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PRÁTICA SIMULADA IV (CÍVEL) - CCJ0150 
Título 
SEMANA 15 
Descrição 
 Virgínia Lopez, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, ajuizou perante o V Juizado 
Especial Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, em outubro de 2014, 
Ação de obrigação de fazer cumulada com dano moral e pedido de tutela antecipada, em 
face de Usuracard S.A. Administradora de Cartão de Crédito, estabelecida em São Paulo 
capital. 
 Na inicial informou que era usuária titular do cartão de crédito n° 1234. 9909. 3322. 
1100, emitido e administrado pelo réu. Este, em virtude do atraso da autora nos pagamentos 
das faturas dos meses de abril e maio de 2014 colocou o nome da mesma no Serviço de 
Proteção ao Crédito (SPC). Ocorre que Virgínia quitou as parcelas que estavam vencidas e 
não pagas, em 26 de junho de 2014, para que pudesse assinar contrato de financiamento 
habitacional, mas até a data de distribuição da demanda a Usuracard não havia retirado o 
seu nome do SPC o que a levou a perder o contrato para aquisição da sua casa própria. 
 Em decisão interlocutória o magistrado determinou que o réu retirasse o nome da 
autora do cadastro de restrição do crédito. Em contestação o réu sustentou a inexistência 
de dano moral. 
 Finda a fase instrutória foi proferida sentença confirmando em definitivo a tutela 
antecipada anteriormente deferida, mas julgou improcedente o pedido de dano moral 
requerido pela autora por entender incabível. 
 Diante da situação hipotética, elabore o recurso adequado aos interesses de Virgínia. 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE 
DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA 
COMARCA DE SÃO GONÇALO DO TRIBUNAL 
ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO/RJ 
-, brasileiro, solteiro, estudante, portador do CPF de número -5, 
RG nº. -, residente e domiciliado na-, Porto do Rosa, São 
Gonçalo, RJ, CEP 24470-115, vem, a presença de Vossa 
Excelência propor a presente: 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA C/ 
PEDIDO DE CONDENAÇÃO EM DANOS MORAIS C/C 
TUTELA ANTECIPADA 
em face de COLÉGIO SENES, nome fantasia 
de EMPREENDIMENTOS EDUCACIONAIS SÃO 
FRANCISCO DE ASSIS LTDA, pessoa jurídica de direito 
privado, CNPJ 00.822.191/0001-77, com endereço na Travessa 
Maria Alice, 121, Mutondo, São Gonçalo, CEP: 2445-2140, na 
pessoa de seu representante legal, pelas razões de fato e de 
direito que passa a expor. 
PRELIRMINARMENTE: 
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA: 
Requer o autor o benefício da gratuidade de justiça, nos termos 
da Legislação Pátria, inclusive para efeito de possível recurso, 
tendo em vista estar impossibilitado de arcar com as despesas 
processuais sem prejuízo próprio sustento e de sua família, 
conforme afirmação de hipossuficiência em anexo e artigo 4º e 
seguintes da lei 1.060/50 e artigo 5º LXXIV da Constituição 
Federal, conforme declaração de pobreza em anexo. 
Destaca-se aqui que o autor busca a ajuda da justiça para obter 
seu diploma e, finalmente, entrar no mercado de trabalho para 
possuir uma renda. 
II – DA TUTELA ANTECIPADA 
Primeiramente, destaco o fundamento do pedido de antecipação 
da tutela Jurisdicional, disposta na Lei nº 8.078/90 Código de 
Defesa do Consumidor: 
“Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da 
obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela 
específica da obrigação ou determinará providências que 
assegurem o resultado prático equivalente ao do 
adimplemento...” 
Destaco ainda a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código 
de Processo Civil – com alterações posteriores: 
“Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, 
total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido 
inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da 
verossimilhança da alegação e: I – haja fundado receio de 
dano irreparável ou de difícil reparação; ou II – fique 
caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto 
propósito protelatório do réu.(...)” 
São requisitos para a concessão da tutela antecipada o 
fundamento da demanda e o justificado receio de ineficácia do 
provimento final, em síntese o “fumus boni iuris” e o 
“periculum in mora”. 
O autor roga pela liminar unicamente para que a requerida 
cumpra o dispositivo legal e lhe forneça o diploma registrado 
referente ao curso de ensino médio. 
Salienta-se aqui que a própria instituição de ensino, em 
resposta a reclamação de nº. FA 4014-037.733-0, reconhece o 
direito da parte autora não colocando nenhum óbice ao 
fornecimento do mencionando diploma. 
Assim, temos que o “fumus boni iuris” se encontra mais do que 
evidenciado, pois o autor alega e, em momento nenhum, a parte 
ré impugna suas alegações em sede administrativa. 
O “periculum in mora” se encontra presente nesta demanda 
uma vez que a parte autora já perdeu inúmeras oportunidades 
de emprego devido a ausência do seu diploma de conclusão de 
curso. 
Destaca-se ainda que, a parte autora, tendo concluído seu 
ensino médio, se candidatou em diversos concursos públicos 
como, por exemplo Concurso para provimento de Oficiais 
Combatentes, Concurso para provimento de Oficiais da Policia 
Militar, Concurso para provimento de Guardas Municipais de 
Niterói, Concurso para provimento de Soldados da Policia 
Militar, dentre outros, tais concursos tem como pré-requisito a 
conclusão do ensino médio com a consequente entrega do 
Diploma de conclusão. 
O autor que já sofre impactos econômicos negativos, assim 
como a maioria dos cidadãos deste país, conta com esse diploma 
para que possa evoluir profissionalmente. 
Pelo exposto é relevante e urgente que a requerida cumpra a lei 
e não retenha o certificado a que o autor tem direito, como vem 
fazendo, inclusive, com outros alunos. 
Mais que demonstrado o “fumus boni iuris” e o “periculum in 
mora”, temos que a tutela se faz estritamente necessária para 
que a instituição ré promova a imediata entrega do diploma de 
conclusão de curso ao autor. 
III - DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA: 
Inicialmente verificamos que o presente caso trata-se de relação 
de consumo, sendo amparada pela lei 8.078/90, que trata 
especificamente das questões em que fornecedores e 
consumidores integram a relação jurídica, principalmente no 
que concerne a matéria probatória. 
Tal legislação, faculta ao magistrado determinar a inversão do 
ônus da prova em favor do consumidor conforme seu artigo 
06º, VIII: 
"Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
[...] VIII- A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com 
a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, 
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando 
for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de 
experiência" 
Assim, presentes a verossimilhança do direito alegado e a 
hipossuficiência da parte autora para o deferimento da inversão 
do ônus da prova no presente caso, dá-se como certo seu 
deferimento. 
IV - DOS FATOS E FUNDAMENTOS: 
O Autor recebeu uma proposta de emprego, porém para que a 
promessa viesse a se tornar realidade, este deveria possuir o 
ensino médio completo e o certificado de conclusão de curso. 
Com a expectativa de conseguir um trabalho e poder assim dar 
inicio a sua vida profissional e poder ajudar no sustento de sua 
família, o autor firmou contrato de prestação de serviços 
educacionais com a Instituição ré na modalidade de “Supletivo” 
na data de 04 de maio de 2013, ficando acordado entre as partes 
que, após a conclusão do curso, seria expedido do certificado de 
conclusão de curso, com a consequente publicação do nome do 
concluinte em Diário Oficial. 
Frise-se que, se um aluno adere a modalidade de ensino 
denominada “supletivo” sua intenção é obter o diploma de 
conclusão do ensino médio de uma forma mais ágildo que se 
estivesse cursando o ensino médio de forma regular. 
Assim, qualquer demora, seja na extensão do curso, no 
processamento dos dados do aluno ou na obtenção de seu 
certificado de conclusão, geram um grave dano ao contratante. 
Em Julho de 2013, o autor finalmente conclui o ensino médio, 
tendo sido aprovado em todas as matérias exigidas. Logo após a 
conclusão, o autor compareceu a secretaria da instituição ré 
solicitando seu diploma, sendo informando pela preposta da 
empresa que deveria aguardar um prazo de 120 (cento e vinte 
dias) para que o mesmo estivesse disponível na secretaria do 
curso. 
Após este prazo, a parte autora novamente comparece a 
empresa ré, tendo sido informando pela Srª. Ana Paula que o 
pedido não havia sido processado e que o reclamante deveria 
protocolar uma solicitação formal à escola, para que a mesma 
desse inicio ao processo de elaboração de seu certificado, após o 
mencionando protocolo, a parte atora deveria aguardar 
novamente 120 (cento e vinte) dias. 
Muito aborrecido e com a proposta de emprego que havia 
recebido já ter sido negada, uma vez que, até o momento, ainda 
não possuía seu certificado de conclusão, o autor retornou para 
sua residência. 
Toda semana a parte autora comparecia na secretaria da 
instituição ré cobrando uma posição, e sempre recebendo a 
mesma resposta da coordenadora da instituição... “retornar na 
próxima semana”. 
Destaca-se aqui que o autor foi adimplente com as prestações 
pecuniárias durante toda a duração do curso, assim, sua parte 
do contrato foi completamente honrada. 
Assim, por um ano, a parte autora gastava além de sua 
paciência, dinheiro de condução e alimentação para sair de sua 
casa em direção a Instituição ré, aguardar horas o atendimento, 
e voltar, sempre com uma resposta negativa. 
Tem-se aqui evidente o dano moral sofrido pelo autor, uma vez 
que o mesmo teve durante um ano gastos advindos da 
realização da cobrança de algo que é um direito seu. 
Em sua última tentativa a parte autora mais uma vez 
compareceu na secretaria da instituição, sendo atendido mais 
uma vez pela Srª. Ana Paula, momento o qual a mesma 
informou que o nome do aluno não havia sido enviado ao setor 
competente uma vez que o banco não havia repassado o valor 
correspondente ao pagamento da última mensalidade do curso. 
Ora V. Exª. Mesmo que, destaca-se aqui não é o caso, o aluno 
estivesse em atraso com suas obrigações, em momento algum é 
permitido a Instituição de ensino proibir, dificultar ou impedir 
o acesso do concluinte ao seu certificado de conclusão de curso, 
tendo, inclusive, jurisprudência pacificada sobre o assunto. 
Porém, ao contrário do argumentado pela preposta da ré, o 
autor sempre honrou com suas prestações, sendo infundada e 
completamente protelatória os argumentos da ré. 
Cansado de cobrar, gastar dinheiro, e não obter uma resposta 
satisfatória, o autor compareceu ao PROCON de São Gonçalo no 
Posto Poupa Tempo, onde protocolizou reclamação, tendo 
originando a FA nº.: 4-, onde narrou os mesmos fatos narrados 
nesta inicial. 
Em resposta, a empresa ré em nenhum momento impugna as 
alegações do autor, ratificando as informações prestadas pela 
parte autora. 
Alega ainda que possuía o prazo de 120 (cento e vinte) dias para 
a emissão do certificado de conclusão de curso, contados a 
partir da dada da solicitação e que o mesmo ainda não se 
encontra pronto. 
Porém, em nenhum momento anexou documentos 
comprobatórios de que ao menos, enviou o nome da parte 
autora aos órgãos competentes para a emissão do documento. 
Destaca se que ate 01/06/2014, já haviam se passado 240 dias 
da SEGUNDA solicitação feita pelo autor, ou seja, já se 
passaram mais que o dobro do prazo estabelecido para a 
expedição do documento objeto da presente ação. 
Constatamos que o autor também se inscreveu em diversos 
concursos públicos, conforme documentos em anexo. Concursos 
estes que, caso o autor seja aprovado, dependem da 
apresentação do Certificado de conclusão de curso dentro de um 
período mínimo de tempo para que o autor seja empossado. 
Apenas para destacar a importância do mencionando Diploma, 
o autor vem estudando com afinco a dois anos para o concurso 
público para provimento do quadro de Soldados da Polícia 
Militar do Estado do Rio de Janeiro, o qual se encontra com 
inscrições abertas e a parte autora devidamente inscrita. 
Assim, o atraso na emissão do certificado pode 
ocasionar danos irreparáveis não só ao psicológico do 
autor como ao seu futuro profissional inteiro. 
Trazemos aqui um exemplo, dentre tantos disponíveis, de 
jurisprudência sobre o tema em questão. 
Ementa: AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE 
OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZATÓRIA. INSTITUIÇÃO 
DE ENSINO. SUPLETIVO PARA CONCLUSÃO DE ENSINO 
MÉDIO. DEMORA NA ENTREGA DO DIPLOMA. INCIDÊNCIA 
DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDO. FALHA NA 
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. Ré que imputa à autora a culpa 
exclusiva na omissão da entrega do diploma, alegando que a 
mesma não apresentou cópia dos documentos exigidos pela 
Secretaria de Estado e Educação - SEE/RJ, tais como certidão 
de nascimento, de casamento e a averbação do divórcio no 
Registro de Pessoas Naturais. Instituição de ensino que não 
comprovou a exigência da referida formalidade por parte da 
SEE/RJ, como condicionante à expedição do diploma, não se 
desincumbindo do ônus previsto no art. 333, II, do CPC, 
tampouco comprovou a existência de excludentes de 
responsabilidade, nos moldes do art. 14, 
do CDC. Configuração do nexo causal entre a má 
prestação do serviço e o prejuízo ocasionado à autora 
em razão da demora na expedição do diploma. 
Responsabilidade civil objetiva. Teoria do risco do 
empreendimento. Dano moral fixado de forma 
escorreita. Dano moral caracterizado. Verba 
reparatória arbitrada em consonância com os princípios da 
proporcionalidade e da razoabilidade. Recurso desprovido. 
Decisão mantida. 
(TJ-RJ - APELACAO APL 00115489520118190207 RJ 0011548-
95.2011.8.19.0207 (TJ-RJ) Data de publicação: 11/03/2014 ) 
Em nenhum momento a Instituição de ensinou informou o 
motivo da demora na emissão do documento. 
Tal informação é importante ser frisada, pois a não entrega do 
certificado dentro do prazo previsto, não ocorreu por culpa ou 
dolo da parte autora, por ausência de documentos, ou por 
inadimplemento desta. 
Destacamos também que na resposta enviada ao Órgão 
Administrativo, em nenhum momento a legislação é 
questionada, ou seja, a empresa ré sempre se encontrou ciente 
do prazo estabelecido nas resoluções SEE 2355/01 e 2349/00, 
que estabelece o prazo máximo de 120 dias para a entrega do 
certificado de conclusão de curso, ou seja, a parte ré se 
encontra ciente da legislação e mesmo assim a 
descumpre descaradamente. 
Trazemos o disposto no artigo 02ª § 4º da Resolução SEE nº. 
2349 de 11 de dezembro de 2000: 
“Art. 02º Os estabelecimentos de ensino deverão publicar em 
Diário Oficial as relações nominais dos alunos concluintes de 
Curso de ensino Médio, sem o que os certificados ou diplomas a 
eles conferidos não terão validade... 
§ 4º - As publicações a que se refere o caput deste artigo serão 
acompanhadas e controladas pelas Gerencias de ensino, gestão 
e integração das coordenadorias regionais, de forma que 
todo concluinte tenha resguardado o seu direito de 
receber seu respectivo documento de conclusão de 
forma correta e no prazo de 120 dias” 
Assim, se faz estritamente necessária a intervenção judicial no 
presente caso, uma vez que parte autora já esgotou os recursos 
administrativos que lhe cabiam para a obtenção de seu 
certificado de conclusão de ensino médio, não restando 
artifícios, se não a movimentação do judiciário para a obtenção 
de nada mais do que um direito seu, que lhe é negado pela 
empresa Ré. 
V - DO DANO MORAL: 
SAVATIERdefine o dano moral como: 
“Qualquer sofrimento humano que não é causado por uma 
perda pecuniária, abrangendo todo o atentado à reputação da 
vítima, à sua autoridade legitima, ao seu pudor, a sua 
segurança e tranquilidade, ao seu amor próprio estético, à 
integridade de sua inteligência, as suas afeições, etc...” (Traité 
de La Responsabilité Civile, vol. II, nº 525, in Caio Mario da 
Silva Pereira, Responsabilidade Civil, Editora Forense, RJ, 
1989). 
Quando se pleiteia uma ação visando uma indenização pelos 
danos morais sofridos, não se busca um valor pecuniário pela 
dor sofrida, mais sim um lenitivo que atenue, em parte, as 
consequências do prejuízo sofrido. Visa-se, também, com a 
reparação pecuniária de um dano moral imposta ao culpado 
representar uma sanção justa para o causador do dano moral. 
A ilustre civilista Maria Helena Diniz, preceitua: 
“Não se trata, como vimos, de uma indenização de sua dor, da 
perda sua tranquilidade ou prazer de viver, mas de uma 
compensação pelo dano e injustiça que sofreu, suscetível de 
proporcionar uma vantagem ao ofendido, pois ele poderá, com 
a soma de dinheiro recebida, procurar atender às satisfações 
materiais ou ideais que repute convenientes, atenuando assim, 
em parte seu sofrimento 
A reparação do dano moral cumpre, portanto, uma função de 
justiça corretiva ou sinalagmática, por conjugar, de uma só 
vez, a natureza satisfatória da indenização do dano moral 
para o lesado, tendo em vista o bem jurídico danificado, sua 
posição social, a repercussão do agravo em sua vida privada e 
social e a natureza penal da reparação para o causador do 
dano, atendendo a sua situação econômica, a sua intenção de 
lesar, a sua imputabilidade etc...” 
(DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 13. 
Ed. São Paulo: Saraiva, 1999, v.2) 
A tormenta maior que cerca o dano moral, diz respeito a sua 
quantificação, pois o dano moral atinge o intimo da pessoa, de 
forma que o seu arbitramento não depende de prova de prejuízo 
de ordem material. 
Evidentemente o resultado final também leva em consideração 
as possibilidades e necessidades das partes de modo que não 
seja insignificante, a estimular a prática do ato ilícito, nem tão 
elevado que cause o enriquecimento indevido da vítima. 
O dano moral sofrido pelo autor ficou claramente demonstrado, 
vez que o prazo para a expedição de seu certificado de conclusão 
de curso ultrapassou, e muito, o prazo legal estipulado pela 
Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, gerando 
inúmeros problemas, confusões além de ocasionar a perda de 
diversas oportunidades de emprego e incertezas em concursos 
públicos, gerando assim um abalo imensurável a quem acabou 
de entrar na vida adulta e tenta se colocar no mercado 
profissional, que diga-se, já não é fácil devido as condições 
atuais Brasileiras. 
VI - DO PEDIDO: 
ANTE O EXPOSTO, requer a Vossa Excelência: 
1º. A procedência do pedido quanto à gratuidade de justiça, 
inclusive para efeito de possível recurso; 
2º. O acolhimento dos argumentos consignados na presente 
petição inicial e o deferimento da concessão da tutela 
liminar, INAUDITA ALTERA PARS, ao amparo das normas 
citadas, determinando a Instituição Ré para que processe a 
expedição e registro do diploma a que faz jus o requerente e 
que, após, seja entregue incontinenti e incondicionalmente ao 
autor; 
3º. Que seja determinado a expedição do mandado para 
cumprimento da concessão da Tutela Antecipada; 
4º. Que seja estipulada multa cominatória diária à ré, 
consoante prescrição legal, no caso de descumprimento da 
medida, se concedida, nos termos da lei; 
5º. A inversão do ônus da prova; 
6º. A citação da empresa Ré para comparecer a audiência de 
conciliação a ser marcada, podendo esta ser convolada em 
audiência de instrução e julgamento; 
7º. Que a empresa RÉ seja condenada ao pagamento a título 
de DANOS MORAIS no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais); 
8º. E que, ao final, torne-se definitiva a liminar para que se 
confirme a condenação na obrigação de fazer configurada na 
entrega do Certificado de conclusão do ensino médio 
devidamente publicado e registrado em todos os órgãos e livros 
competentes. 
9º. Que a Ré seja condenada ao pagamento das custas 
processuais; 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em 
direito admitidos, 
Dá à causa o valor de R$ 2.000,00 (Dois mil reais). 
Nestes termos, 
Pede Deferimento.

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