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Dípteros: Moscas e Mosquitos

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1 
 
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN 
Discente: Tatiana Leal Marques – Turma 14/Medicina 
Dípteros 
 
 Considerações iniciais: 
 Continuação do filo Artropoda, que tem mais 1 milhão de espécies, com a maioria sendo benéficos, como com a 
produção de cera, mel, alimentos, polinização, para a medicina forense. 
 Falaremos de pequena quantidade que é parasita e funciona como vetores, como causadores de doenças, como 
causadores de perda de sangue (ex.: muito piolho), como causadores de reações de sensibilidade, como possíveis 
inoculadores de toxinas. 
 O nome “artrópode” significa quem tem pés articulados. Há ligação de músculos com ossos, responsáveis pela 
movimentação. Tem-se o exoesqueleto, estrutura rígida que recobre externamente. No entanto, o corpo não pode 
ser todo rígido. Por isso, o exoesqueleto é rico em algumas partes (placas) e tem algumas áreas membranosas 
(movimentação). Daí o nome artrópode, por que nas partes membranosas tem-se a possibilidade de mobilidade e 
movimentação. Por ter esse exoesqueleto rígido, há necessidade de mudas ou ecdises, com troca de exoesqueleto 
seguida por crescimento, nova muda, mais crescimento etc – as células produzem material rígido de quitina e 
queratina; na muda, essa parte rígida sai e a parte celular é mantida. Esse processo é controlado por hormônios, o 
que é importante por que muitos dos inseticidas utilizados hoje são a base de hormônios, o que pode favorecer o 
controle dos insetos, deixando-os sempre jovens, sem conseguir realizar muda. 
 É um animal complexo, com sistema circulatório, nervoso, digestório, respiratório. 
 O sistema digestório é importante ao nosso estudo. Esses animais têm intestino anterior, médio e posterior. 
 O sistema respiratório também é importante, por que alguns insetos são atingidos por meio desse sistema (ex.: 
bicho de pé, que se retira por asfixia). Esse sistema tem espiráculo, por onde o ar vai entrar. Depois do espiráculo, 
tem sistema de tubos, a traqueia, e esse sistema leva o ar a todas as células individualmente. Portanto, não há 
transporte via sistema circulatório (como o nosso), mas o ar é levado célula a célula (logo, se bloqueia essa via, o 
inseto morre asfixiado). 
 Nesse filo, tem-se duas classes, os insetos e os aracnídeos. Os aracnídeos não têm antenas (não confundir com 
palpos), não tem cabeça individualizada (onde há SNC) e possuem 4 pares de patas saindo do tórax. Os insetos 
têm antenas, têm corpo bem dividido entre cabeça, tórax e abdome, e do tórax partem 3 pares de patas. 
 A classe Díptera inclui moscas e mosquitos. A classe hemíptera são os barbeiros. A classe Siphonapteros inclui as 
pulgas. A classe Anoplura são os piolhos. 
 Alguns insetos são ametábolos, ou seja, vê-se adulto e jovem e a diferença é só o tamanho. Outros são 
hemimetábolos, que são parecidos, mas que têm algumas diferenças bem visíveis – nesses casos, tem-se ninfas e 
adulto. Os holometábolos são aqueles que, durante o desenvolvimento, ficam totalmente diferentes (ex. mosca, 
Aedes). 
 Quanto à alimentação, também há diferenças importantes. Tem duas mandíbulas e dois maxilares, que são as 
peças que cortam. Depois, com o lábio superior e com a hipofaringe forma-se um tubo, que suga o alimento. 
Dentro do tubo, tem-se “buraco”, o canal por onde a saliva é colocada. Logo, tudo ocorre ao mesmo tempo: corte, 
injeção de saliva e sucção do alimento. Alguns insetos (ex. Aedes) tem tubo grande e que vai diretamente ao vaso 
sanguíneo, sendo, por isso, muito eficaz; isso é chamado solenofagia.. Outros insetos têm peças bucais menores e 
não conseguem chegar diretamente ao vaso, e, logo, vão lesionando o tecido, formando “poça” de sangue, através 
da qual se alimentam (ex. carrapato); a isso dá-se o nome telmofagia. A saliva funciona como vasodilatadora, 
anticoagulante e anestésica, podendo, ainda, ter propriedades imunomoduloras e anti-inflamatórias. 
 
 
 Considerações iniciais: 
 Dípteros são aqueles que possuem 2 pares, sendo 1 par de asas membranosas, funcionais, ou seja, que voam, e o 
outro par atrofiado, que serve como equilibrador de voo (balancins). Incluem moscas e mosquitos. 
 Todos são holometábolos, então tem-se ovo, larva, pupa e adulto. 
 O corpo não pode ser todo duro (precisa de partes membranosas) e o tórax tem 3 placas, sendo a placa do meio a 
maior (mesotórax hipertrofiado – característico para moscas e mosquitos) – impressão de que são curvos. 
 
 
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN 
Discente: Tatiana Leal Marques – Turma 14/Medicina 
 Tem-se dípteros nematocerados (mosquitos, pernilongos, muriçoca – esse termo não é tão correto, por que 
engloba só o Culex) e dípteros braquíceros (moscas). 
 
 Dípteros Nematocerados – mosquitos: 
 As antenas são dividias em “pedaços”, que são vistos por que entre um e outro se tem “pelinhos”. Nos mosquitos, 
tem-se 6 ou mais artículos. Pela antena, sabe-se se é macho (antena plumosa, que balança para chamar a fêmea) ou 
fêmea (antena pilosa). 
 Tem o corpo coberto por escamas, que dão coloração característica a cada espécie. 
 Pernas finas. 
 Larvas têm cabeça. 
 Pupas se movem. 
 Somente as fêmeas alimentam-se de sangue, transmitindo doenças. 
 Importante saber: características, onde são encontrados e o que fazer. 
 Simulium (borrachudo) e Culicoides (baluim) não são identificados como transmissores de doenças em nossa 
região. É comum que estejam em rios, especialmente em rios com pedra (coloca os ovos nas pedras). Nesses casos 
(esp. Simulium), picam (normalmente em bando) e causam dor, mas não causam doença aqui. O problema maior é 
pela picada, especialmente em quem é sensível, por que a picada dói e eles andam em bando. Na região Norte, são 
conhecidos como transmissores de doenças. 
 
FAMÍLIA CULICIDAE 
 Quanto aos ovos: 
o No Aedes, a fêmea coloca os ovos acima do nível da água – não impede de encontrar ovos na água caso o 
ovo descole ou o nível da água suba. 
 
 
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN 
Discente: Tatiana Leal Marques – Turma 14/Medicina 
o No Culex, a fêmea coloca os ovos e cola-os uns aos outros (“jangada”), e eles ficam em cima da água, não 
precisando, portanto, de um substrato. 
o No Anopheles, a fêmea coloca os ovos individualmente, mas os ovos tem partes laterais que o fazem não 
afundar, mas ficar acima da água. 
 Quanto ao ambiente: 
o O Aedes tem preferência por água limpa e por depósitos artificiais – caixa d’água, tanque, tonel, para 
colocar os ovos. 
o A muriçoca tem preferência por água rica em matéria orgânica. 
o O Anopheles tem preferência por água limpa, mas, como coloca os ovos em cima da água, prefere 
ambientes naturais – rios, águas, lagoas. 
 Quanto às larvas: 
o São chamadas martelinho. Vai à superfície para respirar. Possui nadadeira e espiráculo. O Aedes, para 
respirar, vai mais à superfície, pois seu espiráculo é menor. 
o O Culex, para respirar, usa seu espiráculo, que, por sua vez, é maior. 
o O Anopheles não tem 1 espiráculo, mas vários, ficando horizontal na água para respirar. 
 Quanto aos insetos adultos: 
o Aedes e Culex permanecem em sua orientação normal quando se alimentam. 
o Anopheles alinha cabeça, tórax e abdome quando se alimenta, sendo chamado mosquito prego. 
 Quanto às asas e palpos: 
o Aedes e Culex possuem escamas de mesmas cores. 
o O Anopheles tem escamas pretas e brancas nas asas. 
 
PRINCIPAIS ESPÉCIES 
 Culex quinquefasciatus 
o Muriçoca. 
o Tem-se várias espécies, mas essa é a principal. 
o Incômodo noturno. 
o Transmissão de filariose – pouca adaptação entre mosquito e parasito, restringindo a ocorrência do 
doença. 
o Veículo paravírus Oropouche, que está em expansão. Tem sintomatologia idêntica à dengue. 
o Transmite Dirofilaria immitis, que é comum em animais e fica no coração; quando morre, é levado aos 
pulmões, onde forma granulomas, podendo, quando há vários, causar dificuldade respiratória. 
o Fora do Brasil, pode transmitir Encefalite de Saint Louis, Encefalite de Saint Louis, Encefalite Equina do 
Leste, Encefalite Equina do Oeste, Encefalite Equina Venezuelana, Febre do Nilo Ocidental. 
o Transmite doenças possivelmente perigosas para o futuro. 
o Fêmeas são muito antropofílicas – se tiver homem e animal, prefere o homem. 
o Picam dentro de casa e principalmente à noite. 
 
 
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – UERN 
Discente: Tatiana Leal Marques – Turma 14/Medicina 
o Alimenta-se de uma vez, ficando muito engurgitada e ficando “pesada”, com dificuldade de voar – facilita 
a morte. 
o O macho faz barulho com antenas para atrair fêmea (silenciosa). 
o Cor uniforme, de palha. 
o Pode ser encontrada em água limpa, mas lhe é mais favorável a água suja – mesmo com muita 
competição. É nessa água onde eclodem os ovos, tem-se as larvas e tem-se as pupas. 
 Anopheles darlingi 
o Mais importante vetor da malária no Brasil. 
o Mosquito prego. 
o Pode também transmitir Wulchereria bancrofti em Belém. 
o Encontrado em todos os estados brasileiros, mas não gosta de áreas muito secas – logo, o principal 
transmissor não é tão comum aqui. 
o A produção de esporozoítos por oocisto é 3/4x maior do que os outros. 
o Fêmeas antropofílicas. 
o Prefere água limpa com reservatório natural – rio, lago, lagoa (preferência), onde coloca os ovos, depois 
tem-se larvar e pupas. 
o Tem-se, ainda, A. aquasalis, predominante em regiões litorâneas (nosso litoral); A. albitarsis, mais comum 
em regiões secas; A. cruzii e A. bellator, mais da região Sul. Logo, tem-se Anopheles para todas as 
regiões, podendo ser encontrado em todos os locais de forma semelhante. 
 
FAMÍLIA PSYCHODIDAE 
 Gênero Lutzomia, flebótomos (subfamília Phlebotominae) 
 É muito pequeno, quase não se vê. 
 Não dá para distinguir macho e fêmea pelas antenas. Machos têm estrutura que ajuda na cópula. 
 Tem asas arredondadas – orelha de viado. 
 Fêmeas hematófagas. 
 Ovo, larva, pupa e adulto. 
 Não tem fase aquática, sendo difícil de se controlar – ovo, larva e pupa se desenvolvem em qualquer parte do solo 
(e se “escondem”). 
 Controla-se o adulto, que voa. 
 Tentar retirar lixos, frutas etc. 
 Foco da tentativa de controle no campo. 
 Não se sabe quanto tempo passa na forma jovem, desconhece-se o ciclo – dificuldade de se ver na natureza. 
 Tem-se uma espécie em cada local, parecido com Anopheles. 
 
 
 
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Discente: Tatiana Leal Marques – Turma 14/Medicina 
Para controlar mosquitos, usa-se inseticidas (organofosforados, carbamatos e piretroides – mais usado hoje, 
fumacê), inibidores do desenvolvimento da larva (methoprene), inibidores de quitina (diflubenzuron); alteram-se as 
condições dos criadouros; usam-se agentes biológicos (BPI); proteção individual – repelentes, mosquiteiros, roupas. 
 
 Dípteros Braquíceros – moscas: 
 Olhos grandes – vários olhos, compostos, posicionados em várias direções – boa percepção de aproximação. 
 Ovo, larva, pupa, adulto. 
 Larvas com cabeças não evidentes, sendo necessário procurar peças bucais para saber onde está a parte anterior. 
 As pupas são imóveis, funcionando como se fossem casulos. 
 As antenas são divididas somente em 3 seguimentos. 
 Dentro das moscas, tem-se moscas e mutucas (tabanídeo). A cabeça mais destacada do corpo, parecendo calota, é 
característica da mutuca. As mutucas picam, alimentando-se se sangue (macho e fêmea) – logo, podem ser 
transmissores mecânicos de um homem para outra, caso fique com sangue em sua peça bucal (mas não há mutuca 
com agente etiológico transmitido por meio de). As antenas para baixo são características de moscas. 
 Quando se tem a larva alimentando-se do tecido do hospedeiro, fala-se em miíase (identificação pelo desenho das 
placas). 
 Toda mosca tem uma cicatriz (U de cabeça para baixo), formada a partir de ampola que serve para empurrar a 
mosca na hora da saída da pupa. 
 Moscas, além de funcionar como importantes vetores mecânicos, podem se alimentar de sangue e podem causar 
miíase. 
 A mosca doméstica tem abdome amarelo, tórax cinza com 4 listras. 
 Uma mosca pode colocar até 800 ovos. 
 Demora cerca de 8 dias para se transformar em adulto. 
 As moscas têm “pelos” em suas patas, por isso, aonde vai, carrega o que está consigo. Além disso, ela se “limpa” 
constantemente, liberando pelos sensitivos, transportando algumas coisas de um lugar para outro. Para colocar os 
ovos, busca local rico em matéria orgânica. Quando se movimenta, se tiver se alimentado, regurgita o alimento em 
local tranquilo para selecionar aquilo que deseja digerir (“contaminando” alimentos e locais). 
 Se alimenta de tudo que tem condições de ficar no ambiente. 
 Há um tipo de mosca que gosta de se alimentar de secreções lacrimais (no homem), sendo importante vetor de 
conjuntivites – deu nome a “moscas volantes”. Nos animais, gosta de se alimentar das secreções lacrimais e 
genitais. 
 As moscas Stomoxys calcitrans ou “do estábulo” são comuns em Mossoró e idênticas às domésticas, com a 
diferença de não ter parte amarela. Ela coloca seus ovos nas fezes dos animais e alimenta-se de sangue. 
 Miíases: 
o É a infestação de tecidos por larvas de moscas. 
o Terapia larval – limpeza de feridas com moscas. 
o Tem-se a miíase obrigatória (ou a larva se alimenta de tecido vivo ou morre, sendo esse tecido de pessoa 
ou de animal); miíase facultativa (a larva se alimenta de tecido morto, como feridas ou cadáveres); miíase 
 
 
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Discente: Tatiana Leal Marques – Turma 14/Medicina 
acidental (a larva se alimenta de tecidos vegetais; pode haver, por esse tipo de miíase, ingestão acidental 
por meio de frutas, ficando a larva no intestino, onde pode causar lesões), que não dura muito tempo, por 
que quando se transforma em pupa, sai nas fezes – EPF +. 
o Miíase facultativa: queimadura, pé diabético, câncer de pele ou demais lesões podem atrair o inseto e 
colocar seus ovos, a partir de onde irão eclodir e liberarão as larvas. Deve-se evitar, protegendo e 
limpando feridas. Estudou-se se não seriam eficazes para o desbridamento de feridas, já que a mosca se 
alimenta somente do tecido morto; à medida em que se alimenta e coloca saliva, estimula-se o tecido vivo 
à cicatrização. Isso se chama terapia larval, com larvas criadas em laboratório para se garantir que não há 
agentes etiológicos bacterianos, evitando infecções. As principais moscas são Chrysomya, Sarcophaga 
(grande), Lucilia, Cochliomyia macellaria – cores metálicas são chamadas varejeiras. Na natureza, têm 
papel de decomposição. 
o Miíase obrigatória: moscas que se alimentam de tecido vivo. As moscas são atraídas por cheiro 
desagradável (miíase vulvar, bucal, cutânea orbital, decorrente de traumas, por persistência de piolhos, 
mamária, lacrimal), mas não está em todas as pessoas igualmente, preferindo as condições que prefere. 
Não é autolimitante. Pode causar grandes perdas teciduais. Tem-se as miíases destrutivas, em que a mosca 
“come” os tecidos, ocasionando casos mais graves, causada por Cochiliomyia hominivorax; e as miíases 
furunculosas, que geram lesões menores, causadas por Dermatobia hominis (não é varejeira) – essa é uma 
mosca bonita, grande, com cabeça amarela e olhos vermelhos, muito visível, nunca chega perto do 
hospedeiro;fica em um lugar esperando passar algum mosquito, que, quando passa, pega-o e cola seus 
ovos; quando esse mosquito for se alimentar de sangue, o calor do hospedeiro “derrete” a cola e os ovos 
ficam na superfície, de modo que o ovo que eclodir primeira entra no “buraco” deixado pelo inseto – por 
isso a lesão deixada é pequena, lembrando furúnculo, onde, dentro, está a larva, com orifício para respirar 
para fora. À medida em que essa mosca vai crescendo, vai se modificando, ficando parecida com 
“granada” e possuindo espinhos, que, sob pressão, geram dor; logo, a forma de matá-la é por asfixia. Fica 
na pele por até 60 dias; depois, se solta e fica colocando ovos. 
 Tratamento: para berne, deve-se matar a larva por asfixia, como, por exemplo, por esparadrapo, algodão etc. Para 
as bicheiras (miíases destrutivas e facultativas), precisa-se limpar e retirar uma a uma; pode-se usar Ivermectina 
(matar aquelas que tenham escapado). As miíases intestinais são mais difíceis de se esperar, devendo-se ser mortas 
por purgativos e anti-helmínticos. 
 Prevenção: a prevenção envolve coleta de lixo, recolhimento de esterco, proteção dos alimentos, uso de 
inseticidas, controle biológico, higiene individual e proteção de ferimentos.

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