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primeiros socorros 2

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TRAUMATISMOS 
	Os pacientes vítimas de traumatismos, especialmente com lesões acima da linha claviculares, devem ser considerados como potencial portador de trauma raquimedular. Cerca de 10% das lesões medulares definitivas são causadas por manipulação incorreta. As causas mais comuns deste tipo de trauma são acidentes automobilísticos (50%), armas de fogo, quedas, acidentes esportivos. 
	
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O conhecimento sobre os mecanismos do trauma é de suma importância, para o reconhecimento e primeiro atendimento. Deve-se evidenciar:
1-  Tipo de acidente;
2-  Posição em que a vítima foi encontrada fora do veículo;
3-  Se a vítima foi ejetada do veículo;
4-  Se a vítima usava cinto de segurança;
5-  Se a vítima quebrou o parabrisa coma cabeça ou face;
6-   Presença de parestesias, paraplegias;
 7- Diminuição do nível de consciência 
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SINAIS CLINICOS DE LESÃO DE COLUNA CERVICAL
- Dor no pescoço ou no dorso;
-  Traumatismo facial grave;
- Traumatismo craniano;
- Traumatismo cervical penetrante;
- Arreflexia flácida;
- Flacidez do esfíncter anal;
- Respiração diafragmática;
- Ausência de sinais de dor em determinados pontos;
-  Hipotensão arterial associados a bradicardia;
-   Priapismo.
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CUIDADOS COM PACIENTES COM SUSPEITA DE TRAUMA RAQUIMEDULAR
- Imobilização no local do acidente por pessoas especializadas;
- Alinhamento do corpo- cabeça, pescoço, tórax, bacia e extremidades;
- Instalar colar cervical;
- Estar atento para sinais de insuficiência respiratória;
- Deve-se sempre presumir a possibilidade do trauma raquimedular.
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TRAUMATISMO DE TÓRAX
As estatísticas demonstram que cerca de 60% dos pacientes politraumatizados que evoluem para o óbito, as lesões torácicas são responsáveis por 25% das mortes, sendo que as lesões fechadas são as mais comuns.
Pneumotórax hipertensivo- é caracterizado pela instalação de uma válvula de mão única, permitindo o acumulo continuo de ar no espaço pleural, fazendo com que a pressão nesta cavidade se torne cada vez mais positiva em relação atmosfera, produzindo colapso no tecido pulmonar. As causas mais comuns para estar anormalidade são traumáticas, espontâneas e ventilação mecânica inadequada.
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Sinais clínicos:
- Dispnéia importante;
- Taquicardia;
- Desvio de traquéia; causando hipoventilação
- Desvio do mediastino, causando distensão das veias do pescoço; com conseqüente diminuição do débito cardíaco;
- Estado de choque com hipotensão;
- Hipertimpanismo à percussão no local afetado,
- Ausência de murmúrio vesicular no lado lesado
-  Cianose tardia.
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Hemotórax
	Alteração resultante de rápido acúmulo de sangue no espaço pleural, produzidos por lacerações das veias intercostais ou artéria mamária interna. Normalmente causados por ferimentos contusos ou penetrantes. Os hemotórax podem ser assim classificados:
1- Pequeno – coleção sanguínea menor 400 ml, freqüentemente o paciente é assintomático e o sangue é reabsorvido espontaneamente em um período de10-14 dias.
2-  Moderado- perda de 400-1500 ml, no espaço pleural, ocupando cerca de 1/3 do hemitórax afetado. O paciente pode apresentar sinais de comprometimento ventilatório e hemodinâmico.
3-Maciço- coleção sanguínea de 1500-2000 ml, causando compressão torácica, sinais de hipoxemia e choque hipovolêmico.
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Sinais Clínicos-
-Choque hipovolêmico pela hemorragia;
-Taquipnéia pela restrição à ventilação;
-Murmúrio vesicular diminuído no lado lesado;
- Na percussão, ocorre macicez;
Condutas:
- Estabelecer via aérea pérvia com boa ventilação e O2 suplementar;
- Tratar o choque com a reposição do volume sanguíneo com cristalóides/colóides, com drenagem torácica simultânea;
-  Transporte rápido e adequado.
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Outros tipos de traumas torácicos:
Tórax instável;
-    Tamponamento cardíaco;
-   Contusão pulmonar;
-   Contusão miocárdica;
-   Ruptura traumática de aorta;
-   Ruptura traumática do diafragma;
-   Lesão de laringe;
-   Lesão de traquéia;
-   Lesão de brônquios;
-  Fraturas do esterno, lesões de clavícula escápula.
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Diagnóstico do pneumotórax hipertensivo;
1- Inspeção- pesquisar escoriações, hematomas, afundamentos, simetria na expansibilidade pulmonar, perfurações, ingurgitações jugulares.
2-  Palpação- pesquisar dor, crepitação, enfisema subcutâneo; 
3- Ausculta- pesquisar a diminuição ou ausência de murmúrio vesicular;
4- Percussão- verificar a presença de hipertimpanismo. 
 
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Diagnóstico de pneumotórax aberto:
1-Inspeção- pesquisar sinais de traumatopnéia, assimetria na expansibilidade torácica, lesões externas, ingurgitações jugulares;
2-Palpação- verificar a presença de dor, crepitação, enfisema subcutâneo;
3-Percussão- pesquisar a presença de hipertimpanismo;
Ausculta- verificar a ausência de murmúrios vesiculares 
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Diagnóstico de hemotórax:
1-Inspeção- pesquisar a assimetria na expansibilidade torácica durante os movimentos respiratórios, lesões penetrantes, afundamentos, hematomas, escoriações, objetos empalados, cianose, dispnéia;
2-Palpação- pesquisa de dor, crepitação e rigidez torácica;
3-Ausculta- verificar a presença de macicez torácica;
4- Sinais de hipovolemia- analisar a cor da pele, pressão arterial, freqüência cardíaca, pressão de pulso, sudorese.
Obs- Administrar oxigênio úmido por máscara com fluxo de 12-15 litros/minuto. 
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Diagnóstico de tamponamento cardíaco:
1- Inspeção- pesquisar a presença de lesões perfurantes na porção tóraco-abdminal, sinais sugestivos de alteração hemodinâmica (cor da pele e sudorese), dilatação das veias jugulares.
2-Ausculta- pesquisar alteração fonética das bulhas cardíacas;
3-Caracterizar a Tríade de Beck- aumento da pressão venosa central, diminuição da pressão arterial e o aumento da freqüência cardíaca.
Obs- administração de oxigênio úmido por máscara sob fluxo de 12-15 litros/minuto.
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Diagnóstico dos traumas abdominais fechados:
1-História do mecanismo do trauma;
2-Condições em que a vítima foi encontrada e posição em que se encontrava no veículo;
3-Número de vítimas;
4-Se houve vítima fatal;
5-Uso de cinto de segurança;
6-Tempo decorrido entre o acidente e o atendimento inicial;
7-Score de trauma na cena do acidente e durante o trajeto.
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Exame físico:
1-Inspeção- pesquisar: escoriações, hematomas, equimoses, perfurações, veias ingurgitadas, distensões e assimetrias;
2-Ausculta- pesquisar a presença ou ausência de sons intestinais;
3-Percussão- pesquisar os movimentos a presença de timpanismo/macicez.
4-Palpação- permite a determinação do local da dor e da sua intensidade, defesa abdominal.
5-Toque retal- a presença de sangue na luva do examinador pode indicar perfuração intestinal
6-Exame do períneo- o sangramento vaginal pode indicar lesão penetrante, em gestantes pode indicar descolamento placentário, fratura de bacia.
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Atendimento a vítima com traumas abdominais.
1-Acesso venoso- puncionar duas veias calibrosas, com cateter teflon n.º14/16, coletar sangue, e instalar sorofisiológico/ringer com lactato, para reposição volêmica.
2-Sondagem nasogástrica- esta pode indicar lesão gastrointestinal, facilita os esvaziamento gástrico, prevenindo a aspiração de vômito, reduzindo a pressão e o volume gástrico. Estar atento a presença de traumatismos faciais.
3-Lavado peritoneal- esta técnica permite o diagnóstico de sangramento na cavidade em 98% dos casos. Está contra-indicada nos casos de cirurgias abdominais prévias, obesidade mórbida, hepatopatias, gestação avançada, coagulopatias.

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