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Geologia Aplicada à Engenharia 
Profª Karla Bethânia Ledesma de Nadai 
Tempo Geológico 
• Nossos referenciais de tempo são limitados. 
• Concebemos o tempo em termos de eventos 
bem recentes. 
• Somos capazes de imaginar o tempo transcorrido 
durante a história da humanidade, não mais que 
alguns séculos, e isso já nos parece muito tempo! 
• Mas a ideia de um período de tempo que envolve 
milhões ou bilhões de anos se torna bastante 
abstrata para o nosso entendimento. 
• Nossa espécie está nesse planeta há muito pouco 
tempo, não mais que 200 mil anos. E o que isso 
significa quando comparado aos 4,6 bilhões de anos 
de história da Terra? 
 
• De fato, a magnitude desse tempo profundo é muito 
difícil de ser compreendida por nós. 
• Um meio de se tentar entender essa vastidão de 
tempo é imaginarmos um livro contendo 460.000 
páginas, em que cada página contivesse 10.000 anos 
da história da Terra. 
 
• Assim a página 1 relataria a formação da Terra, os 
primeiros organismos unicelulares surgiriam 
somente na página 70.000; 
• As primeiras plantas terrestres estariam registradas a 
partir da página 418.000; 
• Os dinossauros apareceriam pela primeira vez na 
página 440.000; 
• E o ser humano surgiria somente na página 459.600. 
• Esse livro é um exemplo de metáfora ou 
analogia que nos ajuda a começar a entender 
que a história da Terra envolve uma vastidão de 
tempo muito maior do que aquela que 
conhecemos e que podemos conceber. 
Chamamos de "Tempo Geológico" esse tempo 
profundo que foge aos nossos padrões de 
referência. 
• Tal escala de tempo pode ser medida através de 
relógios naturais, bem menos óbvios para a 
nossa experiência, que refletem o ritmo da 
Terra. 
• Esses relógios naturais 
são, entre outros, os 
movimentos dos 
continentes; 
• O surgimento de 
montanhas, o aumento 
e a diminuição dos 
níveis dos oceanos; 
• E também, o 
surgimento e a extinção 
das espécies. 
 
 
• Assim, cada rocha e cada fóssil existentes na 
crosta terrestre constituem-se em arquivos 
naturais que guardam os segredos de muitos 
eventos do passado e são ferramentas que 
podem nos ajudar a reconstituir a história do 
planeta. 
• Quando falamos em fósseis, logo nos lembramos dos já 
mencionados dinossauros. Na verdade, esses 
fascinantes animais são a porta de entrada para muitas 
crianças tomarem um primeiro contato com a ciência, 
já que todos nós temos uma curiosidade natural sobre 
nossa origem e sobre o passado da Terra. Mas a 
diversidade da vida no passado vai muito além dos 
dinossauros. 
• Muito antes dessas criaturas reinarem no planeta, 
inúmeras formas de vida surgiram e se diversificaram, 
formando uma grande árvore da vida. A maioria delas 
já se extinguiu, mas algumas deixaram descendentes 
que ainda hoje habitam a Terra, como nós. 
A COLUNA DO TEMPO GEOLÓGICO 
• A coluna do tempo geológico, é dividida em Eóns, Eras, 
Períodos e Épocas. Essa divisão não é arbitrária, ela reflete 
grandes acontecimentos que ocorreram nas histórias 
geológica e biológica da Terra. 
 
• Eóns: Os geólogos se referem a um Éon como a maior 
subdivisão de tempo na escala de tempo geológico. 
– Arqueano : vida antiga. Durou desde o início da Terra (4.560 milhões de 
anos) até 2.500 milhões de anos. 
• Acasta gnaisse, no Canadá, com 3.960 milhões de anos 
• As rochas foram recicladas 
• Rochas vulcânicas 
• Os primeiros registros de microfósseis foram encontrados no "Apex 
chert", oeste da Austrália, e datam de 3.465 milhões de ano 
 
 
• Proterozóico: antes da vida. A Era Proterozóica durou de 2.500 a 545 
milhões de anos. 
• A estabilização dos continentes; 
• As primeiras orogêneses (processos geradores de montanhas); 
• O aparecimento de oxigênio na atmosfera; 
• O desenvolvimento de indivíduos eucariontes 
• No final do Proterozóico é que começaram a 
aparecer os primeiros seres multicelulares. 
 
• Fanerozóico: "vida visível", refletindo a fase em que a vida se tornou 
abundante no planeta. Se estende de 545 milhões de anos até os dias de 
hoje, e é caracterizado por abrigar a vida. 
 
 
 
• Cada uma das três Eras do Eon Fanerózóico - 
Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica - ilustra um 
momento especial da história da Terra e o 
limite entre as Eras é pautado por eventos de 
extinção em massa. 
• Era Paleozóica ("vida antiga") estão vários períodos. 
• Cambriano vem de Cambria, que é o nome latino para Gales, 
onde suas rochas foram primeiramente estudadas. 
• Ordoviciano vem de Ordovices, que é o nome de uma antiga 
tribo celta. 
• Siluriano homenageia a tribo dos Silures, que habitava uma 
região de Gales. 
 
• Devoniano é uma homenagem a Devonshire, na 
Inglaterra onde estão expostas rochas dessa idade. 
• Carbonífero refere-se aos depósitos de carvões que se 
encontram acima das rochas devonianas. 
• Permiano foi dado porque as rochas desta idade 
situavam-se próximas à província de Perm, na Rússia. 
• Paleozóica termina com o maior evento de extinção em 
massa de todos os tempos. 
 
 
• A Era Mesozóica ("vida do meio"), inclui os períodos Triássico, 
Jurássico e Cretáceo. 
– Triássico tem a ver com a divisão em três camadas das rochas 
dessa idade na Alemanha, que se sobrepunham às rochas 
paleozóicas. 
– Jurássico faz referência às montanhas Jura, na Suíça; 
– Cretáceo vem do termo latim Creta que significa giz, relativo às 
rochas da França e Inglaterra. 
 
• Era Cenozóica significa "vida recente". 
– Ela inicia depois da grande extinção que marcou o final do 
período Cretáceo. dividida em dois períodos: Paleógeno e 
Neógeno, cada um deles contendo épocas. 
 
 
• Ao nos depararmos com a coluna do tempo geológico, com 
suas divisões já bem estabelecidas, não nos damos conta de 
todo o conhecimento geológico e biológico que foi se 
acumulando ao longo dos séculos e que possibilitou a sua 
construção. 
 
Questões para Sala 
• Como a idade das rochas pôde ser estimada? 
• Como os fósseis auxiliaram na tarefa de datação das rochas? 
• Como se chegou à ideia de uma Terra muito antiga, com 
bilhões de anos? 
• Como se chegou às idades que limitam cada período? 
O Tempo Profundo 
• Até o final do século XVIII, a ciência 
ainda era muito influenciada pela 
religião e havia a crença de que a 
Terra era jovem, com não mais do que 
6.000 anos de história. 
• Essa idade havia sido estabelecida em 
1650, pelo Arcebispo Ussher (religioso 
irlandês), que realizou um estudo 
baseando-se em todas as gerações 
apresentadas pela bíblia, desde Adão 
e Eva, e calculando seu tempo de 
duração. 
• Assim, segundo Ussher, a Terra foi 
criada no ano de 4004 a.C., no dia 23 
de outubro, um domingo. 
Nessa época havia cientistas que não aceitavam essa abordagem 
com base nas escrituras bíblicas e que tentavam entender a 
dinâmica da terra por outros meios, com base na observação das 
rochas e dos fenômenos geológicos. Foi James Hutton que 
mudou a tradicional visão de uma Terra jovem para uma Terra 
"sem vestígio de um começo, sem perspectiva de um fim". 
 
Observando formações de rochas sedimentares da Escócia, Hutton percebeu 
que estas eram produto da erosão de outras rochas, mais antigas ainda, e que 
as formações geológicas eram produtos de eventos que ocorreram na história 
do planeta em um tempo muito superior àquele apontado por Ussher. 
Assim Hutton trouxe a tona o conceito de tempo profundo, um tempo de tal 
magnitude, que foge completamente aos padrões referenciais humanos. 
 
UNIFORMITARISMO 
• As leis da natureza não 
mudam através dos tempos, 
portanto, os mesmos 
fenômenos naturais que hoje 
são observados na Terra, 
também agiram no passado. 
Reconhecimentodas 
discordâncias, que se 
caracterizam por superfícies 
erosivas separando dois 
pacotes de rochas, sendo o 
superior sempre formado por 
rochas sedimentares. 
 
 
 Essas superfícies erosivas representam um hiato de tempo 
onde pode ter ocorrido deposição de camadas que sofreram 
erosão posterior ou, então, um grande período em que não 
ocorreu deposição de sedimentos. 
 
 Assim, o reconhecimento das inconformidades trouxe 
evidências incontestáveis para o entendimento do tempo 
profundo. 
 
 Charles Lyell, já no século XIX, baseou-se no princípio do 
Uniformitarismo para escrever sua obra "Princípios da 
Geologia" (1830), assumindo que os processos geológicos 
operaram lenta e gradualmente no passado da Terra, sem a 
ocorrência de grandes catástrofes. Segundo Lyell, "o 
presente é a chave para o passado". 
Os princípios da Estratigrafia 
• Não só as estimativas de idade da Terra eram influenciadas pela Bíblia, como visto 
anteriormente, mas também os fósseis eram interpretados com base nas escrituras. 
Nesse contexto, os fósseis eram reconhecidos como restos de animais que foram 
vitimados pelo grande dilúvio universal, configurando-se como "testemunhas-chave" 
do dilúvio. 
 
• Foi a partir de estudos de alguns cientistas que não se contentavam com essas 
explicações simplistas sobre os fósseis é que esse cenário começou a se modificar. 
 
• Dentre esses cientistas podemos, 
primeiramente, citar Steno (Nicolaus 
Steno), considerado o "pai da 
estratigrafia". 
 
• Steno contribuiu de forma essencial 
no entendimento de como se dá o 
empilhamento das camadas de 
rochas sedimentares. Ele 
estabeleceu três princípios que até 
hoje continuam sendo a base da 
estratigrafia (ramo das geologia que 
estuda as sequências de camadas de 
rochas sedimentares - ou estratos - e 
a sua idade, buscando determinar os 
processos e eventos que as 
formaram). São eles: 
 
PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO 
• Em qualquer sucessão de 
estratos de rochas (que 
não tenha sofrido 
deformação), o estrato 
mais antigo posiciona-se 
mais abaixo, com os 
estratos sucessivamente 
mais jovens, 
posicionando-se acima. 
Princípio da Horizontalidade Original 
• Devido ao fato das 
partículas sedimentares 
de um fluido 
acomodarem-se sob a 
influência da gravidade, 
a maior parte das 
estratificações deve ser 
horizontal; estratos 
inclinados, portanto, 
devem ter sofrido 
perturbação posterior. 
Princípio da Continuidade Lateral 
• Estratos, originalmente, 
se estendem em todas 
as direções até que sua 
espessura chegue a 
zero, ou, então, até 
encontrarem os limites 
de sua área original ou 
bacia de deposição. 
• Steno esclareceu como as rochas sedimentares 
eram depositadas, mas não respondeu como se 
poderia saber se duas camadas de rocha com a 
mesma litologia, aflorando em duas áreas 
geográficas distintas, por exemplo, tinham ou não 
a mesma idade. 
• Vamos ilustrar esse fato com a seguinte situação: 
em uma região no sul da América do Sul, um 
geólogo encontra uma sequência de 2 m de 
rochas composta por uma camada de calcário 
sobre uma camada de arenito. Este geólogo viaja 
para o Sul da África e lá encontra camadas 
praticamente idênticas de calcário e arenito com 
a mesma espessura de 2 m.

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