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PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
SEMANA 2 
Descrição 
Antônia Moreira Soares, portuguesa, médica, é casada há 30 anos com Pedro Soares, 
brasileiro, dentista. Na constância do matrimônio tiveram dois filhos, Joaquim e Maria das 
Dores, ambos maiores e capazes, também constituíram um vasto patrimônio, fruto do 
esforço comum do casal. 
Ocorre que Antônia descobriu que Pedro está com um relacionamento extraconjugal, razão 
pela qual resolveu se divorciar. Pedro, após saber da vontade da mulher em não manter o 
casamento deseja doar seus dois automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para 
sua irmã, Isabel Soares, assim como passou a proferir sucessivos saques em uma das contas 
conjuntas do casal. 
Antônia, após ouvir a conversa de Pedro com Isabel, comprova junto ao banco ao qual 
possuem conta os saques de Pedro. Diante da hipótese, como advogado de Antônia, elabore 
a peça processual cabível a defesa dos seus interesses, ciente que esta desconhece todos os 
bens a que tem direito. 
Desenvolvimento 
 
EXCELENTÍSSIMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA___ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTONIA MOREIRA SOARES, portuguesa, casada, médica, portadora da identidade nº..., 
inscrita no CPF nº …, domiciliada e residente a …, vem por seu advogado, com endereço 
profissional na …, bairro...,cidade..., estado..., que indica para os fins do artigo 106, inciso I do 
CPC, com fundamento no artigo 305 e seguintes do CPC, propor: 
 
AÇÃO DE DIVÓRCIO COM PEDIDO DE TUTELA CAUTELAR 
 
Em face do PEDRO SOARES, brasileiro, casado, dentista, portador da identidade nº..., inscrito no 
CPF nº …, domiciliado e residente a …,pela lide e fundamentos que passa a expor: 
 
 
DA LIDE 
 
 A Autora é casada há 30 anos com o Réu e na constância do matrimônio tiveram dois filhos, 
Joaquim e Maria das Dores, ambos maiores e capazes. 
 
 Constituíram vasto patrimônio juntos, fruto do esforço mutuo do casal. 
 
 Ocorre que a Autora, descobriu que o Réu está em um relacionamento extraconjugal, razão 
pela qual resolveu divorciar-se deste. 
 
 O Réu ao saber da vontade da Autora em não manter o casamento, deseja doar seus dois 
automóveis, marca Toyota, modelos SW4 e Corolla, para a sua irmã, A senhora Isabel Soares, 
assim como passou a realizar diversos saques em uma das contas conjuntas do casal. 
 
 A Autora, após ouvir uma conversa entre o Réu e sua irmã Isabel, comprovou juntamente 
ao Banco ao qual possuem conta tais saques do Réu. 
 
 
DOS FUNDAMENTOS 
 
 Diante do ocorrido a Autora quer que haja a dissolução da sociedade conjugal conforme 
dispõe a lei nº 6.515/77 em seu artigo 2º, IV e Parágrafo único, in verbis: 
 
 
 “-Art 2º - A Sociedade 
Conjugal termina: 
 IV - pelo divórcio. 
 Parágrafo único - O casamento 
válido somente se dissolve pela 
morte de um dos cônjuges ou 
pelo divórcio.” 
 
 Fica claro que pelo fato do Réu esta se desfazendo do patrimonio que também cabe a 
Autora, pois a mesma é meeira do Réu, onde o requisito do fumus boni iures está presente e, há 
opericulum in mora , por ter o risco de ao final da dissolução da relação entre os dois de que não 
haja mais nenhum bem a ser dividido, pois o Réu tem a intenção de dilapidar o patrimônio. Devendo 
assim, ser concedido o arresto dos bens, como forma de coibir tal atitude adotada pelo Réu e, pela 
razão da Autora não ter ideia de todos os bens existentes, em tutela de urgência de natureza cautela, 
com prazo para contestação de 5 dias, conforme preconizado nos artigos 301 e 306 ambos do Novo 
Código de Processo Civil, in verbis: 
 
 “Art. 300 – A tutela de urgência de natureza 
cautelar pode ser efetivada mediante arresto, 
sequestro, arrolamento de bens, registro de 
protesto contra alienação de bem e qualquer outra 
medida idônea para asseguração do direito. 
 Art.319 – O réu será citado para, no prazo de 5 
(cinco) dias, contestar o pedido e indicar as provas 
que pretende produzir.” 
 
 Corrobora com este entendimento a decisão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas 
Gerais, senão vejamos: 
 
 MEDIDA CAUTELAR DE SEQUESTRO. 
PERDA DE OBJETO INEXISTENTE. RISCO 
DE DILAPIDAÇÃO DO 
PATRIMÔNIO. PROCEDÊNCIA. - O 
julgamento da ação de divórcio c/c partilha de bens não 
implica a perda do objeto da medida cautelar de 
seqüestro de bens, que visa a resguardar os 
direitos da parte e o cumprimento da sentença 
proferida na ação principal. - Demonstrado o perigo de 
dilapidação do patrimônio do casal, deve ser mantido o 
seqüestro dos bens até que se efetive o registro da 
partilha procedida nos autos da ação divórcio. 
 
 (TJ-MG - AC: 10024097300271001 MG , 
Relator: Alyrio Ramos, Data de Julgamento: 
22/05/2014, Câmaras Cíveis / 8ª CÂMARA 
CÍVEL, Data de 
 
 Publicação: 02/06/2014) 
 
 A Autora quer que seja efetivado o arresto para que ao final da lide tenha garantido seu 
direito. Para o ilustre doutrinador GRECO FILHO, Vicente o arresto “ é a apreensão cautelar de 
bens com finalidade de garantir uma futura execução por quantia certa”. 
 
 Diante de tais fatos, não restou a Autora para ter seus direitos garantidos, senão se socorrer 
do poder judiciário. 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
 Pelo exposto requer: 
 
1- Que seja concedidaliminar inaudita altera parte para arrolar os bens do casal; 
2- Intimação do Réu para ciência da decisão; 
3- Que o Réu seja citado para contestar a demanda, sob pena de revelia; 
4- Que seja chamado o Ministério Público ao processo; 
5- Julgar procedente o pedido para decretar o divórcio das partes com a consequente partilha dos 
bens; 
6- Condenação do Réu ao pagamento das custas judiciais e honorários de advogado, em 20% sob 
o valor da condenação. 
 
 
DAS PROVAS 
 
 Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto no artigo 
369 do NCPC , em especial a documental. 
 
 
DO VALOR DA CAUSA 
 
 Dá-se à causa o valor de R$... 
 
 
Nestes termos, 
Pede-se deferimento. 
 
 
Local, Data. 
 
 
Advogado... 
OAB/UF nº...

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