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Introdução à Neuroanatomia

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1
NNEEUURROOAANNAATTOOMMIIAA 
 
Generalidades: 
Neuroanatomia é definido como o estudo do Sistema Nervoso. 
 
Sistema Nervoso: 
¾ Constituição: é constituído por um tecido especializado em receber 
e enviar estímulos. 
¾ Formação: este tecido é formado por células conhecidas como 
Neurônios. 
 
Neurônios: 
¾ Ou Células Nervosas: apresentam um corpo celular, do qual saem 
prolongamentos que podem ser denominados de dendritos ou 
prolongamentos citoplasmáticos, e axônios ou cilindro-eixos. 
¾ Propriedades: apresentam duas propriedades fundamentais: 
ƒ Irritabilidade: propriedade de ser sensível a um estímulo, 
permite à célula detectar as modificações no meio ambiente. 
ƒ Condutibilidade: propriedade de propagar um impulso da 
região onde recebeu um estímulo, até outra região qualquer. 
Tipos de Neurônios segundo a Função: 
ƒ Aferente - Conduz o impulso nervoso sensitivo a uma 
determinada área do Sistema Nervoso Central (da 
periferia para o SNC). 
 
ƒ Eferente - Conduz o impulso nervoso motor do Sistema 
Nervoso Central até uma outra area qualquer (parte do 
SNC para a periferia). 
 
ƒ Internunciais (de Associação) – ou interneurônios, servem 
para interconectar neurônios, aumentando consideravelmente 
o número de sinapses nervosas. O corpo do interneurônio 
está sempre dentro do Sistema Nervoso Central. 
 2
 
Origem 
Embrionária 
do Sistema 
Nervoso: 
O Sistema Nervoso é constituído a partir de vesículas primordiais, 
que são dilatações originadas do tubo neural. Estas dilatações 
recebem o nome de prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. 
 
Subdivisões: 
Com o desenvolvimento do feto, ocorrem subdivisões: o Prosencéfalo 
subdivide-se em Telencéfalo e Diencéfalo, dando origem ao cérebro. 
O Mesencéfalo não sofre subdivisão e o Rombencéfalo dará origem ao 
Metencéfalo e ao Mielencéfalo. Daí surgem as seguintes relações: 
 
Vesículas 
Primordiais Após Divisão 
Estruturas 
Relacionadas 
Cavidades 
Relacionadas 
Telencéfalo Hemisférios Cerebrais Ventrículos Laterais 
Prosencéfalo Diencéfalo Tálamo, Hipotálamo, Epitálamo, Subtálamo Terceiro Ventrículo 
Mesencéfalo Mesencéfalo Pedúnculos Cerebrais Tecto do Mesencéfalo Aqueduto Cerebral 
Metencéfalo Ponte e Cerebelo Rombencéfalo Mielencéfalo Medula Oblonga ou Bulbo Quarto Ventrículo 
Medula Medula Espinhal Quinto Ventrículo 
 
 
 
 
 
 
 3
 
Divisões 
do 
Sistema 
Nervoso: 
Anatômica: 
 
 Cérebro 
 
Encéfalo Cerebelo Mesencéfalo 
 
 Tronco Encefálico Ponte 
 
 
SISTEMA 
 
NERVOSO 
 
CENTRAL 
Medula espinhal Bulbo 
 
Espinhais – 31 pares 
 
 
Nervos 
Cranianos – 12 pares 
 
Gânglios 
 
 
SISTEMA 
 
NERVOSO 
 
PERIFÉRICO 
Terminações nervosas 
 
Funcional: 
 
Aferente 
 
 
 
SISTEMA 
 
NERVOSO 
 
SOMÁTICO Eferente 
 
Aferente 
 
 
 Simpático 
Eferente – S.N. Autônomo 
SISTEMA 
 
NERVOSO 
 
VISCERAL Parasimpático 
 
 
 
 
 4
 
SSIISSTTEEMMAA NNEERRVVOOSSOO CCEENNTTRRAALL 
 
MMEEDDUULLAA EESSPPIINNHHAALL 
 
Etimologicamente, medula significa miolo, e indica o que está dentro. Localiza-
se dentro do canal vertebral, sem ocupá-lo completamente. 
 
Tipo de tecido: Nervoso 
 
Tamanho: No homem adulto aproximadamente 45 cm. Na mulher apresenta-se um pouco menor. 
 
Limites: 
Cranial Æ limita-se com o bulbo, aproximadamente em 
nível do forame magno do osso occipital. 
 
Caudal Æ no adulto situa-se aproximadamente na 2ª 
vértebra lombar (L2). 
 
Terminação: 
A medula termina afilando-se para formar um cone – o cone 
medular, e continua em um delgado filamento – o filamento 
terminal. 
 
Formato: Aproximadamente cilíndrica, ligeiramente achatada (sentido ântero–posterior) 
 
Calibre: 
Não apresenta calibre uniforme, pois apresenta duas 
dilatações, denominadas intumescências cervical e lombar. 
São resultantes das conexões de grossas raízes que formam 
os plexos braquial e lombo-sacral. 
 
Função: Condução nervosa (impulsos sensitivos subindo e impulsos motores descendo). 
 
Substância 
Branca: 
Fibras axoniais, na maioria mielínicas (microscópicas). 
Localiza-se externamente. 
 
Substância 
Cinzenta: 
Concentração de corpos neuronais multipolares (motores). 
Localiza-se por dentro da branca, apresentando um formato 
de borboleta ou da letra H. 
 
Envoltórios da 
Medula: 
dura-máter (externa e mais espessa) 
pia-máter (interna e mais delicada) 
aracnóide (entre as duas anteriores) 
 
Espaços 
Meníngeos: 
Epidural - entre a dura-máter e o periósteo do canal 
vertebral 
Subdural - espaço virtual entre a dura-máter e a aracnóide
Subaracnóideo - entre a aracnóide e a pia-máter 
 5
 
 
 
 
 6
 
 
 
Anatomia 
Superficial: 
Sulco Mediano Posterior Æ sulco pouco profundo, localizado 
posteriormente, alcança a substância cinzenta via 
septo mediano posterior. 
Fissura Mediana Anterior Æ fissura profunda, localizada 
anteriormente. 
Sulcos Laterais Anterior e Posterior Æ recebem, respectivamente, 
as raízes ventrais e dorsais dos nervos espinhais. 
Sulco Intermédio Posterior Æ situado entre os sulcos mediano e 
lateral posterior, e se continua em um septo 
intermédio posterior. 
 
Anatomia 
Interna: 
Colunas Anterior, Posterior e Lateral Æ formam o “H” medular 
(A lateral somente aparece na coluna torácica e parte 
da lombar). 
Canal Central da Medula Æ resquício da luz do tubo neural no 
embrião. 
Funículos: 
Anterior Æ entre a fissura mediana e o sulco lateral anteriores. 
Lateral Æ entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior. 
Posterior Æ entre os sulcos lateral posterior e mediano posterior.
Fascículos Grácil e Cuneiforme Æ na parte cervical da medula, 
formados pela divisão do funículo posterior. 
 7
 
TTRROONNCCOO EENNCCEEFFÁÁLLIICCOO 
 
Estrutura de tecidos nervoso e conjuntivo situada ventralmente ao cerebelo. 
Interpõe-se entre a medula e o diencéfalo. 
 
1. Mesencéfalo (cranial) 
 
2. Ponte (entre ambos)
 
Divisão 
Anatômica 
do 
Tronco 
Encefálico 3. Bulbo (caudal) 
 
Funções: 
Condução nervosa e 
controle dos sistemas 
cardiovascular e 
respiratório. 
 
Relação 
com nervos 
cranianos: 
Dos 12 pares, 10 emergem 
da sua estrutura. 
 
 
 
 
Limites do 
tronco 
encefálico: 
superior (diencéfalo) 
inferior (forame magno) 
posterior (cerebelo) 
Situado entre a ponte e o cérebro, é 
perfurado pelo aqueduto cerebral[a], 
que liga o 3º ao 4º ventrículo. 
 
Dorsalmente ao aqueduto, temos o tecto 
do mesencéfalo [b], e suas massas 
nucleares: os colículos superiores [c]
(envolvidos nos reflexos visuais), os 
colículos inferiores [d] (relacionados à 
audição). 
 
Mesencéfalo: 
 
Ventralmente, encontramos os pedúnculos cerebrais [e], que 
constituem a conexão motora principal entre o encéfalo 
anterior e o rombencéfalo. Em sua porção média (interna), o 
tegmento [f], encontramos o núcleo rubro [g], que é 
conectado ao cerebelo, sendo importante na atividade motora 
e situações posturais reflexas. Em sua porção ventral, 
encontramos a base [h] do pedúnculo. O tegmento é 
separado do pedúnculo pela substância negra [i]. 
 
Do Mesencéfalo, emergem 2 nervos craniais: o Oculomotor
(3º par) e o Troclear (4º par), ambos nervos motores. 
1 
2 
3 
3 
a 
a 
e 
b 
c 
d 
h
h
f 
f 
g 
g 
i 
d 
b 
 8
 
Ponte: 
Interposto entre o mesencéfalo e o bulbo, é quase que 
totalmente composto de substância branca, servindo como 
ponto de ligação entre o bulbo com os centros corticais 
superiores. 
 
Situa-se ventralmente ao cerebelo, e repousa sobre o dorsoda 
sela túrcica. 
 
Em sua face ventral, encontramos um feixe de fibras que forma 
o pedúnculo cerebelar médio [a], que se dirige a cada hemisfério 
cerebelar. Encontramos também um sulco, o sulco basilar [b], 
que geralmente aloja a artéria basilar. A ponte é separada do 
bulbo pelo sulco bulbo-pontino [c]. 
 
Sua face dorsal constitui o assoalho do 4o ventrículo [d] 
 
Da Ponte, emergem 4 nervos craniais: o Trigêmeo (5º par, 
misto), o Abducente (6º par, motor), o Facial (7º par, misto) e o 
Vestibulococlear (8º par, sensitivo). 
 
a 
b 
c 
d 
 9
 
Bulbo: 
Situado entre a medula espinhal e a ponte, sua face posterior 
forma o chão do 4º Ventrículo. 
 
Em sua face ventral, encontramos a pirâmide [a], um feixe de 
fibras que forma o tracto piramidal, que constitui a via para 
iniciar os movimentos coordenados dos músculos 
esqueléticos. Na parte caudal do bulbo, vemos a decussação 
das pirâmides [b], onde os feixes se cruzam. Identificamos, na 
face lateral, a oliva [c], uma eminência de substância 
cinzenta. Os núcleos grácil [d] e cuneiforme [e], posteriores, 
estabelecem comunicação entre a medula e o tálamo e 
cerebelo. Estes núcleos apresentam tubérculos, que 
constituem sua parte visível. Os tubérculos se unem para 
formar os pedúnculos cerebelares inferiores, que se 
comunicam com o cerebelo. 
 
Do Bulbo, emergem 4 nervos craniais: o Glossofaríngeo (9º 
par, misto), o Vago (10º par, misto), o Acessório (11º par, 
motor) e o Hipoglosso (12º par, motor). 
 
a 
b 
c 
d 
e
 10
 
CCEERREEBBEELLOO 
 
Localização: 
Está situado no interior da 
cavidade craniana (na fossa 
cerebelar), inferiormente ao 
cérebro e posteriormente ao 
tronco encefálico. Está 
separado do cérebro por uma 
prega da dura-máter, a tenda 
do cerebelo. 
 
Funções: 
Coordenação dos movimentos, 
manutenção da postura, 
regulação do tônus muscular, 
motricidade fina, controle do 
equilíbrio, atividades rápidas.
 
Divisões 
Anatômicas: 
Hemisférios cerebelares direito e esquerdo e uma parte central 
denominada vérmis. 
 
 
 
 
 
 11
 
Presença de 
Sulcos 
Transversais, 
Lóbulos e 
Fissuras: 
Na superfície, o cerebelo apresenta pequenos sulcos 
transversais que irão delimitar um nº variado de lâminas que 
são denominadas folhas do cerebelo. A reunião de várias 
folhas vai dar origem a uma área chamada de lóbulo. Os 
principais lóbulos do cerebelo são: quadrangular, semilunar 
superior, semilunar inferior, simples. As principais fissuras, 
que dividem os lóbulos, são a prima ou primária, a 
horizontal, e a pós-clival. No entanto, esta divisão é 
puramente anatômica. 
 
Funcionalmente, encontramos três divisões no cerebelo: 
Lobo Anterior 
Lobo Posterior
Vérmis – controle dos movimentos axiais. 
Zona Intermédia – controle das porções 
distais dos membros superior e inferior. 
Zona Lateral – planejamento global dos 
movimentos motores seqüenciais. 
Divisões 
Funcionais: 
Lobo Flóculo-
nodular Relacionado com a função do equilíbrio. 
 
Constituição: 
É constituído por um centro de substância branca, o corpo 
medular do cerebelo, revestida externamente por uma fina 
camada de substância cinzenta, o córtex cerebelar. 
 
 
 12
 
Filogênese do 
Cerebelo: 
No desenvolvimento evolutivo do cerebelo, três fases são 
identificadas, com a correspondente complexidade crescente 
de movimentos. 
1a fase: arquicerebelo – surge com o aparecimento dos 
vertebrados mais primitivos, realizando coordenação da 
musculatura com fins ao equilíbrio e tem conexões 
vestibulares. É o cerebelo vestibular (dourado). 
2a fase: paleocerebelo – surge com os peixes, e o aparecimento 
de receptores especiais, os fusos neuromusculares e órgãos 
neurotendíneos, que originam impulsos proprioceptivos. 
Tem função relacionada ao tônus muscular e à postura do 
animal. Tem conexão com a medula espinhal, e é 
denominado cerebelo espinhal (verde/lilás e a parte do vérmis 
em rosa imediatamente abaixo). 
3a fase: neocerebelo – surge com os mamíferos, e com a 
capacidade de utilizar membros para movimentos finos e 
assimétricos. Tem relação com o córtex cerebral, e é 
denominado cerebelo cortical (rosa). 
 
 13
 
CCÉÉRREEBBRROO 
 
O Cérebro é formado por duas vesículas primordiais: o telencéfalo e o 
diencéfalo. O telencéfalo, por si só, constitui os hemisférios cerebrais, e o 
diencéfalo é representado pelas formações nervosas que constituem as paredes 
do terceiro ventrículo (ventrículo médio). 
 
DIENCÉFALO 
 
Localização 
e 
Estrutura: 
Pode ser comparado a um pequeno 
funil, preso superiormente por sua 
base entre os hemisférios cerebrais e 
por diante dos pedúnculos cerebrais.
 
Constituição: 
Quatro estruturas básicas: o tálamo, o 
hipotálamo, o epitálamo e o 
subtálamo. Apresenta ainda uma 
cavidade: o terceiro ventrículo. 
 
 
Tálamo: 
É constituído por duas massas ovóides de substância cinzenta, unidas pela 
aderência intertalâmica. Suas extremidades são: tubérculo anterior [a] do 
tálamo (anterior) e pulvinar [b] do tálamo (posterior). O pulvinar repousa 
sobre os corpos geniculados lateral [c] (relacionado com a via auditiva) e 
medial [d] (relacionado com a via visual). 
 
O Tálamo relaciona-se medialmente com o III Ventrículo [e], lateralmente 
com a Cápsula Interna [f], superiormente com os Ventrículos Laterais [g] e 
Inferiormente com o Hipotálamo [h] e o Subtálamo. 
 
Seus núcleos estão relacionados com o Comportamento Emocional, 
Motricidade, Sensibilidade e Ativação do Córtex. 
 
a
b c
d
e
f e
g g
f h 
 14
Hipotálamo: 
Está localizado abaixo do sulco hipotalâmico [a], que o separa do Tálamo 
[b]. Compreende os corpos mamilares [c] (eminências de substância 
cinzenta), quiasma óptico [d] (ponto de cruzamento dos nervos ópticos), 
túber cinéreo [e] (prende a hipófise por meio do infundíbulo) e o 
infundíbulo [f], (formação nervosa em forma de funil que se prende ao 
túber cinéreo). 
 
Possui funções relacionadas principalmente com o controle de funções 
vegetativas (controle da sede e fome, pressão e freqüência sanguíneas, 
diurese, sudorese, temperatura corporal, reflexos pupilar e da ingestão), 
endócrinas (hormônios de liberação e inibição da glândula Hipófise) e 
relacionadas ao sistema límbico (emoções, como fúria, luta, tranquilidade, 
medo, reações de punição e impulso sexual). 
 
 
 
a 
b 
c d 
f 
e 
 15
 
Epitálamo: 
Limita posteriormente o III Ventrículo, acima do sulco hipotalâmico. 
 
Seu elemento mais evidente é a glândula pineal [a], glândula endócrina 
de forma piriforme, ímpar e mediana, que repousa sobre o tecto do 
Mesencéfalo. Esta glândula secreta Melatonina, que regula o 
metabolismo diário, o que interfere no Ritmo Circadiano. 
Também apresenta duas comissuras, a comissura posterior [b] e a 
comissura das habênulas [c], e entre elas, o recesso pineal [d]. A 
comissura das habênulas interpõe-se entre os trígonos da habênula, 
situados entre o corpo pineal e o tálamo. 
 
Subtálamo: 
Compreende a zona de transição entre o Diencéfalo e o Mesencéfalo. 
Localiza-se abaixo do Tálamo, sendo limitado lateralmente pela Cápsula 
Interna e medialmente pelo Hipotálamo. 
 
O elemento mais evidente do Subtálamo é o Núcleo Subtalâmico [e], que 
regula a motricidade somática. Lesões nesse núcleo provocam o 
Hemibalismo, que é o funcionamento desordenado das extremidades, 
caracterizando-se por movimentos anormais. 
 
 
a 
b 
c d 
e 
 16
 
TELENCÉFALO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Funções 
Corticais: 
Motora, sensitiva e 
sensorial. 
 
Divisões 
Anatômicas 
I: 
Hemisfério cerebral direito [a] e esquerdo [b], separados pela 
fissura longitudinal do cérebro[setas], cujo assoalho é formado 
por uma larga faixa de fibras mielínicas, o corpo caloso [c] 
(principal meio de união – ou comissura – entre os dois 
hemisférios). O corpo caloso subdivide-se em tronco [d] (a 
maior parte), que se dilata posteriormente no esplênio [e], e se 
flete anteriormente no joelho [f], que se afila para formar o 
rostro [g]. Este continua até a lâmina rostral [h], que segue à 
comissura anterior [i], e deste à lâmina terminal [j], uma lâmina 
de substância branca que também une os hemisférios. 
 
 
Localização: 
Cavidade craniana, 
ocupando 80% da 
mesma. 
a b 
c 
e 
d f 
g 
h 
i 
j 
 17
 
Sulcos e 
Giros: 
Os hemisférios cerebrais apresentam depressões, os sulcos, que delimitam as 
circunvoluções cerebrais, os giros. A função dos sulcos é permitir 
considerável aumento da superfície sem grande aumento de volume cerebral. 
Além disso, delimitam os lobos cerebrais, que são áreas anatômicas de grande 
importância clínica, mas nenhuma importância funcional. Os principais 
sulcos são: 
a) sulco lateral (de Silvius) [a] – fenda profunda que separa o lobo frontal 
do temporal e dirige-se para a face súpero-lateral e divide-se em três 
ramos: ascendente [b], anterior [c] (ambos mais curtos) e posterior [d].
b) sulco central (de Rolando) [e] – sulco profundo que separa os lobos 
frontal e parietal. Separa os giros pré-central [f] (limitado pelo sulco pré-
central [g]) e pós-central [h] (limitado pelo sulco pós-central [i]). 
 
e 
a b 
c 
d 
f h g i 
 18
 
Lobo 
Frontal: 
O lobo frontal possui três sulcos e quatro giros principais: 
a) sulco pré-central [a] – corre paralelo ao sulco central, e entre 
estes encontramos o: 
b) giro pré-central [b] – onde se localiza a área motora principal 
do cérebro. 
c) sulco frontal superior [c] – perpendicular ao sulco pré-
central, delimita o: 
d) giro frontal superior [d] – que se continua na face medial do 
cérebro. 
e) sulco frontal inferior [e] – também perpendicular ao sulco 
pré-central. Entre ele e o sulco frontal superior, 
encontramos o: 
f) giro frontal médio [f]. 
g) giro frontal inferior [g] – abaixo do sulco frontal inferior, é 
subdivido pelos ramos anterior e ascendente do sulco lateral 
em três partes: orbital [h] (abaixo do ramo anterior), 
triângular [i] (entre o ramo anterior e ascendente) e 
opercular [j] (entre o ramos ascendente e o sulco pré-
central). Este giro é também denominado de giro de Broca, e 
possui geralmente o centro cortical da palavra falada. 
 
 
 
 
a 
b 
d 
c 
f 
f 
e 
g 
h 
i 
j 
 19
 
Lobo 
Temporal: 
O lobo temporal possui dois sulcos e quatro giros principais: 
a) sulco temporal superior [a] – corre paralelo ao ramo 
posterior do sulco lateral, terminando no lobo parietal, e 
entre estes encontramos o: 
b) giro temporal superior [b]. 
c) sulco temporal inferior [c] – paralelo ao sulco temporal 
superior, possui partes descontínuas. Acima dele temos: 
d) giro temporal médio [d], e abaixo do sulco temporal 
inferior encontramos o: 
e) giro temporal inferior [e] – que se delimita com o sulco 
occípito temporal, na face inferior do hemisfério cerebral.
f) giro temporal transverso anterior [f] – aparece no assoalho 
do sulco lateral, e é transversal a este. Sua importância é a 
de ser o centro cortical da audição. 
 
a 
a 
b 
c 
d 
e 
f 
 20
 
Lobos 
Parietal e 
Occipital: 
O lobo parietal possui dois sulcos e três giros principais: 
a) sulco pós central [a] – corre paralelo ao sulco central, é 
frequentemente dividido em dois segmentos. Posteriormente 
a ele encontramos o: 
b) giro pós central [b] – onde encontramos a área somestésica, 
que contém importantes áreas sensitivas do córtex. 
c) sulco intraparietal [c] – normalmente perpendicular ao 
sulco pós-central, estende-se posteriormente terminando no 
lobo occipital. Divide o lobo parietal em dois lóbulos, os 
lóbulos parietais superior [d] e inferior [e]. 
d) giro supramarginal [f] – presente no lóbulo parietal inferior, 
é curvado sobre a extremidade do ramo posterior do sulco 
lateral. 
e) giro angular [g] – também presente no lóbulo parietal 
inferior, é curvado em torno das porções terminal e 
ascendente do sulco temporal superior. 
O lobo occipital possui sulcos e giros pequenos, inconstantes e 
irregulares. O único que merece referência, por questões 
antropológicas, é o sulco semilunar [h] (lunatus). 
 
 
a b 
c 
e 
d 
f 
g 
h 
 21
 
Insula: 
A Ínsula aparece afastando-se os lábios do sulco lateral, e é um lobo 
cerebral que cresce menos que os demais. Possui dois sulcos e dois 
giros principais: 
a) sulco circular [a] 
b) sulco central [b] 
c) giros curtos [c] 
d) giro longo [d] 
a 
a 
b d 
d 
c c 
c 
 22
 
Vista 
Medial: 
O lobo occipital possui dois sulcos e três giros principais: 
a) sulco calcarino {L.-relativo a espora} [a] – inicia-se abaixo do 
esplênio do corpo caloso, e dirige-se ao pólo occipital. Em seus 
lábios situa-se o centro cortical da visão. 
b) cúneus {L.-cunha} – giro complexo e triângular, situa-se entre o 
sulco calcarino e o: 
c) sulco parieto-occipital [b] – profundo, separa o lobo occipital e 
parietal, é disposto em ângulo agudo ao calcarino. 
d) pré-cúneus (lobo parietal) – giro situado anteriormente ao 
cúneus. 
e) giro occípito-temporal medial – situa-se abaixo do sulco 
calcarino, continua-se anteriormente com o giro para-
hipocampal. 
Os lobos parietal e frontal apresentam cinco sulcos e três giros: 
f) sulco do corpo caloso [c] – inicia-se abaixo do rostro e contorna o 
tronco e o esplênio. Continua-se com o sulco do hipocampo [d].
g) sulco do cíngulo {L. cinto, relativo a cercar} [e] – paralelo ao 
sulco do corpo caloso, do qual é separado pelo giro do cíngulo, e 
possui dois ramos: o ramo marginal [f], direcionado à margem 
superior do hemisfério, e o sulco subparietal [g], que continua-se 
posteriormente no giro do cíngulo. 
h) sulco paracentral [h] – delimita o lóbulo paracentral, cujas 
partes anterior e posterior delimitam as áreas motora e sensitiva 
da perna e do pé. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a 
b c 
d 
e 
f 
g 
h 
 23
 
Vista 
Inferior: 
O lobo temporal possui quatro sulcos e três giros principais: 
a) sulco occípito-temporal [a] – limita com o sulco temporal 
inferior [b] o giro temporal inferior [c]. 
b) giro occípito-temporal lateral [d] – é limitado pelo sulco occípito 
temporal e medialmente pelo: 
c) sulco colateral [e] – que se inicia próximo ao lobo occipital e 
dirige-se à frente, delimitando com os sulcos calcarino [f] e do 
hipocampo [g], os giros occípito-temporal medial [h] e para-
hipocampal [i]. 
d) úncus [j] – é considerado o centro cortical da audição, sendo a 
continuação do giro para-hipocampal, que se curva sobre o sulco 
do hipocampo. 
e) sulco rinal [k] – é a continuação do sulco colateral. 
f) istmo do giro do cíngulo [l] – ponto de união do giro para-
hipocampal com o giro do cíngulo. 
O lobo frontal apresenta dois sulcos e dois giros: 
g) sulco olfatório [m] – profundo e de direção ântero-posterior. 
h) giro reto [n] – situa-se medialmente ao sulco olfatório, continua-
se dorsalmente como giro frontal superior [o]. A face anterior 
do lobo frontal apresenta os sulcos e giros orbitários [círculo], 
bastante irregulares. 
 
 
 
a e 
b 
c 
d 
f 
g 
h 
i 
j k 
l 
m 
n 
o 
 24
 
Divisões 
Anatômicas 
II: 
Os hemisférios cerebrais possuem cavidades, os ventrículos laterais direito [a] 
e esquerdo [b] (telencéfalo), que possuem quatro partes: a) corno anterior; b) 
parte central; c) corno posterior;e d) corno inferior, e se comunicam com o 
terceiro ventrículo [c] (diencéfalo), pelos forames interventriculares [d]. O 
terceiro ventrículo se comunica com o quarto ventrículo [e] (rombencéfalo) 
através do aqueduto cerebral [f]. Entre os ventrículos circula o líquor, 
produzido pelos plexos corióides [em verde, setas]. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a b c d 
e 
f 
 25
 
Anatomia 
Funcional 
do Córtex I - 
Introdução: 
Podemos dividir funcionalmente o córtex em áreas de projeção e áreas de 
associação. As áreas de projeção ou primárias são as que recebem ou dão origem 
a fibras relacionadas diretamente com a sensibilidade e a motricidade. As áreas 
de associação (secundárias e terciárias) estão relacionadas, de modo geral, a 
funções psíquicas complexas. 
 
Área da Sensibilidade Somática Geral – localizada no giro pós-central, é referida 
como a área de Broadmann 3-1-2. 
Área Visual Primária– localizada junto ao sulco calcarino, é referida como a área 
de Broadmann 17. Lesões bilaterais nesta região provocam cegueira completa.
Área Auditiva Primária– localizada no giro temporal transverso anterior, é 
referida como a área de Broadmann 41-42. Lesões bilaterais nesta região 
provocam surdez completa. 
Área Vestibular – localizada no lobo parietal, é considerada importante para a 
orientação consciente no espaço. (elipse azul) 
Área Olfatória – localizada na parte anterior do úncus e do giro para-hipocampal, 
é é referida como a área de Broadmann 34, sendo importante para o 
reconhecimento consciente de cheiros. 
Área Gustativa – localizada na porção inferior do giro pós central, é referida como 
a área de Broadmann 43. É importante para a sensação do gosto consciente. 
Anatomia 
Funcional 
do Córtex II 
– Áreas de 
Projeção 
Sensitivas e 
Motora 
Primárias: 
Área Motora Primária – localizada na parte posterior do giro pré-central, é 
referida como a área de Broadmann 4. É responsável pela motricidade voluntária.
 
 
3-1-2
17 
42 43 
4 
17 
3-1-2 4 
34 
41 
 26
 
Área Somestésica Secundária – localizada no lóbulo parietal superior, é 
referida como a área de Broadmann 5 e parte da área 7 (7a). É responsável 
pela interpretação do estímulo sentido na área 3-1-2. 
Área Visual Secundária – localizada nos lobos occipital e temporal, é referida 
como as áreas de Broadmann 18 e 19, além das áreas 20, 21 e 37, localizadas 
nos giros temporal médio e inferior. Lesões nesta região provocam agnosias 
visuais, ou seja, perda da capacidade de reconhecimento. 
Área Auditiva Secundária– localizada no lobo temporal, é referida como a 
área de Broadmann 22. Lesões nesta região provocam agnosias auditivas. 
Anatomia 
Funcional do 
Córtex III – 
Áreas de 
Associação 
Sensitivas e 
Motoras 
Secundárias: 
Área Motora Suplementar – localizada na região superior da área de 
Broadmann 6, ocupa a face medial do giro frontal superior. É relacionada à 
concepção ou planejamento de seqüências complexas de movimentos. 
Área Pré-Motora – localizada no lobo frontal, ocupando toda a extensão da 
área de Broadmann 6. É relacionada à força muscular para a execução do 
movimento, embora haja muita discussão sobre a função desta área. 
Área de Broca – localizada nas partes opercular e triângular do giro frontal 
inferior, corresponde às áreas de Broadmann 44 e parte da 45. É responsável 
pela programação da área motora relacionada com a linguagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
6 
5 
7a 
18 
18 
18 
18 
19 
19 
19 
19 
37 
20 
21 
37 20 
45 44 
22 
 27
 
Área Pré-frontal – compreende toda a parte anterior não motora do lobo 
frontal. É responsável por: 
a) escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas à 
situação física e social; 
b) manutenção da atenção; 
c) controle do comportamento emocional, junto com o hipotálamo e o 
sistema límbico. 
Área Temporoparietal – localizada no lóbulo parietal inferior, nos giros 
supramarginal e angular, é referida como as áreas de Broadmann 40 e 39, 
além das margens do sulco temporal inferior e parte do lóbulo parietal 
superior. Esta área é importante para a percepção espacial (relação entre os 
objetos externos) e para o esquema corporal (imagem das partes 
componentes do próprio corpo). 
Áreas Límbicas– serão estudadas junto com o sistema límbico. 
Anatomia 
Funcional do 
Córtex IV – 
Áreas de 
Associação 
Terciárias e 
da 
Linguagem: 
Áreas da Linguagem – a área anterior corresponde à área de Broca, e está 
relacionada com a expressão da linguagem. A área posterior corresponde à 
área de Wernicke, situada na junção entre os lóbulos temporal e parietal, 
correspondendo à porção posterior da área de Broadmann 22, e está 
relacionada à percepção da linguagem. 
 
 
40 
39 
22 
 28
 
Sistema 
Límbico I – 
Conceito e 
Componentes 
Corticais: 
Conceito – o sistema límbico pode ser conceituado como um sistema relacionado 
com a regulação dos processos emcionais e do sistema nervoso autônomo, sendo 
constituído pelo lobo límbico e demais estruturas subcorticais associadas. 
Lobo Límbico [L.-contorno] – é formado pelo giro do cíngulo, giro para-hipocampal 
e hipocampo. O hipocampo [a] é uma eminência alongada e curva, situada no 
assoalho do corno inferior dos ventrículos laterais, acima do giro para-hipocampal. 
O hipocampo está envolvido com os fenômenos de memória, particularmente a de 
longa duração, e projeta-se para os corpos mamilares [b] através de um feixe de 
fibras, o fórnix. O fórnix é um feixe complexo de fibras, dividido em três partes: o 
corpo [c] (parte em que as duas metades do fórnix se unem), as colunas [d] 
(anteriores) e as pernas [e (posteriores). No ponto em que as pernas do fórnix se 
separam, encontramos a comissura do fórnix [f], feixe de fibras que intercomunicam 
as pernas. O fórnix, assim como o giro para-hipocampal [g], é uma importante via 
de comunicação para o sistema límbico. Acima do fórnix, encontramos o septo 
pelúcido [h] fina lâmina de tecido nervoso que separa os ventrículos laterais. O giro 
do cíngulo [i] relaciona odores e visões com memórias agradáveis de emoções 
anteriores, além da reação emocional à dor e da regulação do comportamento 
agressivo. 
 
 
 
g 
g 
a 
a 
c 
d 
e 
c d 
e 
d 
f 
g 
b 
b 
h d 
i 
a 
 29
 
Sistema 
Límbico II –
Componentes 
Subcorticais: 
a) Corpo Amigdalóide – é um dos núcleos da base, situando-se no lobo 
temporal, próximo ao uncús. A maioria de suas fibras eferentes, a estria 
terminal, termina no hipotálamo. Tem papel relacionado ao controle das 
afeições, humor, estados de medo e ira, e agressividade. Tem importante 
papel na autopreservação, por ser o centro identificador do perigo. 
b) Área Septal – situada abaixo do corpo caloso, anteriormente à lâmina 
terminal e à comissura anterior. Mantém projeções para o hipotálamo e 
formação reticular. Este centro está associado ao orgasmo e sensação de 
prazer, particularmente as associadas às experiências sexuais. 
c) Núcleos Mamilares – localizados nos corpos mamilares, pertencem ao 
hipotálamo. Recebem fibras do hipocampo que chegam pelo fórnix, e se 
projetam principalmente para os núcleos anteriores do tálamo e para a 
formação reticular. Estão relacionados com a manifestação dos estados 
emocionais. 
d) Núcleos Anteriores do Tálamo – localizados no tubérculo anterior do tálamo, 
recebem fibras dos núcleos mamilares e projetam-se para o giro do cíngulo. 
Suas funções estão relacionadas à reatividade emocional. 
e) Núcleos Habenulares – localizados na região do trígono das habênulas, no 
epitálamo. Projetam-se para o mesencéfalo.a 
a b 
c 
c 
d 
e 
 30
 
Núcleos da 
Base I - 
Constituição: 
Como núcleos da base, reconhecemos as seguintes estruturas: Claustrum, 
Corpo Amigdalóide, Núcleo Caudado, Putâmen, e o Globo Pálido (estes dois 
últimos constituindo o Núcleo Lentiforme), além do Núcleo Basal de Meynert 
e Núcleo Accumbens. O núcleo caudado, o putâmen e o globo pálido, por 
serem parcialmente unidos, constituem o Corpo Estriado, importante centro 
regulador da motricidade e do comportamento emocional. Este, por 
considerações estruturais e funcionais, é dividido em uma parte, o striatum 
(Núcleo Caudado e Putâmen) e outra, o pallidum (Globo Pálido). 
 
Núcleos 
da Base 
III - 
Corpo 
Estriado: 
Núcleo Caudado – é uma massa alongada, volumosa, composta por substância 
cinzenta, relacionada em toda a sua extensão com os ventrículos laterais. 
Anteriormente, apresenta uma extremidade dilatada, a cabeça do núcleo caudado, 
que se continua gradualmente com o corpo do núcleo caudado, se afinando para 
formar a cauda do núcleo caudado. A cabeça do núcleo caudado funde-se com a 
parte anterior do núcleo lentiforme. 
Núcleo Lentiforme – dividindo-se em putâmen e globo pálido pela lâmina medular 
lateral, situa-se profundamente no interior do hemisfério cerebral, e relaciona-se 
medialmente com a cápsula interna, que o separa do núcleo caudado e do tálamo. 
Relaciona-se lateralmente com o córtex da ínsula, do qual é separado pelo 
claustrum. O putâmen situa-se lateralmente, sendo maior que o globo pálido. O 
globo pálido subdivide-se por outra lâmina de substância branca, a lâmina 
medular medial. 
 
 31
 
Claustrum, 
Corpo 
Amigdalóide, 
Núcleo 
Accumbens e 
Núcleo Basal 
de Meynert: 
 O claustrum situa-se entre o córtex da ínsula (separado pela cápsula 
extrema) e o núcleo lentiforme (separado pela cápsula externa), sendo 
formado por substância cinzenta. Sua função é desconhecida. O corpo 
amigdalóide já foi abordado no Sistema Límbico. O núcleo accumbens 
é uma massa de substância cinzenta situada na união entre o putâmen e 
a cabeça do núcleo caudado. O núcleo basal de Meynert situa-se entre 
a substância perfurada anterior e o globo pálido e contém neurônios 
ricos em acetilcolina. 
 
Ordem das 
Estruturas: 
Da face lateral para a superfície ventricular: 
a) Ínsula 
b) Cápsula extrema 
c) Claustrum 
d) Cápsula externa 
e) Putâmen 
f) Lâmina medular lateral 
g) Parte externa do globo pálido 
h) Lâmina medular medial 
i) Parte interna do globo pálido 
j) Cápsula interna 
k) Núcleo accumbens 
l) Núcleo caudado (cabeça [k1] e cauda [k2]) 
m) Tálamo 
n) Hipotálamo 
o) III Ventrículo 
a 
b 
c 
d 
e f 
g 
i 
h j 
j 
k 
j 
L1 
L2 
m 
m 
m 
n 
o 
 32
 
SSIISSTTEEMMAA NNEERRVVOOSSOO PPEERRIIFFÉÉRRIICCOO 
 
Definição: 
O Sistema Nervoso Periférico é constituído por fibras que ligam o Sistema 
Nervoso Central ao receptor (se o impulso for sensitivo) ou ao efetor (se o 
impulso for motor). É formado por Nervos Espinhais (31 pares) e 
Cranianos (12 pares), Plexos e Terminações Nervosas. 
 
Nervos 
Espinhais: 
Fazem conexão com a Medula Espinhal, e são responsáveis pela inervação 
do tronco, membros e parte da cabeça. Estão divididos em 8 pares 
cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo, totalizando 31 
pares. Cada nervo espinhal é constituído por duas raízes: uma ventral 
(motora) e outra dorsal (sensitiva). Da união de ambas, forma-se o tronco 
do nervo espinhal. 
 
Plexos 
Nervosos: 
É a união de nervos ou ramificações nervosas, constituindo uma rede que 
será responsável pela condução da resposta motora em determinadas 
regiões. Estas regiões são: cervical, braquial, lombar e sacrococcígea. 
 
Plexo 
Cervical: 
É constituído pelos ramos ventrais de C1 a C4, recebendo um ramo 
anastomótico de C5. Cada ramo ventral se anastomosa com o subseqüente, 
formando as alças cervicais. Destas alças, formam-se as duas partes do 
plexo: a superficial e a profunda. 
 
A superficial é predominantemente sensitiva, inervando a região inferior 
da cabeça, pescoço e superior do tronco. A profunda, predominantemente 
motora, destina-se à musculatura ântero-lateral do pescoço (Alça Cervical) 
e ao diafragma (Nervo Frênico). 
 
 
 33
 
Plexo 
Braquial: 
Fornece os nervos que vão ao membro superior. É formado pelos ramos 
ventrais de C5 a T1, recebendo um ramo anastomótico de T2. 
 
Três troncos: 
Superior (C5 e C6), Médio (C7) e Inferior (C8 e T1). 
Três fascículos: 
Lateral: duas divisões anteriores dos troncos superior e médio; 
Posterior: três divisões posteriores de cada tronco; 
Medial: divisão anterior do tronco inferior. 
Nervos: 
Fascículo Lateral: 
™ Musculocutâneo: mm. Coracobraquial, bíceps braquial e braquial. 
™ Raiz lateral do N. Mediano S – cútis da região tenar e palmar. 
Fascículo Medial: M – mm. Anteriores do antebraço e 
™ Raiz medial do N. Mediano maioria dos mm. tenares. 
™ Ulnar: S – cútis da face palmar e dorsal da mão. 
 M – mm. antebraço, região hipotenar e adutor do polegar. 
Fascículo Posterior: 
™ Axilar: S – cútis do m. deltóide;M – m. deltóide e redondo menor. 
™ Radial: S – cútis da região posterior do braço, antebraço e mão.
 M – mm. posteriores do braço e antebraço. 
 
 
 34
 
Nervos 
Torácicos: 
São 12 pares que não constituem plexos. 
 
Ramos Dorsais: musculatura e cútis das regiões próximas à 
coluna vertebral. 
Ramos Ventrais: constituem os nervos intercostais, e ocupam os 
sulcos costais das costelas correspondentes. 
™ M – mm. intercostais, m. transverso do tórax, área de 
contorno do diafragma, mm. abdominais. 
™ S – cútis da região ântero-lateral do tórax, do abdome, 
sínfise púbica e parte da região glútea e lateral da coxa. 
 
 35
 
 
 
O Plexo Lombar fornece os nervos que se dirigem ao membro inferior e 
pelve. É formado pelos ramos ventrais de L1 a L4, recebendo um ramo 
anastomótico de T12, e dando um ramo ao plexo sacral. 
 
L1: Recebe o ramo de T12 e se trifurca: 
™ Ílio-hipogástrico: S – área lateral da região glútea e cútis do púbis.
 M – m. anteriores do abdome, m. piramidal. 
™ Ílio-inguinal: S – genitália externa; M – reg. ântero-lateral do abdome.
™ Raiz superior do n. Genito-femoral S – trígono femoral anterior. 
L2: Se trifurca: 
™ Raiz inferior do n. Genito-femoral M – m. cremaster. 
™ Raiz superior do n. Cutâneo lateral da coxa – reg. ântero-lateral 
™ Raiz superior do n. Femoral: S – cútis da reg. ântero-medial da coxa. 
L3: Se trifurca: M – m. quadríceps, pectíneo e sartório.
™ Raiz inferior do n. Cutâneo lateral da coxa 
™ Raiz média do n. Femoral 
™ Raiz superior do n. Obturatório – S – cútis da reg. medial da coxa.
 M – mm. adutores e grácil. 
L4: Fornece o ramo anastomótico a L5 e se bifurca: 
™ Raiz inferior do n. Femoral 
™ Raiz inferior do n. Obturatório 
 
 36
 
Plexo 
Sacral e 
Coccígeo: 
O Plexo Sacral é formado pelos ramos ventrais de L5, recebendo um ramo 
anastomótico de L4, e dos quatro primeiros nervos sacros (S1 a S4), que 
emergem pelos forames sacros pélvicos. 
 
L5: Recebe o ramo de L4 e constitui o tronco lombo-sacral. Este se une com 
S1, S2, S3 e S4, formando um complexo nervoso que forma: 
™ N. Isquiádico (Ciático): mm. posteriores da coxa. 
™ N. Tibial: S – cútis da reg. posterior da perna, planta do pé e dedos.
 M – mm. da reg. posterior da perna e planta do pé. 
™ N. Fibular comum: se bifurca em: 
o N. Fibular Superficial: S – cútis da reg. lateral da perna e dorso do 
pé. M – mm. da reg. anterior da perna e extensor curto dos dedos.
o N. Fibular Profundo: Idem parte motora do superficial. 
 
O Plexo Coccígeo é constituído por S5, que recebe um ramo anastomótico de 
S4, e por C0. Formamjuntos um conjunto de fibras que conferem 
sensibilidade à cútis da região do cóccix. 
 37
 
Nervos 
Cranianos: 
São os que fazem conexão com o Encéfalo. Sua origem 
aparente e suas funções básicas são mostradas na tabela e 
esquema abaixo, respectivamente. Formam, ao todo, 12 
pares, numerados em alinhamento crânio-caudal. 
 
Par Craniano Origem aparente no 
Encéfalo 
Origem aparente no 
Crânio 
I – Olfatório Bulbo olfatório Lâmina crivosa – etmóide 
II – Óptico Quiasma Óptico Canal Óptico 
III – Oculomotor Pedúnculo cerebral Fissura orbital superior 
IV – Troclear Véu medular superior Fissura orbital superior 
V – Trigêmeo Entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio 
Fissura orbital superior (oftálmico), 
forame redondo (maxilar) e forame oval 
(mandibular) 
VI – Abducente Sulco Bulbo-pontino Fissura orbital superior 
VII – Facial Idem, lateralmente ao VI Forame estilomastóide 
VIII – Vestíbulo-
Coclear Idem, lateralmente ao VII 
Penetra no osso temporal pelo meato 
acústico interno 
IX – Glosso-
faríngeo 
Sulco lateral posterior - 
bulbo Forame Jugular 
X – Vago Idem, caudalmente ao IX Forame Jugular 
XI – Acessório Sulco lateral posterior do bulbo e medula Forame Jugular 
XII - Hipoglosso Sulco lateral anterior - bulbo Canal do Hipoglosso

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