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Formação Econômica Brasileira - UVB
Faculdade On-line UVB43
Aula 5
A expansão territorial nos 
séculos XVII e XVIII
Objetivos da Aula
Estudar a conformação geográfica e econômica do Brasil, 
conhecendo os principais movimentos de conquista territorial 
dos séculos XVII e XVIII. 
Despertar no aluno a capacidade e habilidade em trabalhar 
com noções de espaço (geográfico) e de contexto (histórico) 
da formação da economia nacional. Entender as razões 
históricas e econômicas da grandeza territorial apresentada 
pela nação brasileira.
“Brandindo achas e empurrando quilhas
vergaram a vertical e Tordesilhas”
(Guilherme de Almeida, Poeta).
Por Prof Hélio Costa
Nesta aula, vamos tratar do expansionismo territorial das terras do Brasil. 
Vamos verificar as razões destes movimentos de expansão terem ocorrido 
naqueles tempos. Os versos citados acima, do poeta paulista Guilherme de 
Almeida, estão gravados no Monumento aos Bandeirantes, em São Paulo.
Fiz um resumo dos principais pontos do período para se ter uma melhor 
compreensão do contexto histórico do objeto desta aula. Abordaremos 
este expansionismo territorial, a partir dos seguintes movimentos:
Formação Econômica Brasileira - UVB
Faculdade On-line UVB44
• A expansão da pecuária;
• A expansão no Norte: Maranhão-Amazonas;
• As bandeiras e entradas paulistas;
• As novas fronteiras: o Sul e a Bacia Platina.
 Para nos situarmos – no tempo histórico – estamos nos referindo aqui 
a um processo que se passou nos séculos XVII e XVIII.
A expansão pecuária
Temos analisado, até agora, o chamado ciclo da cana-de-açúcar e 
sabemos que a economia brasileira teve aí seu início. Quer dizer, a 
ocupação econômica do Brasil foi feita pela agromanufatura do 
açúcar. Esta atividade principal, toda ela voltada ao mercado externo, 
convivia (por necessidade) com outras, dentre elas a pecuária, 
destinada tanto à alimentação da população local, como para servir 
de força motriz aos engenhos. Entretanto, estas duas atividades eram, 
de certa forma, incompatíveis entre si, porque ambas exigiam grandes 
extensões de terra. Se, de um lado, os lucros com o açúcar cresciam, 
também o chamado “gado de quintal” aumentava, exigindo mais 
pastos e tornando-se anti-econômico. Para se ter uma idéia, em 1701, 
é lançada uma Carta Régia que proibia a criação de gado a menos 
de 10 léguas do litoral. A criação de gado estende-se, então, para o 
interior nordestino. Abrem dois caminhos, que se tornam pontos 
importantes de comunicação e transporte¹:
• Os sertões de fora, que iam das cercanias de Salvador a Fortaleza, 
seguindo o contorno do litoral, embora mais adentro;
• Sertões de dentro, que acompanhavam o Rio São Francisco 
rumo ao interior.
A criação do gado teve uma atividade que lhe foi muito ligada: o 
extrativismo salineiro, que se localizava no litoral da região que veio 
a ser o Estado de Rio Grande do Norte. Nasceu aí um subproduto da 

1 Na aula digital, você 
encontrará vários mapas 
do Brasil que o ajudará na 
visualização da situação 
aqui abordada.
Formação Econômica Brasileira - UVB
Faculdade On-line UVB45
pecuária, o charque (carne de sol e salgada), cuja técnica foi transmitida 
aos estancieiros do Sul, posteriormente.
Inerente à sua forma extensiva de produção, a atividade pecuária levou 
à concentração das terras em grandes propriedades (novamente, o 
latifúndio),. Estes senhores pecuaristas requeriam sesmarias à Coroa, 
formando e concentrando a terra.
A grande diferença desta atividade em relação à agromanufatura era que, 
contrariamente a esta última, constituiu-se em uma atividade voltada 
ao mercado interno e foi, sem dúvida, uma atividade de ocupação e 
povoamento e expansão das terras lusas na América. A pecuária levou, 
também, ao comércio e daí às feiras de troca e comércio de cabeças 
de gado. Surgem no entorno destas feiras núcleos de povoamento que 
virão a ser cidades importantes mais tarde (Feira de Santana – Bahia, 
Pastos Bons – Maranhão e Oeiras – Piauí). A necessidade extensiva de 
terras levou a atividade a buscar cada vez mais os sertões . Quando da 
descoberta do ouro em Goiás e Minas Gerais, o gado nordestino desce 
pelo São Francisco, Araguaia e Tocantins buscando novas oportunidades 
com o novo ciclo econômico que se inicia no século XVIII. Desta forma, 
a pecuária cumpre seu papel integrador.
Não podemos nos esquecer que a conquista de novas terras equivale 
a embates, escravização ou destruição de tribos indígenas. Os 
sobreviventes eram empurrados cada vez mais para o Interior.
À época do gado, corresponde também um produto que era utilizado 
para tudo: o couro (mochilas, cordas, roupas etc). Era um bem 
econômico importante para aquela sociedade e economia.
É assim que a pecuária se tornou importante à economia brasileira e, 
isto, até hoje. Até que ponto a atividade pecuária brasileira nos dias 
atuais, ainda reflete as mesmas características quanto à sua extensão? 
Reflita um pouco sobre isto e, também, sobre a importância da 
atividade agropecuária para a economia brasileira contemporânea.
Formação Econômica Brasileira - UVB
Faculdade On-line UVB46
Na região sul da colônia, também houve uma expansão do gado, 
depois das destruições pelos bandeirantes das missões jesuíticas 
espanholas. É assim que estes descem da Capitania de São Vicente 
para o Sul, formando estâncias e criando núcleos que viriam a ser, por 
exemplo, Curitiba, Guarapuava, Viamão, Vacaria etc.
Em Sorocaba, não distante de São Paulo, cria-se uma feira de trocas de 
muares – tropas que tem origem no sul – para suprir o transporte do 
ouro das Minas Gerais.
De outra parte, no Extremo Norte, esta atividade pecuária surge pelas 
mãos de religiosos - jesuítas principalmente (Ilha do Marajó e Roraima).
“Atividade constante, voltada para o mercado interno, com enorme 
irradiação espacial, unindo diferentes áreas geo-econômicas e 
quase não utilizando o trabalhador escravo, a pecuária diferiu muito 
de outras atividades do período colonial” (alencar, francisco et alii. 
história da sociedade brasileira. rio de janeiro: ao livro técnico s/a, 
1980, p. 51)
Ocupação do Norte
A ocupação do Norte se deu movida pela necessidade de fazer face 
às constantes invasões e tentativas de ocupação daquela região, por 
holandeses, franceses, ingleses e irlandeses. Estes estavam às portas 
da Amazônia e sua meta era atingir as minas peruanas. Evidentemente, 
a metrópole não poderia permitir que isso viesse a ocorrer.
Entre 1637 e 1639 uma expedição, dirigida por Pedro Teixeira, percorre todo 
o vale amazônico, saindo do Pará e chegando a Quito, no Equador: escraviza 
índios e coleta as drogas do sertão. Estabelece o domínio português na 
Amazônia. Em seguida, vêem os missionários, promovendo o trabalho de 
catequese dos índios. O índio era fundamental para a ocupação da região 
e os embates entre religiosos e colonos não tardarão a surgir. 
Formação Econômica Brasileira - UVB
Faculdade On-line UVB47
È preciso lembrar um dado histórico: entre 1580 e 1640, Portugal 
e Espanha estiveram unidos pela mesma Coroa: era o domínio da 
União Ibérica. Dessa forma, fora derrocado o Tratado de Tordesilhas. 
Em 1640, novamente separados, as conquistas dos portugueses foram 
consolidadas.
A descoberta das drogas do sertão constituiu-se em fator importante 
para a economia mercantilista metropolitana: em 1661 ocorrerá 
a perda definitiva do monopólio do comércio de especiarias do 
Oriente. Estas especiarias ou drogas do sertão são: castanhas-do-
pará, resinas, urucu, cacau, canela, cravo-do-maranhão etc.
Os Bandeirantes
Ao início da colonização, os núcleos de povoamento permaneceram 
durante muito tempoisolados. Foi assim com a Capitania de São 
Vicente, que não se vinculou a nenhuma economia de produtos de 
exportação. Mesmo tendo sido introduzida aqui a cultura açucareira, 
esta não progrediu e não pode competir com o Nordeste. Pode-se 
explicar esta situação por alguns fatores: distância dos mercados 
consumidores e não atração de capitais comerciais; faixa litorânea 
estreita e a verdadeira “muralha” que se constituía a Serra do Mar e, 
além disso, solos não favoráveis à agricultura. 
Num esforço de suplantar os obstáculos, transferem-se os vicentinos 
para o planalto de Piratininga, onde já estavam criados núcleos, dentre 
eles, a Vila de São Paulo de Piratininga. Sua economia se constituía em 
suprir a subsistência de seus habitantes e sua vida social era pobre e 
muito simples e , ademais, encontravam-se isolados politicamente.
Os rios do planalto, entretanto, convidavam ao “passeio” pelo sertão, 
em busca de soluções para fazer face à essa pobreza. Novamente, 
recordemos os versos de Guilherme de Almeida, os bandeirantes 
(...)” brandindo achas e empurrando quilhas (...)” Com a perda do 
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monopólio do Oriente, após a Restauração da Coroa Portuguesa 
(1640), torna-se a colônia brasileira de suma importância para os 
desígnios lusos. Volta o sonho nunca esquecido: o de descobrir ouro 
e metais preciosos.
A queda da venda de escravos indígenas pelos vicentinos, leva-os 
a buscar outras alternativas de sobrevivência. Algumas incursões 
importantes foram então empreendidas, como a de Fernão Dias 
Pais, em 1674, depois Garcia Rodrigues e Borba Gato. As primeiras 
minas são descobertas por Rodrigues Arzão, Borba Gato (em Sabará), 
Bartolomeu Bueno (em Goiás).
Para melhor entender o contexto histórico, podemos dividir a 
expansão bandeirante em ciclos. Assim:
1º Ciclo: Ouro de lavagem ou ouro de aluvião: 
Primeiramente, nos primórdios da ocupação, descobre-se ouro na 
própria Capitania de São Vicente. Explora-se o litoral, separando 
nos rios o metal precioso do cascalho. Descem em direção ao litoral 
sul (Iguape/Curitiba), fundando importantes núcleos no Paraná e 
Santa Catarina, em sua faixa litorânea. Como vimos acima, o declínio 
da atividade de garimpo, vai induzir a ocupação pecuária.
2º Ciclo: Caça ao índio
“Prear” índios, isto é, escravizá-los foi sempre a opção colonial em 
territórios onde a mão-de-obra era escassa. Esta atividade era muito 
lucrativa para os vicentinos. No período de 1617 e 1641 Portugal 
perde o monopólio dos mercados de escravos para os holandeses. O 
preço dos escravos sobe e é a oportunidade de, novamente, “prear” 
índios, atividade especializada dos bandeirantes. Aqui emergem 
atritos entre jesuítas e colonos. É justamente o índio cristianizado 
que interessa ao preador colonial, pois já está acostumado a um 
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trabalho semi-servil nas próprias missões. Vejamos a descrição 
do ataque à região das missões do Guairá, em 1629, por Raposo 
Tavares e Manuel Preto:
“Os paulistas, conhecidos também pelo nome de mamelucos, 
tinham levado a cabo pequenas expedições contra guaranis, 
desde 1618. Em 1628 e nos anos seguintes marcharam com 
autênticos exércitos. Caíram primeiro de surpresa sobre a redução 
de Encarnación, que devastaram. Os trabalhadores dispersos 
pelos campos foram postos a ferro e levados; os recalcitrantes, 
massacrados. As crianças e os velhos muito fracos para seguirem 
a coluna em marchas forçadas, foram igualmente mortos pelo 
caminho”. (Relatório dos jesuítas Duran e Crespo, citado por G. 
Lugon, A República Comunista-Cristã dos Guaranis, in ALENCAR, 
Francisco et alii. História da Sociedade Brasileira. Rio de Janeiro: 
Ao Livro Técnico S/A, 1980, p. 55).
O fim do ciclo da caça ao índio coincide com o fim da União Ibérica 
(união das duas coroas), em 1640. Portugal começa a retomar os 
antigos mercados de escravos perdidos para os holandeses, na 
África.
3º Ciclo: O mercado do índio escravizado depreciado,
A não descoberta das tão sonhadas minas de metais preciosos, 
fazem os paulistas se voltarem para outras atividades. É o chamado 
ciclo do sertanismo de contrato. É a ação de repressão aos quilombos 
e negros revoltosos. Os vicentinos são contratados por senhores de 
engenho do Nordeste para “apaziguá-los” e quebrar a resistência 
de tribos indígenas que se opunham à expansão territorial, que 
a economia canavieira e a pecuária extensiva necessitavam. O 
episódio mais duradouro e mais tenaz, pela resistência dos negros, 
foi sem dúvida o quilombo dos Palmares.
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IV - Novas fronteiras coloniais
Em 1680 é fundada a Colônia do Santíssimo Sacramento, à margem 
direita da Foz do Plata, ampliando-se assim as fronteiras das terras 
coloniais portuguesas. Qual os interesses econômicos por trás 
desta ação: os comerciantes portugueses queriam incrementar 
o intercâmbio com o mercado de Buenos Aires, exportando as 
manufatoras européias e produtos do Brasil, como o tabaco, 
açúcar, algodão. Por outro lado, também, os fazendeiros gaúchos 
se interessavam por este comércio de contrabando: por ai 
podiam escoar sua produção de couro. Mas também os ingleses, 
potência então florescente, tinham seus interesses: exportar suas 
manufaturas e romper o monopólio espanhol.
Para a Coroa Portuguesa, finalmente: o estabelecimento da Colônia 
do Sacramento constituía-se em marco fronteiriço, pelo qual 
poder-se-ia atingir as regiões dos metais preciosos espanhóis. Há, 
neste sentido, um empenho importante, da parte da Metrópole, 
em colonizar o Estremo Sul e tirar a Colônia do Sacramento de 
seu isolamento. Desenvolvem-se no Rfio Grande do Sul o sistema 
de estâncias pelos vastos campos da região (os pampas). Os 
jesuítas também aí se estabelecem, com suas reduções e formam 
os chamados Sete Povos das Missões Orientais do Uruguai. As 
contradições entre os colonos e os religiosos, novamente, não 
tardarão a surgir.
Parte B: Superação do Tratado de Tordesilhas
A expansão territorial dos séculos XVII e XVIII, como ficou patente na 
exposição que fizemos, superou, na prática e na guerra de conquista 
(violenta e pela ocupação econômica) o Tratado de Tordesilhas que 
estabeleceu, pelo Papa, as fronteiras entre as duas potências marítimas 
à época dos Grandes Descobrimentos. Esta situação, de fato, necessitava 
nova configuração jurídica e isto foi feito através de vários tratados:
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 Tratado de Lisboa (1681): devolveu a Colônia do Sacramento, 
ocupada pelos espanhóis, logo de sua fundação, a Portugal. 
Este contou com o apoio da Inglaterra.
 Tratado de Utrecht (1713): Portugal e França. O resultado foi 
o seguinte: estabeleceu-se o Rio Oiapoque como limite entre 
a Guiana e a Capitania do Cabo do Norte.
 Tratado de Utrecht (1715): Intermediado pela Inglaterra, que 
obteve da Espanha concessões que lhe abrem as Antilhas, 
tratou novamente da devolução (a segunda) da Colônia do 
Sacramento a Portugal.
 Tratado de Madri (1750): Reconheceu a nova configuração 
americana. Portugal recebeu os Sete Povos e passou a Colônia 
do Sacramento aos espanhóis. Foi reconhecido o princípio 
de que a terra pertence a quem a ocupa, é o utis possedetis, 
ou o usucapião. A Metrópole Portuguesa garantiu para si a 
maior parte da Bacia Amazônica e a Espanha a maior parte 
da bacia platina.
 Tratado de Santo Ildefonso (1777): Devolveu a Portugal a Ilha 
de Santa Catarina, por parte da Espanha e esta permaneceu 
com Sacramento e obteve a região dos Sete Povos.
 Tratado de Badajoz(1801): Depois do ataque dos gaúchos 
aos Sete Povos, expulsando os jesuítas, este último tratado 
do período colonial retroagiu ao estabelecido no Tratado de 
Madri.
Esta foi a nossa quinta unidade. Já estamos familiarizados com a 
disciplina de História, não é verdade? 
Veja como o tema que estudamos tem repercussão para a nossa 
sociedade e economia contemporânea: o extenso território, a 
integração espacial, a mesma língua. Tudo isto devemos a esse 
intensivo processo de expansão de nosso território nos séculos XVII e 
XVIII. Deve-se isto a fatores econômicos, principalmente. Em primeiro 
lugar, o gado que invadiu, então, quase todo o imenso território do que 
viria a ser o Brasil. Depois, as guerras de conquista das terras indígenas 
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Faculdade On-line UVB52
(é um lado triste e trágico de nossa formação social e histórica), os 
motivos religiosos (especialmente da parte dos jesuítas), a necessidade 
de Portugal defender suas possessões em relação a outras potências, 
a busca econômica pelas drogas do sertão. Em suma, todos estes 
fatores incentivaram e conformaram a atual situação geopolítica do 
Brasil atual.

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