – Manutenção de comunidades tradicionais; 
lV – Desenvolvimento de atividades de lazer, cultura e turismo ecológico; 
V – Conservação de recursos genéticos; 
Vl – Conservação da diversidade biológica e do equilíbrio do meio ambiente; 
Vll – Consecução do controle da erosão e assoreamento em áreas 
significativamente frágeis; 
 
§ 1º O poder público fixará os créditos de uso, ocupação e manejo das áreas 
referidas neste artigo, sendo vedadas quaisquer ações ou atividades que 
comprometam ou possam vir a comprometer, direta ou indiretamente, seus atributos 
e características. 
§ 2º O plano de manejo, das áreas de domínio público poderá completar atividades 
privadas, somente mediante autorização ou permissão, onerosa ou não, desde que 
estritamenteindispensáveis aos objetivos dessas áreas. 
 
Art. 22. As comunidades tradicionais poderão ser inseridas em áreas de domínio 
público, a critério da autoridade competente, desde que: 
 
I – respeitadas as condições jurídicas pertinentes; 
Il – obedecendo o plano de manejo das referidas áreas ; e 
IIl – mantidas as suas características originais. 
 
§1º. Fica garantida a participação das comunidades tradicionais no procedimento de 
que trata este artigo. 
§2º.Os critérios de identificação, natureza e delimitação numérica das comunidades 
tradicionais serão definidos por ato do Poder Executivo. 
 
Art. 23 O Município poderá cobrar pela utilização de áreas de domínio 
público,independentemente do fim a que se destinam, sendo o produto da 
arrecadação aplicado prioritariamente na área que o gerou. 
 
Art. 24 As áreas declaradas de interesse social, para fins de desapropriação, 
objetivando a implantação de unidade de conservação da natureza, serão 
consideradas espaços territoriais especialmente protegidos, não sendo nelas 
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permitidas atividades que degradem o meio ambiente ou que, por qualquer forma 
possam comprometer a integridade das condições ambientais que motivam a 
expropriação. 
 
Parágrafo Único. As áreas desapropriadas serão consideradas especiais, enquanto 
não for declarado interesse diverso daquele que motivou a expropriação. 
 
Art. 25 As áreas de domínio privados incluídas nos espaços territoriais 
especialmente protegidos, sem necessidade de transferênciado domínio público 
ficarão sob regime jurídico especial das atividades, empreendimentos processos, 
uso e ocupação do solo, objetivando, conforme a figura territorial de proteção 
ambiental declarada, a defesa e o desenvolvimento do meio ambiente 
ecologicamente equilibrado. 
 
Parágrafo Único. A declaração dos espaços territoriais especialmente protegidos 
implicará, conforme o caso: 
 
I – Na disciplina especial para as atividades de utilização e exploração racional de 
recursos naturais. 
Il – Na fixação de critérios destinados a identifica-los como necessário para a 
proteção de entorno das áreas públicas de conservação ambiental, bem como das 
que merece proteção especial; 
Ill – Na proteção das cavidades naturais subterrâneas, dos sítios arqueológicos e 
outros interesses cultural bem como de seus entorno de proteção: 
lV – Na proteção dos ecossistemas que não envolvam a necessidade de controle 
total dos fatores naturais; 
V – Na declaração de regime especiais, para a definição de índices ambientais, de 
qualquer natureza, a serem observados pelo poder Público e pelos particulares; 
Vl – No estabelecimento de normas, critérios, parâmetros e padrões conforme 
planejamento e zoneamento ambientais; 
Vll – Na declaração automática da desconformidade de todas as atividades, 
empreendimentos, processos e obras que forem incompatíveis com os objetivos 
ambientais inerentes ao espaço territorialprotegido em que se incluam. 
 
Art. 26 Para fins do dispostos no inciso lll do artigo 20, o Poder Público criará 
incentivos e estímulos para promover a constituição de áreas protegidas de domínio 
privado, concedendo preferências e vantagens aos respectivos proprietários na 
manutenção das mesmas, nos termos do regulamento. 
 
Art. 27 Fica criado o Sistema Municipal de Unidade de Conservação da Natureza – 
SMUC, constituído pelas Unidades de conservação da natureza que vierem a ser 
criada, e será administrado pelo órgão ambiental. 
 
Art. 28 As unidades de conservação, integrantes do SMUC, serão classificadas de 
acordo com seus objetivos, em três grupos, que comportam categorias de manejo, 
baseadas em estudos e pesquisas vocações e condições socioeconômicas das 
áreas selecionadas, quais sejam: 
 
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I – Unidades de proteção integral, que tem como características básicas a proteção 
total dos atributos naturais, a preservação dos ecossistemas em estados natural 
com o mínimo de alteração e o uso indireto de seus recursos; 
Il – Unidade de manejo provisório, que tem como características básicas a proteção 
total, de forma transitória dos recursos naturais e o uso indireto sustentável por parte 
das comunidades tradicionais; 
lll – Unidades de manejo sustentável, que tem como características básicas a 
proteção parcial dos atributos naturais e o uso direto dos recursos disponíveis em 
regime de manejo sustentado. 
 
Art. 29 As categorias de manejo das unidades de conservação, de que trata o artigo 
anterior, e o uso das áreas adjacentes ás unidades de conservação da natureza 
serão disciplinadas pelo Poder Público, respeitadas as características local. 
 
SEÇÃO V 
DO MONITORAMENTO E AUDITORIA AMBIENTAL 
 
Art. 30 O monitoramento ambiental consiste no acompanhamento da qualidade dos 
recursos ambientais, com o objetivo de: 
 
I – Aferir o atendimento aos padrões de qualidade ambiental; 
Il – Controlar o uso dos recursos ambientais; 
llI – Avaliar o efeito de políticas, planos e programas de gestão ambiental e de 
desenvolvimento econômico e social; 
lV – Acompanhar o estágio populacional de espécie da flora e fauna, especialmente 
ameaçadas de extinção; 
V – Subsidiar medidas preventivas e ações emergenciais em casos de acidentes ou 
episódios críticos de população. 
 
Art. 31 As obras e atividades sujeitas ao licenciamento ambiental ficam obrigadas 
ao monitoramento, sem prejuízo do monitoramento procedido pelo Poder Público. 
Parágrafo Único O poder Público poderá dispensar, temporariamente, o 
automonitoramento das industrias que comprovam insuficiência técnica e financeira. 
 
Art. 32 O órgão municipal poderá sujeitar a auditoria ambiental, os responsáveis por 
atividades, obras ou empreendimentos, potencial ou efetivamente poluidores ou 
capazes de causar significativa degradação ambiental, mediante o desenvolvimento 
de processos, inspeções, análises e avaliações sistemáticas das condições gerais e 
específicas do funcionamento dessas atividades. 
 
SEÇÃO VI 
DO CONTROLE AMBIENTAL, DO LICENCIAMENTO E AUTORIZAÇÃO 
AMBIENTAL 
 
Art. 33 Para aplicação do controle ambiental municipal previsto na Politica Municipal 
do Meio Ambiente ficam estabelecidas as seguintes definições: 
 
I – Licenciamento Ambiental: Procedimentos técnicos administrativos, baseados na 
legislação vigente e na análise de documentação apresentada, que objetivam 
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9 
 
estabelecer as condições, restrições e medidas de controle ambiental a ser 
obedecida, pelo empreendedor, para a localização, a construção, a instalação, a 
operação, a diversificação e reforma e ampliação e empreendimentos ou atividades 
enquadradas no anexo I desta Lei; 
II – Licença Ambiental Municipal: o Ato Administrativo pelo qual se estabelecem as 
condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser aplicadas ou 
atendidas pelo empreendedor, para a localização, construção, instalação, operação, 
diversificação, reforma e ampliação de empreendimentos ou atividades enquadradas 
no anexo I desta Lei; 
III – Licenciamento Corretivo:requerimento apresentado quando o empreendimento 
ou atividade está na fase de instalação ou de operação. Dependendo da fase em 
que é apresentado o requerimento de licença, tem-se a licença de instalação de 
natureza corretiva (LIC) ou a licença de operação de natureza corretiva (LOC). 
III – Avaliação de Impactos Ambientais (AIA): Instrumento da Política Nacional do 
Meio Ambiente, que se utiliza de estudos ambientais e procedimentos sistemáticos, 
para avaliar os possíveis impactos ambientais gerados por empreendimentos e 
atividades potencialmente poluidoras, com o intuito de adequá-los às necessidades 
de preservação e conservação do Meio Ambiente e da melhoria na qualidade de 
vida da população; 
IV – Estudos Ambientais: Estudos Relativos aos impactos ambientais de 
empreendimentos e atividades potencialmente poluidoras e que tem como 
finalidade, subsidiar a análise técnica que antecede a emissão de licença ambiental 
municipal; 
V – Impacto Ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas ou 
biológicas do Meio Ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia 
resultante das atividades humanas e que, direta ou indiretamente, afetem: a saúde, 
a segurança ou bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a flora 
e a fauna as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos 
recursos ambientais; 
VI – Impacto Ambiental Local: todo e qualquer impacto ambiental que diretamente 
(área de influência do projeto) afete apenas o território do Município; 
VII – Sistema de Controle Ambiental (SCA): conjunto de operações e/ou dispositivos 
destinados ao controle de resíduos sólidos, efluentes líquidos, emissões 
atmosféricas, e radiações eletromagnéticas, objetivando a correção ou redução dos 
impactos negativos gerados; 
VIII – Termo de Referência (TR): roteiro apresentado com o conteúdo e os tópicos 
mais importantes a serem tratados em determinado Estudo Ambiental; 
IX – Cadastro Descritivo (CD): conjunto de informações organizadas na forma de 
formulário, exigido para análise do licenciamento prévio de empreendimentos e 
atividades. 
 
Art. 34 A construção, instalação, funcionamento, ampliação e reforma de obrasou 
atividades, utilizadores e exploradores de recursos naturais, consideradas efetivas 
ou potencialmente poluidoras, bem como capazes de causar significativa 
degradação ambiental, sob qualquer forma, sujeitam-se, previamente, aos seguintes 
instrumentos: 
 
I - licença ambiental e/ou; 
II - autorização ambiental. 
 
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§ 1º Os procedimentos previstos nos incisos deste artigo, ocorrerão sem prejuízo de 
outras licenças ou autorizações exigíveis. 
§ 2º As obras e atividades sujeitas aos instrumentos a que se referem os incisos 
deste artigo, serão definidas por ato do Conselho Municipal de Meio Ambiente, 
incluindo-se, desde logo, as mencionadas no anexo I da Resolução/COEMA nº 120, 
de 28 de outubro de 2016. 
 
Art. 35 São licenças Ambientais Municipais: 
 
I – Licença Prévia (LP): Documento expedido na fase preliminar do planejamento da 
atividade ou do empreendimento e que aprova o local de implantação pretendido e 
contém os pré-requisitos e os condicionantes a serem atendidos para as fases 
subseqüentes, observada a legislação urbanística prevista no Código Municipal de 
Posturas e o que determina esta Lei; 
II – Licença de Instalação (LI): Documento expedido na fase intermediária do 
planejamento de atividade ou do empreendimento e que aprova a proposta do Plano 
de Controle Ambiental – PCA apresentada; 
III – Licença de Operação (LO): Documento expedido que atende o efetivo 
funcionamento da atividade e que atesta a conformidade com as condicionantes das 
Licenças Prévias e de instalação (LP e LI); 
IV – Licença Ambiental Simplificada (LAS): Documento expedido, referente ao 
licenciamento de atividades dentre aquelas consideradas utilizadoras de recursos 
ambientais e/ou efetivas ou potenciais causadoras de pequeno impacto ambiental; 
V - Licença Instalação Corretiva: Documento expedido para a regularização da 
instalação do empreendimento ou atividade 
VI - Licença Operação Corretiva: Documento expedido para a regularização da 
operação do empreendimento ou atividade; 
VII – Autorização Específica de Extração Mineral para uso direto na construção civil. 
 
Art. 36 Para instrução do pedido da Licença Prévia (LP) e abertura do respectivo 
processo, o interessado deverá entregar no Protocolo Geral da Secretaria Municipal 
de Meio Ambiente – SEMMA, dos seguintes documentos: 
 
I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexo II; 
II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; 
III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio 
Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; 
IV – RG, CPF/MF se pessoa física ou, contrato social registrado ou ata de eleição da 
atual diretoria e CNPJ/MF, se pessoa jurídica; 
V – Estudo Ambiental ou cadastro descritivo (CD), conforme couber; 
 
§1º Todos os pedidos de licenciamento, inclusive os de renovação, deverão ser 
publicados de forma resumida em jornal de circulação local, pelo menos uma vez, e 
as expensas serão arcadas pelo empreendedor, ressalvados os casos de sigilo 
industrial ou de segurança nacional. 
§2º A Licença Prévia poderá ser dispensada no caso de ampliação de atividade. 
§3º O prazo de validade da Licença Prévia deverá ser no mínimo, igual ao 
estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos 
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relativos ao empreendimento ou atividade, ou seja, ao tempo necessário para a 
realização do planejamento, não podendo ser superior a três (03) anos, podendo ser 
requerida sua prorrogação por igual período, em uma única vez, com antecedência 
mínima de noventa dias antes do prazo de sua expiração. 
Art 37 Para instrução do pedido da Licença de Instalação (LI) e abertura do 
respectivo processo, o interessado deverá entregar no Protocolo Geral da Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente –SEMMA, os seguintes documentos: 
 
I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexo II; 
II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; 
III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio 
Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; 
IV – Cópia de Licença Prévia; 
V - RG, CPF/MF se pessoa física ou, contrato social registrado ou ata de eleição da 
atual diretoria e CNPJ/MF, se pessoa jurídica; 
VI – Plano de Controle Ambiental – PCA com respectiva anotação de 
responsabilidade técnica – ART ou equivalente, ou outro que couber; 
Parágrafo único. O prazo de validade da Licença de Instalação será, no mínimo, 
igual ao estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou 
atividade, não podendo ser superior a três (03) anos, podendo ser requerida sua 
prorrogação por igual período, em uma única vez, com antecedência mínima de 
noventa dias do prazo de sua expiração. 
 
Art. 38 Para instrução da Licença de Operação (LO) e abertura do respectivo 
processo, o interessado deverá entregar no Protocolo Geral da Secretaria Municipal 
de Meio Ambiente – SEMMA, os seguintes documentos: 
 
I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexo II; 
II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; 
III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio 
Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; 
IV – Cópia da licença anterior; 
V – Estudo Ambiental conforme couber acompanhada da ART de Execução do 
Projeto. 
 
§1º A renovação da licença de operação fica condicionada a apresentação do 
Relatório de Informação Ambiental Anual (RIAA) e informações complementares 
exigidas pela SEMMA. 
§2º A não apresentação do RIAA implica na perda imediata da validade da Licença 
de Operação bem como instauração de procedimento administrativo. 
§3º O prazo de validade da Licença de Operação não será superior a 04 (quatro) 
anos, podendo ser requerida sua prorrogação por igual período, em uma única vez, 
com antecedência mínima de noventa dias do prazo de sua expiração. 
§4º Para os estabelecimentos que já estão licenciados de acordo com a Lei nº 
182/2009, será prorrogada a licença pelo período de 03 (três) anos posteriores ao 
término da licença já expedida, após isso, devendo ser renovada nos termos do §3º 
deste artigo. 
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12 
 
 
Art. 39 Para instrução da Licença Ambiental Simplificada (LAS) e a abertura do 
respectivo processo, o interessado deverá entregar no Protocolo Geral da Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente – SEMMA, os seguintes documentos: 
 
I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexo II; 
II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; 
III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio 
Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; 
IV – Relatório Ambiental Simplificado – RAS, conforme anexo V; 
V – RG, CPF/MF se pessoa física ou, CNPJ/MF, e contrato social registrado ou ata 
de eleição da atual diretoria, se pessoa jurídica; 
VI – Planta Baixa com layout da empresa e planta de localização; 
VII – Informações sobre o Uso do Solo; 
VIII – Registro do Imóvel ou contrato de locação; 
IX – Publicação do pedido de licença no jornal de grande circulação e no Diário 
Oficial. 
 
§1º O Relatório Ambiental Simplificado – RAS poderá ser preenchido pelo 
proprietário ou responsável legal pela atividade. 
§2º A Licença Ambiental Simplificada Municipal terá validade de 2 anos, podendo 
ser renovada a critério desta secretaria. 
 
Art. 40 Para o procedimento de licenciamento ambiental corretivo, o interessado 
deverá apresentar os seguintes documentos: 
 
I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexoII; 
II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; 
III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio 
Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; 
IV - RG, CPF/MF se pessoa física ou, CNPJ/MF, e contrato social registrado ou ata 
de eleição da atual diretoria, se pessoa jurídica; 
V – Apresentação do Termo de Compromisso Ambiental, conforme o especificado 
no art. 68 desta lei; 
VI – Laudo de vistoria técnica assinado por técnico da SEMMA, descrevendo o 
estado em que se encontra o empreendimento ou atividade; 
VII – Comprovante de pagamento da taxa de licenciamento ambiental corretivo; 
VIII – Certidão do Município, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou 
atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do 
solo; 
IX – Publicação do pedido de licença. 
 
Art. 41 A concessão de Autorização Específica de que trata o art.3° da Lei Federal 
n° 6.567/1978 será expedida pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente - SEMMA, 
quando dos seguintes minérios: cascalho/saibro/areia/argila/brita, pretendidos para 
exploração de jazida de minérios encontrarem-se sob a jurisdição do Município. 
 
§1° Poderão ser aproveitados os minérios, mediante licenciamento específico 
municipal para o protocolo no DNPM. 
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I - areias, cascalho e saibros para utilização imediata na construção civil, no preparo 
de agregados e argamassas, desde que não sejam submetidos a processos 
industrial de beneficiamento nem se destinem como matéria-prima a indústria de 
transformações; 
II - rochas e outras substâncias minerais, quando aparelhadas para paralelepípedos, 
guias, sarjetas, moirões e afins; 
III - argilas usadas no fabrico de cerâmica vermelha; 
IV - rochas, quando britadas para o uso imediato na construção civil e os calcários 
empregados como corretivo de solo na agricultura. 
 
§2° O aproveitamento das substâncias minerais referida neste artigo fica adstrito a 
área máxima de 50 ha (cinqüenta hectares). 
§3° O aproveitamento mineral por licenciamento e facultado exclusivamente ao 
proprietário do solo ou a quem tiver expressa autorização, salvo se a jazida situar-se 
em imóveis a pessoas jurídica de direito público. 
§4º A Autorização Específica destinar-se-á exclusivamente para fins de registro da 
atividade junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, não 
concedendo nenhuma autorização para exploração, produção ou intervenção na 
área requerida. 
§5º O pedido de Autorização será subscrito necessariamente pelo legítimo 
interessado na exploração da atividade e deverá ser instruído com os seguintes 
documentos: 
 
I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexo II; 
II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; 
III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio 
Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; 
IV - RG, CPF/MF se pessoa física ou, CNPJ/MF, e contrato social registrado ou ata 
de eleição da atual diretoria, se pessoa jurídica; 
V – Cópia autenticada do documento do Imóvel (escritura pública ou títulos 
definitivos devidamente registrado no Cartório de Registro de Imóveis) ou 
autorização expressa do proprietário do imóvel (procuração com firma reconhecida), 
para o caso de terceiros interessados; 
VI – Planta da situação e localização do imóvel, assinada pelo requerente e por 
profissional legalmente habilitado identificado à área de extração. 
VII – Comprovação e inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou com o pedido 
de entrada protocolada junto ao órgão competente; 
VIII – Estudo Ambiental Preliminar (EAP). 
 
§6º Protocolado o pedido na SEMMA, o processo será remetido à Secretaria 
Municipal de Finanças – SEFIN/Departamento de Terras, para manifestação prévia 
quanto aos aspectos dominiais e urbanísticos pertinentes. 
§7º Após a análise e aprovação da SEFIN o processo será encaminhado à 
Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA para as vistorias técnicas 
necessárias no local da ocorrência da jazida e no entrono, exames da 
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documentação apresentada, análise da legislação ambiental e federal aplicada a 
extração de substância mineral. 
§8º Para a concessão e renovação da referida Autorização, SEFIN e a SEMMA 
poderão determinar a adoção das medidas que entenderam pertinentes para a 
preservação da integridade do solo, da saúde, da higiene, da segurança das obras 
ou de elementos ambientais e urbanísticos, devendo tais exigências, nessa 
hipótese, constarem no termo de Compromisso a ser firmado pelo interessado como 
condições prévias obrigatórias à obtenção da licença. 
§9º Para a concessão e renovação da Autorização Específica deverão ser 
analisados os critérios previstos na legislação ambiental, urbanística e na legislação 
federal que rege a exploração das jazidas e substâncias minerais que pode ser 
aproveitada pelo regime de licenciamento, impondo-se o indeferimento nos 
seguintes casos: 
a) não atendimento de algum requisito, critério ou condição previsto na legislação 
aplicável; 
b) existência de Autorização Especifica válida expedida precedentemente para a 
mesma área de extração; 
c) área de extração superior a 50(cinquenta) hectares; 
d) trata-se de área que apresente potencial interesse público, agrícola, turístico, 
importância paisagística ou ecológica; 
e) se a exploração mineral apresentar, de alguma forma, ameaça a população ou 
comprometer o desenvolvimento urbanístico da região; 
f) se a extração mineral implicar em prejuízos ao funcionamento normal de 
equipamentos públicos ou de interesse público, a exemplo de hospitais, escolas 
instituição cientifica, ambulatório e casa de saúde e repouso; 
g) se a atividade puder causar danos irrecuperáveis ao ecossistema da região; 
h) se a atividade puder comprometer mananciais hídricos e/ou obstruir o 
escoamento de águas superficiais. 
 
§10 A Autorização Específica terá validade de 02 (dois) anos, mas poderá ser 
cassada, a qualquer momento, se for descumprido as alíneasA, B, C, D, E, F, G e H 
do parágrafo anterior, ou estiver em desacordo com as Leis Federais, Estaduais ou 
municipais, podendo também ser cancelada se não for devidamente renovada. 
§11 A autorização específica poderá ser renovada mediante novo requerimento 
protocolado no prazo de até 30 (trinta) dias da expiração, e deverá conter: 
 
I – Nome do Licenciado; 
II – Nome do proprietário do solo; 
III – Denominação do imóvel; Distrito, Município e Estado em que se situa a jazida; 
IV – Substância mineral licenciada; 
V – Área licenciada em hectares; 
VI – Prazo data de expedição e número da licença. 
 
§12 Fica estipulada multa de 10%, (dez por cento) por hectares calculados sobre o 
valor da primeira autorização, caso o requerimento de renovação seja protocolado 
fora do prazo de até 30 (trinta) dias, estipulado no artigo anterior. 
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15 
 
§13 A emissão da Autorização Municipal não dá direito ao interessado a iniciar 
qualquer atividade de extração ou produção na área requerida. 
§14 A autorização para extração de minérios de que trata esta Lei não tem nem um 
caráter ambiental para licenciamento. Sendo a mesma exclusiva para protocolo junto 
ao DNPM. 
 
Art. 42 As taxas referentes ao exercício regular do poder de polícia ambiental de 
competência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA são: 
 
I – Taxa de Licença Prévia; 
II – Taxa de Licença de Instalação; 
III – Taxa de Licença de Operação; 
IV – Taxa Licença Simplificada 
V – Taxa Licença Corretiva 
VI – Taxa de Autorização Específica§1° A base de cálculos das taxas previstas neste artigo é o valor correspondente a 
R$ 12.082,17 (doze mil e oitenta e dois reais e dezessete centavos), sobre o qual 
incidirão as alíquotas de acordo com a tabela, em anexo; 
§2º O valor da taxa para emissão da Licença Corretiva corresponderá a soma dos 
valores das licenças prévia, de instalação e de operação. 
§3° A atualização dos valores previstos neste artigo far-se-á a cada exercício fiscal 
com base no índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) ou outro 
índice econômico que venha a ser adotado pelo município, à data do programa da 
taxe respectiva. 
§4º Fica fixado o valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), cobrado uma única vez, para 
a Autorização Específica, necessária ao requerimento da Licença junto ao DNPM 
para extração de minérios de que trata esta lei. 
§5º A atualização do valor previsto no parágrafo anterior, far-se-á a cada exercício 
fiscal com base no índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) ou 
outro índice econômico que venha a ser adotado pelo município, à data do programa 
da taxe respectiva. 
 
Art. 43 Fica fixado o valor constante do parágrafo 4º, a ser cobrado para a 
renovação da Autorização Especifica. 
 
Art. 44 As taxas serão lançadas em nome do contribuinte, com base nos dados por 
ele fornecidos e/ou apurados pela SEMMA. 
 
Art. 45 As taxas de licença serão cobradas quando do licenciamento e em cada 
exercício civil posterior, por ocasião da renovação. 
 
Art. 46 As taxas de licença serão cobradas sempre que ocorrer mudança no ramo 
de atividades, transferências de local ou ampliação de atividades, obras ou 
empreendimento. 
 
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16 
 
Art. 47 Os empreendimentos construídos em mais de uma atividade, sujeita ao 
licenciamento ambiental, sofrerão a incidência da taxa respectiva, em cada atividade 
isolada considerada. 
 
Art. 48 A SEMMA cobrará tarifas pela utilização efetiva dos serviços de análise 
laboratorial de recursos naturais, quanto à qualidade ambiental, e das unidades de 
conservação, instituídas em espaço público. 
 
Parágrafo Único. Os valores das tarifas previstas nesse artigo são os constantes 
em tabela ANEXO IV. 
 
Art. 49 Compete ao órgão ambiental municipal SEMMA, ouvidos os órgãos 
competentes da União e do Estado, quando couber, o licenciamento ambiental de 
empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquela que lhe forem 
delegadas pelo Estado ou pela União, por instrumentos legais ou convênio, de 
acordo com o anexo I. 
 
Art. 50 As receitas originárias das taxa e tarifas prevista nas Lei, serão destinadas 
ao Fundo Municipal de Meio Ambiente – FMMA. 
 
Art. 51 O órgão ambiental municipal poderá emitir autorização para o exercício de 
atividades que se realizarem de forma transitória, na zona urbana e de expansão 
urbana, tais como: 
 
I - para o transporte de substâncias, produtos ou resíduos perigosos; 
II - para a visitação em unidades de conservação municipais; 
III - para a realização de pesquisas científicas em unidades de conservação 
municipais. 
 
Parágrafo Único. O Poder Público poderá definir, através de Decreto, outras 
atividades sujeitas a emissão da autorização prevista no art. 51. 
 
Art. 52 O Poder Público concederá Licença Corretiva de Operação, como 
procedimento de regulação provisória, anterior à concessão da Licença de 
Operação, para: 
 
I – as obras ou atividades que já estejam instaladas ou em funcionamento no 
território municipal; 
II – em casos excepcionais, mediante aprovação prévia do COMDEMA. 
 
Art. 53 Os pedidos de licenciamento e a respectiva concessão ou renovação serão 
publicados no Diário Oficial do Município, ou, na ausência deste, no Diário Oficial do 
Estado, e em jornal de grande circulação local, nos termos do artigo 36 desta Lei, as 
expensas do interessado. 
 
 
SEÇÃO VII 
DA AVALIAÇÃO PRÉVIA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS 
 
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17 
 
Art. 54 Para o licenciamento ambiental no Município de SÃO MIGUEL DO GUAMÁ, 
poderão ser utilizados os seguintes estudos ambientais, a serem realizados nas 
fases do licenciamento: 
 
I – Estudo de Impacto Ambiental e seu Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA; 
II – Estudo Ambiental Prévio – EAP 
III – Projeto de Engenharia Ambiental – PEA; 
IV – Relatório Ambiental Simplificado – RAS; 
V – Plano de Controle Ambiental – PCA; 
VI – Plano de Recuperação de Área Degradada – PRAD 
VII – Plano de Monitoramento Ambiental – PMA 
VIII – Relatório de Controle Ambiental – RCA; 
IX – Estudo de Risco – ER; 
X – Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV. 
 
Art. 55 Todos os estudos ambientais necessários ao licenciamento ambiental 
correrão a expensas do empreendedor e serão de sua responsabilidade as 
informações prestadas. 
 
§1º Os estudos só poderão ser feitos por pessoas físicas e jurídicas devidamente 
habilitadas junto aos respectivos conselhos de profissionais e cadastradas, através 
de Cadastro Técnico de Atividades de Defesa Ambiental – CTDAM na Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente; 
§2º Deverão estar em anexo ao respectivo estudo, a comprovação das respectivas 
Anotações de responsabilidade Técnica – ART devidamente atualizadas; 
§3º Quando o empreendedor protocolizar o respectivo estudo competente deverá 
fazê-lo em duas (2) vias, com exceção do EIA/RIMA que deverá ser três (3) vias, 
sendo sua consulta de livre acesso. 
Art. 56 O Licenciamento de Obras ou atividades, comprovadamente consideradas 
efetiva ou potencialmente poluidoras ou capazes de causar degradação ambiental, 
dependerá de Avaliação dos Impactos Ambientais (AIA); 
 
Parágrafo único. O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA 
definirá, através de Resolução, as normas federais e estaduais vigentes sobre a 
matéria e, dentre outros, os seguintes requisitos: 
 
I – As diretrizes do planejamento e zoneamento ambientais, nos termos estatuídos 
nesta Lei; 
II – O grau de complexidade de cada obra ou atividade; 
III – A natureza e as dimensões dos empreendimentos; 
IV – As peculiaridades de cada obra ou atividades; 
V – Os estágios que já se encontram os empreendimentos iniciados; 
VI – As condições ambientais da localidade ou região; 
VII – O grau de saturação do meio ambiente, em razão do fator de agregação de 
atividades polidoras no município. 
 
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Art. 57 Para o licenciamento de obras ou atividades que dispensa e elaboração 
EIA/RIMA, o órgão ambiental poderá exigir outros instrumentos específicos para a 
avaliação dos impactos ambientais; 
 
Parágrafo Único. No caso das obras ou atividades referidas no caput deste artigo 
poderá o Poder Público utilizar a autorização, a título precário como procedimento 
preliminar de regularização. 
 
Art. 58 O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é instrumento de análise de processos 
métodos sobre a viabilidade da implantação de obra ou atividade, pública ou 
privada, tendo como objetivo definir ou indefinir o licenciamento requerido; 
 
Art. 59 O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) refletirá as conclusões do EIA e 
visa transmitir informações fundamentais do mencionado estudo, através de 
linguagem acessível a todos os segmentos da população, de modo a que se 
conhecem as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as 
consequências ambientais decorrentes de sua implantação; 
 
Art. 60 A elaboração do EIA/RIMA obedecerá aos princípios, objetivos e diretrizes 
estabelecidos pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – CONDEMA 
em perfeita consonância e compatibilidade com a legislação federal e estadual 
pertinente, especialmente as normas sobre as matéria editadas pelo Instituto 
Brasileirodo Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; 
 
Art. 61 A análise do EIA/RIMA deverá obedecer a prazos fixados em regulamento, 
segundo o grau de complexidade dos respectivos empreendimentos; 
 
Art. 62 O órgão ambiental, ao receber o RIMA, estabelecerá prazo para o 
recebimento dos comentários por parte dos órgãos públicos e demais interessados e 
sempre que julgar necessário promoverá a realização de audiência pública. 
 
SEÇÃO VIII 
DO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA E DE COMPROMISSO 
 
Art. 63 O órgão executivo municipal de meio ambiente poderá exigir das pessoas 
físicas ou jurídicas, inclusive das entidades da administração direta ou indireta 
federal, estadual ou municipal, a assinatura de Termo de Compromisso Ambiental, 
estabelecendo medidas compensatórias às modificações pretendidas, nos seguintes 
casos: 
 
I - em função de exigência a ser cumprida no processo de licenciamento de obras, 
estabelecimentos ou atividades que causem ou possam a vir a causar alterações ao 
meio ambiente; 
II - movimentação de terra que resulte dano à cobertura vegetal, quando 
previamente requerido ao órgão executivo municipal de meio ambiente; 
III - nas solicitações de corte de árvores e/ou remoção de vegetação, quando não 
houver risco; 
IV – nas solicitações de pedido de Licença Ambiental Corretiva (LAC). 
 
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19 
 
Parágrafo único. O termo de que trata o "caput" deste artigo não poderá ser 
realizado nos casos em que se configurar crime ambiental. 
 
Art. 64 O termo de ajustamento de conduta e o termo de compromisso têm por fim 
assegurar o cumprimento de normas legais, administrativas e técnicas, relativas à 
qualidade satisfatória do meio ambiente, observado o disposto na legislação federal, 
estadual e municipal em vigor. 
 
§1º São elementos obrigatórios dos instrumentos de que trata o caput deste artigo: 
 
I – o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos 
respectivos representantes legais; 
II – o prazo de vigência do compromisso, que, conforme a complexidade das 
obrigações fixadas poderá variar entre o mínimo de 90 (noventa) e o máximo de 01 
(hum) ano, com possibilidade de prorrogação por igual período, ou outro limite a ser 
fixado conforme a natureza da obrigação assumida, mediante justificativa; 
III – a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o 
cronograma físico de execução e de implantação das obras e serviços exigidos, com 
metas trimestrais a serem atingidas; 
IV – as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada 
e os casos de rescisão, em decorrência do não cumprimento das obrigações nele 
pactuadas; 
V – o valor da multa de que trata o inciso anterior não poderá ser superior ao valor 
do investimento previsto; 
VI – o foro competente para dirimir eventuais litígios entre as partes. 
 
§2º Os instrumentos de que trata este artigo serão considerados títulos executivos 
extrajudiciais, podendo ser executados no caso de seu descumprimento total ou 
parcial, tudo nos termos da legislação processual civil. 
§3º A celebração dos instrumentos previstos neste artigo não impede a execução de 
eventuais multas aplicadas ou obrigações que tenham objeto e origem diversa do 
mesmo. 
§4º Considera-se rescindido de pleno direito os termos quando descumprida 
qualquer de suas cláusulas, ressalvado o caso fortuito e a força maior. 
 
Art. 65 O termo de compromisso e o termo de ajustamento de conduta deverão ser 
publicados no órgão oficial competente, mediante extrato, sob pena de ineficácia. 
 
Art. 66 As medidas de compensação ambiental e seus parâmetros, referentes aos 
Termos de Compromisso Ambiental, serão definidas por Decreto do Chefe do 
Executivo Municipal 
 
 
SEÇÃO IX 
DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
 
Art. 67 Na busca da efetivação da cidadania, da garantia de melhor qualidade de 
vida, da melhor distribuição de riquezas e de maior equilíbrio entre o 
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20 
 
desenvolvimento sócio-econômico e preservação do meio ambiente, a educação 
ambiental deverá ser efetivada, da seguinte forma: 
 
I – os programas relacionados à exploração racional de recursos naturais, 
recuperação de áreas, bem como atividades de controle, de fiscalização de uso de 
preservação e de conservação ambiental, devem contemplar, em suas formulações, 
ações de educação ambiental; 
II – os programas de assistências técnicas e financeira do município, relativos a 
educação ambiental, deverão priorizar a necessidade de inclusão das questões 
ambientais nos conteúdos a serem desenvolvidos nas propostas curriculares, em 
todos os níveis e modalidade de ensino; 
III – os programas de pesquisas em ciência e tecnologia financiadas com recursos 
do município deverão contemplar, sempre que possível, a questão ambiental em 
geral e em especial, a educação ambiental; 
lV – os recursos acarretados em função de multar por descumprimento da legislação 
ambiental deverão ser revertidos, no mínimo 20% (vinte por cento) de seu total ,para 
aplicação das ações de educação ambiental, aplicáveis no local de origem da 
infração. 
 
SEÇÃO X 
DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS E PARTICIPAÇÃO AMBIENTAL 
 
Art. 68 As audiências públicas destinar-se-ão a fornecer informações sobre o projeto 
e seus impactos ambientais e a possibilitar a discussão e o debate sobre o RIMA; 
 
Art. 69 As audiências públicas serão convocadas pelo órgão ambiental, por 
solicitação: 
 
I – Do representante legal do órgão ambiental; 
II – De entidade da Sociedade Civil; 
III – De órgão ou entidade pública, que direta ou indiretamente tenha envolvido com 
as questões ambientais; 
IV – Do Ministério Público Federal ou Estadual ou Municipal; 
V – De cinqüenta ou mais cidadãos. 
§1º A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a partir da data do recebimento do 
Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente, fixará em edital e anunciará pelos 
meios de comunicação disponível local, a abertura do prazo, que será no mínimo de 
45 (quarenta e cinco dias), para solicitação de audiência pública. 
§2º No caso de haver solicitação de audiência pública e na hipótese da Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente não realizá-la, a licença concedida não terá validade. 
§3º Após este prazo, a convocação será feita pelo órgão licenciados através de 
correspondência registrada aos solicitantes e da divulgação em órgão da imprensa 
local. 
 
Art. 70 A Audiência pública deverá ser realizada em local de fácil acesso aos 
interessados. 
 
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Parágrafo único. Em função da localização geográfica dos solicitantes, e da 
complexidade do tema, poderá ser realizada mais de uma audiência pública sobre o 
mesmo projeto e respectivo Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente. 
 
Art. 71 Comparecerão obrigatoriamente à audiência pública, os servidores públicos 
responsáveis pela análise e licenciamento ambiental, os representantes de cada 
especialidade da equipe multidisciplinar que elaborou o RIMA, o representante legal 
e o Ministério Público, que para tal fim deve ser notificado pela autoridade 
competente, com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco dias). 
 
§1º A audiência pública será dirigida pelo representante do órgão licenciador que, 
após a exposição objetiva do projeto e de seu respectivo relatório de impacto sobre 
o Meio Ambiente, abrirá as discussões com os interessados presentes. 
§2º Ao final de cada audiência pública, será lavrada uma ata sucinta, sendo 
anexados à ata, todos os documentos que forem entregues ao presidente dos 
trabalhos durante a sessão. 
§3º A realização das audiências públicas será sempre precedida de ampla 
divulgação, assegurada pelapublicação de, no mínimo, três vezes consecutivas, no 
diário Oficial do Estado e nos de grande circulação no Município, através de nota 
contendo todas as informações indisponíveis ao conhecimento público da matéria. 
 
Art. 72 O órgão ambiental somente emitirá parecer final sobre o RIMA, depois de 
concluída a fase de audiência pública; 
 
Parágrafo único. O órgão ambiental, ao emitir parecer sobre o licenciamento 
requerido, analisará as proposições apresentadas na audiência pública, 
manifestando-se sobre a pertinência das mesmas. 
 
SEÇÃO XI 
DO GERENCIAMENTO FLUVIAL 
 
Art. 73 O poder Público estabelecerá políticas, planos e programas para o 
gerenciamento da zona fluvial municipal, que será definida em lei específica, com o 
objetivo de: 
 
I – planejar e gerenciar, de forma integrada, descentralizada e participativa, as 
atividades sócio–econômicas, e garantir a utilização, controle, conservação, 
preservação e recuperação dos recursos naturais e ecossistemas; 
II – obter um correto dimensionamento das potencias e vulnerabilidades; 
III – assegurar a utilização dos recursos naturais, com vistas a sua sustentabilidade 
permanente; 
lV – compatibilizar a ação humana, em quaisquer de sua manifestação, com 
dinâmica dos ecossistemas, de forma e assegurar o desenvolvimento econômico e 
social ecologicamente sustentando e a melhoria da qualidade de vida; 
V – exercer efeito controle sobre os agentes causadores de poluição, sob todas as 
suas formas, ou de degradação ambiental que afetem, ou possam vir afetar, a zona 
fluvial. 
 
 
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SEÇÃO XII 
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR E DO DIREITO A INFORMAÇÃO 
 
Art. 74 A participação da comunidade nas decisões relacionadas ao meio ambiente 
será assegurada, dentre outras formas, pelas seguintes: 
 
I – a apresentação partidária entre o poder público e a sociedade civil organizada, 
especialmente através de entidades devidamente constituídas e regulares perante 
legislação brasileira, de trabalhadores profissionais, produtores e industriais e 
organismo não- governamentais, todas voltadas para a questões ambiental, no 
Conselho Municipal de defesa do Meio Ambiente; 
II – consulta á população interessada, através de audiência pública e , quando 
requerido, plebiscito convocado na forma do dispostos na Lei Orgânica do Município, 
ambos realizados antes da expedição da licença prévia para a implantação de 
projetos ou atividades, públicas ou privadas, que possa colocar em risco o equilíbrio 
ecológicos ou provocar significativa degradação do meio ambiente; 
III – convite à participação pública nas etapas iniciais do projeto, ou do planejamento 
público ou privado, através das reuniões para definição do alcance dos estudos e 
elaboração dos termos de referência da avaliação de impacto ambiental. 
 
Art. 75 O direito da população a informação em matéria ambiental será assegurado, 
especialmente através de: 
 
I – Ampla e sistemática divulgação das diretrizes básicas da Política Municipal do 
Meio Ambiente e suas alterações, sempre que estas ocorrerem; 
II – Ampla divulgação dos pareceres conclusivos e das decisões de mérito proferidas 
pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, decorrentes da Análise do 
Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – 
EPIA/RIMA; 
III – Publicação, no prazo de 10 (dez) dias, dos atos concessivos de incentivos, 
através de recursos públicos, à proteção do meio ambiente e à utilização racional 
dos recursos ambientais; 
IV – Publicação, no prazo de 10 (dez) dias, dos atos de suspensão dos incentivos e 
dos contratos celebrados entre o Poder Público e as pessoas físicas ou jurídicas que 
descumprirem a legislação ambiental; 
V – Ampla divulgação das informações oriundas das pesquisas incentivadas pelo 
Poder Público, na área ambiental; 
VI – Ampla divulgação da realização das audiências públicas, dos plebiscitos e do 
conteúdo do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA; 
VII – Amplo acesso de qualquer cidadão, junto aos órgãos integrantes do Sistema 
Municipal do Meio Ambiente; às informações pertinentes aos assuntos regulados por 
esta Lei, que sejam de interesse coletivo ou geral, as quais serão prestadas no 
prazo de 15 dias, dando-se lhe, inclusive, se requeridas, vistas aos processos 
administrativos, sob pena de responsabilidade do agente da administração, que, 
porventura, venha negar, protelar ou dificultar, por qualquer meio, esse acesso. 
 
§1º Para os efeitos dos incisos III e IV deste artigo, a publicação far-se-á, no mínimo, 
com afixação no quadro de aviso existente na Prefeitura e/ou na Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente. 
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§2º A ampla divulgação referida nos incisos I, II, V e VI, dar-se-á no mínimo, através 
de nota resumida, publicada em jornal de circulação local, e afixada no quadro de 
aviso da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. 
§3º Para efetiva garantia do direito a informações, o órgão ambiental manterá 
serviço específico. 
 
SEÇÃO XIII 
DOS ESTIMULOS E INCENTIVOS 
 
Art. 76 O Poder Público incentivará ações, atividade e procedimentos, de caráter 
público ou privado, que visa proteção, manutenção e recuperação do meio ambiente 
e à utilização sustentável dos recursos naturais, mediante a concessão de 
vantagens fiscais e creditícias, mecanismos e procedimentos compensatórios, apoio 
financeiro, técnico, cientifico e operacional. 
 
§1º Na concessão de incentivos, o Poder Público dará prioridade às atividades de 
recuperação, proteção e manutenção de recursos ambientais, bem como às de 
educação e de pesquisas dedicadas ao desenvolvimento da consciência ecológica e 
de tecnologia para o manejo sustentado de espécies e ecossistemas. 
§ 2º O Poder Público somente concederá incentivos mediante comprovação, pelo 
interessado, da licença ambiental. 
§3º Os incentivos concedidos nos termos deste artigo serão sustentados ou extintos 
quando o beneficiário descumprir as disposições da legislação ambiental. 
 
SEÇÃO XIV 
DOS CADASTROS E INFORMAÇÕES AMBIENTAIS 
 
Art. 77 O poder público manterá atualizados os cadastros técnicos de atividades de 
defesa do meio ambiente e das atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras 
de recursos ambientais. 
 
§1º O cadastro técnico de atividades de defesa ambiental tem por fim proceder ao 
registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas prestadoras de serviços relativos 
às atividades do controle do meio ambiente, inclusive através da fabricação, 
comercialização, instalação ou manutenção de equipamentos. 
§2º O cadastro técnico de atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras de 
recursos ambientais tem por objetivo proceder ao registro obrigatório de pessoas 
físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades, potencialmente poluidoras ou de 
extração, produção, transporte e comercialização de produtos e subprodutos da 
fauna e flora. 
 
Art. 78 Fica dispensada a exigência de apresentação da certidão, para a obtenção 
de créditos ou financiamentos oficiais, destinados à recuperação do meio ambiente 
degradado, desde que o interessado comprove quitação com as multas ambientais, 
devendo o respectivo projeto ser aprovado pelo órgão ambiental. 
 
SEÇÃO XV 
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DO FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE 
 
Art. 79 O Fundo Municipal do Meio Ambiente do Município de São Miguel do Guamá 
poderá prever recursos: 
 
I – 0,005% da receita corrente liquida do município, independente da dotação 
orçamentária específica; 
II – Da arrecadação de taxas dos serviços de licenciamento; 
III – De multas previstas na Lei da Politica Municipal de meio ambiente ou na LeiOrgânica Municipal; 
IV – Das contribuições, subvenções e auxílios da União, dos estados e do Município 
e de suas respectivas autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista 
e de fundações; 
V – Resultantes de convênios, contratos e acordos celebrados entre o Município e 
instituições públicas e privadas, cuja execução seja de competência do órgão 
municipal de meio ambiente observada as obrigações contidas nos respectivos 
instrumentos; 
VI – Resultantes de doações, como seja importância, valores, bens móveis e 
imóveis que venha a receber de pessoas físicas e/ou jurídicas de organismos 
públicos e privados nacionais e internacionais; 
VII – De rendimento de qualquer natureza, decorrentes de aplicação de seu 
patrimônio; 
VIII – De recursos oriundos de condenações judiciais de empreendimentos sediados 
no Município e/ou que afetem o território municipal decorrentes de crimes praticados 
contra o meio ambiente; 
IX – De outros recursos que, por sua natureza possam ser destinados ao Fundo 
Municipal do meio ambiente. 
 
Art. 80 O Fundo será administrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente com 
gerenciamento realizado pelo Secretário de Meio Ambiente e fiscalizado pelo 
Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – CONDEMA: com as seguintes 
atribuições: 
 
I – Estabelecer políticas de aplicação dos seus recursos em conjunto com o 
Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente de São Miguel do 
Guamá (CONDEMA); 
II – Submeter ao CONDEMA o plano de aplicação a cargo do em consonância com 
a Politica Municipal de Meio Ambiente, estabelecido em lei; 
III – Acompanhar, avaliar e decidir sobre a realização de ações previstas na Politica 
Municipal de meio ambiente, em consonância com as deliberações do CONDEMA; 
IV – Ordenar empenhos e pagamentos das despesas do Fundo; 
V – Firmar convênios e contratos, juntamente com o Secretário de Meio Ambiente, 
no que se refere aos recursos que serão administrados pelo fundo, levado ao 
CONDEMA para conhecimento, apreciação e deliberação de projetos do Poder 
executivo Municipal na área do meio ambiente, desde que se enquadre nas 
diretrizes orçamentárias e nos programas estaduais e federais no campo da defesa 
do meio ambiente. 
 
Art. 81 O orçamento do Fundo Municipal de Meio ambiente evidenciará as políticas 
e programas de trabalho governamentais, observados os princípios da universidade 
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e equilíbrio, obedecendo aos padrões e normas estabelecidas na legislação 
pertinente. Os recursos que compõem o fundo poderão ser aplicados em: 
 
I – Aquisição de materiais permanente e de consumo e de outros documentos 
necessários à execução da Política Municipal do Meio Ambiente; 
II – Contratação de serviços de terceiros, para execução de programas e projetos; 
III – Projetos e programas de interesse ambiental; 
IV – Desenvolvimento e aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, planejamento, 
administração e controle das ações envolvendo questões ambientais; 
V – Atendimento de despesas diversas, de caráter de urgência e inadiáveis 
necessárias à execução da política municipal do meio ambiente; 
VI – Pagamento de despesas relativas e valores e contrapartida estabelecidas em 
convênios e contratos com órgãos públicos e privados de pesquisa de proteção ao 
meio ambiente; 
VII – Pagamentos pela prestação de serviços a entidades de direito privado para 
execução de programas ou projetos específicos do setor do meio ambiente; 
VIII – Outros de interesse e relevância ambiental. 
 
Art. 82 Os recursos provenientes do ICMS Ecológico serão recolhidos ao Fundo 
Municipal de Meio Ambiente. 
 
SEÇÃO XVI 
DA FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL 
 
Art. 83 Fica instituído o poder de polícia administrativo para os servidores lotados no 
setor de fiscalização ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – 
SEMMA. 
 
Parágrafo Único. Os servidores que se referem o caput deste artigo terão poderes 
para apurar infrações ambientais, lavrar instrumentos de fiscalização, iniciando 
sanções administrativas que evitem a continuidade de danos ambientais, tais como: 
 
I – Apreensões de produtos e equipamentos; 
II – Guarda ou depósito de produtos e equipamentos; 
III – Embargo e interdição temporária de atividades; 
IV – Doação de produtos perecíveis; 
V – Soltura de animais silvestres; e 
VI – Inutilização de apetrechos predatórios. 
 
Art. 84. Os servidores designados para atuarem na fiscalização ambiental serão 
chamados de agentes de fiscalização ambiental e ficam sujeitos a estrita 
observância das obrigações contidas neste diploma legal e serão nomeados através 
de Portaria pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente; 
 
§1º São obrigações dos agentes de fiscalização ambiental conhecer estrutura 
organizacional do órgão ambiental, seus objetivos e competência como órgão de 
gestão ambiental e sobre a política municipal, estadual e nacional de meio ambiente, 
assim como: 
 
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I – Aplicar as técnicas, procedimentos e conhecimentos inerentes a prática 
fiscalizadora do meio ambiente, adquiridas nos cursos e treinamentos; 
II – Apresentar relatório de suas atividades, relatórios circunstanciados na apuração 
da infração ambiental, laudos técnicos sobre danos ambientais para formalizar o 
processo administrativo punitivo; 
III – Lavrar corretamente os instrumentos de fiscalização que farão parte do 
processo administrativo punitivo, preencher de forma concisa e legível, com 
informações objetivas e verídicas com o devido enquadramento legal evitando 
nulidade da atuação; 
IV – Obedecer rigorosamente aos deveres, proibições, determinações superiores e 
responsabilidades relativas ao servidor público; 
V – Zelar pela manutenção, uso adequado e racional dos equipamentos, barcos, 
veículos e outros instrumentos que lhes forem confiados; 
VI – Identificar-se sempre em que estiver em ação de fiscalização; e 
VII – Submeterem-se as diversidades inerentes ao exercício da fiscalização, atuando 
em locais, dias e horários necessários para atuação. 
 
§2º. Ficam assegurados aos servidores especificados no caput, livre acesso a 
qualquer dia e hora e sua permanência pelo tempo que se fizer necessário, em 
estabelecimentos públicos ou privados, bem como nos empreendimentos 
imobiliários, respeitados os mandamentos da Constituição federal. 
 
Art. 85 O agente de fiscalização possui fé pública nas observações verídicas e 
circunstanciadas durante a apuração de infração ambiental; 
 
Art. 86 Todo e qualquer material ou equipamento inerente à fiscalização em poder 
do agente de fiscalização ambiental, deverá ser devolvido por ocasião de seu 
afastamento da atividade; 
 
Art. 87 São instrumentos de fiscalização que serão utilizados pelo agente de 
fiscalização ambiental para compor o processo administrativo punitivo: 
 
I – Auto de Infração Ambiental (ANEXO VI); 
II – Termo de Apreensão e Depósito (ANEXO VII); 
III – Termo de Embargo/ Interdição ou Suspensão; (ANEXO VIII); 
IV – Termo de Doação, Soltura ou Libertação (ANEXO IX) e, 
V – Termo de Notificação (ANEXO X); 
§1º Os instrumentos de fiscalização deverão conter identificação completa do 
infrator, especificações quantitativas e qualitativas; a assinatura do agente de 
fiscalização ambiental, obrigatoriamente deverá estar acompanhada do seu nome 
completo e o cargo ou função; assim como, assinatura de testemunhas, obedecendo 
aos modelos constantes dos anexos. 
§ 2º Os formulários dos instrumentos de fiscalização serão entregues ao agente de 
fiscalização ambiental, numerados e em série, mediante assinatura de documento 
de energia e recebimento, passando a responder pela sua guarda e utilização; 
§3º A forma e conteúdo dos formulários de instrumentos de fiscalização descritosnos itens I ao V deste artigo poderão ser alterados mediante portaria expedida pelo 
Secretário Meio Ambiente – SEMMA. 
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Art. 88 As infrações ambientais serão apuradas em processo administrativo nos 
termos desta lei; 
 
TÍTULO III 
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES 
CAPÍTULO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 89. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão 
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a responsabilização penal, civil e 
administrativa, independentemente da obrigação de reparar o dano. 
Art. 90. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que 
viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio 
ambiente previstas em lei federal, estadual ou municipal, e, em especial, as 
condutas assim caracterizadas na Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, 
regulamentada pelo Decreto Federal nº 6.514, de 22 de julho de 2008. 
§1º São autoridades competentes para lavrar o auto de infração ambiental e 
instaurar processo administrativo os funcionários dos órgãos ambientais integrantes 
do Sistema Municipal de Meio Ambiente designados para as atividades de 
fiscalização. 
§2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação 
às autoridades relacionadas no parágrafo anterior para que sejam adotadas todas as 
providências necessárias à apuração e responsabilização. 
§3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada 
a promover a sua apuração imediata, sob pena de responsabilização. 
§4º As infrações ambientais serão apuradas em processo administrativo próprio, 
assegurado o direito de ampla defesa, contraditório e devido processo legal, bem 
como os demais princípios e procedimentos previstos na Lei Federal nº 9.784/99 e 
na Lei Federal nº. 9.605/98, aplicadas subsidiariamente ao presente. 
Art. 91 A responsabilidade administrativa ambiental independe de culpa ou dolo e 
será apurada em conformidade com o processo administrativo estabelecido em 
Decreto do Poder Executivo Municipal. 
Parágrafo Único. Na apuração da responsabilidade de que trata este artigo, caberá 
ao infrator a comprovação da ausência de dano ambiental. 
Art. 92 Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental, 
bem como pela realização de leilão de produtos ou subprodutos apreendidos, serão 
revertidos ao Fundo Municipal de Meio Ambiente. 
 
CAPÍTULO II 
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO 
 
Art. 93 As infrações à legislação ambiental serão apuradas em processo 
administrativo próprio, iniciado com a lavratura do auto de infração, observados o rito 
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estabelecido em Decreto do Poder Executivo Municipal e os seguintes prazos: 
 
I – 20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de 
infração, contados da data da ciência da autuação; 
II – 30 (trinta) dias para a Secretaria de Meio Ambiente julgar o auto de infração, 
contados da data de sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação; 
III – 20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória ao Conselho 
Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA, instância superior do Sistema 
Municipal de Meio Ambiente; 
IV – 5 (cinco) dias para o infrator efetuar o pagamento da multa por ventura imposta 
com a redução de 20% (vinte por cento), contados da data do recebimento da 
notificação informando a aplicação ou manutenção da mesma. 
 
§1º Em se tratando de transgressões que dependam de análises laboratoriais ou 
pericias para completa elucidação dos fatos, o prazo que se refere o inciso I deste 
artigo poderá ser dilatado em até mais de 15(quinze) dias mediante despacho 
fundamentado do titular do órgão ambiental. 
§2º Tanto a defesa quanto a impugnação, bem como o recurso para o conselho 
Municipal de Defesa do Meio Ambiente terão efeito suspensivo. 
§3º Vencido nas instancias administrativas ou não interpondo recurso no prazo hábil, 
o infrator deverá recolher a multa, dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da 
notificação do decisório final, sob pena de inscrição do débito em dívida ativa e 
imediata cobrança judicial. 
§4° O não recolhimento da multa neste prazo importará no acréscimo moratório de 
1%(um por cento) ao dia, calculando cumulativamente, sobre o valor do debito. 
§5° A inscrição em dívida ativa implicara no imediato ajuizamento da Execução 
fiscal. 
§6º A dívida ativa será cobrada, nos termos da Lei Orgânica do Município. 
 
Art. 94 O Auto de infração é o documento padronizado que descreve a 
irregularidade cometida e determina o seu enquadramento legal. 
 
§1° O auto de infração será expedido pelo agente fiscalizador que houver 
constatado o cometimento de infração, em três vias, devendo conter, ainda, os 
seguintes elementos: 
 
I - a identificação do infrator e sua qualificação completa; 
II - o local, a hora e a data da infração; 
III - a descrição da infração e referência do dispositivo legal infringido; 
IV - a descrição da penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo preceito 
legal que autoriza a sua imposição; 
V - ciência e notificação, pelo autuado, de que responderá pelo fato em processo 
administrativo; 
VI - o prazo para o oferecimento de defesa; 
VII - a identificação e assinatura do agente fiscal; e 
VIII - a assinatura do infrator ou, na sua ausência ou recusa, de duas testemunhas 
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presentes. 
 
§2° O auto de infração será entregue pessoalmente ao responsável, sempre que 
possível, ou através de AR (aviso de recebimento), ou publicado no veículo de 
imprensa local uma única vez, e afixado no quadro de avisos da Secretaria 
Municipal de Meio Ambiente, considerando-se efetivada a notificação 10 (dez) dias 
após a publicação. 
§3° Se o infrator for notificado pessoalmente e recusar-se a exarar ciência, deverá 
essa circunstância ser mencionada, expressamente, pela autoridade que efetuou a 
notificação, com o testemunho de duas pessoas. 
§4° Apresentada ou não a defesa ou impugnação contra o auto de infração, este 
será julgado pela autoridade competente, contados da data da ciência da autuação. 
 
Art. 95 As impugnações, as defesas e os recursos interpostos das decisões não 
definitivas terão efeito suspensivo relativamente ao pagamento da penalidade 
pecuniária, não impedindo a imediata exigibilidade do cumprimento das obrigações 
subsistentes. 
 
Art. 96 Aplicada ou mantida a pena de multa, o infrator será notificado para efetuar o 
pagamento, recolhendo o respectivo valor ao Fundo Municipal do Meio Ambiente. 
 
Parágrafo Único. A decisão que impuser a aplicação de penalidade deverá ser 
fundamentada, indicando as razões da sanção e o dispositivo legal correspondente, 
sob pena de nulidade. 
 
Art. 97. O órgão ambiental municipal fica autorizada a determinar medidas de 
urgência a fim de evitar episódios críticos de degradação ambiental ou impedir sua 
continuidade, em caso de grave e iminente risco para vidas humanas ou recursos 
econômicos. 
 
§1º Para a execução das medidas de urgência de que trata este artigo, poderão, 
durante o período crítico, ser realizadas ou impedidas atividades nas áreas atingidas 
pela ocorrência. 
§2º Avaliado o quadro de ocorrência do episódio crítico de degradação ambiental, 
acidental ou não, o empreendimento ou atividade causadora poderá ser interditado 
pelo tempo necessário à tomada de providências para a volta ao seu funcionamento 
normal. 
§3º A retomada das atividades em seu ritmo normal e pleno estará na dependência 
da solução da causa do problema gerador da necessidade de execução das 
medidas de

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