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Faculdade Estácio de Sergipe - FASE Nutrição Funcional Profa. Leise N. Moreira Junho - 2017 ALERGIAS ALIMENTARES E NUTRIÇÃO FUNCIONAL INTRODUÇÃO • O organismo humano precisa de nutrientes, não de alimentos, POIS, ..., se o alimento fosse diretamente injetado na corrente sanguínea sofreríamos um choque anafilático. • O alimento é, provavelmente, a maior carga potencialmente antigênica a qual estamos expostos na vida. INTRODUÇÃO • Se consumíssemos 1 Kg de alimentos/ dia em 70 anos 25 toneladas de alimentos. • Contudo, apenas 2% das macromoléculas chegam à circulação sistêmica Ou seja, ao longo da vida cerca de 500 Kg de macromoléculas estão em circulação (≈ 20g/ dia) Resulta na chegada diária de possíveis alérgenos. TOLERÂNCIA ORAL (proteção) O sistema imune aceita a presença de macromoléculas em um estado de “não responsividade”, através do GALT . INTRODUÇÃO • CONTUDO, o processo de tolerância pode se tornar menos eficiente quando há: ▫ Redução no tempo de amamentação; ▫ Deficiência ou retardo na colonização intestinal por probióticos; ▫ Possível deficiência de alguns nutrientes, como o Zinco. Além disso, alterações comportamentais, como mudança de humor, ansiedade, depressão e síndrome do pânico têm sido observadas com > frequência em indivíduos alérgicos. INTRODUÇÃO • ASSIM, O sistema imunológico é um complexo e sofisticado mecanismo de defesa que nos protege de vírus, bactérias, parasitas, algumas substâncias químicas, pela identificação de proteínas malignas (antígenos) e criação de defesa específica nos anticorpos. • MAS, devido a individualidade bioquímica indivíduos que ingeriram a mesma PTN alimentar podem apresentar reações diferentes: ▫ Urticária, dermatite atópica, grave doença intestinal ou ausência de sintomas CLASSIFICAÇÃO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • No homem as reações aos alimentos podem ocorrer de 2 formas: ▫ Hipersensibilidade imediata (I) Relação consumo-sintoma imediata e de fácil diagnóstico. ▫ Hipersensibilidade tardia (III e IV) Diagnóstico difícil (seja clínico ou bioquímico); Leva ao uso de medicamentos (corticóides, anti- inflamatórios, anti-histamínicos, psicotróficos e outros) que cronificam ou agravam a doença; Perda de anos de vida saudável Causa não tratada. CLASSIFICAÇÃO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • As reações imunológicas de hipersensibilidade são divididas pelo mecanismo imunológico envolvido, de acordo com a classificação de Gell e Coombs. • A classificação não é específica para alimentos mas para todo e qualquer tipo de “corpo” ao qual o nosso sistema imune reage. ▫ Ex.: Pólen, MOS, tecido enxertado, célula tumoral. CLASSIFICAÇÃO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • Tipo I ▫ Sinonímia: Imediata Reações de início imediato ou os sintomas surgem em até 8 h após a exposição ao alérgeno; Anafilática Pode causar hipotensão e até choque. É potencialmente fatal se não tratada imediatamente. ▫ Principais células envolvidas: Mastócitos, basófilos e eosinófilos. ▫ Imunoglobulina: IgE Gera uma ligação cruzada que leva à inflamação do tecido. CLASSIFICAÇÃO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • Tipo II ▫ Sinonímia: Citotóxica, citolítica, dependente de anticorpos e complemento; Semi-retardada ▫ Principais células envolvidas: Linfócitos T (K e Tc) polimorfonucleares e macrófagos. ▫ Imunoglobulina: IgG – IgM Reagem contra o antígeno aderido à célula do tecido provocando sua destruição. Ex.: Tireoidite de Hashimoto (anticorpos contra tireoide), Miastenia Gravis (anticorpos contra receptores da acetilcolina). CLASSIFICAÇÃO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • Tipo III ▫ Sinonímia: Imunocomplexo mediada Promovem destruição tecidual. ▫ Principais células envolvidas: Linfócitos polimorfonucleares e plaquetas. ▫ Imunoglobulina: IgG – IgM Gera uma ligação cruzada que leva à inflamação do tecido. CLASSIFICAÇÃO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • Tipo IV ▫ Sinonímia: Hipersensibilidade retardada, tardia, mediada por células ou imunidade celular mediada por Linfócitos T. ▫ Principais células envolvidas: Linfócitos T e macrófagos monócitos. ▫ Imunoglobulina: NÃO HÁ A reação clínica aparece entre 24 até 96 horas após contato com o alérgeno. Ex.: Síndromes enteropáticas induzidas por PTN (APLV), doença celíaca e dermatite herpetiforme (glúten) CONCEITOS • ALERGIA ALIMENTAR ▫ São as reações adversas aos alimentos (RAA) não tóxicas ou hipersensibilidades alimentares que incluem uma grande variedade de manifestações clínicas resultante da ingestão de um alimento, envolvendo mecanismos imunológicos. ▫ São reações adversas mediadas pelo sistema imunológico que incluem reações onde há ou não a intermediação da IgE, mas sempre há envolvimento celular. CONCEITOS • ALÉRGENOS ALIMENTARES ▫ São PTNs mal digeridas ou uma molécula ligada à PTN alimentar que é identificada como um “corpo estranho” e possuem propriedades físico-químicas favoráveis para o desencadeamento do processo alérgico. • Reações tóxicas ▫ Mimetizam as hipersensibilidades alimentares e ocorrem tipicamente devido a fatores próprios do alimento, como agentes tóxicos que pode afetar a maioria dos indivíduos se consumidas em doses suficientes ▫ Ex.: histamina em alguns peixes ou tiramina em queijos envelhecidos. CONCEITOS • Envolve o sistema imunológico, características intrínsecas da proteína alimentar e características do órgão alvo. • Principais alimentos alergênicos (PTN de difícil digestão): ▫ Leite de vaca, leite de cabra, soja, trigo (glúten), ovo, peixe e frutos do mar, milho e cítricos. • Estas reações podem ser o resultado de uma: ▫ Intolerância alimentar (hipersensibilidade não alérgica); ▫ Hipersensibilidade/ Alergia alimentar (alergia alimentar). CONCEITOS • Intolerâncias alimentares ▫ São respostas adversas causadas por características fisiológicas únicas do hospedeiro, sem o envolvimento de qualquer mecanismo imunológico. ▫ Ex.: Deficiência de lactase DESENVOLVIMENTO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • Predisposição genética (expressa 75% pelo fenótipo) • Tipo de antígeno, dose e porta de entrada • Competência do S. imunie • Integridade orgânica funcional • Equilíbrio nutricional Reações adversas aos alimentos Tóxicas Não Tóxicas Independem da suscetibilidade individual Intolerâncias: Não mediadas pelo S. imune Alergias: Mediadas pelo S. imune -Intolerância à lactose - Distúrbios de destoxificação - Reações a aditivos químicos Resposta celular: Macrófagos e cél. T citotóxicas Resposta humoral: -IgA, IgD, IgE, IgG e IgM FATORES QUE FAVORECEM AS HIPERSENSIILIDADES ALIMENTARES • Alterações na integridade do trato gastrointestinal (causa e consequência de alergias alimentares, iniciando um ciclo vicioso); • Consumo regular de CHOs refinados e aditivos químicos; • Consumo regular de fatores antinutricionais (ex.: excesso de cafeína, álcool, açúcar, ...); • Deficiência de enzimas digestivas, hipocloridria ou acloridria; • Alérgenos alimentos (individual); • Infecções (por parasitas, bactérias, fungos, leveduras); FATORES QUE FAVORECEM AS HIPERSENSIILIDADES ALIMENTARES • Alta quantidade de EROs; • Carências nutricionais (folato, Zn, Vit. A, E, B12, B6, B5, D, Mg, L-glutamina e outros);• Anti-inflamatórios não esteroidais, corticosteroides, anticoncepcionais, antibióticos, laxantes, quimioterápicos; • Falta de ingestão mínima de legumes, verduras e frutas (400 g/dia) recomendada pela OMS, assim como, cereais integrais e leguminosas Fontes de fibras prebióticas. SINAIS, SINTOMAS E CONDIÇÕES CLÍNICAS • IMPORTANTE: Nos quadros clínicos de alergia alimentar não há especificidade de sintomas e sinais. • Doenças alérgicas, metabólicas, processos inflamatórios e distúrbios da motilidade gastrintestinal Sinais e sintomas semelhantes. SINAIS, SINTOMAS E CONDIÇÕES CLÍNICAS • Condições clínicas associadas às hipersensibilidades alimentares. Mecanismo/Alvo Condições clínicas Mediadas por IgE e células Gastrintestinal Esofagite eosinofílica alérgica, gastrenterite eosinofílica alérgica Cutâneos Dermatite atópica Respiratórios Asma Mediadas por células Gastrintestinal Enterocolite induzida por PTNs alimentares, proctocolite induzida por PTNs alimentares, síndromes de enteropatias induzidas por PTNs alimentares, doença celíaca Cutâneos Dermatite de contato, dermatite herpetiforme SINAIS, SINTOMAS E CONDIÇÕES CLÍNICAS • Sintomas de alergias alimentares. SISTEMA-ALVO SINTOMAS Gastrintestinal Dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreias, sangramento gastrintestinal, prurido oral e faríngeo. Cutâneo Urticárias, eczemas, angioedema, eritema, coceira. Respiratório Rinite, asma, tosse. Outros Mudanças de comportamento, enxaquecas, distúrbios psiquiátricos e neurológicos. SINAIS, SINTOMAS E CONDIÇÕES CLÍNICAS • Sintomas clínicos da alergia alimentar tardia ▫ Sintomas gastrintestinais (Cólicas, náuseas, eructações e flatulência); ▫ Refluxo esofágico em lactentes; ▫ Constipação intestinal crônica; ▫ Síndrome do intestino irritável; ▫ Desordens cutâneas (urticária aguda e dermatites); ▫ Distúrbios de ansiedade, depressão, déficit de memória e síndrome do pânico DIAGNÓSTICO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • Fundamenta-se em três pontos. ▫ Suspeita diagnóstica de acordo com as manifestações clínicas obtidas em detalhada anamnese e exame físico; ▫ Realização da dieta de eliminação dos alimentos suspeitos, proporcionando plena recuperação clínica ao paciente (desaparecimento das manifestações clínicas); ▫ Teste de desencadeamento positivo confirmando o diagnóstico de alergia alimentar DIAGNÓSTICO DIFÍCIL. DIAGNÓSTICO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • Alergia imediata ▫ Teste cutâneo alérgico de puntura; ▫ Medição dos títulos de IgE alimentos-específicos; ▫ Medição de IgG • Hipersensibilidade tardia ▫ Ainda não há um método diagnóstico absoluto ▫ Diagnóstico mais difícil. TESTE DIETÉTICO Padrão ouro DIAGNÓSTICO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • Se houverem sintomas gastrointestinais presentes e o paciente apresentar um dos muitos sintomas típicos de alergia alimentar tardia, deve ser aplicado um questionário específico; • Diário de registro alimentar auxiliar na busca por dados; • Os testes de eliminação e desafio oral alimentar têm sido “padrão ouro” para alergias tardias e são precisos em mãos treinadas. DIAGNÓSTICO DAS ALERGIAS ALIMENTARES • Questões fundamentais que devem ser consideradas no diagnóstico de alergia alimentar tardia: ▫ Você faz uma refeição completa no meio do dia, como um almoço, em restaurante? Se sim, você costuma apresentar cansaço uma a duas horas após esta refeição? ▫ Você tem uma tosse seca? Quantas vezes você tosse em 24h? ▫ Você apresenta flatulência, eructação, distensão abdominal ou cólica, após à refeições? ▫ Você tem necessidade de limpar a garganta? Com que frequência? Quantas vezes por dia? TRATAMENTO • ETAPAS: ▫ Dieta de eliminação (período de eliminação) ▫ Desafio (Período de reintrodução dos alimentos) • Para auxiliar deve ser aplicado questionário pelo entrevistador (mas o paciente é quem preenche) antes do período de eliminação; Após este período Aplicar novamente + exame físico e clínico. O questionário é + utilizado na dieta de eliminação modificada DIETAS DE ELIMINAÇÃO • O diagnóstico definitivo e o tratamento das alergias alimentares tardias depende de testes dietéticos envolvendo a eliminação do alimento suspeito e a observação da melhora dos sintomas. • Dieta de eliminação: ▫ Ferramenta valiosa para o diagnóstico; ▫ Baixo custo ▫ Pode ser repetida quantas vezes forem necessárias; ▫ Os alimentos suspeitos são eliminados por pelo menos 2 semanas ou até que os sintomas desapareçam; ▫ Se os sintomas não desaparecerem implementar dietas mais restritivas, omitindo leite de vaca, ovos, trigo e outros alérgenos comuns. DIETAS DE ELIMINAÇÃO • Ocorre em 2 estágios. Dieta de Eliminação 1 – Isenta de leite, ovos e trigo. Permitidos Evitar PTN de origem animal Ovelha, frango, peru, porco, gado Leite de vaca, ovos PTN de origem vegetal Bebidas à base de soja, soja, lentilhas, amendoim, outros feijões ----- Grãos e outros amidos Batata inglesa, batata-doce, inhame, arroz, tapioca, milho, aveia, centeio, cevada Trigo Vegetais Todos os vegetais ----- Frutas Todas as frutas e sucos ----- Açúcares Açúcar de cana, xarope de milho ----- Óleos e gorduras Todos os óleos e margarinas sem leite Manteigas e margarinas com leite Outros Sal e todos os temperos ----- DIETAS DE ELIMINAÇÃO Dieta de Eliminação 2 – Restrita. Permitidos Evitar PTN de origem animal Ovelha Todas as outras PTNs de origem animal: gado, peixes, leite de vaca, ovos e frango PTN de origem vegetal ----- Bebidas à base de soja, soja, lentilhas, amendoim, outros feijões Grãos e outros amidos Batata inglesa, batata-doce, inhame, arroz, tapioca Trigo, milho, aveia, centeio, cevada Vegetais Todos os vegetais, exceto milho, tomate e ervilhas Milho, ervilha e tomate Frutas Todas as frutas e sucos, exceto frutas cítricas e morango Frutas cítricas e morangos Açúcares Açúcar de cana Xarope de milho Óleos e gorduras Óleo de girassol, arroz, côco, oliva e gergelim Manteiga, margarina, óleo de soja, óleo de milho, óleo de amendoim Outros Sal e todos os temperos Chocolate, café, chás, colas e outras refrigerantes, bebidas alcoólicas, amido de milho DIETAS DE ELIMINAÇÃO MODIFICADA • Os alimentos a serem eliminados são os que apresentam maior incidência de reações alimentares tardias; • Todos os alimentos são eliminados de forma simultânea, por um período mínimo de 30 dias, não sendo superior a 60 dias; • Cuidadosa avaliação exame físico deve ocorrer para indivíduos submetidos à dieta. DIETAS DE ELIMINAÇÃO MODIFICADA Dieta de Eliminação Modificada. Grupo de alimento Evitar Permitidos Leite e derivados Todos os laticínios de vaca, cabra ou ovelha Substitutos do leite, bebida à base de soja, arroz, amêndoas Principais fontes de CHOs Trigo, aveia, centeio, cevada, malte, milho Arroz, batata-doce, batata inglesa, polvilho, aipim Carnes/ Leguminosas Conforme avaliação individual, carnes habitualmente consumidas, embutidos e leguminosas mais consumidas Peixes de mar, ovos, feijões, ervilha partida, lentilhas, grãos de bico, soja Verduras Tomate Todas as demais Frutas Cítricas (laranja, limão, tangerina,toranja, lima) e morango Todas as demais Sementes oleaginosas Amendoim, pistaches e castanha do Brasil Amêndoas, castanha de caju, linha,a noz pecã, gergelim, semente de abóbora, semente de girassol, noz comum Gorduras e óleos Margarina, manteiga, molhos prontos, óleo de girassol e milho Óleos refinados: canola, soja, arroz; não refinados: oliva, gergelim, linhaça e os demais Açúcares Açúcar refinado ou mascavo, mel, xarope de milho e adoçantes artificiais Stévia e frutose Bebidas Café, chá preto, chá mate, chá da Índia, álcool, refrigerantes, cacau Água, sucos de frutas, outros chás REINTRODUÇÃO DOS ALIMENTOS • Podem ser reintroduzidos em grupos ou individualmente; ▫ Ex.: Laticínios (todos juntos) OU Leite ou iogurte ou manteiga (suspeita de reações distintas). • Na reintrodução: ▫ Cada alimento ou grupo de alimentos semelhantes devem ser consumidos pelo menos 3 X no mesmo dia, em porções usuais; ▫ Mais 3 dias de dieta de eliminação modificada (rigorosa); ▫ Após resolução clínica dos sintomas surgidos, reintroduzir um novo alimento ou grupo alimentar, mantendo o mesmo processo até o final. ▫ INTERVALO ENTRE UM ALIMENTO E OUTRO: 4 dias. REINTRODUÇÃO DOS ALIMENTOS • Havendo alguma reação duvidosa a algum alimento/ grupo de alimentos testados Repetir a dieta ao final de todas as reintroduções • Neste momento pode ser interessante Separar os alimentos dos seus grupos ▫ Ex.: Se na 1ª. etapa já testou cereais com glúten, na 2ª. etapa executar testes individuais para o trigo, centeio, aveia, cevada, triticale e malte. • Apesar de mais complexo, esse processo tem si revelado suficientemente sensível para solucionar a maioria dos problemas ligados a hipersensibilidade e alergias alimentares tardias. DIETA DE ROTAÇÃO • Indicada para o manejo a longo prazo de indivíduos atópicos. • OBJETIVOS: ▫ Eliminar alimentos altamente alergênicos (durante período inicial, variável); ▫ reduzir a ingestão dos alimentos moderadamente/ levemente alergênicos (definidos pelos níveis de IgG4 específica ou conforme teste cutâneo); ▫ tornar a alimentação (+) variada e (-) alergênica; ▫ Contribuir para a melhora clínica do indivíduo. DIETA DE ROTAÇÃO • PROPOSTA: ▫ Elaboração de 4 cardápios que devem ser seguidos sempre na ordem proposta, de forma que os alimentos tenham o seu consumo repetido a cada 5 dias. ▫ Possibilitar um descanso ao sistema imunológico, ↓ a carga do alérgeno no organismo. • A rotação é elaborada de acordo com a família botânica a que pertencem os alimentos: ▫ Membros da mesma família aos quais não se tenha alergia Consumir a cada 2 dias; ▫ Membros da mesma família aos quais se tenha alergia Consumir 1X no período de 4 dias. DIETA DE ROTAÇÃO • Classificação biológica dos alimentos: Família Membros Família da maçã Maçã, pera, marmelo, nêspera Família da banana Banana Família da uva Uva, vinho, vinagre de vinho, uva passa Família da cebola Cebola, alho, aspargos, alho poro, salsaparrilha, aloe vera Família do espinafre Espinafre, beterraba, açúcar da beterraba, quinua Família das margaridas Alface, chicória, endívias, escarola, alcachofra, girassol, camomila, stévia Família do louro Canela, louro, abacate, sassafrás Família das carnes 1 – Vitela, cordeiro, cabra, búfalo, boi, vaca 2 – Porco, presunto, bacon javali, carneiro Família dos crustáceos Siri, camarão, lagosta Família do leite Leite de vaca, caseína, leite de cabra, leite de ovelha Família do chá Chá preto, chá verde Família dos fungos Cogumelos, vinagres e leveduras (todas) DIETA DE ROTAÇÃO Dia1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Grãos (selecionar uma variedade) Amaranto, arroz selvagem e espelta Tapioca, milho, aveia Quinua, painço, arroz Farinha de batata, trigo sarraceno Vegetais (selecionar 3 a 5 vegetais de coloração diferentes) Verdes: alcachofra, erva- doce, abacate, aipo Folha verdes: acelga, endívia, dente-de-leão, alface Vermelha/ laranja/ amarelo: abóbora e cenoura Branco/ roxa: broto de bambu, alcachofra de Jerusálem, couve-flor, beterraba Verdes: repolho, couve- de-Bruxelas, couve- rábano, aipo Folhas verdes: escarola, couve, alface Vermelha/ laranja/ amarelo: abóbora, milho Branco/ roxa: cogumelo, rábano silvestre, radicchio Verdes: Pepino, aspargo, cebola verde Folhas verdes: mostarda, algas, alface romana, nabo verde Vermelha/ laranja/ amarelo: abóbora, batata-doce, tomate Branco/ roxa: castanha, repolho roxo Verdes: Quiabo, nabo, brotos Folhas verdes: espinafre, folha de beterraba, agrião Vermelha/ laranja/ amarelo: cará Branco/roxa: ruibarbo, cebola, batata Frutas (selecionar de 2 a 4 frutas diferentes) Melão, romã, laranja, coco, cereja, abacaxi, amora, maçã Oxicoco, framboesa, damasco, melão, goiaba, uva, figo, nectarina Kiwi, nêspera, pêra, manga, tangerina, toranja Ameixa, morango, melancia, papaia, banana, damasco, pêssego DIETA DE ROTAÇÃO Dia1 Dia 2 Dia 3 Dia 4 Feijões e leguminosas Azuki, ervilha, feijão branco, ervilha torta Feijão mung, feijão fava, feijão verde, feijão branco, lentilha, grão de bico Feijão lima, alfarrouba, ervilha verde Feijão preto, feijão roxo, feijão rajado, amendoim Peixes e frutos do mar Anchovas, marisco, linguado, siri, carpa, bacalhau Mexilhão, ostra, mahi mahi Truta, atum, sardinha, camarão Bacalhau, pescada, lagosta, truta, cavala Sementes Gergelim, nozes, castanha de caju Avelã Semente de abóbora, pistache, noz pecan Macadâmia, girassol, amêndoa Leite e derivados ---------- Leite de aveia Queijo de arroz Leite de amêndoa Aves e carnes Carne de frango, cordeiro, fígado, bovino Carne de pato, fígado de frango, bife de carne bovina Carneiro e presunto Peru, carne suína, carne de vitela Condimentos Pimenta caiena ou branca, mostarda, sálvia, louro, canela, salsa Melaço, mel, erva- doce, lima, cominho, gengibre, dill Manjerona, açafrão, tomilho, cravo, chá, café, alho, orégano, noz- moscada Estragão, manjericão, alecrim, baunilha, cebolinha, pimenta preta REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • PASCHOAL, V. Nutrição Clínica Funcional: dos princípios à prática. São Paulo: Valéria Paschoal Editora Ltda., p. 320, 2007.
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