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VIGAS – Solicitações normais 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Para o elemento ser considerado como viga, a largura tem que ser maior ou igual a 12 cm (bw 12) e a altura maior ou igual a 30 cm (h30). Para a determinação do vão efetivo (lef) das vigas, a NBR 6118 (2014) estabelece que ele pode ser calculado da seguinte maneira: 1.1 Modos de ruptura – O dimensionamento para o estado limite último visa evitar o aparecimento de um desses modos de ruptura que segue abaixo. Para cada um deles, tem-se uma série de medidas preventivas que podem, e devem, ser tomadas, o que será estudado mais adiante nos itens referentes ao dimensionamento para o E.L.U. 1.2 Cálculo dos esforços ) * pp = bw*h * concreto = 25 * par = (pédireito – h) * bw * concreto = 15 * rev = 0,63 kN/m² * carga acidental – Após a determinação dos esforços solicitantes, vamos dimensionar as vigas para o Estado Limite Último (E.L.U.), levando em consideração todas as solicitações. Para as hipóteses de cálculo admitidas, já apresentadas no Capítulo 5, é permitido que dimensione a peça para cada esforço separadamente, e depois as armaduras calculadas são sobrepostas. 2. SOLICITAÇÕES NORMAIS – Para o dimensionamento ao momento fletor, independentemente da forma da seção transversal das peças, elas podem ser classificadas em seções simplesmente armadas (apenas com armaduras tracionadas) e em seções duplamente armadas (com armaduras tracionadas e comprimidas). – Em linhas gerais temos: Se (y/d) ( y/d)lim ==> ruptura com aviso; aço entra em escoamento Se (y/d) ( y/d)lim ==> ruptura brusca; aço entra em escoamento (y/d)lim = 0,360, p/ fck 50 MPa e ( y/d)lim = 0,280, p/ 50 < fck90 MPa – Em situações que (y/d) ( y/d)lim deve-se aumentar a seção da peça (mantendo a seção simplesmente armada). Uma alternativa para a solução inicial é a colocação de armadura comprimida (seção duplamente armada). A substituição de parte do concreto comprimido por armadura comprimida suspende a LN, pois a resistência à compressão do aço é bem maior que a do concreto. Sendo possível a colocação da armadura dupla, deve-se comparar com a solução inicial e ver qual é a mais vantajosa no que tange à geometria e economia. – Taxa de armadura para as vigas (NBR 6118): mínmáx OBS.: * (y/d)limCA50B = 0,8/ (1 + yd/ ) * yd = fyd / 21000 + 2% 2.1 SEÇÕES SIMPLESMENTE ARMADAS Roteiro para o dimensionamento (a) Determina-se inicialmente a altura útil das vigas (d): d = h - d’ d’ = cob + est + 1ªcam + (av/2) 20 mm; 20 mm; av = maior (diâmetro da barra); ah = maior (diâmetro da barra); 1,2ag (diâmetro máximo do agregado) 0,5ag (diâmetro máximo do agregado) (b) Determina-se em seguida (y/d) pela equação (II): *Obs.: Se na equação (II) o valor de for negativo, implica que a área de concreto é insuficiente, ou seja, deve-se aumentar a seção. Pode-se aumentar a altura e/ou largura da peça, ou ainda, aumentar o fck. A medida mais eficaz é o aumento da altura h. (c) Compara-se o (y/d)encontrado com o ( y/d)lim Se (y/d) ( y/d)lim ==> Domínio 2 ou Domínio 3 ==> OK! Se (y/d) ( y/d)lim ==> Domínio 3 ou Domínio 4 ==> NÃO OK! Alternativa: Aumentar a altura. (d) Verificação da taxa de armadura ( > mín) Se > mín OK! Se mín Não OK! (e) Calcula-se a área de aço necessária (As) AS = . bw . d 2.2 SEÇÕES DUPLAMENTE ARMADAS – Quando o (y/d) > ( y/d)lim significa que o Md > Md,lim. Quando isso ocorre, o momento excedente Md é dimensionado para a armadura dupla, desde que obedeça a condição abaixo: – Caso Md > (Md,lim/2), ou se a soma das armaduras de tração e de compressão fornecer um s > 4%, a peça deve ter sua seção aumentada. Caso contrário ela será dividida em duas seções: *Seção 1: dimensionada p/ Md,lim com concreto comprimido e aço tracionado. *Seção 2: dimensionada p/ Md com aço comprimido e tracionado. Roteiro para o dimensionamento (a) Determina-se inicialmente a altura útil das vigas (d) d = h - d’ d’ = cob + est + 1ªcam + (av/2) (b) Determina-se em seguida (y/d) pela equação (II) Verificação: (y/d) ( y/d)lim armadura dupla (c) Determinação de Md,lim (d) Determinação e verificação de Md OBS - Para aço diferente do CA50A, segue o roteiro para a determinação do ’sd: Se scd 1,45 regra de 3 com (1,45; 304) Se 1,45 scd 4,07 - intervalo: 304 <’sd < 435 (e) Determinação de As1 Se > mín OK! Se mín Não OK! (f) Determinação de ’sd Se Escd Eyd = 2,07 ==> Logo, ’sd = scd*210000 (Mpa) Se Escd Eyd = 2,07 ==> ’sd fyd. Logo, A’s = As2 (g) Determinação de A’S (h) Determinação de AS2 (i) Cálculo e verificação da taxa de armadura total (SEÇÃO FINAL) As,total = As1 + As1 + A’S S,total = (As1 + As1 + A’S) / (bw . d) Se S,total < máx = 4% OK! 2.3 VIGAS DE SEÇÃO T – Seja T virtual, no caso das lajes maciças apoiadas sobre vigas retangulares, ou seja, considera-se uma parte da laje como seção colaborante da viga. Parte da laje ajuda a viga a resistir aos esforços solicitantes, e vice-versa, já que ela acompanha as suas deformações. – Para as vigas T, o trecho da laje que funciona como viga é denominado de Mesa, e a parte da viga é denominada de Alma. – Para a consideração da seção T, deve-se levar em conta a posição das zonas tracionada e comprimida da peça. A largura colaborante (bf) é eficiente quando ela se encontra na zona comprimida, já que é um acréscimo da área de concreto. Roteiro para o dimensionamento (a) DETERMINAÇÃO DA SEÇÃO T bf = bw + b1 + b3 (b) HIPÓTESE 1: LN ESTÁ POSICIONADA NA MESA (y hf) b.1) Verifica-se a posição da linha Neutra b.2) Verificação da taxa de armadura ( > mín) Se > mín OK! Se mín Não OK! b.3) Calcula-se a área de aço necessária (As) AS = . bf . d (c) HIPÓTESE 2: LN ESTÁ POSICIONADA NA ALMA (y hf) c.1) Seção 1 (obtida através do equilíbrio entre C1 e T1) c.1.1) Calcula-se o momento Md1 c.1.2) Calcula-se a área de aço As1 c.2) Seção 2 c.2.1) Determina-se Md2 Md2 = Md – Md1 c.2.2) Determina-se em seguida (y/d) c.2.3) Verificação da taxa de armadura ( > mín) Se > mín OK! Se mín Não OK! c.2.4) Calcula-se a área de aço necessária (As) As2 = . bw. d c.3) Seção final c.3.1) Cálculo da área de aço total: AS = AS1 + AS2 c.3.2) Verificação da taxa de armadura ( > mín) t = (AS1 + AS2) / áreas < máx = 4% OK!
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