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GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 1 LEI N° 333/2016, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2016. “DISPÕE SOBRE A POLÍTICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.” O Prefeito do Município de São Miguel do Guamá, Estado do Pará, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município; FAÇO SABER que a Câmara Municipal de São Miguel do Guamá aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º A política municipal de Meio Ambiente do Município de São Miguel do Guamá, do Estado do Pará, respeitada as competências do Estado da União, é o conjunto de princípios, objetivos, instrumento de ação, medidas de diretrizes fixadas e neste lei, para fim de preservar, proteger, defender o meio ambiente e recuperar e melhorar o meio ambiente antrópico, artificial e do trabalho, atendidas as peculiaridades locais, em harmonia com o desenvolvimento econômico-social, visando assegurar a qualidade ambiental propício à vida. Parágrafo Único. As normas da Política Municipal do Meio Ambiente serão obrigatoriamente observadas na definição de qualquer política, programa ou projeto, público ou privado, no território do município, como garantia do direito da coletividade ao meio ambiente sadio e ecologicamente equilibrado e economicamente sustentável a partir de seus recursos naturais renováveis. TÍTULO II DA POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS Art. 2º São princípios básicos da Política Municipal do Meio Ambiente, consideradas as peculiaridades locais, geográficas, econômicas e sociais, os seguintes: I – O direito, da atual e futuras gerações, ao meio ambiente ecologicamente equilibrado; II – Desenvolvimento Sustentável; III – A valorização da vida e emprego que devem ser assegurados de forma saudável e produtiva, em harmonia com a natureza; IV – A função social da propriedade urbana e rural; V – A participação popular; VI – O direito de acesso às informações ambientais; VII – Educação Ambiental; VIII – A prevenção do Dano Ambiental; IX – A compensação pelo uso de recursos naturais; GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 2 X - A obrigação de recuperar ou indenizar danos ambientais XI – O respeito aos povos quilombolas, às formas tradicionais de organização social e às suas necessidades de reprodução física e cultural e melhoria de condição de vida, nos termos da Constituição Federal e da Legislação aplicável, em consonância com o interesse da comunidade local em geral. CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS Art. 3º São objetivos da Política Municipal de Meio Ambiente: I – Promover o desenvolvimento econômico social, compatibilizando-o, respeitadas as peculiaridades, limitações e carências locais, com a conservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico, com vistas ao efetivo alcance de condições de vida satisfatória e o bem estar da coletividade; II – Definir as áreas prioritárias da ação governamental relativas à questão ambiental, atendendo o interesse da coletividade; III – Estabelecer critérios padrões de qualidade para o uso e manejo dos recursos ambientais. Adequando-os continuamente às inovações tecnológicas e às alterações decorrentes da ação antrópica ou natural; IV – Garantir a preservação da biodiversidade do patrimônio natural e contribuir para o seu conhecimento científico; V – Criar e implementar instrumentos e meios de preservação e controle do meio ambiente; VI – Promover o desenvolvimento de pesquisas e a geração e difusão de tecnologias locais orientadas para o uso racional de recursos ambientais; VII – Estabelecer os meios indispensáveis à efetiva imposição ao degradador público ou privado da obrigação de recuperar e indenizar os danos causados ao meio ambiente, sem prejuízo das sanções penais e administrativas cabíveis; VIII – Garantir o aproveitamento dos recursos naturais de forma ecologicamente equilibrada visando à erradicação da pobreza e a redução das desigualdades sociais; IX – Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino, inclusive quando à educação informal da comunidade; X – Utilizar o Solo Urbano e Rural de forma ordenada de modo a compatibilizar a sua ocupação com as condições exigidas para a conservação, preservação e melhoria da qualidade ambiental. XI – Estabelecer normas, critérios e limites para a exploração dos recursos naturais no âmbito do município com fins de avaliação para o licenciamento ambiental; XII – Fixar, na forma e nos limites da Lei, a contribuição dos usuários pela utilização dos recursos naturais públicos, com finalidades econômicas; CAPÍTULO III DOS INSTRUMENTOS Art. 4º São instrumentos para implantação da política municipal de meio ambiente: I - Normas urbanísticas e de controle ambiental II - Zoneamento Ecológico e Econômico III - Arborização Urbana GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 3 IV – Os espaços territoriais especialmente protegidos V - Monitoramento e auditoria ambiental VI - Licenciamento e autorização ambiental VII - Avaliação de Impactos Ambientais, Estudos Prévios de Impactos e respectivos relatórios. VIII - Termo de ajustamento de conduta e de compromisso IX - Educação Ambiental X - Audiências Públicas e Participação Ambiental XI - Gerenciamento Fluvial XII– Participação Popular e Direito A Informação XIII – Estímulos e Incentivos XIV - Cadastros e Informações Ambientais XV - Fundo Municipal de Meio Ambiente XVI - Fiscalização Ambiental XVII - Infrações e sanções administrativas SEÇÃO I DAS NORMAS URBANÍSTICAS E DE CONTROLE AMBIENTAL Art. 5º O uso dos recursos naturais existentes no território sob jurisdição do Município de São Miguel do Guamá, bem como qualquer atividade, obra e empreendimento, que possam causar poluição ou degradação ao meio ambiente, sujeitam-se: I - Aos critérios e restrições impostas pelas normas gerais federais, complementadas pelas normas editadas pelo Estado do Pará e suplementares pelas normas locais, quer de caráter urbanístico ou ambiental; II - Aos padrões de qualidade ambiental; Parágrafo Único - O órgão ambiental municipal poderá estabelecer padrões não fixados pelos órgãos federais e do Estado do Pará, após a aprovação do Conselho Municipal de Meio Ambiente. Art. 6º O controle ambiental nos limites do território municipal será exercido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA, sempre que possível em conjunto de órgãos da esfera estadual ou federal, através de acordos e convênios de colaboração mútua, observando, para tal, os preceitos da legislação referente em vigor no estado do Pará; Art. 7º Os resíduos líquidos, sólidos, gasosos ou em qualquer estado de agregação da matéria, provenientes de fontes poluidoras, somente poderão ser lançados ou liberados, direta ou indiretamente, nos recursos ambientais situados no território do Município, desde que obedecidas às normas e padrões estabelecidos nesta Lei e em Legislação Complementar. § 1º Considera-se fonte de poluição, qualquer atividade, sistema, processo, operação, maquinaria, equipamento ou dispositivo, móvel ou não, que induza, produza ou possa produzir poluição; GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 4 § 2º Consideram-se recursos ambientais, a atmosfera, as águas interiores; superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo e os elementos nele contidos, o subsolo, a flora e a fauna; § 3 º. Considera-se poluente, toda e qualquer forma de matéria ou energia que, direta ou indiretamente, cause poluição, em intensidade, em quantidade,em concentração ou com características em desacordo com as normas e padrões estabelecidos em legislação especifica; § 4º Considera-se poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta e indiretamente: I – Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; II – Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; III – Afetem desfavoravelmente o conjunto de seres animais e vegetais de uma região; IV – Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; V – Lancem matérias ou energias em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. Art. 8º Fica o Poder Executivo autorizado a determinar medidas de emergência a fim de evitar episódios críticos de poluição ambiental ou impedir a sua continuidade em casos de graves e iminentes riscos para as vidas humanas ou recursos econômicos; Parágrafo Único – Para a execução das medidas de emergência de que trata este artigo poderão, durante o período crítico, ser reduzidas ou impedidas quaisquer atividades em áreas atingidas pela ocorrência. Art. 9º Os infratores das normas municipais de meio ambiente estarão sujeitos as penalidades previstas no artigo 105 desta lei. Art. 10. Os recursos contra as sanções impostas seguem os normatizados no Art. 93 desta lei; SEÇÃO II DO ZONEAMENTO ECOLÓGICO-ECONOMICO Art. 11. O Zoneamento Ecológico-Econômico tem por fim ordenar o uso do solo urbano e de expansão urbana e rural visando à proteção do meio ambiente, competindo ao Município de São Miguel: I – Detalhar, no que couber, normas e diretrizes estabelecidas no zoneamento ecológico-econômico do Estado do Pará, dando-lhes cumprimento; II – Respeitar, no que couber, as normas e diretrizes, estabelecidas no zoneamento ecológico econômico do Estado do Pará, na revisão do Plano Diretor Municipal. Art. 12. O Zoneamento Ecológico-Econômico do Município de São Miguel do Guamá deverá ser aprovado por lei, como base do planejamento municipal, estabelecendo políticas, programas e projetos, ressalvadas as competências Estaduais. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 5 Art. 13. A Política Municipal do Meio Ambiente deverá ser ajustada às conclusões e recomendações do Zoneamento Ecológico-Econômico. SEÇÃO III DA ARBORIZAÇÃO URBANA Art. 14. A vegetação de porte arbóreo, localizada no Município de São Miguel do Guamá é considerada bem de interesse comum, integrante do Patrimônio Ambiental Municipal. § 1º Fica obrigado o plantio de pelo menos uma árvore para cada uma suprimida em terreno ou via pública, em todo o Município de São Miguel do Guamá. § 2º A retirada de árvores só será permitida comprovado tecnicamente o comprometimento do vegetal por qualquer circunstância, sendo obrigatória a substituição das mesmas para espécie adequada. Art. 15. Nenhuma obra, de interesse público ou privado, será executada, sem a preservação da vegetação de porte arbóreo, existente na área. Art. 16. Na impossibilidade da preservação a que se refere o artigo anterior, serão destinados previamente novos espaços verdes na área ou em outra a ser definida pelo órgão ambiental municipal. Parágrafo Único - Em qualquer das hipóteses previstas neste artigo, serão utilizadas espécies da flora nativa. Art. 17. Quando a execução de obras e urbanização de áreas particulares não contempladas no Plano Diretor, incidirem sobre o espaço físico dotado de vegetação, de médio e grande porte, a respectiva licença mediante prévia manifestação do órgão ambiental municipal competente. SEÇÃO IV DOS ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS Art. 18. São espaços territoriais especialmente protegidos, aqueles necessários à preservação ou conservação dos ecossistemas representativos do Município, como as áreas de preservação permanente, as unidades de conservação e todos os ecossistemas transformados em Patrimônio Ambiental Municipal. Parágrafo único. Aos espaços previstos neste artigo aplicam-se as disposições da Legislação Federal e do Estado do Pará, complementadas pelas normas legisladas pelo Município de São Miguel do Guamá. Art. 19. Na distribuição de terras públicas destinadas à agropecuária, definida em planos de colonização e reforma agrária, não serão incluídas áreas de que trata o artigo anterior. Art. 20. Os espaços territoriais especialmente protegidos, para efeitos ambientais, serão classificados, sob regimes jurídicos específicos, conforme as áreas por eles abrangidas sejam de: GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 6 I – Domínio Público do Munícipio; ll – Domínio privado, porém sob regime jurídico especial, tendo em vista a declaração das mesmas como de interesse para a implantação de unidade de conservação da natureza, as limitações de organização territorial e de uso de ocupação do solo; lll – de domínio privado, cuja vegetação de interesse ambiental, original ou constituída, a credito de autoridade competente seja gravada com clausula de perpetuidade, mediante averbação em público. Art. 21. As áreas mencionadas no inciso l do artigo anterior serão classificadas, para efeito e administração, observando os seguintes critérios: I – Proteção dos ecossistemas que somente poderão ser definidos e manejados sob pleno domínio de seus fatores naturais; II – Desenvolvimento científico e atividades educacionais; Ill – Manutenção de comunidades tradicionais; lV – Desenvolvimento de atividades de lazer, cultura e turismo ecológico; V – Conservação de recursos genéticos; Vl – Conservação da diversidade biológica e do equilíbrio do meio ambiente; Vll – Consecução do controle da erosão e assoreamento em áreas significativamente frágeis; § 1º O poder público fixará os créditos de uso, ocupação e manejo das áreas referidas neste artigo, sendo vedadas quaisquer ações ou atividades que comprometam ou possam vir a comprometer, direta ou indiretamente, seus atributos e características. § 2º O plano de manejo, das áreas de domínio público poderá completar atividades privadas, somente mediante autorização ou permissão, onerosa ou não, desde que estritamenteindispensáveis aos objetivos dessas áreas. Art. 22. As comunidades tradicionais poderão ser inseridas em áreas de domínio público, a critério da autoridade competente, desde que: I – respeitadas as condições jurídicas pertinentes; Il – obedecendo o plano de manejo das referidas áreas ; e IIl – mantidas as suas características originais. §1º. Fica garantida a participação das comunidades tradicionais no procedimento de que trata este artigo. §2º.Os critérios de identificação, natureza e delimitação numérica das comunidades tradicionais serão definidos por ato do Poder Executivo. Art. 23 O Município poderá cobrar pela utilização de áreas de domínio público,independentemente do fim a que se destinam, sendo o produto da arrecadação aplicado prioritariamente na área que o gerou. Art. 24 As áreas declaradas de interesse social, para fins de desapropriação, objetivando a implantação de unidade de conservação da natureza, serão consideradas espaços territoriais especialmente protegidos, não sendo nelas GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 7 permitidas atividades que degradem o meio ambiente ou que, por qualquer forma possam comprometer a integridade das condições ambientais que motivam a expropriação. Parágrafo Único. As áreas desapropriadas serão consideradas especiais, enquanto não for declarado interesse diverso daquele que motivou a expropriação. Art. 25 As áreas de domínio privados incluídas nos espaços territoriais especialmente protegidos, sem necessidade de transferênciado domínio público ficarão sob regime jurídico especial das atividades, empreendimentos processos, uso e ocupação do solo, objetivando, conforme a figura territorial de proteção ambiental declarada, a defesa e o desenvolvimento do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Parágrafo Único. A declaração dos espaços territoriais especialmente protegidos implicará, conforme o caso: I – Na disciplina especial para as atividades de utilização e exploração racional de recursos naturais. Il – Na fixação de critérios destinados a identifica-los como necessário para a proteção de entorno das áreas públicas de conservação ambiental, bem como das que merece proteção especial; Ill – Na proteção das cavidades naturais subterrâneas, dos sítios arqueológicos e outros interesses cultural bem como de seus entorno de proteção: lV – Na proteção dos ecossistemas que não envolvam a necessidade de controle total dos fatores naturais; V – Na declaração de regime especiais, para a definição de índices ambientais, de qualquer natureza, a serem observados pelo poder Público e pelos particulares; Vl – No estabelecimento de normas, critérios, parâmetros e padrões conforme planejamento e zoneamento ambientais; Vll – Na declaração automática da desconformidade de todas as atividades, empreendimentos, processos e obras que forem incompatíveis com os objetivos ambientais inerentes ao espaço territorialprotegido em que se incluam. Art. 26 Para fins do dispostos no inciso lll do artigo 20, o Poder Público criará incentivos e estímulos para promover a constituição de áreas protegidas de domínio privado, concedendo preferências e vantagens aos respectivos proprietários na manutenção das mesmas, nos termos do regulamento. Art. 27 Fica criado o Sistema Municipal de Unidade de Conservação da Natureza – SMUC, constituído pelas Unidades de conservação da natureza que vierem a ser criada, e será administrado pelo órgão ambiental. Art. 28 As unidades de conservação, integrantes do SMUC, serão classificadas de acordo com seus objetivos, em três grupos, que comportam categorias de manejo, baseadas em estudos e pesquisas vocações e condições socioeconômicas das áreas selecionadas, quais sejam: GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 8 I – Unidades de proteção integral, que tem como características básicas a proteção total dos atributos naturais, a preservação dos ecossistemas em estados natural com o mínimo de alteração e o uso indireto de seus recursos; Il – Unidade de manejo provisório, que tem como características básicas a proteção total, de forma transitória dos recursos naturais e o uso indireto sustentável por parte das comunidades tradicionais; lll – Unidades de manejo sustentável, que tem como características básicas a proteção parcial dos atributos naturais e o uso direto dos recursos disponíveis em regime de manejo sustentado. Art. 29 As categorias de manejo das unidades de conservação, de que trata o artigo anterior, e o uso das áreas adjacentes ás unidades de conservação da natureza serão disciplinadas pelo Poder Público, respeitadas as características local. SEÇÃO V DO MONITORAMENTO E AUDITORIA AMBIENTAL Art. 30 O monitoramento ambiental consiste no acompanhamento da qualidade dos recursos ambientais, com o objetivo de: I – Aferir o atendimento aos padrões de qualidade ambiental; Il – Controlar o uso dos recursos ambientais; llI – Avaliar o efeito de políticas, planos e programas de gestão ambiental e de desenvolvimento econômico e social; lV – Acompanhar o estágio populacional de espécie da flora e fauna, especialmente ameaçadas de extinção; V – Subsidiar medidas preventivas e ações emergenciais em casos de acidentes ou episódios críticos de população. Art. 31 As obras e atividades sujeitas ao licenciamento ambiental ficam obrigadas ao monitoramento, sem prejuízo do monitoramento procedido pelo Poder Público. Parágrafo Único O poder Público poderá dispensar, temporariamente, o automonitoramento das industrias que comprovam insuficiência técnica e financeira. Art. 32 O órgão municipal poderá sujeitar a auditoria ambiental, os responsáveis por atividades, obras ou empreendimentos, potencial ou efetivamente poluidores ou capazes de causar significativa degradação ambiental, mediante o desenvolvimento de processos, inspeções, análises e avaliações sistemáticas das condições gerais e específicas do funcionamento dessas atividades. SEÇÃO VI DO CONTROLE AMBIENTAL, DO LICENCIAMENTO E AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL Art. 33 Para aplicação do controle ambiental municipal previsto na Politica Municipal do Meio Ambiente ficam estabelecidas as seguintes definições: I – Licenciamento Ambiental: Procedimentos técnicos administrativos, baseados na legislação vigente e na análise de documentação apresentada, que objetivam GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 9 estabelecer as condições, restrições e medidas de controle ambiental a ser obedecida, pelo empreendedor, para a localização, a construção, a instalação, a operação, a diversificação e reforma e ampliação e empreendimentos ou atividades enquadradas no anexo I desta Lei; II – Licença Ambiental Municipal: o Ato Administrativo pelo qual se estabelecem as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser aplicadas ou atendidas pelo empreendedor, para a localização, construção, instalação, operação, diversificação, reforma e ampliação de empreendimentos ou atividades enquadradas no anexo I desta Lei; III – Licenciamento Corretivo:requerimento apresentado quando o empreendimento ou atividade está na fase de instalação ou de operação. Dependendo da fase em que é apresentado o requerimento de licença, tem-se a licença de instalação de natureza corretiva (LIC) ou a licença de operação de natureza corretiva (LOC). III – Avaliação de Impactos Ambientais (AIA): Instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, que se utiliza de estudos ambientais e procedimentos sistemáticos, para avaliar os possíveis impactos ambientais gerados por empreendimentos e atividades potencialmente poluidoras, com o intuito de adequá-los às necessidades de preservação e conservação do Meio Ambiente e da melhoria na qualidade de vida da população; IV – Estudos Ambientais: Estudos Relativos aos impactos ambientais de empreendimentos e atividades potencialmente poluidoras e que tem como finalidade, subsidiar a análise técnica que antecede a emissão de licença ambiental municipal; V – Impacto Ambiental: qualquer alteração das propriedades físicas, químicas ou biológicas do Meio Ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas e que, direta ou indiretamente, afetem: a saúde, a segurança ou bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a flora e a fauna as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente, a qualidade dos recursos ambientais; VI – Impacto Ambiental Local: todo e qualquer impacto ambiental que diretamente (área de influência do projeto) afete apenas o território do Município; VII – Sistema de Controle Ambiental (SCA): conjunto de operações e/ou dispositivos destinados ao controle de resíduos sólidos, efluentes líquidos, emissões atmosféricas, e radiações eletromagnéticas, objetivando a correção ou redução dos impactos negativos gerados; VIII – Termo de Referência (TR): roteiro apresentado com o conteúdo e os tópicos mais importantes a serem tratados em determinado Estudo Ambiental; IX – Cadastro Descritivo (CD): conjunto de informações organizadas na forma de formulário, exigido para análise do licenciamento prévio de empreendimentos e atividades. Art. 34 A construção, instalação, funcionamento, ampliação e reforma de obrasou atividades, utilizadores e exploradores de recursos naturais, consideradas efetivas ou potencialmente poluidoras, bem como capazes de causar significativa degradação ambiental, sob qualquer forma, sujeitam-se, previamente, aos seguintes instrumentos: I - licença ambiental e/ou; II - autorização ambiental. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 10 § 1º Os procedimentos previstos nos incisos deste artigo, ocorrerão sem prejuízo de outras licenças ou autorizações exigíveis. § 2º As obras e atividades sujeitas aos instrumentos a que se referem os incisos deste artigo, serão definidas por ato do Conselho Municipal de Meio Ambiente, incluindo-se, desde logo, as mencionadas no anexo I da Resolução/COEMA nº 120, de 28 de outubro de 2016. Art. 35 São licenças Ambientais Municipais: I – Licença Prévia (LP): Documento expedido na fase preliminar do planejamento da atividade ou do empreendimento e que aprova o local de implantação pretendido e contém os pré-requisitos e os condicionantes a serem atendidos para as fases subseqüentes, observada a legislação urbanística prevista no Código Municipal de Posturas e o que determina esta Lei; II – Licença de Instalação (LI): Documento expedido na fase intermediária do planejamento de atividade ou do empreendimento e que aprova a proposta do Plano de Controle Ambiental – PCA apresentada; III – Licença de Operação (LO): Documento expedido que atende o efetivo funcionamento da atividade e que atesta a conformidade com as condicionantes das Licenças Prévias e de instalação (LP e LI); IV – Licença Ambiental Simplificada (LAS): Documento expedido, referente ao licenciamento de atividades dentre aquelas consideradas utilizadoras de recursos ambientais e/ou efetivas ou potenciais causadoras de pequeno impacto ambiental; V - Licença Instalação Corretiva: Documento expedido para a regularização da instalação do empreendimento ou atividade VI - Licença Operação Corretiva: Documento expedido para a regularização da operação do empreendimento ou atividade; VII – Autorização Específica de Extração Mineral para uso direto na construção civil. Art. 36 Para instrução do pedido da Licença Prévia (LP) e abertura do respectivo processo, o interessado deverá entregar no Protocolo Geral da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA, dos seguintes documentos: I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexo II; II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; IV – RG, CPF/MF se pessoa física ou, contrato social registrado ou ata de eleição da atual diretoria e CNPJ/MF, se pessoa jurídica; V – Estudo Ambiental ou cadastro descritivo (CD), conforme couber; §1º Todos os pedidos de licenciamento, inclusive os de renovação, deverão ser publicados de forma resumida em jornal de circulação local, pelo menos uma vez, e as expensas serão arcadas pelo empreendedor, ressalvados os casos de sigilo industrial ou de segurança nacional. §2º A Licença Prévia poderá ser dispensada no caso de ampliação de atividade. §3º O prazo de validade da Licença Prévia deverá ser no mínimo, igual ao estabelecido pelo cronograma de elaboração dos planos, programas e projetos GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 11 relativos ao empreendimento ou atividade, ou seja, ao tempo necessário para a realização do planejamento, não podendo ser superior a três (03) anos, podendo ser requerida sua prorrogação por igual período, em uma única vez, com antecedência mínima de noventa dias antes do prazo de sua expiração. Art 37 Para instrução do pedido da Licença de Instalação (LI) e abertura do respectivo processo, o interessado deverá entregar no Protocolo Geral da Secretaria Municipal de Meio Ambiente –SEMMA, os seguintes documentos: I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexo II; II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; IV – Cópia de Licença Prévia; V - RG, CPF/MF se pessoa física ou, contrato social registrado ou ata de eleição da atual diretoria e CNPJ/MF, se pessoa jurídica; VI – Plano de Controle Ambiental – PCA com respectiva anotação de responsabilidade técnica – ART ou equivalente, ou outro que couber; Parágrafo único. O prazo de validade da Licença de Instalação será, no mínimo, igual ao estabelecido pelo cronograma de instalação do empreendimento ou atividade, não podendo ser superior a três (03) anos, podendo ser requerida sua prorrogação por igual período, em uma única vez, com antecedência mínima de noventa dias do prazo de sua expiração. Art. 38 Para instrução da Licença de Operação (LO) e abertura do respectivo processo, o interessado deverá entregar no Protocolo Geral da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA, os seguintes documentos: I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexo II; II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; IV – Cópia da licença anterior; V – Estudo Ambiental conforme couber acompanhada da ART de Execução do Projeto. §1º A renovação da licença de operação fica condicionada a apresentação do Relatório de Informação Ambiental Anual (RIAA) e informações complementares exigidas pela SEMMA. §2º A não apresentação do RIAA implica na perda imediata da validade da Licença de Operação bem como instauração de procedimento administrativo. §3º O prazo de validade da Licença de Operação não será superior a 04 (quatro) anos, podendo ser requerida sua prorrogação por igual período, em uma única vez, com antecedência mínima de noventa dias do prazo de sua expiração. §4º Para os estabelecimentos que já estão licenciados de acordo com a Lei nº 182/2009, será prorrogada a licença pelo período de 03 (três) anos posteriores ao término da licença já expedida, após isso, devendo ser renovada nos termos do §3º deste artigo. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 12 Art. 39 Para instrução da Licença Ambiental Simplificada (LAS) e a abertura do respectivo processo, o interessado deverá entregar no Protocolo Geral da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA, os seguintes documentos: I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexo II; II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; IV – Relatório Ambiental Simplificado – RAS, conforme anexo V; V – RG, CPF/MF se pessoa física ou, CNPJ/MF, e contrato social registrado ou ata de eleição da atual diretoria, se pessoa jurídica; VI – Planta Baixa com layout da empresa e planta de localização; VII – Informações sobre o Uso do Solo; VIII – Registro do Imóvel ou contrato de locação; IX – Publicação do pedido de licença no jornal de grande circulação e no Diário Oficial. §1º O Relatório Ambiental Simplificado – RAS poderá ser preenchido pelo proprietário ou responsável legal pela atividade. §2º A Licença Ambiental Simplificada Municipal terá validade de 2 anos, podendo ser renovada a critério desta secretaria. Art. 40 Para o procedimento de licenciamento ambiental corretivo, o interessado deverá apresentar os seguintes documentos: I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexoII; II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; IV - RG, CPF/MF se pessoa física ou, CNPJ/MF, e contrato social registrado ou ata de eleição da atual diretoria, se pessoa jurídica; V – Apresentação do Termo de Compromisso Ambiental, conforme o especificado no art. 68 desta lei; VI – Laudo de vistoria técnica assinado por técnico da SEMMA, descrevendo o estado em que se encontra o empreendimento ou atividade; VII – Comprovante de pagamento da taxa de licenciamento ambiental corretivo; VIII – Certidão do Município, declarando que o local e o tipo de empreendimento ou atividade estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo; IX – Publicação do pedido de licença. Art. 41 A concessão de Autorização Específica de que trata o art.3° da Lei Federal n° 6.567/1978 será expedida pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente - SEMMA, quando dos seguintes minérios: cascalho/saibro/areia/argila/brita, pretendidos para exploração de jazida de minérios encontrarem-se sob a jurisdição do Município. §1° Poderão ser aproveitados os minérios, mediante licenciamento específico municipal para o protocolo no DNPM. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 13 I - areias, cascalho e saibros para utilização imediata na construção civil, no preparo de agregados e argamassas, desde que não sejam submetidos a processos industrial de beneficiamento nem se destinem como matéria-prima a indústria de transformações; II - rochas e outras substâncias minerais, quando aparelhadas para paralelepípedos, guias, sarjetas, moirões e afins; III - argilas usadas no fabrico de cerâmica vermelha; IV - rochas, quando britadas para o uso imediato na construção civil e os calcários empregados como corretivo de solo na agricultura. §2° O aproveitamento das substâncias minerais referida neste artigo fica adstrito a área máxima de 50 ha (cinqüenta hectares). §3° O aproveitamento mineral por licenciamento e facultado exclusivamente ao proprietário do solo ou a quem tiver expressa autorização, salvo se a jazida situar-se em imóveis a pessoas jurídica de direito público. §4º A Autorização Específica destinar-se-á exclusivamente para fins de registro da atividade junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, não concedendo nenhuma autorização para exploração, produção ou intervenção na área requerida. §5º O pedido de Autorização será subscrito necessariamente pelo legítimo interessado na exploração da atividade e deverá ser instruído com os seguintes documentos: I – Requerimento Padrão de acordo com o modelo anexo II; II – Declaração de Informação Ambiental (DIA) de acordo com o anexo III; III – Comprovante de Recolhimento da Taxa Ambiental ao Fundo Municipal do Meio Ambiente – FMMA de acordo com a tabela de valores no anexo IV; IV - RG, CPF/MF se pessoa física ou, CNPJ/MF, e contrato social registrado ou ata de eleição da atual diretoria, se pessoa jurídica; V – Cópia autenticada do documento do Imóvel (escritura pública ou títulos definitivos devidamente registrado no Cartório de Registro de Imóveis) ou autorização expressa do proprietário do imóvel (procuração com firma reconhecida), para o caso de terceiros interessados; VI – Planta da situação e localização do imóvel, assinada pelo requerente e por profissional legalmente habilitado identificado à área de extração. VII – Comprovação e inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR) ou com o pedido de entrada protocolada junto ao órgão competente; VIII – Estudo Ambiental Preliminar (EAP). §6º Protocolado o pedido na SEMMA, o processo será remetido à Secretaria Municipal de Finanças – SEFIN/Departamento de Terras, para manifestação prévia quanto aos aspectos dominiais e urbanísticos pertinentes. §7º Após a análise e aprovação da SEFIN o processo será encaminhado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA para as vistorias técnicas necessárias no local da ocorrência da jazida e no entrono, exames da GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 14 documentação apresentada, análise da legislação ambiental e federal aplicada a extração de substância mineral. §8º Para a concessão e renovação da referida Autorização, SEFIN e a SEMMA poderão determinar a adoção das medidas que entenderam pertinentes para a preservação da integridade do solo, da saúde, da higiene, da segurança das obras ou de elementos ambientais e urbanísticos, devendo tais exigências, nessa hipótese, constarem no termo de Compromisso a ser firmado pelo interessado como condições prévias obrigatórias à obtenção da licença. §9º Para a concessão e renovação da Autorização Específica deverão ser analisados os critérios previstos na legislação ambiental, urbanística e na legislação federal que rege a exploração das jazidas e substâncias minerais que pode ser aproveitada pelo regime de licenciamento, impondo-se o indeferimento nos seguintes casos: a) não atendimento de algum requisito, critério ou condição previsto na legislação aplicável; b) existência de Autorização Especifica válida expedida precedentemente para a mesma área de extração; c) área de extração superior a 50(cinquenta) hectares; d) trata-se de área que apresente potencial interesse público, agrícola, turístico, importância paisagística ou ecológica; e) se a exploração mineral apresentar, de alguma forma, ameaça a população ou comprometer o desenvolvimento urbanístico da região; f) se a extração mineral implicar em prejuízos ao funcionamento normal de equipamentos públicos ou de interesse público, a exemplo de hospitais, escolas instituição cientifica, ambulatório e casa de saúde e repouso; g) se a atividade puder causar danos irrecuperáveis ao ecossistema da região; h) se a atividade puder comprometer mananciais hídricos e/ou obstruir o escoamento de águas superficiais. §10 A Autorização Específica terá validade de 02 (dois) anos, mas poderá ser cassada, a qualquer momento, se for descumprido as alíneasA, B, C, D, E, F, G e H do parágrafo anterior, ou estiver em desacordo com as Leis Federais, Estaduais ou municipais, podendo também ser cancelada se não for devidamente renovada. §11 A autorização específica poderá ser renovada mediante novo requerimento protocolado no prazo de até 30 (trinta) dias da expiração, e deverá conter: I – Nome do Licenciado; II – Nome do proprietário do solo; III – Denominação do imóvel; Distrito, Município e Estado em que se situa a jazida; IV – Substância mineral licenciada; V – Área licenciada em hectares; VI – Prazo data de expedição e número da licença. §12 Fica estipulada multa de 10%, (dez por cento) por hectares calculados sobre o valor da primeira autorização, caso o requerimento de renovação seja protocolado fora do prazo de até 30 (trinta) dias, estipulado no artigo anterior. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 15 §13 A emissão da Autorização Municipal não dá direito ao interessado a iniciar qualquer atividade de extração ou produção na área requerida. §14 A autorização para extração de minérios de que trata esta Lei não tem nem um caráter ambiental para licenciamento. Sendo a mesma exclusiva para protocolo junto ao DNPM. Art. 42 As taxas referentes ao exercício regular do poder de polícia ambiental de competência da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA são: I – Taxa de Licença Prévia; II – Taxa de Licença de Instalação; III – Taxa de Licença de Operação; IV – Taxa Licença Simplificada V – Taxa Licença Corretiva VI – Taxa de Autorização Específica§1° A base de cálculos das taxas previstas neste artigo é o valor correspondente a R$ 12.082,17 (doze mil e oitenta e dois reais e dezessete centavos), sobre o qual incidirão as alíquotas de acordo com a tabela, em anexo; §2º O valor da taxa para emissão da Licença Corretiva corresponderá a soma dos valores das licenças prévia, de instalação e de operação. §3° A atualização dos valores previstos neste artigo far-se-á a cada exercício fiscal com base no índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) ou outro índice econômico que venha a ser adotado pelo município, à data do programa da taxe respectiva. §4º Fica fixado o valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), cobrado uma única vez, para a Autorização Específica, necessária ao requerimento da Licença junto ao DNPM para extração de minérios de que trata esta lei. §5º A atualização do valor previsto no parágrafo anterior, far-se-á a cada exercício fiscal com base no índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) ou outro índice econômico que venha a ser adotado pelo município, à data do programa da taxe respectiva. Art. 43 Fica fixado o valor constante do parágrafo 4º, a ser cobrado para a renovação da Autorização Especifica. Art. 44 As taxas serão lançadas em nome do contribuinte, com base nos dados por ele fornecidos e/ou apurados pela SEMMA. Art. 45 As taxas de licença serão cobradas quando do licenciamento e em cada exercício civil posterior, por ocasião da renovação. Art. 46 As taxas de licença serão cobradas sempre que ocorrer mudança no ramo de atividades, transferências de local ou ampliação de atividades, obras ou empreendimento. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 16 Art. 47 Os empreendimentos construídos em mais de uma atividade, sujeita ao licenciamento ambiental, sofrerão a incidência da taxa respectiva, em cada atividade isolada considerada. Art. 48 A SEMMA cobrará tarifas pela utilização efetiva dos serviços de análise laboratorial de recursos naturais, quanto à qualidade ambiental, e das unidades de conservação, instituídas em espaço público. Parágrafo Único. Os valores das tarifas previstas nesse artigo são os constantes em tabela ANEXO IV. Art. 49 Compete ao órgão ambiental municipal SEMMA, ouvidos os órgãos competentes da União e do Estado, quando couber, o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades de impacto ambiental local e daquela que lhe forem delegadas pelo Estado ou pela União, por instrumentos legais ou convênio, de acordo com o anexo I. Art. 50 As receitas originárias das taxa e tarifas prevista nas Lei, serão destinadas ao Fundo Municipal de Meio Ambiente – FMMA. Art. 51 O órgão ambiental municipal poderá emitir autorização para o exercício de atividades que se realizarem de forma transitória, na zona urbana e de expansão urbana, tais como: I - para o transporte de substâncias, produtos ou resíduos perigosos; II - para a visitação em unidades de conservação municipais; III - para a realização de pesquisas científicas em unidades de conservação municipais. Parágrafo Único. O Poder Público poderá definir, através de Decreto, outras atividades sujeitas a emissão da autorização prevista no art. 51. Art. 52 O Poder Público concederá Licença Corretiva de Operação, como procedimento de regulação provisória, anterior à concessão da Licença de Operação, para: I – as obras ou atividades que já estejam instaladas ou em funcionamento no território municipal; II – em casos excepcionais, mediante aprovação prévia do COMDEMA. Art. 53 Os pedidos de licenciamento e a respectiva concessão ou renovação serão publicados no Diário Oficial do Município, ou, na ausência deste, no Diário Oficial do Estado, e em jornal de grande circulação local, nos termos do artigo 36 desta Lei, as expensas do interessado. SEÇÃO VII DA AVALIAÇÃO PRÉVIA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 17 Art. 54 Para o licenciamento ambiental no Município de SÃO MIGUEL DO GUAMÁ, poderão ser utilizados os seguintes estudos ambientais, a serem realizados nas fases do licenciamento: I – Estudo de Impacto Ambiental e seu Relatório de Impacto Ambiental – EIA/RIMA; II – Estudo Ambiental Prévio – EAP III – Projeto de Engenharia Ambiental – PEA; IV – Relatório Ambiental Simplificado – RAS; V – Plano de Controle Ambiental – PCA; VI – Plano de Recuperação de Área Degradada – PRAD VII – Plano de Monitoramento Ambiental – PMA VIII – Relatório de Controle Ambiental – RCA; IX – Estudo de Risco – ER; X – Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV. Art. 55 Todos os estudos ambientais necessários ao licenciamento ambiental correrão a expensas do empreendedor e serão de sua responsabilidade as informações prestadas. §1º Os estudos só poderão ser feitos por pessoas físicas e jurídicas devidamente habilitadas junto aos respectivos conselhos de profissionais e cadastradas, através de Cadastro Técnico de Atividades de Defesa Ambiental – CTDAM na Secretaria Municipal de Meio Ambiente; §2º Deverão estar em anexo ao respectivo estudo, a comprovação das respectivas Anotações de responsabilidade Técnica – ART devidamente atualizadas; §3º Quando o empreendedor protocolizar o respectivo estudo competente deverá fazê-lo em duas (2) vias, com exceção do EIA/RIMA que deverá ser três (3) vias, sendo sua consulta de livre acesso. Art. 56 O Licenciamento de Obras ou atividades, comprovadamente consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou capazes de causar degradação ambiental, dependerá de Avaliação dos Impactos Ambientais (AIA); Parágrafo único. O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA definirá, através de Resolução, as normas federais e estaduais vigentes sobre a matéria e, dentre outros, os seguintes requisitos: I – As diretrizes do planejamento e zoneamento ambientais, nos termos estatuídos nesta Lei; II – O grau de complexidade de cada obra ou atividade; III – A natureza e as dimensões dos empreendimentos; IV – As peculiaridades de cada obra ou atividades; V – Os estágios que já se encontram os empreendimentos iniciados; VI – As condições ambientais da localidade ou região; VII – O grau de saturação do meio ambiente, em razão do fator de agregação de atividades polidoras no município. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 18 Art. 57 Para o licenciamento de obras ou atividades que dispensa e elaboração EIA/RIMA, o órgão ambiental poderá exigir outros instrumentos específicos para a avaliação dos impactos ambientais; Parágrafo Único. No caso das obras ou atividades referidas no caput deste artigo poderá o Poder Público utilizar a autorização, a título precário como procedimento preliminar de regularização. Art. 58 O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é instrumento de análise de processos métodos sobre a viabilidade da implantação de obra ou atividade, pública ou privada, tendo como objetivo definir ou indefinir o licenciamento requerido; Art. 59 O Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) refletirá as conclusões do EIA e visa transmitir informações fundamentais do mencionado estudo, através de linguagem acessível a todos os segmentos da população, de modo a que se conhecem as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências ambientais decorrentes de sua implantação; Art. 60 A elaboração do EIA/RIMA obedecerá aos princípios, objetivos e diretrizes estabelecidos pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – CONDEMA em perfeita consonância e compatibilidade com a legislação federal e estadual pertinente, especialmente as normas sobre as matéria editadas pelo Instituto Brasileirodo Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA; Art. 61 A análise do EIA/RIMA deverá obedecer a prazos fixados em regulamento, segundo o grau de complexidade dos respectivos empreendimentos; Art. 62 O órgão ambiental, ao receber o RIMA, estabelecerá prazo para o recebimento dos comentários por parte dos órgãos públicos e demais interessados e sempre que julgar necessário promoverá a realização de audiência pública. SEÇÃO VIII DO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA E DE COMPROMISSO Art. 63 O órgão executivo municipal de meio ambiente poderá exigir das pessoas físicas ou jurídicas, inclusive das entidades da administração direta ou indireta federal, estadual ou municipal, a assinatura de Termo de Compromisso Ambiental, estabelecendo medidas compensatórias às modificações pretendidas, nos seguintes casos: I - em função de exigência a ser cumprida no processo de licenciamento de obras, estabelecimentos ou atividades que causem ou possam a vir a causar alterações ao meio ambiente; II - movimentação de terra que resulte dano à cobertura vegetal, quando previamente requerido ao órgão executivo municipal de meio ambiente; III - nas solicitações de corte de árvores e/ou remoção de vegetação, quando não houver risco; IV – nas solicitações de pedido de Licença Ambiental Corretiva (LAC). GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 19 Parágrafo único. O termo de que trata o "caput" deste artigo não poderá ser realizado nos casos em que se configurar crime ambiental. Art. 64 O termo de ajustamento de conduta e o termo de compromisso têm por fim assegurar o cumprimento de normas legais, administrativas e técnicas, relativas à qualidade satisfatória do meio ambiente, observado o disposto na legislação federal, estadual e municipal em vigor. §1º São elementos obrigatórios dos instrumentos de que trata o caput deste artigo: I – o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos representantes legais; II – o prazo de vigência do compromisso, que, conforme a complexidade das obrigações fixadas poderá variar entre o mínimo de 90 (noventa) e o máximo de 01 (hum) ano, com possibilidade de prorrogação por igual período, ou outro limite a ser fixado conforme a natureza da obrigação assumida, mediante justificativa; III – a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o cronograma físico de execução e de implantação das obras e serviços exigidos, com metas trimestrais a serem atingidas; IV – as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e os casos de rescisão, em decorrência do não cumprimento das obrigações nele pactuadas; V – o valor da multa de que trata o inciso anterior não poderá ser superior ao valor do investimento previsto; VI – o foro competente para dirimir eventuais litígios entre as partes. §2º Os instrumentos de que trata este artigo serão considerados títulos executivos extrajudiciais, podendo ser executados no caso de seu descumprimento total ou parcial, tudo nos termos da legislação processual civil. §3º A celebração dos instrumentos previstos neste artigo não impede a execução de eventuais multas aplicadas ou obrigações que tenham objeto e origem diversa do mesmo. §4º Considera-se rescindido de pleno direito os termos quando descumprida qualquer de suas cláusulas, ressalvado o caso fortuito e a força maior. Art. 65 O termo de compromisso e o termo de ajustamento de conduta deverão ser publicados no órgão oficial competente, mediante extrato, sob pena de ineficácia. Art. 66 As medidas de compensação ambiental e seus parâmetros, referentes aos Termos de Compromisso Ambiental, serão definidas por Decreto do Chefe do Executivo Municipal SEÇÃO IX DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL Art. 67 Na busca da efetivação da cidadania, da garantia de melhor qualidade de vida, da melhor distribuição de riquezas e de maior equilíbrio entre o GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 20 desenvolvimento sócio-econômico e preservação do meio ambiente, a educação ambiental deverá ser efetivada, da seguinte forma: I – os programas relacionados à exploração racional de recursos naturais, recuperação de áreas, bem como atividades de controle, de fiscalização de uso de preservação e de conservação ambiental, devem contemplar, em suas formulações, ações de educação ambiental; II – os programas de assistências técnicas e financeira do município, relativos a educação ambiental, deverão priorizar a necessidade de inclusão das questões ambientais nos conteúdos a serem desenvolvidos nas propostas curriculares, em todos os níveis e modalidade de ensino; III – os programas de pesquisas em ciência e tecnologia financiadas com recursos do município deverão contemplar, sempre que possível, a questão ambiental em geral e em especial, a educação ambiental; lV – os recursos acarretados em função de multar por descumprimento da legislação ambiental deverão ser revertidos, no mínimo 20% (vinte por cento) de seu total ,para aplicação das ações de educação ambiental, aplicáveis no local de origem da infração. SEÇÃO X DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS E PARTICIPAÇÃO AMBIENTAL Art. 68 As audiências públicas destinar-se-ão a fornecer informações sobre o projeto e seus impactos ambientais e a possibilitar a discussão e o debate sobre o RIMA; Art. 69 As audiências públicas serão convocadas pelo órgão ambiental, por solicitação: I – Do representante legal do órgão ambiental; II – De entidade da Sociedade Civil; III – De órgão ou entidade pública, que direta ou indiretamente tenha envolvido com as questões ambientais; IV – Do Ministério Público Federal ou Estadual ou Municipal; V – De cinqüenta ou mais cidadãos. §1º A Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a partir da data do recebimento do Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente, fixará em edital e anunciará pelos meios de comunicação disponível local, a abertura do prazo, que será no mínimo de 45 (quarenta e cinco dias), para solicitação de audiência pública. §2º No caso de haver solicitação de audiência pública e na hipótese da Secretaria Municipal de Meio Ambiente não realizá-la, a licença concedida não terá validade. §3º Após este prazo, a convocação será feita pelo órgão licenciados através de correspondência registrada aos solicitantes e da divulgação em órgão da imprensa local. Art. 70 A Audiência pública deverá ser realizada em local de fácil acesso aos interessados. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 21 Parágrafo único. Em função da localização geográfica dos solicitantes, e da complexidade do tema, poderá ser realizada mais de uma audiência pública sobre o mesmo projeto e respectivo Relatório de Impacto sobre o Meio Ambiente. Art. 71 Comparecerão obrigatoriamente à audiência pública, os servidores públicos responsáveis pela análise e licenciamento ambiental, os representantes de cada especialidade da equipe multidisciplinar que elaborou o RIMA, o representante legal e o Ministério Público, que para tal fim deve ser notificado pela autoridade competente, com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco dias). §1º A audiência pública será dirigida pelo representante do órgão licenciador que, após a exposição objetiva do projeto e de seu respectivo relatório de impacto sobre o Meio Ambiente, abrirá as discussões com os interessados presentes. §2º Ao final de cada audiência pública, será lavrada uma ata sucinta, sendo anexados à ata, todos os documentos que forem entregues ao presidente dos trabalhos durante a sessão. §3º A realização das audiências públicas será sempre precedida de ampla divulgação, assegurada pelapublicação de, no mínimo, três vezes consecutivas, no diário Oficial do Estado e nos de grande circulação no Município, através de nota contendo todas as informações indisponíveis ao conhecimento público da matéria. Art. 72 O órgão ambiental somente emitirá parecer final sobre o RIMA, depois de concluída a fase de audiência pública; Parágrafo único. O órgão ambiental, ao emitir parecer sobre o licenciamento requerido, analisará as proposições apresentadas na audiência pública, manifestando-se sobre a pertinência das mesmas. SEÇÃO XI DO GERENCIAMENTO FLUVIAL Art. 73 O poder Público estabelecerá políticas, planos e programas para o gerenciamento da zona fluvial municipal, que será definida em lei específica, com o objetivo de: I – planejar e gerenciar, de forma integrada, descentralizada e participativa, as atividades sócio–econômicas, e garantir a utilização, controle, conservação, preservação e recuperação dos recursos naturais e ecossistemas; II – obter um correto dimensionamento das potencias e vulnerabilidades; III – assegurar a utilização dos recursos naturais, com vistas a sua sustentabilidade permanente; lV – compatibilizar a ação humana, em quaisquer de sua manifestação, com dinâmica dos ecossistemas, de forma e assegurar o desenvolvimento econômico e social ecologicamente sustentando e a melhoria da qualidade de vida; V – exercer efeito controle sobre os agentes causadores de poluição, sob todas as suas formas, ou de degradação ambiental que afetem, ou possam vir afetar, a zona fluvial. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 22 SEÇÃO XII DA PARTICIPAÇÃO POPULAR E DO DIREITO A INFORMAÇÃO Art. 74 A participação da comunidade nas decisões relacionadas ao meio ambiente será assegurada, dentre outras formas, pelas seguintes: I – a apresentação partidária entre o poder público e a sociedade civil organizada, especialmente através de entidades devidamente constituídas e regulares perante legislação brasileira, de trabalhadores profissionais, produtores e industriais e organismo não- governamentais, todas voltadas para a questões ambiental, no Conselho Municipal de defesa do Meio Ambiente; II – consulta á população interessada, através de audiência pública e , quando requerido, plebiscito convocado na forma do dispostos na Lei Orgânica do Município, ambos realizados antes da expedição da licença prévia para a implantação de projetos ou atividades, públicas ou privadas, que possa colocar em risco o equilíbrio ecológicos ou provocar significativa degradação do meio ambiente; III – convite à participação pública nas etapas iniciais do projeto, ou do planejamento público ou privado, através das reuniões para definição do alcance dos estudos e elaboração dos termos de referência da avaliação de impacto ambiental. Art. 75 O direito da população a informação em matéria ambiental será assegurado, especialmente através de: I – Ampla e sistemática divulgação das diretrizes básicas da Política Municipal do Meio Ambiente e suas alterações, sempre que estas ocorrerem; II – Ampla divulgação dos pareceres conclusivos e das decisões de mérito proferidas pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente, decorrentes da Análise do Estudo Prévio de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental – EPIA/RIMA; III – Publicação, no prazo de 10 (dez) dias, dos atos concessivos de incentivos, através de recursos públicos, à proteção do meio ambiente e à utilização racional dos recursos ambientais; IV – Publicação, no prazo de 10 (dez) dias, dos atos de suspensão dos incentivos e dos contratos celebrados entre o Poder Público e as pessoas físicas ou jurídicas que descumprirem a legislação ambiental; V – Ampla divulgação das informações oriundas das pesquisas incentivadas pelo Poder Público, na área ambiental; VI – Ampla divulgação da realização das audiências públicas, dos plebiscitos e do conteúdo do Relatório de Impacto Ambiental – RIMA; VII – Amplo acesso de qualquer cidadão, junto aos órgãos integrantes do Sistema Municipal do Meio Ambiente; às informações pertinentes aos assuntos regulados por esta Lei, que sejam de interesse coletivo ou geral, as quais serão prestadas no prazo de 15 dias, dando-se lhe, inclusive, se requeridas, vistas aos processos administrativos, sob pena de responsabilidade do agente da administração, que, porventura, venha negar, protelar ou dificultar, por qualquer meio, esse acesso. §1º Para os efeitos dos incisos III e IV deste artigo, a publicação far-se-á, no mínimo, com afixação no quadro de aviso existente na Prefeitura e/ou na Secretaria Municipal de Meio Ambiente. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 23 §2º A ampla divulgação referida nos incisos I, II, V e VI, dar-se-á no mínimo, através de nota resumida, publicada em jornal de circulação local, e afixada no quadro de aviso da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. §3º Para efetiva garantia do direito a informações, o órgão ambiental manterá serviço específico. SEÇÃO XIII DOS ESTIMULOS E INCENTIVOS Art. 76 O Poder Público incentivará ações, atividade e procedimentos, de caráter público ou privado, que visa proteção, manutenção e recuperação do meio ambiente e à utilização sustentável dos recursos naturais, mediante a concessão de vantagens fiscais e creditícias, mecanismos e procedimentos compensatórios, apoio financeiro, técnico, cientifico e operacional. §1º Na concessão de incentivos, o Poder Público dará prioridade às atividades de recuperação, proteção e manutenção de recursos ambientais, bem como às de educação e de pesquisas dedicadas ao desenvolvimento da consciência ecológica e de tecnologia para o manejo sustentado de espécies e ecossistemas. § 2º O Poder Público somente concederá incentivos mediante comprovação, pelo interessado, da licença ambiental. §3º Os incentivos concedidos nos termos deste artigo serão sustentados ou extintos quando o beneficiário descumprir as disposições da legislação ambiental. SEÇÃO XIV DOS CADASTROS E INFORMAÇÕES AMBIENTAIS Art. 77 O poder público manterá atualizados os cadastros técnicos de atividades de defesa do meio ambiente e das atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras de recursos ambientais. §1º O cadastro técnico de atividades de defesa ambiental tem por fim proceder ao registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas prestadoras de serviços relativos às atividades do controle do meio ambiente, inclusive através da fabricação, comercialização, instalação ou manutenção de equipamentos. §2º O cadastro técnico de atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras de recursos ambientais tem por objetivo proceder ao registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades, potencialmente poluidoras ou de extração, produção, transporte e comercialização de produtos e subprodutos da fauna e flora. Art. 78 Fica dispensada a exigência de apresentação da certidão, para a obtenção de créditos ou financiamentos oficiais, destinados à recuperação do meio ambiente degradado, desde que o interessado comprove quitação com as multas ambientais, devendo o respectivo projeto ser aprovado pelo órgão ambiental. SEÇÃO XV GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 24 DO FUNDO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE Art. 79 O Fundo Municipal do Meio Ambiente do Município de São Miguel do Guamá poderá prever recursos: I – 0,005% da receita corrente liquida do município, independente da dotação orçamentária específica; II – Da arrecadação de taxas dos serviços de licenciamento; III – De multas previstas na Lei da Politica Municipal de meio ambiente ou na LeiOrgânica Municipal; IV – Das contribuições, subvenções e auxílios da União, dos estados e do Município e de suas respectivas autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista e de fundações; V – Resultantes de convênios, contratos e acordos celebrados entre o Município e instituições públicas e privadas, cuja execução seja de competência do órgão municipal de meio ambiente observada as obrigações contidas nos respectivos instrumentos; VI – Resultantes de doações, como seja importância, valores, bens móveis e imóveis que venha a receber de pessoas físicas e/ou jurídicas de organismos públicos e privados nacionais e internacionais; VII – De rendimento de qualquer natureza, decorrentes de aplicação de seu patrimônio; VIII – De recursos oriundos de condenações judiciais de empreendimentos sediados no Município e/ou que afetem o território municipal decorrentes de crimes praticados contra o meio ambiente; IX – De outros recursos que, por sua natureza possam ser destinados ao Fundo Municipal do meio ambiente. Art. 80 O Fundo será administrado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente com gerenciamento realizado pelo Secretário de Meio Ambiente e fiscalizado pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – CONDEMA: com as seguintes atribuições: I – Estabelecer políticas de aplicação dos seus recursos em conjunto com o Conselho Municipal de Desenvolvimento do Meio Ambiente de São Miguel do Guamá (CONDEMA); II – Submeter ao CONDEMA o plano de aplicação a cargo do em consonância com a Politica Municipal de Meio Ambiente, estabelecido em lei; III – Acompanhar, avaliar e decidir sobre a realização de ações previstas na Politica Municipal de meio ambiente, em consonância com as deliberações do CONDEMA; IV – Ordenar empenhos e pagamentos das despesas do Fundo; V – Firmar convênios e contratos, juntamente com o Secretário de Meio Ambiente, no que se refere aos recursos que serão administrados pelo fundo, levado ao CONDEMA para conhecimento, apreciação e deliberação de projetos do Poder executivo Municipal na área do meio ambiente, desde que se enquadre nas diretrizes orçamentárias e nos programas estaduais e federais no campo da defesa do meio ambiente. Art. 81 O orçamento do Fundo Municipal de Meio ambiente evidenciará as políticas e programas de trabalho governamentais, observados os princípios da universidade GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 25 e equilíbrio, obedecendo aos padrões e normas estabelecidas na legislação pertinente. Os recursos que compõem o fundo poderão ser aplicados em: I – Aquisição de materiais permanente e de consumo e de outros documentos necessários à execução da Política Municipal do Meio Ambiente; II – Contratação de serviços de terceiros, para execução de programas e projetos; III – Projetos e programas de interesse ambiental; IV – Desenvolvimento e aperfeiçoamento dos instrumentos de gestão, planejamento, administração e controle das ações envolvendo questões ambientais; V – Atendimento de despesas diversas, de caráter de urgência e inadiáveis necessárias à execução da política municipal do meio ambiente; VI – Pagamento de despesas relativas e valores e contrapartida estabelecidas em convênios e contratos com órgãos públicos e privados de pesquisa de proteção ao meio ambiente; VII – Pagamentos pela prestação de serviços a entidades de direito privado para execução de programas ou projetos específicos do setor do meio ambiente; VIII – Outros de interesse e relevância ambiental. Art. 82 Os recursos provenientes do ICMS Ecológico serão recolhidos ao Fundo Municipal de Meio Ambiente. SEÇÃO XVI DA FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL Art. 83 Fica instituído o poder de polícia administrativo para os servidores lotados no setor de fiscalização ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA. Parágrafo Único. Os servidores que se referem o caput deste artigo terão poderes para apurar infrações ambientais, lavrar instrumentos de fiscalização, iniciando sanções administrativas que evitem a continuidade de danos ambientais, tais como: I – Apreensões de produtos e equipamentos; II – Guarda ou depósito de produtos e equipamentos; III – Embargo e interdição temporária de atividades; IV – Doação de produtos perecíveis; V – Soltura de animais silvestres; e VI – Inutilização de apetrechos predatórios. Art. 84. Os servidores designados para atuarem na fiscalização ambiental serão chamados de agentes de fiscalização ambiental e ficam sujeitos a estrita observância das obrigações contidas neste diploma legal e serão nomeados através de Portaria pelo Secretário Municipal de Meio Ambiente; §1º São obrigações dos agentes de fiscalização ambiental conhecer estrutura organizacional do órgão ambiental, seus objetivos e competência como órgão de gestão ambiental e sobre a política municipal, estadual e nacional de meio ambiente, assim como: GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 26 I – Aplicar as técnicas, procedimentos e conhecimentos inerentes a prática fiscalizadora do meio ambiente, adquiridas nos cursos e treinamentos; II – Apresentar relatório de suas atividades, relatórios circunstanciados na apuração da infração ambiental, laudos técnicos sobre danos ambientais para formalizar o processo administrativo punitivo; III – Lavrar corretamente os instrumentos de fiscalização que farão parte do processo administrativo punitivo, preencher de forma concisa e legível, com informações objetivas e verídicas com o devido enquadramento legal evitando nulidade da atuação; IV – Obedecer rigorosamente aos deveres, proibições, determinações superiores e responsabilidades relativas ao servidor público; V – Zelar pela manutenção, uso adequado e racional dos equipamentos, barcos, veículos e outros instrumentos que lhes forem confiados; VI – Identificar-se sempre em que estiver em ação de fiscalização; e VII – Submeterem-se as diversidades inerentes ao exercício da fiscalização, atuando em locais, dias e horários necessários para atuação. §2º. Ficam assegurados aos servidores especificados no caput, livre acesso a qualquer dia e hora e sua permanência pelo tempo que se fizer necessário, em estabelecimentos públicos ou privados, bem como nos empreendimentos imobiliários, respeitados os mandamentos da Constituição federal. Art. 85 O agente de fiscalização possui fé pública nas observações verídicas e circunstanciadas durante a apuração de infração ambiental; Art. 86 Todo e qualquer material ou equipamento inerente à fiscalização em poder do agente de fiscalização ambiental, deverá ser devolvido por ocasião de seu afastamento da atividade; Art. 87 São instrumentos de fiscalização que serão utilizados pelo agente de fiscalização ambiental para compor o processo administrativo punitivo: I – Auto de Infração Ambiental (ANEXO VI); II – Termo de Apreensão e Depósito (ANEXO VII); III – Termo de Embargo/ Interdição ou Suspensão; (ANEXO VIII); IV – Termo de Doação, Soltura ou Libertação (ANEXO IX) e, V – Termo de Notificação (ANEXO X); §1º Os instrumentos de fiscalização deverão conter identificação completa do infrator, especificações quantitativas e qualitativas; a assinatura do agente de fiscalização ambiental, obrigatoriamente deverá estar acompanhada do seu nome completo e o cargo ou função; assim como, assinatura de testemunhas, obedecendo aos modelos constantes dos anexos. § 2º Os formulários dos instrumentos de fiscalização serão entregues ao agente de fiscalização ambiental, numerados e em série, mediante assinatura de documento de energia e recebimento, passando a responder pela sua guarda e utilização; §3º A forma e conteúdo dos formulários de instrumentos de fiscalização descritosnos itens I ao V deste artigo poderão ser alterados mediante portaria expedida pelo Secretário Meio Ambiente – SEMMA. GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 27 Art. 88 As infrações ambientais serão apuradas em processo administrativo nos termos desta lei; TÍTULO III DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 89. As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a responsabilização penal, civil e administrativa, independentemente da obrigação de reparar o dano. Art. 90. Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente previstas em lei federal, estadual ou municipal, e, em especial, as condutas assim caracterizadas na Lei Federal nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, regulamentada pelo Decreto Federal nº 6.514, de 22 de julho de 2008. §1º São autoridades competentes para lavrar o auto de infração ambiental e instaurar processo administrativo os funcionários dos órgãos ambientais integrantes do Sistema Municipal de Meio Ambiente designados para as atividades de fiscalização. §2º Qualquer pessoa, constatando infração ambiental, poderá dirigir representação às autoridades relacionadas no parágrafo anterior para que sejam adotadas todas as providências necessárias à apuração e responsabilização. §3º A autoridade ambiental que tiver conhecimento de infração ambiental é obrigada a promover a sua apuração imediata, sob pena de responsabilização. §4º As infrações ambientais serão apuradas em processo administrativo próprio, assegurado o direito de ampla defesa, contraditório e devido processo legal, bem como os demais princípios e procedimentos previstos na Lei Federal nº 9.784/99 e na Lei Federal nº. 9.605/98, aplicadas subsidiariamente ao presente. Art. 91 A responsabilidade administrativa ambiental independe de culpa ou dolo e será apurada em conformidade com o processo administrativo estabelecido em Decreto do Poder Executivo Municipal. Parágrafo Único. Na apuração da responsabilidade de que trata este artigo, caberá ao infrator a comprovação da ausência de dano ambiental. Art. 92 Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental, bem como pela realização de leilão de produtos ou subprodutos apreendidos, serão revertidos ao Fundo Municipal de Meio Ambiente. CAPÍTULO II DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Art. 93 As infrações à legislação ambiental serão apuradas em processo administrativo próprio, iniciado com a lavratura do auto de infração, observados o rito GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 28 estabelecido em Decreto do Poder Executivo Municipal e os seguintes prazos: I – 20 (vinte) dias para o infrator oferecer defesa ou impugnação contra o auto de infração, contados da data da ciência da autuação; II – 30 (trinta) dias para a Secretaria de Meio Ambiente julgar o auto de infração, contados da data de sua lavratura, apresentada ou não a defesa ou impugnação; III – 20 (vinte) dias para o infrator recorrer da decisão condenatória ao Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente – COMDEMA, instância superior do Sistema Municipal de Meio Ambiente; IV – 5 (cinco) dias para o infrator efetuar o pagamento da multa por ventura imposta com a redução de 20% (vinte por cento), contados da data do recebimento da notificação informando a aplicação ou manutenção da mesma. §1º Em se tratando de transgressões que dependam de análises laboratoriais ou pericias para completa elucidação dos fatos, o prazo que se refere o inciso I deste artigo poderá ser dilatado em até mais de 15(quinze) dias mediante despacho fundamentado do titular do órgão ambiental. §2º Tanto a defesa quanto a impugnação, bem como o recurso para o conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente terão efeito suspensivo. §3º Vencido nas instancias administrativas ou não interpondo recurso no prazo hábil, o infrator deverá recolher a multa, dentro do prazo de 10 (dez) dias, contado da notificação do decisório final, sob pena de inscrição do débito em dívida ativa e imediata cobrança judicial. §4° O não recolhimento da multa neste prazo importará no acréscimo moratório de 1%(um por cento) ao dia, calculando cumulativamente, sobre o valor do debito. §5° A inscrição em dívida ativa implicara no imediato ajuizamento da Execução fiscal. §6º A dívida ativa será cobrada, nos termos da Lei Orgânica do Município. Art. 94 O Auto de infração é o documento padronizado que descreve a irregularidade cometida e determina o seu enquadramento legal. §1° O auto de infração será expedido pelo agente fiscalizador que houver constatado o cometimento de infração, em três vias, devendo conter, ainda, os seguintes elementos: I - a identificação do infrator e sua qualificação completa; II - o local, a hora e a data da infração; III - a descrição da infração e referência do dispositivo legal infringido; IV - a descrição da penalidade a que está sujeito o infrator e o respectivo preceito legal que autoriza a sua imposição; V - ciência e notificação, pelo autuado, de que responderá pelo fato em processo administrativo; VI - o prazo para o oferecimento de defesa; VII - a identificação e assinatura do agente fiscal; e VIII - a assinatura do infrator ou, na sua ausência ou recusa, de duas testemunhas GOVERNO DO PARÁ PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO MIGUEL DO GUAMÁ GABINETE DO PREFEITO 29 presentes. §2° O auto de infração será entregue pessoalmente ao responsável, sempre que possível, ou através de AR (aviso de recebimento), ou publicado no veículo de imprensa local uma única vez, e afixado no quadro de avisos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, considerando-se efetivada a notificação 10 (dez) dias após a publicação. §3° Se o infrator for notificado pessoalmente e recusar-se a exarar ciência, deverá essa circunstância ser mencionada, expressamente, pela autoridade que efetuou a notificação, com o testemunho de duas pessoas. §4° Apresentada ou não a defesa ou impugnação contra o auto de infração, este será julgado pela autoridade competente, contados da data da ciência da autuação. Art. 95 As impugnações, as defesas e os recursos interpostos das decisões não definitivas terão efeito suspensivo relativamente ao pagamento da penalidade pecuniária, não impedindo a imediata exigibilidade do cumprimento das obrigações subsistentes. Art. 96 Aplicada ou mantida a pena de multa, o infrator será notificado para efetuar o pagamento, recolhendo o respectivo valor ao Fundo Municipal do Meio Ambiente. Parágrafo Único. A decisão que impuser a aplicação de penalidade deverá ser fundamentada, indicando as razões da sanção e o dispositivo legal correspondente, sob pena de nulidade. Art. 97. O órgão ambiental municipal fica autorizada a determinar medidas de urgência a fim de evitar episódios críticos de degradação ambiental ou impedir sua continuidade, em caso de grave e iminente risco para vidas humanas ou recursos econômicos. §1º Para a execução das medidas de urgência de que trata este artigo, poderão, durante o período crítico, ser realizadas ou impedidas atividades nas áreas atingidas pela ocorrência. §2º Avaliado o quadro de ocorrência do episódio crítico de degradação ambiental, acidental ou não, o empreendimento ou atividade causadora poderá ser interditado pelo tempo necessário à tomada de providências para a volta ao seu funcionamento normal. §3º A retomada das atividades em seu ritmo normal e pleno estará na dependência da solução da causa do problema gerador da necessidade de execução das medidas de
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