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Dimensão Humana e Contemporânea - UVB
Faculdade On-line UVB62
Aula 12
Globalização e Ética Empresarial: 
Uma nova era do conhecimento e da gestão
Objetivos da Aula
Os objetivos desta aula visam permitir a você interpretar a sociedade 
contemporânea e suas transformações. Para tal, pretende-se analisar 
os diferentes atores sociais, seus conflitos, interesses, valores e 
posicionamentos ideológicos na sociedade contemporânea. 
Ao final desta aula, você deverá estar apto a identificar princípios e 
valores universais do homem bem como ser capaz de estabelecer 
parâmetros éticos dos gerentes e empresários.
Ética Empresarial e Capital Humano
A questão da responsabilidade social das empresas, ou seja, da ética 
empresarial trata direta ou indiretamente de um determinado ativo 
das empresas chamado de capital humano.
“O ‘capital humano’ é importante porque é a fonte de inovação e 
renovação, seja em decorrência de ‘brainstormings’ em um laboratório 
ou de novas dicas no caderno de anotações do representante de vendas. 
(...) Compartilhar e transmitir conhecimento – alavancá-lo – exige ativos 
intelectuais estruturais, como sistemas de informação, laboratórios, 
inteligência competitiva e de mercado, conhecimento dos canais de 
mercado e foco gerencial, que transformam o know-how individual em 
propriedade de um grupo.” (STEWART, 1998: p. 68)
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A expressão capital humano significa um conjunto de trabalhadores 
ou colaboradores de uma determinada organização, seja ela estatal ou 
privada, e os quais exercem habilidade, experiência e conhecimento de 
modo integrado.
Neste sentido, devemos ressaltar a necessidade de uma pessoa estar 
bem preparada para disputar um espaço no mercado de trabalho, 
que atualmente está muito mais competitivo e exigente.
Sendo assim, a responsabilidade social e a ética devem começar no 
indivíduo antes mesmo de ele se iniciar na empresa propriamente 
dita, ou seja, a valorização profissional e a melhoria da qualidade de 
vida dos funcionários devem ser sempre levada em conta.
Atualmente, o fator principal da empresa moderna está na chamada 
Era do Conhecimento , e das novas tecnologias de comunicação e 
informação , ou seja, cujo papel pressupõe procurar possuir em todos 
os setores operacionais e administrativos, um capital humano da 
melhor qualidade possível.
Esta melhor qualidade não se resume apenas à questão da capacitação 
profissional dos funcionários. Ela deve contemplar programas e 
projetos em outras áreas, tais como: saúde, lazer, esporte, cultura, 
entretenimento, acompanhamento familiar, atendimento psicológico, 
etc. E estes projetos devem ser pautados pela iniciativa espontânea 
da empresa.
Neste sentido, a organização empresarial está envolvida com o que 
se pode chamar de responsabilidade social interna, ou seja, com a 
responsabilidade pelo desenvolvimento integral de seus funcionários, 
principalmente no que se refere à qualidade de vida de todos.
Quando nos referimos à Era do Conhecimento, podemos também estar 
falando da Economia do Conhecimento, como é tratada por alguns 
autores, entre eles Stewart, Thomas A. (1998), que afirma: “O conhecimento 
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tornou-se um recurso econômico proeminente – mais importante que a 
matéria-prima; mais importante, muitas vezes, que o dinheiro.”
“As empresas, através dos sistemas de comunicação e de informações, 
interagem se adaptando às mudanças na demanda do mercado, ao 
suprimento de matérias-primas, à ação dos concorrentes e à ameaça 
de entrada de novos produtos no mercado ou produtos substitutos. 
Esses fatores agem de forma sinérgica sobre as empresas, levando-as 
a reverem suas estratégias de negócios. Para isso, existe a necessidade 
de se desenvolver um adequado sistema de informações, adaptando-
se rapidamente às novas circunstâncias quer sejam elas de ordem 
econômica, política, social ou tecnológica.” (OLIVEIRA, 2002: p. 322)
“É preciso criar mecanismos eficazes para que nossos funcionários 
participem ativamente dos processos de decisão, planejamento e 
implementação de forma positiva e pró-ativa. É preciso criar na empresa a 
necessária ‘inteligência’ para analisar dados demográficos, psicográficos 
e tendências futuras. É preciso conhecer cada vez melhor os mercados em 
que atuamos.” (MARINS, 2004: 3)
Desta forma, a empresa deve promover ações que a aproximem de 
seus colaboradores, gerando um ambiente de integração que se torna 
benéfico para ambos os lados. Este ambiente, normalmente é regido 
pela necessidade de junção dos interesses tanto do empregador, 
quanto dos empregados, resultando em melhores índices de 
produtividade de todos os setores da empresa, e de melhores índices 
de satisfação dos funcionários.
Entretanto, deve haver um destaque maior para o bem-estar do 
funcionário enquanto cidadão, pois a empresa é a extensão do seu 
lar, e do seu convívio em comunidade. Portanto, ela precisa atuar 
diretamente no seu desenvolvimento profissional e pessoal. A melhoria 
da produtividade é apenas uma das conseqüências deste trabalho.
Para muitas empresas, ter um bom relacionamento com o seu capital 
humano é primordial, principalmente em se tratando de incertezas e 
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de constantes mudanças que acontecem devido à globalização . Pois, 
dentro dessa ótica altamente competitiva: “Vencerá a concorrência 
neste processo de galopante globalização as empresas que forem 
capazes de se reiventar, de regenerar suas estratégias e de surpreender 
o mercado.” (MARINS, 2004: p. 2)
“Globalização: trata-se de um processo de grandes mudanças e 
transformações econômicas e sociais que nas últimas décadas tem 
ocorrido em todo o planeta, com as repercussões nas mais recônditas 
sociedades. Com o fortalecimento dos novos regimes políticos e sistemas 
econômicos, o comércio assume o papel de introduzir novos hábitos, 
influenciando os costumes das populações e gerando necessidades 
adicionais cujo processo artesanal de produção era incapaz de suprir, 
dentro desse cenário.” (OLIVEIRA, 2002: p. 102)
Pois, dentro dessa ótica altamente competitiva: “Vencerá a 
concorrência neste processo de galopante globalização as empresas 
que forem capazes de se reiventar, de regenerar suas estratégias e de 
surpreender o mercado.” (MARINS, 2004: p. 2)
Na verdade, existe uma preocupação muito mais ligada ao 
fortalecimento da empresa em si, ou seja, que considere uma grande 
responsabilidade com o futuro da organização. Para isso, sem dúvida, 
é necessário que o capital humano seja e esteja melhor em todos 
os sentidos, mostrando o quanto a empresa está preparada para as 
constantes mudanças pelo menos em sua área de atuação.
Neste sentido, a prática da ética empresarial constrói internamente 
um ambiente de trabalho saudável e propício à realização profissional 
das pessoas. No mundo dos negócios, as empresas que incentivam o 
trabalho voluntário de seus funcionários criam um fator competitivo 
em relação a outras que não desempenham esta função.
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Vimos nesta aula o fator primordial do capital humano como um 
dos ativos principais das empresas. Vimos também que para uma 
empresa desenvolver adequadamente o seu capital humano, ela 
necessita trabalhar a sua ética interna sobre seus funcionários e 
colaboradores, com intuito de propiciar um ambiente de trabalho 
mais salutar, e também de estimular ações voluntárias por parte de 
seus funcionários. 
Na próxima aula, veremos a questão da Globalização e Solidariedade: 
o papel dasempresas socialmente responsáveis. Até lá!
Referências Bibliográficas
MARINS, Luiz. “A Antropologia Corporativa e os Desafios Empresariais do 
Século XXI”. In: www.anthropos.com.br, 2004.
OLIVEIRA, Sílvio L. “Sociologia das Organizações”. São Paulo, Pioneira-
Thomson Learning, 2002.
STEWART, Thomas A. “Capital Intelectual”. Rio de Janeiro, Campus, 
1998.