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INVASÕES BIOLÓGICAS POR ANIMAIS: Casos típicos de invasão de fauna exótica no Rio Grande do Sul, métodos de controle de espécies da fauna exótica. Nome: Cáren Koch da Rosa Disciplina : Manejo de Fauna Professor: Ricardo Silva Pereira Mello FAUNA INVASORA: DEFINIÇÃO E COMO ACONTECE • "Espécie Exótica Invasora", por sua vez, é definida como sendo aquela que ameaça ecossistemas, hábitats ou outras espécies; • acontecem pela degradação de seus ambientes naturais, forçando-as a procurar outro local para habitat, em paisagens alteradas, mudanças climáticas também podem ser fatores para a invasão, A destruição das barreiras biogeográficas, a ocupação de novos ambientes por humanos e consequentemente suas plantas e animais domesticados, acabam condicionando dispersão de espécies muito mais além de suas condições, meios de transporte aéreos dão mais velocidade para a dispersão também. O contrabando de espécies exóticas também é um grande fator de invasão pelo fato de essas espécies não encontrarem um predador natural no novo habitat, podendo assim até extinguir fauna e flora nativas do local. MANEJO DE INVASÕES E TECNICAS DE CONTROLE • O Brasil ainda não possui um sistema unificado de manejo, só leis especificas para cada caso; • O manejo de espécies é responsabilidade do Governo Federal, por isso antes de tomar qualquer medida é necessário consultar a legislação brasileira, cujo órgão que representa é o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, IBAMA • As opções à seguir são sugestões de manejo gerais; MODIFICAÇÃO DO HÁBITAT E PRATICAS CULTURAIS E DE MANEJO • Consistem em tentar remover ou impedir, atividades de alimentação, acasalamento, construção de tocas, nidificação, proteção ou a simples presença de uma pessoa, para tornar essas áreas menos atrativas para espécies causadoras de danos. Ou ainda o plantio no caso de lavouras, de outras espécies atrativas na região, para evitar a depredação do cultivo principal. EXCLUSÃO • Evitar que um animal não consiga entrar em uma determinada área, através de cercas e telas ou barreiras do tipo que o impeçam de ultrapassar o limite determinado. REPELENTES • Substâncias que têm a função de afastar ou reduzir o interesse de um animal sobre uma área um determinado item. O repelente pode ser químico, ou ainda a essência ou cheiro de alguma planta, mas para ser eficiente deve causar um efeito imediato e de longa duração, o que é difícil, pois geralmente os animais acabam se acostumando com o cheiro. ESTIMULOS VISUAIS E ACUSTICOS • Métodos não letais, nesta técnica são utilizados luzes brilhantes, sirenes, sinos, espantalhos e explosivos, mas assim como os repelentes os animais podem acostumar-se e desta forma a pratica não fazer mais efeito. AGENTES CONTRACEPTIVOS • Substancias capazes de interferir no ciclo reprodutor dos animais, reduzindo o numero de novos filhotes. Existem poucos estudos nesta área. AGENTES TOXICOS • Produtos letais, utilizados normalmente para combater roedores e alguns carnívoros predadores que são permitidos no Brasil. PRINCIPAIS ANIMAIS INVASORES NO RIO GRANDE DO SUL Fonte:http://institutohorus.org.br/download/marcos_legais/Portaria%20SEMA %20RS%2079%20-%202013%20Lista%20invasoras.pdf Figura1 - Vertebrados Terrestres Exóticos Invasores Figura 2- Peixes Exótico Invasores Fonte:http://institutohorus.org.br/download/marcos_legais/Portaria%20SEMA %20RS%2079%20-%202013%20Lista%20invasoras.pdf Fonte:http://institutohorus.org.br/download/marcos_legais/Portaria%20SEMA %20RS%2079%20-%202013%20Lista%20invasoras.pdf Figura 3 - Invertebrados Exóticos Invasores • As espécies invasoras segundo a PORTARIA SEMA n° 79 de 31 de outubro de 2013. podem produzir mudanças e alterações em propriedades ecológicas do solo, na ciclagem de nutrientes, em cadeias tróficas, na estrutura, dominância, distribuição e nas funções de ecossistemas, na distribuição da biomassa, em processos evolutivos e em relações entre polinizadores e dispersores além de poderem produzir híbridos ao cruzar com espécies nativas e eliminar genótipos originais, ocupar o espaço de espécies nativas levando-as a diminuir em abundância e extensão geográfica, além de aumentarem os riscos de extinção de populações locais. O Javali é considerado umas das espécies invasoras mais agressivas, ou seja, que causa mais danos. JAVALI Figura 4 - Javali (Sus scrofa scrofa) Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre. • O javali (Sus scrofa scrofa)(Figura-4) é um porco selvagem originário da Europa, Ásia e norte da África. O animal tem aproximadamente 1,30 m de comprimento e pesa cerca de 80 kg. O adulto possui presas afiadas saindo pelo canto da boca e longos pelos de cor preta. Já os java-porcos (javali miscigenados com o porco doméstico) possuem coloração variada, podendo atingir até 250 kg. • Inicialmente os javalis foram introduzidos como animais de criação e consumo em várias partes do mundo. Posteriormente, devido ao seu temperamento selvagem, acabaram fugindo e se dispersando por ambientes fora de sua ocorrência natural. Em razão destes eventos, o javali passou a ser considerado como Fauna Exótica Invasora. • A agressividade, a facilidade de adaptação e a ausência de predadores ou competidores naturais levam o javali a figurar na lista das cem piores espécies exóticas invasoras do mundo. Entre os impactos ambientais provocados, pode-se citar: a diminuição ou morte de espécies da fauna nativa; a transmissão de doenças para os animais nativos; a diminuição de espécies vegetais nativas, acarretando prejuízos às formações vegetais; a aceleração do processo de erosão e o aumento do assoreamento dos rios. Entre os prejuízos econômicos observados estão o ataque às plantações, com perda de até 60% da safra e o ataque às criações de animais domésticos. Também existe o risco de ataque à seres humanos em situações específicas. LEIS EM GERAL SOBRE INVASÕES BIOLOGICAS • A lei de crimes ambientais 6.605, criada em 12 de fevereiro de 1998 diz de acordo com o artigo 29 que é proibido matar, perseguir caçar ou apanhar espécimes da fauna silvestre sem devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente. Já o Artigo 36 diz que não considera crime quando o abate é realizado para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, porem mesmo assim o controle deve ser autorizado por autoridades competentes. PORTARIA SEMA n° 79 de 31 de outubro de 2013. • Reconhece a Lista de Espécies Exóticas Invasoras do Estado do Rio Grande do Sul e demais classificações, estabelece normas de controle e dá outras providências. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 03/2013, de 31 de janeiro de 2013 • Publicado no D.O.U. de 1 de fevereiro de 2013, seção I, pág. 88-89)Decreta a nocividade do Javali e dispõe sobre o seu manejo e controle. • O Artigo 8º da Convenção Internacional sobre Diversidade Biológica que determina aos países signatários a adoção de medidas preventivas, de erradicação e de controle de espécies exóticas invasoras; • A Lei Federal nº 11.428 de 22 de dezembro de 2006, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica e que, em seu Artigo 3º inciso VIII, alínea “a”, considera de interesse social as atividades imprescindíveis à proteção da integridade da vegetação nativa, entre elas aerradicação de espécies exóticas invasoras; • A Lei Federal nº 9.605 de 12 de fevereiro de 1998 - Lei de Crimes Ambientais que, em seu Artigo 61, prevê punição para quem “disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à agricultura, à pecuária, à fauna, à flora ou aos ecossistemas”; • A Resolução CONAMA nº 369 de 28 de março de 2006, que em seu artigo 2º, inciso II alínea “a”, considera de interesse social a erradicação de espécies invasoras para assegurar a proteção da integridade da vegetação nativa; • A Resolução CONABIO nº 05, de 21 de outubro de 2009, que institui a Estratégia Nacional sobre Espécies Exóticas Invasoras; • INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 DE 15 DE ABRIL DE 1999 (Renomeada para IN 003/99) • PORTARIA NORMATIVA Nº 131 , DE 03 DE NOVEMBRO DE 1997 CONSIDERAÇÕES FINAIS • Importância do manejo de fauna; • Necessidade de criação de regras e medidas preventivas de manejo de fauna ; • A devastação que as espécies invasora causam; • Conhecimento sobre vária leis; ANEXOS • https://www.youtube.com/watch?v=s7dfohwQ_bs MANEJO E CONTROLE DO JAVALI • Como passo inicial, todas as pessoas físicas ou jurídicas que desejarem manejar o javali deverão inscrever-se no Cadastro Técnico Federal (CTF) de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos recursos ambientais. A categoria a ser escolhida é a de código 20-28 , que vem a ser “Uso de Recursos Naturais”, descrição “manejo de fauna exótica invasora”. • Ao fim deste cadastro inicial, o interessado deverá imprimir o “Certificado de Regularidade”. O Certificado de Regularidade tem validade de apenas 90 dias, devendo ser reimpresso a cada 03 meses. O procedimento é simples e é feito diretamente na página do CTF. Além do cadastro e emissão do certificado, os interessados deverão atender a outras exigências, conforme o tipo de manejo a ser executado: REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Disponível em: http://i3n.institutohorus.org.br – Base de dados nacional de espécies exóticas invasoras, I3N Brasil, Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, Florianópolis – SC. Acesso em 30 de março de 2014 LAURY CULLEN JR., RUDY RUDRAN E CLÁUDIO VALLADARES- PÁDUA In: Método de Estudos em Biologia da Conservação e Manejo da Vida Silvestre 2ª Ed.: Editora UFPR. 667 p. 2003. ALEX BAGER In: Areas Protegidas: Conservação no Âmbito do Cone Sul, edição do editor, 223 p. 2003. Disponível em: http://www.mma.gov. br/biodiversidade/biosseguranca/ especies-exoticas-invasoras - Espécies Exóticas Invasoras, Ministério do Meio Ambiente. Acesso em: 01 de Abril de 2014. Disponível em: http://www.sema.rs.gov.br/ SEMA - Secretaria do Meio Ambiente, Porto Alegre. Acesso em: 01 de Abril de 2014.
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