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Terapia Humanista Existencial Teorias e Técnicas Psicoterápicas Profª Valeria Telles A Psicologia Humanista surgiu na década de 50, ganhando força nos anos 60 e 70, como uma reação às ideias psicológicas pré-existentes - o behaviorismo e a psicanálise - embora não quisesse revisá-las ou adaptá-las, mas dar uma nova contribuição à psicologia. As críticas ao Comportamentalismo giravam em torno de sua abordagem estreita, artificial e estéril da natureza humana, que reduzia o homem à máquinas e animais propensos ao condicionamento A divergência à Psicanálise se mostrava no questionamento à ênfase no inconsciente, nas questões biológicas e eventos passados, no estudo de pessoas neuróticas e psicóticas e na compartimentalização do indivíduo. O movimento humanista teve forte influência das filosofias existenciais e da fenomenologia. As convicções e as certezas começam a ruir no século XX, quando a razão começa a entrar em crise devido à existência da corrida armamentista e à pouca contribuição dos avanços tecnológicos na diminuição da desigualdade social no mundo. O existencialismo tem o homem como ponto de partida nos processos de reflexão e a fenomenologia, a consciência do ser sobre algo e a investigação da experiência consciente: o fenômeno. Com Heidegger, filósofo fenomenológico, há um retorno à teoria do conhecimento e das questões ontológicas. O ser e a existência do todo passa a ser a questão central. Existencialismo Fenomenológico, enquanto método apreendido pelo movimento humanista, se pauta em três questões: Redução Fenomenológica Recurso para se chegar ao fenômeno em sua essência, considerando a sua totalidade e visando, deste modo, a incorporação de uma atitude crítica perante o cotidiano. A concordância entre a intuição, que ocorre na imediatez da vivência e a significação que se faz essencial para a aproximação da realidade observada. Intencionalidade Atribuição de sentido do fenômeno, onde a consciência e o objeto, o sujeito e o mundo estão unificados. Quando esta fusão ocorre, a totalidade é apreendida e a decisão torna-se um processo consciente e libertador. Subjetividade e Intersubjetividade O encontro entre a própria subjetividade e a do outro é chamado de intersubjetividade. É ela que, através da pluralidade de constituições de vários sujeitos, dá sentido ao mundo A grande contribuição desta nova escola pode ser vista na ênfase da experiência consciente, na crença na integralidade entre natureza e a conduta do ser humano, no livre-arbítrio, espontaneidade e poder de criação do indivíduo e no estudo de tudo que tenha relevância para a condição humana. A teoria humanista tem como principais teóricos Abraham Maslow (1908-1970) e Carl Rogers (1902-1987), os maiores responsáveis pela projeção dos seus postulados no mundo. Técnica Diálogo o O cliente e o terapeuta dialogam, comunicam sua perspectiva fenomenológica. o Diferenças de perspectiva são trabalhadas pela experimentação e o diálogo. Características do Diálogo o Inclusão – Incluir o outro na experiência sem julgamento, análise ou interpretação, retendo-se um senso de pessoa separada. Presença - O terapeuta expressa observações, impressões, sentimentos, experiências que julgue relevantes, compartilhando sua perspectiva, modelando um diálogo. Compromisso com o diálogo – Contato é algo que acontece entre pessoas, na interação entre elas e pode enriquecer o processo terapêutico. Da Meta o Conscientizar o cliente sobre: o que ele está fazendo, como ele está fazendo, como ele pode se modificar e se auto-valorizar. o Focaliza o processo ( o que está acontecendo) e não o conteúdo (o que está sendo dito, o porquê). Relacionamentos crescem através do contato. o O contato é a experiência de fronteira entre o “eu” e o “não-eu”. Auxilia o sujeito a desenvolver seu próprio suporte. Suporte é qualquer coisa que ajuda a pessoa a ter contato ou se isolar, quando do gerenciamento das fronteiras. O diálogo centra-se em experienciar a pessoa como ela se apresenta, buscando o “verdadeiro self”, pelo acolhimento, aceitação e responsabilidade. A Clínica na Abordagem Humanista Existencial oA ênfase é dada na profundidade da existência e não no passado. oAo invés da transferência valoriza-se a qualidade da relação terapêutica.
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