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PARECER Desconsidere oque esta em azul...... DECLARAÇÃ0 EXPROPRIATÓRIA - ATO LEGISLATIVO- ADEQUAÇÃO - USO DO MANDADO DE SEGURANÇA POSSIBILIDADE - SÚMULA 266 STF -INAPLICABILIDADE - LEI DE EFEITO CONCRETO Ementa: Na ementa é necessário reunir de forma lógica e coordenada as principais “palavras-chaves“ que foram utilizadas na elaboração do parece., É a última coisa a ser feita. No dia da prova pode deixar um espaço para elaborá-la por último. Relatório Trata-se de consulta formulada pelos filhos de Suares e Sarina, acerca de. Suares Rocha Porto é casado e tem três filhos com sua esposa, Sarina Rocha Porto, todos maiores de idade. Recentemente, ele descobriu que tem um tumor cancerígeno em estado muito grave, deve sofrer uma cirurgia bastante séria e com grande risco de morte. Ele resolveu contar para a família que tem outro filho, que mora em outra cidade, cuja mãe já é falecida e que no momento está com 14 anos. Também decidiu que seu patrimônio, uma casa, um carro e um apartamento pequeno, será divididos da seguinte forma: casa e carro em partes iguais para Sarina e os filhos maiores; e o apartamento pequeno ficará inteiramente para o filho menor, porque ele não conviveu com o pai e, por isso, deve ser compensado de alguma maneira. Suares pretende fazer um testamento deixando sua intenção formalizada, para não haver problema após a sua morte. “É o relatório. Passo a opinar”. Fundamentação Iniciaremos nossa analise, pela questão que diz respeito ao regime de casamento, como não foi apresentado deixa a entender que seja o Regime de Comunhão Parcial de Bens. Vejamos o que conceitua o artigo 1.658 do Código Civil sobre tal regime. Art. 1.658. No regime de comunhão parcial, comunicam-se os bens que sobrevierem ao casal, na constância do casamento, com as exceções dos artigos seguintes. Este artigo fala a respeito da comunicação dos bens na constância do casamento, no problema apresentado é possível entender que os bens relatados são de propriedade de ambos os cônjuges. Então deverá ser respeitada a ordem de sucessão legítima e da meação. Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - aos descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente, salvo se casado este com o falecido no regime da comunhão universal, ou no da separação obrigatória de bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no regime da comunhão parcial, o autor da herança não houver deixado bens particulares; II - aos ascendentes, em concorrência com o cônjuge; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos colaterais E o artigo 1.846 vem garantir a meação ao cônjuge sobrevivente. Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima. Tornando possível de afirmar que o testador poderá apenas dispor de 50% de sua cota parte. O artigo 1845 do Código Civil ainda traz os herdeiros necessários. Art. 1.845. São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge. O artigo 1.789 vem regular o que o testador poderá dispor. Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. Com isso, o testador deve respeitar a parte correspondente a meação, ele poderá dispor em testamento de 50% dos bens e de forma livre de 25%, ou seja, apenas metade de sua cota parte poderá ser doada a quem ele quiser, inclusive ao filho que foi concebido fora da constância do casamento, mais a outra metade obrigatoriamente deve ser dividida entre os herdeiros necessários. E mesmo o filho que receber em forma de doação os 25% ainda terá seu direito a legítima, conforme veremos a seguir. Art. 1.849. O herdeiro necessário, a quem o testador deixar a sua parte disponível, ou algum legado, não perderá o direito à legítima. Com tudo ainda é de direito do cônjuge a quinhão igual ao dos que sucedem por cabeça; Art. 1.832. Em concorrência com os descendentes caberá ao cônjuge quinhão igual ao dos que sucederem por cabeça, não podendo a sua quota ser inferior à quarta parte da herança, se for ascendente dos herdeiros com que concorrer. Portanto chegamos ao entendimento de que o testador deve deixar 1/5 para cada de sua cota parte, fora os 50% que ele pode dispor como quiser. Conclusão Pelo exposto, respondendo o questionamento formulado na consulta, opino no sentido de que o testador não poderá deixar em testamento o apartamento para seu filho concebido fora do casamento, uma vez que ele não respeitou os herdeiros necessários, onde deveria garantir a meação a sua esposa, na qual 50% dos bens são garantidos a ela. E de sua parte ele poderá dispor de forma livre de 50%, porque os outros 50% são garantidos aos herdeiros necessários, onde entram nesse caso sua esposa e os 4 filhos. Com tudo se ele deixar em testamento os 50% da sua cota parte mais 1/5 da sua henrança e não for o valor em Reais correspondente ao valor do imóvel ele não poderá deixar o apartamento para seu filho menor de idade. É o parecer. Data, local, assinatura.
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