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RESUMO DE DIREITO CONSTITUCIONAL

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RESUMO DE CONSTITUCIONAL
AULA 25/07
DIREITOS POLITICOS
 Democracia semidireta ou pticipativa
Os direitos políticos nada mais são que instrumentos por meio dos quais a CF
garante o exercício da soberania popular, atribuindo poderes aos cidadãos para interferirem
na condução da coisa pública, seja direta, seja indiretamente.
A democracia participativa ou semidireta assimilada pela CF/88 (arts. 1.º, parágrafo
único, e 14) caracteriza -se, portanto, como a base para que se possa, na atualidade,
falar em participação popular no poder por intermédio de um processo,
no caso, o exercício da soberania que se instrumentaliza por meio do plebiscito, referendo,
iniciativa popular, bem como pelo ajuizamento da ação popular.
A diferença está no momento da consulta: a) no plebiscito, a consulta é prévia,
sendo convocado com anterioridade ao ato legislativo ou administrativo, cabendo ao
povo, por meio do voto, aprovar ou denegar o que lhe tenha sido submetido à apreciação.
Ou seja, primeiro consulta -se o povo, para depois, só então, a decisão política ser
tomada, ficando o governante condicionado ao que for deliberado pelo povo; b) por
outro lado, no referendum, primeiro se tem o ato legislativo ou administrativo, para, só
então, submetê -lo à apreciação do povo, que o ratifica (confirma) ou o rejeita (afasta).
Sufrágio é o direito de votar e ser votado.( é o núcleo dos direitos políticos, é a participação do povo através do estado ,como o voto que é um instrumento para o exercício do sufrágio e é universal pois naotem requisitos discriminatórios.)
Voto é o ato por meio do qual se exercita o sufrágio, ou seja, o direito de votar
e ser votado.
DIREITO POLÍTICO POSITIVO (DIREITO DE SUFRÁGIO)
Como núcleo dos direitos políticos, surge o direito de sufrágio, que se caracteriza
tanto pela capacidade eleitoral ativa (direito de votar, capacidade de ser eleitor, alistabilidade)
como pela capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado, elegibilidade).
 Capacidade eleitoral ativa
O exercício do sufrágio ativo dá -se pelo voto, que pressupõe: a) alistamento eleitoral
na forma da lei (título eleitoral); b) nacionalidade brasileira (portanto, não podem
alistar -se como eleitores os estrangeiros — art. 14, § 2.º); c) idade mínima de 16 anos
(art. 14, § 1.º, II, “c”); e d) não ser conscrito10 durante o serviço militar obrigatório.
O direito de sufrágio é a essência do direito político, expressando-se pela capacidade de eleger e de ser eleito. Assim, o direito de sufrágio apresenta-se em seus dois aspectos: 
• capacidade eleitoral ativa (direito de votar - alistabilidade)
 • capacidade eleitoral passiva (direito de ser votado - elegibilidade). 
É importante ressaltar que os direitos políticos compreendem o direito de sufrágio, como seu núcleo, e este, por sua vez, compreende o direito de voto.
O sufrágio é universal quando o direito de votar é concedido a todos os nacionais, independentemente de fixação de condições de nascimento, econômicas, culturais. O sufrágio, por outro lado, será restrito quando o direito de voto é concedido em virtude da presença de determinadas condições especiais possuídas por alguns nacionais.
Assim, o alistamento eleitoral e o voto são, de acordo com o art. 14, § 1.º, I e II,
“a”, “b” e “c”:
OBRIGATORIOS: maiores de 18 e menores de 70 anos de idade.
FACULTATIVOS
FACULTATIVOS: maiores de 16 e menores de 18 anos de idade; analfabetos; maiores de 70 anos de idade.
O voto, então, é direto, secreto, universal, periódico, livre, personalíssimo e com
valor igual para todos, nos seguintes termos:
Direto, no sentido de que o cidadão vota diretamente no candidato, sem qualquer
intermediário. Excepcionalmente, porém, existe uma única hipótese de eleição
indireta no Brasil, já estudada no capítulo sobre o Poder Executivo (art. 81, § 1.º),
qual seja, quando vagarem os cargos de Presidente e Vice -Presidente da República
nos últimos 2 anos do mandato. Nessa situação excepcional, a eleição para ambos
os cargos será feita pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
Secreto, na medida em que não se dá publicidade da opção do eleitor, mantendo-a em sigilo absoluto.
Universal, já que o seu exercício não está ligado a nenhuma condição discriminatória,
como aquelas de ordem econômica (ter ou não certa renda),intelectual (ser ou não alfabetizado), as concernentes a nome, família, sexo, cor,religião. O voto no Brasil, portanto, não é restrito, por não ser censitário (qualificação econômica) nem capacitário (capacitações especiais,notadamente de natureza intelectual).
Periódico, já que a democracia representativa prevê e exige mandatos por
prazo determinado.
Livre, pois a escolha pode dar -se por um ou outro candidato, ou, se preferir,
poderá anular o voto ou depositar a cédula em branco na urna. A obrigatoriedade
está em comparecer às urnas, depositando a cédula ou, mais comumente,
votando na urna eletrônica, e assinando a folha de votação.
Personalíssimo, no sentido de se vetar a votação por procurador. O voto é
exercido pessoalmente pelo cidadão, sendo identificado pelo título eleitoral.
Igualitário, decorrente do princípio one man one vote — “um homem um
voto”, o voto deve ter valor igual para todos, independentemente da cor, sexo,
situação econômica, social, intelectual etc.
Convém lembrar que o constituinte originário, elevando à categoria de cláusulas
pétreas, inadmitiu qualquer proposta de emenda à Constituição tendente a abolir o
voto direto, secreto, universal e periódico (art. 60, § 4.º, II).
Obrigatório ( Alexandre de morais diz que é obrigatório comparecimento )
Capacidade eleitoral passiva
A capacidade eleitoral passiva nada mais é que a possibilidade de eleger -se, concorrendo
a um mandato eletivo. O direito de ser votado, no entanto, só se torna absoluto se o
eventual candidato preencher todas as condições de elegibilidade para o cargo ao qual
se candidata e, ainda, não incidir em nenhum dos impedimentos constitucionalmente
previstos, quais sejam, os direitos políticos negativos, que veremos mais adiante.
Condições de elegibilidade( direitos políticos positivos)
Elegibilidade é a capacidade eleitoral passiva consistente na possibilidade de o cidadão pleitear determinados mandatos políticos, mediante eleição popular, desde que preenchidos certos requisitos. Não basta possuir capacidade eleitoral ativa (ser eleitor) para adquirir a capacidade eleitoral passiva (poder ser eleito). A elegibilidade adquire-se por etapas segundo faixas etárias (art. 14, § 3a, VI, a até d). São condições de elegibilidade (Cf, art. 14, § 3a): 
■ Nacionalidade brasileira o u condição de português equiparado: só o nacional e o português equiparado têm acesso ao alistamento, que é pressuposto necessário para a capacidade eleitoral passiva. A constituição, porém, reservou para alguns cargos (CF, art. 12, § 3a) a exigência da nacionalidade originária. 
• Pleno exercício dos direitos políticos: aquele que teve suspenso ou perdeu seus direitos políticos não exercerá a capacidade eleitoral passiva. 
• Alistamento eleitoral: comprovado pela inscrição eleitoral obtida no juízo eleitoral do domicílio do alistando, e p>or parte do candidato, com o seu título de eleitor. 
• Domicílio eleitoral na circunscrição: o eleitor deve ser domiciliado no local pelo qual se candidata, por período que será estabelecido pela legislação infraconstitucional. 
■ Filiação partidária: ninguém pode concorrer avidso sem partido político (CF, art. 17). A capacidade eleitoral passiva exige prévia filiação partidária, uma vez que a democracia representativa consagrada pela Constituição de 1988 inadmite candidaturas que não apresentem a intermediação de agremiações políticas constituídas na forma do art. 17 da Constituição Federal.
• Idade mínima: Entendemos que a idade mínima, por ser condição de elegibilidade, deverá ser preenchida na data do certame eleitoral e não do alistamento, do registro ou da posse.3 Ocorre, porém, que o § 2o, do art. 11, da Lei no 9.504/97, estabeleceucomo prazo fatal para completar a idade mínima a data de posse, e não o momento da eleição,4 passando a ser o posicionamento do Tribunal Superior Eleitoral.
O art. 14, § 3.º, estabelece como condições de elegibilidade, na forma da lei:
nacionalidade brasileira;
pleno exercício dos direitos políticos;
alistamento eleitoral;
domicílio eleitoral na circunscrição;
filiação partidária;
idade mínima de acordo com o cargo ao qual se candidata
No tocante ao requisito da idade, essa condição de elegibilidade inicia -se aos 18
anos, terminando aos 35 anos, conforme se observa pelas regras abaixo transcritas:
18 anos para Vereador;
21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito,
Vice -Prefeito e Juiz de paz;
30 anos para Governador e Vice -Governador de Estado e do Distrito Federal;
35 anos para Presidente, Vice -Presidente da República e Senador.
*lembrando que não tem idade máxima para se candidatar*
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
Os direitos políticos negativos correspondem às previsões constitucionais que restringem o acesso do cidadão à participação nos órgãos governamentais, por meio de impedimentos às candidaturas. Dividem-se em regras sobre inelegibilida.de e normas sobre perda e suspensão dos direitos políticos.
Ao contrário dos direitos políticos positivos, os direitos políticos negativos
individualizam -se ao definirem formulações constitucionais restritivas e impeditivas
das atividades político -partidárias, privando o cidadão do exercício de seus direitos
políticos, bem como impedindo -o de eleger um candidato (capacidade eleitoral ativa)
ou de ser eleito (capacidade eleitoral passiva). Comecemos pelas inelegibilidades
para depois analisarmos as situações em que os direitos políticos ficam suspensos
ou são perdidos (privação dos direitos políticos).
 
Inelegibilidades (pode votar mas não pode ser votado, não pode se candidatar, privam o sujeito)
A inelegibilidade consiste na ausência de capacidade eleitoral passiva, ou seja, da condição de ser candidato e, consequentemente, poder ser votado, constituindo-se, portanto, em condição obstativa ao exercício passivo da cidadania. Sua finalidade é proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta, conforme expressa previsão constitucional (art. 14, § 9a).
As inelegibilidades são as circunstâncias (constitucionais ou previstas em lei
complementar) que impedem o cidadão do exercício total ou parcial da capacidade
eleitoral passiva, ou seja, da capacidade de eleger -se. Restringem, portanto, a elegibilidade
do cidadão.
Conforme estabelece o art. 14, § 9.º, as inelegibilidades buscam proteger a probidade
administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida
pregressa do candidato e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência
do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na
administração direta ou indireta.
As inelegibilidades estão previstas tanto na CF (art. 14, §§ 4.º a 8.º), normas estas
que independem de regulamentação infraconstitucional, já que de eficácia plena
e aplicabilidade imediata, como em lei complementar, que poderá estabelecer outros
casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação.
As inelegibilidades podem ser absolutas (impedimento eleitoral para qualquer
cargo eletivo, taxativamente previstas na CF/88) ou relativas (impedimento eleitoral
para algum cargo eletivo ou mandato, em função de situações em que se encontre o
cidadão candidato, previstas na CF/88 — art. 14, §§ 5.º a 8.º — ou em lei complementar— art. 14, § 9.º).
Inelegibilidade absoluta 
A inelegibilidade absoluta consiste em impedimento eleitoral para qualquer cargo eletivo. O indivíduo que se encontrar em uma das situações descritas pela Constituição Federal como de inelegibilidade absoluta não poderá concorrer a eleição alguma, ou seja, não poderá pleitear nenhum mandato eletivo. Refere-se, pois, à determinada característica da pessoa que pretende candidatar-se, e não ao pleito ou mesmo ao cargo pretendido. A inelegibilidade absoluta é excepcional e somente pode ser estabelecida, taxativ amente, pela própria Constituição Federal. São os seguintes casos: 
• Inalistáveis: a elegibilidade tem como pressuposto a alistabilidade (capacidade eleitoral ativa); assim, todos aqueles que não podem ser eleitores, não poderão ser candidatos.
 • Analfabetos: apesar da possibilidade de alistamento eleitoral e do exercício do direito de voto, o analfabeto não possui capacidade eleitoral passiva.
 Inelegibilidade relativa 
As inelegibilidades relativas, diferentemente das anteriores, não estão relacionadas com determinada característica pessoal daquele que pretende candidatar-se, mas constituem restrições à elegibilidade para certos pleitos eleitorais e determinados mandatos, em razão de situações especiais existentes, no momento da eleição, em relação ao cidadão. O relativamente inelegível possui elegibilidade genérica, porém, especificamente em relação a algum cargo oufunção eletiva, no momento da eleição, não poderá candidatar-se. A inelegibilidade relativa pode ser dividida em: 
• por motivos funcionais; 
• por motivos de casamento, parentesco ou afinidade;
 • dos militares; 
• previsões de ordem legal
Por motivos funcionais 
Para o mesmo cargo (CF, art. 14, § 5® - com redação dada pela Emenda Constitucional n° 16, de 4-6-1997) A Emenda Constitucional na 16, de 4-6-1997, alterou tradição histórica do direito constitucional brasileiro instituindo a possibilidade de reeleição para o chefe do Poder Executivo federal, estadual, distrital e municipal. Desde a primeira Constituição republicana, de 24 de fevereiro de 1891, até a atual Constituição Federal, de 1988, o sistema político-constitucional brasileiro jamais admitiu a possibilidade do detentor de mandado executivo se candidatar a reeleição. O art. 43 da Constituição de 1891 estabelecia que “o Presidente exercerá o cargo por quatro anos, não podendo ser reeleito para o período presidencial imediato”. 14, § 5Q (“São inelegíveis para os mesmos cargos, no período subsequente, o Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído nos seis meses anteriores ao pleito”)
Tal tradição em nosso ordenamento constitucional visava não só afastar o perigo da perpetuidade da mesma pessoa na chefia da Nação, por meio de sucessivos mandatos, mas também evitar o uso da máquina administrativa por parte do Chefe do Executivo, na busca de novos mandatos. A Emenda Constitucional na 16, de 4-6-1997, portanto, veio alterar a disciplina histórica de inelegibilidades relativas, alterando o art. 14, § 5°, que passou a ter a seguinte redação: “O presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente.” Importante ressaltar a espécie de reeleição adotada pela EC nQ 16/97, dentre as demais existentes em ordenamentos jurídicos comparados. O legislador reformador brasileiro, ao permitir a reeleição para um único período subsequente, manteve na Constituição Federal uma inelegibilidade relativa por motivos funcionais para o mesmo cargo, pois os chefes do Poder Executivo, Federal, Estadual, Distrital e Municipal, não poderão ser candidatos a um terceiro mandato sucessivo.
mandato do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva — 2003 -2006), se candidatasse e se
reelegesse para um terceiro mandato (2007 -2010), porém, como visto, não sucessivo
(como todos sabem, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito para um novo
mandato subsequente).
 Para outros cargos 
(CF, art. 14, § 6°) São inelegíveis para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os governadores de Estado e do Distrito Federal e os prefeitos que não renunciarem aosrespectivos mandatos até seis meses antes do pleito. Trata-se de norma disciplinadora da desincompatibilização dos chefes do Poder Executivo. Conforme salienta Celso de Mello: “A exigência da desincompatibilização, que se atende pelo afastamento do cargo ou função, só existe para aqueles que, por força de preceito constitucional ou legal, forem considerados inelegíveis. Inexistindo a inelegibilidade, não há que se cogitar de desincompatibilização.” Assim, para que possam candidatar-se a outros cargos, deverá o Chefe do Poder Executivo afastar-se definitivamente, por meio da renúncia. O Tribunal Superior Eleitoral entende que o Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão candidatar-se a outros cargos preservando os seus mandatos respectivos, desde que, nos seis meses anteriores ao pleito não tenham sucedido ou substituído o titular
Resta saber se a expressão “outros cargos” se aplica somente a cargos diversos
(diferentes, “outros”), ou se engloba, também, a reeleição para o mesmo cargo, por
exemplo, a reeleição do Presidente da República. Teria ele de renunciar 6 meses antes
do pleito para concorrer ao mesmo cargo?
Entendemos que sim, pela própria natureza e finalidades das inelegibilidades,
quais sejam, a proteção da probidade administrativa, a moralidade para o exercício
do mandato, contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função,
cargo ou emprego na administração (art. 14, § 9.º).15
CUIDADO: esse não é o entendimento do STF, que se manifestou no sentido de
que a desincompatibilização deve dar -se somente para a candidatura a outros cargos, diversos, diferentes. Para a reeleição, os Chefes do Executivo não precisam,
portanto, renunciar 6 meses antes do pleito.
Por motivos de casamento, parentesco ou afinidade3 São inelegíveis, no território de circunscrição (a Constituição Federal usa a terminologia jurisdição) do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito,4 salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. É a denominada inelegibilida.de reflexa, cuja finalidade é “impedir o monopólio do poder político por grupos hegemônicos ligados por laços familiares”
Como o próprio texto constitucional expressamente prevê, a inelegibilidade reflexa incide sobre os cônjuges, parentes e afins dos detentores de mandatos eletivos da chefia do executivo, e não sobre seus vices6 ou auxiliares (Ministros, Secretários de Estado ou do Município). Assim, já decidiu o Tribunal Superior Eleitoral que a norma constitucional.
não inclui a inelegibilidade dos parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, de Ministros de Estado.1 A norma constitucional traz duas regras para a inelegibilidade reflexa: uma como norma geral e proibitiva e outra como norma excepcional e permissiva.
• Norma ger ale proibitiva: a expressão constitucional no território da jurisdição significa que o cônjuge, parentes e afins até segundo grau do prefeito municipal não poderão candidatar-se a vereador e/ou prefeito do mesmo município; o mesmo ocorrendo no caso do cônjuge, parentes ou afins até segundo grau do governador, que não poderão candidatar-se a qualquer cargo no Estado (vereador ou prefeito de qualquer município do respectivo Estado; deputado estadual e governador do mesmo Estado; e ainda, deputado federal e senador nas vagas do próprio Estado, pois conforme entendimento do Tribunal Superior Eleitoral, “em se tratando de eleição para deputado federal ou senador, cada Estado e o Distrito Federal constituem uma circunscrição eleitoral”);3 por sua vez, o cônjuge, parentes e afins até segundo grau do Presidente não poderão candidatar-se a qualquer cargo no país. Aplicando-se as mesmas regras àqueles que os tenham substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito. O Tribunal Superior Eleitoral entende que “se em algum momento do mandato houve a relação de parentesco, haverá a necessidade de desincompatibilização do chefe do Executivo seis meses antes do pleito”,4 inclusive no caso de dissolução do casamento ou do falecimento do titular da chefia do Executivo durante o exercício do mandato executivo.
Norma excepcional e permissiva: no caso do cônjuge, parente ou afim já possuir mandato eletivo, não haverá qualquer impedimento para que pleiteie a reeleição, ou seja, candidate-se ao mesmo cargo, mesmo que dentro da circunscrição de atuação do chefe do Poder Executivo. Note-se que a exceção constitucional refere-se à reeleição para o mesmo cargo na mesma circunscrição eleitoral. A título exemplificativo, o cônjuge, parente ou afim até segundo grau de Governador de Estado somente poderá disputar a reeleição para Deputado Federal ou Senador por esse Estado se já for titular desse mandato nessa mesma circunscrição. Caso, porém, seja titular do mandato de Deputado Federal ou Senador por outro Estado e pretenda, após transferir seu domicílio eleitoral, disputar novamente as eleições à Câmara dos Deputados ou ao Senado Federal pelo Estado onde seu cônjuge, parente ou afim até segundo grau seja Governador do Estado, incidirá a inelegibilidade reflexa (CF, art. 14, § 7a), uma vez que não se tratará juridicamente de reeleição, mas de uma nova e primeira eleição para o Congresso Nacional por uma nova circunscrição eleitoral.
Previsões de ordem legal :A Constituição Federal, no § 9a, do art. 14, autorizou a edição de lei complementar (LC na 64/90 e LC na 81/94) para dispor sobre outros casos de inelegibilidades e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para o exercício do mandato, considerada a vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou do abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. A lei complementar é a única espécie normativa autorizada constitucionalmente a disciplinar a criação e estabelecer os prazos de duração de outras inelegibilidades relativas, sendo-lhe vedada a criação de inelegibilidade absoluta, pois estas são previstas taxativa - mente pela própria Constituição. Existe, portanto, uma autêntica reserva de Lei Complementar, e, consequentemente, qualquer outra lei, regulamento, regimento, portaria ou resolução que verse o assunto será inconstitucional, por invasão de matéria própria e exclusiva daquela espécie normativa
Inelegibilidade relativa em razão do parentesco
A ideia da inelegibilidade relativa em razão do parentesco, conforme anotou
o STF, deve ser interpretada “... de maneira a dar eficácia e efetividade aos postulados
republicanos e democráticos da Constituição, evitando -se a perpetuidade ou
alongada presença de familiares no poder”
Como regra, então, de acordo com o art. 14, § 7.º, são inelegíveis, no território
da circunscrição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o
segundo grau ou por adoção, do:
Presidente da República;
Governador de Estado, Território ou do Distrito Federal;
Prefeito;
ou quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se
já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
CANDIDATOS COM “FICHA SUJA”: INELEGIBILIDADE?
Conforme já estudamos, uma das hipóteses de inelegibilidade relativa decorre
de lei complementar, conforme estabelece o art. 14, § 9.º, nos seguintes termos:
“Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação,
a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de
mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das
eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função,
cargo ou emprego na administração direta ou indireta”.
Portanto, deve -se analisar o sentido da expressão “vida pregressa do candidato”.
A resposta está naLC n. 64/90, com modificações importantes trazidas pela LC
n. 135, de 04.06.2010 (“Lei da Ficha Limpa”).
Militares
Conforme expressamente prevê o art. 14, § 8.º, o militar alistável é elegível. Para
tanto, deverá atender às seguintes condições:
menos de 10 anos de serviço: deverá afastar -se da atividade;
mais de 10 anos de serviço: será agregado pela autoridade superior e, se eleito,
passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
 § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
. Inelegibilidades previstas em lei complementar
O instrumento para o estabelecimento de outros casos de inelegibilidade só poderá
ser a lei complementar, sob pena de incorrermos em inconstitucionalidade (formal).
Outrossim, na medida em que se trata de restrições a direitos fundamentais,
somente novas inelegibilidades relativas poderão ser definidas, já que as absolutas
só se justificam quando estabelecidas pela CF e, em nosso entender, pelo poder constituinte originário, sob pena de se ferirem direitos e garantias individuais. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta. 
AULA 01/08 e 08/08
Privação dos direitos políticos — perda e suspensão
Já vimos as regras que restringem a elegibilidade do cidadão, tornando -o inelegível,
absoluta ou relativamente. Agora, verificaremos as situações que privam o cidadão
dos direitos políticos de votar e ser votado, tanto definitivamente (perda) como
de modo temporário (suspensão). Em nenhuma hipótese, ressalte -se, será permitida
a cassação de direitos políticos. Exceções : (não há cassação)
Perda dos direitos políticos (arts. 15, I e IV, e 12, § 4.º, II, CF/88)
Perda
 A perda dos direitos políticos configura a privação definitiva dos mesmos e ocorre nos casos de cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado e recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5o, VIII, da Constituição Federal. 
Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado: em
decorrência do cancelamento da naturalização, o indivíduo voltará à condição de
estrangeiro, não podendo mais se alistar como eleitor (art. 14, § 2.º) nem eleger -se,
uma vez que deixa de ostentar a nacionalidade brasileira (art. 14, § 3.º, I).
Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa: o
art. 5.º, VIII, estabelece, como regra, que ninguém será privado de direitos por
motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política. No entanto, se
as invocar para eximir -se de obrigação legal a todos imposta (ex.: serviço militar
obrigatório — cf. art. 143) e recusar -se a cumprir a prestação alternativa, fixada
em lei, terá, como sanção, a declaração da perda de seus direitos políticos.
Sobre essa hipótese, alertamos que a maioria dos autores de direito eleitoral vem
estabelecendo como situação de suspensão, e não perda de direitos políticos,
nos termos da literalidade do art. 4.º, § 2.º, da Lei n. 8.239/91.
Apenas nos alinhamos ao conceito de perda, com José Afonso da Silva, já que
para readquirir os direitos políticos a pessoa precisará tomar a decisão de prestar o
serviço alternativo, não sendo o vício suprimido por decurso de prazo.
Perda da nacionalidade brasileira em virtude de aquisição de outra: embora
não esteja prevista no art. 15 da CF, mediante interpretação sistemática
pode -se elencar a hipótese descrita no art. 12, § 4.º, II, da CF como mais uma
hipótese constitucionalmente prevista de perda dos direitos políticos. Isso porque
a nacionalidade brasileira é pressuposto para a aquisição de direitos
políticos. Perdendo a nacionalidade brasileira e adquirindo outra, o ex -brasileiro
passa a ser estrangeiro e, como vimos, os estrangeiros, bem como os conscritos,
durante o serviço militar obrigatório (só para lembrar o candidato atento e estudioso!),
são inalistáveis (quem não pode ser eleitor não pode eleger -se). O alistamento
eleitoral, como vimos, é indiscutível condição de elegibilidade. Assim e
por todo o exposto, como o estrangeiro não adquire direitos políticos, exclusivos
de brasileiros natos ou naturalizados, a perda da nacionalidade gera a indiscutível
perda dos direitos políticos, outrora existentes.
Suspensão dos direitos políticos
A suspensão dos direitos políticos caracteriza-se pela temporariedade da privação dos direitos políticos e ocorre nas seguintes hipóteses: incapacidade civil absoluta; condenação criminal com trânsito em julgado, enquanto durarem seus efeitos; improbidade administrativa.
incapacidade civil absoluta: como só se pode suspender aquilo que já existia,
deve -se partir do pressuposto de que o indivíduo tinha direitos políticos e
estes foram suspensos. Então, somente nos casos de interdição é que se poderia
falar em suspensão de direitos políticos;
condenação criminal transitada em julgado: observar que os direitos políticos
ficam suspensos enquanto durarem os efeitos da condenação;
improbidade administrativa nos termos do art. 37, § 4.º: os atos de improbidade
administrativa, portanto, importarão a suspensão dos direitos políticos. Segundo José Afonso da Silva, “a improbidade diz respeito à prática de ato que gere prejuízo ao erário público em proveito do agente. A Constituição Federal, no art. 37, § 4a, prevê que os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da sanção penal cabível, reforçando a previsão de suspensão dos direitos políticos do art. 15, V.3
Reaquisição dos direitos políticos perdidos ou suspensos
Perdido o direito político, na hipótese de cancelamento da naturalização por
sentença transitada em julgado, a reaquisição só se dará através de ação rescisória.
Se a hipótese for a perda por recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou
prestação alternativa, a reaquisição dar -se -á quando o indivíduo, a qualquer tempo,
cumprir a obrigação devida. Por outro lado, se a perda se der em virtude de aquisição de outra nacionalidade, o art. 36 da Lei n. 818/49 prevê a possibilidade de reaquisição por decreto presidencial, se o ex -brasileiro estiver domiciliado no Brasil. Entendemos, contudo, que tal
dispositivo só terá validade se a reaquisição não contrariar os dispositivos constitucionais
e, ainda, se existirem elementos que atribuam nacionalidade ao interessado.
Finalmente, no tocante às hipóteses de suspensão, a reaquisição dos direitos
políticos dar -se -á quando cessarem os motivos que determinaram a suspensão.
Se o estrangeiro voltar a ser brasileiro readquire a nacionalidade, Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência, ou seja tem que esperar um na da sua vigência para que os eleitores e os candidatos não sejam pegos de surpresa.
SERVIDOR PÚBLICO E EXERCÍCIO DO MANDATO ELETIVO
De acordo com o art. 38 da CF, na redação determinada pela EC n. 19/98, ao
servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de
mandato eletivo, aplicam -se as seguintes disposições:
tratando -se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado
de seu cargo, emprego ou função;
investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, empregoou função,
sendo -lhe facultado optar pela sua remuneração;
investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá
as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração
do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do
inciso anterior;
em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo,
seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção
por merecimento;
para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores
serão determinados como se no exercício estivesse.
Aquele que for eleito para qualquer cargo ele te que se afastar e quando terminar volta ao serviço;
Principio da Anualidade: Princípio da anualidade eleitoral e fim da verticalização O § I a do art. 17 do texto constitucional, com a nova redação dada pela EC na 52, de 8-3-2006, seguindo a lógica constituinte de definição dos partidos políticos como entidades de direito privado, cuja institucionalização jurídica permite sua atuação como entes de intermediação representativa com a sociedade civil, deixou de considerá-los órgãos estatais, como no regime anterior, e, consequentemente, vedou a ingerência indevida do Poder Público nas agremiações partidárias, consagrando plena autonomia a todos os partidos políticos, para que possam definir sua estrutura interna, organização e funcionamento - obviamente, com absoluto respeito aos princípios constitucionais, em especial, a regra da dignidade da pessoa humana -, e previu, como norma programática, a necessidade dos mesmos instituírem em seus estatutos normas de fidelidade e disciplina partidárias, a fim de se garantir maior coesão nos diversos partidos e, por conseguinte, um maior amadurecimento partidário no país.
A iniciativa popular, expressão do exercício de soberania popular, pode ser realizada
através de apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no
mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados,
com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
PARTIDOS POLÍTICOS
Partido político pode ser conceituado como uma “... organização de pessoas
reunidas em torno de um mesmo programa político com a finalidade de assumir o
poder e de mantê -lo ou, ao menos, de influenciar na gestão da coisa pública através
de críticas e oposição.
REGRAS CONSTITUCIONAIS
A primeira regra refere -se à liberdade de organização partidária, visto ser livre
a criação, a fusão, a incorporação e a extinção dos partidos políticos.
No entanto, não se trata de liberdade partidária absoluta, uma vez que deverão
ser resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo,
os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:
caráter nacional;
proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros
ou de subordinação a estes;
prestação de contas à Justiça Eleitoral;
funcionamento parlamentar de acordo com a lei;
vedação da utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
Assegura -se aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna,
organização e funcionamento, devendo constar dos estatutos partidários normas a
respeito da fidelidade e disciplina partidárias, podendo, inclusive, prever sanções, (como advertência, exclusão...) em caso da infidelidade partidária (desrespeito às
regras dos estatutos, objetivos, diretrizes, ideais...), não podendo nunca, contudo, ensejar
a perda do mandato, cujas hipóteses estão taxativamente previstas no art. 15 da
CF, que repudia, expressamente, a cassação de direitos políticos.
FIDELIDADE PARTIDÁRIA
Muito se discutiu sobre a questão da fidelidade partidária. O STF, em 03 e
04.10.2007, julgando os MS 26.602, 26.603 e 26.604, resolveu a matéria e entendeu
que a fidelidade partidária é princípio constitucional que deve ser respeitado pelos
candidatos eleitos.
Assim, teoricamente, aquele que mudar de partido (transferência de legenda)
sem motivo justificado perderá o cargo eletivo.
Isso porque reconheceu o STF o caráter eminentemente partidário do sistema proporcional
e as inter -relações entre o eleitor, o partido político e o representante eleito. No caso dos referidos MS, o STF os apreciou somente em relação aos mandatos
eletivos sob as regras do sistema proporcional (deputados e vereadores). Nesse sentido,
seguindo o julgamento pelo TSE na CTA 1.398, o STF fixou a data de 27.03.2007
como o marco a partir do qual qualquer eleito (pelo sistema proporcional) que mudar
de partido, sem justo motivo, estará violando as regras de fidelidade partidária.
Mudar de partido caracteriza desvio ético -político e gera desequilíbrio no Parlamento.
É fraude contra a vontade do povo. O TSE, no julgamento da CTA 1.407, entendeu que também para os cargos eletivos pelo sistema majoritário incidirá a regra de perda do cargo para o eleito infiel (salvo, claro, justa causa). Para esses cargos, a data -marco foi 16.10.2007, ou seja, qualquer eleito pelo sistema majoritário (Chefes de Executivo e Senadores) que mudar
de partido a partir de referida data perde o cargo, salvo justo motivo.
A ação tramitará perante o TSE para pedidos relativos a mandato federal e, nos
demais casos, perante o TRE do respectivo Estado.
Segundo a Resolução, considera -se justa causa:
incorporação ou fusão do partido;
criação de novo partido;
mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;
grave discriminação pessoal.
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador :I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
INCONSTITUCIONALIDADE DA CLÁUSULA DE BARREIRA — PROTEÇÃO
CONSTITUCIONAL ÀS MINORIAS
O STF, ao julgar as ADIs 1.351 e 1.354, entendeu inconstitucionais os dispositivos
da Lei n. 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos) que instituíram a chamada “cláusula
de barreira”, a qual “restringia o direito ao funcionamento parlamentar, o acesso
ao horário gratuito de rádio e televisão e a distribuição dos recursos do Fundo Partidário” “Entendeu -se que os dispositivos impugnados violam o art. 1.º, V, que prevê
como um dos fundamentos da República o pluralismo político; o art. 17, que estabelece
ser livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados
a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos
fundamentais da pessoa humana;
O PRINCÍPIO DA VERTICALIZAÇÃO DAS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS E
A EC N. 52/2006
 Primeiro momento — a consagração da regra da verticalização das
coligações partidárias pelo TSE
Retomando a regra do art. 17, I, da CF/88, que prevê a observância do preceito do
caráter nacional dos partidos políticos, muita discussão surgiu em torno da decisão do
TSE que determinou a verticalização das coligações partidárias para as eleições de
2002 (cf. art. 4.º, § 1.º, da Instrução Normativa n. 55/TSE, de 26.02.2002 — Res. n.
20.993/2002 e Res. n. 21.002/2002, tendo em vista a Consulta n. 715/021).4
Isso porque, ao interpretar o art. 6.º, caput, da Lei n. 9.504/97,5 o TSE entendeu
que a circunscrição maior (federal — candidatos à Presidência da República) engloba
a menor (estadual — Governador, Senadores, Deputados Federais e Estaduais).
De maneira bastante interessante, em seu voto à Consulta n. 715, a Ministra Ellen
Gracie, retomando o entendimento firmado na Consulta n. 382 -TSE (Rel. Min.
Néri da Silveira) e na Consulta n. 738, que consagrou o princípioda simetria entre
candidaturas majoritárias e proporcionais, com propriedade, asseverou: “... o âmbito
de validade da restrição a que corresponde a cláusula — dentro da mesma
circunscrição — deve ser entendido como o espaço maior, aquele em que se dá a
eleição nacional. As coligações que neste patamar se formarem condicionam e orientam as que forem propostas para o âmbito dos estados -membros”. Qualquer
outro entendimento, completa, levaria “... a situações de bicefalia, ou, se preferirem,
de esquizofrenia partidária, no nível estadual. Ou então, pior ainda, levariam a
indesejáveis dissidências regionais em relação aos partidos, os quais, na forma da
Constituição Federal, têm caráter nacional (art. 17, I)”.
Assim, os partidos políticos, para a coligação nas eleições estaduais, deverão
obedecer, tendo em vista a também denominada “teoria dos conjuntos” (circunscrição
maior absorvendo a menor), aos mesmos termos dos acordos nacionais fixados
para as eleições presidenciais.
Apenas se alerta que referida regra da verticalização não se aplica às eleições
municipais, já que, nessas hipóteses, não há simultaneidade de circunscrições. Isso
porque a eleição municipal ocorre em momento diverso dos demais pleitos,
caracterizando -se no jargão eleitoral, conforme lembrou o Ministro Nelson Jobim.
O princípio da coerência na formação de coligações, segundo entendimento do TSE, não se aplicava às eleições municipais, pois, nessas, “o eleitor vota somente em cargos da mesma circunscrição, razão pela qual não incidirá o princípio da coerência na formação de coligações, que impede que partidos adversários na circunscrição nacional sejam aliados nas circunscrições estaduais”, concluindo que, “no pleito municipal, é permitido realizar coligações partidárias diferenciadas nos municípios do mesmo Estado Federativo. Questão respondida afirmativamente”
FINANCIAMENTO DAS CAMPANHAS ELEITORAIS
As campanhas eleitorais não podem mais receber doação de empresas.
PARTIDOS POLITICOS 
AULA 10/08
ORGANIZAÇÃO POLITICO ADMINISTRATIVA DO ESTADO BRASILEIRO 
REGRAS DE ORGANIZAÇÃO 
 Adoção da federação
 A Constituição de 1988 adotou como forma de Estado o federalismo, que na conceituação de Dalmo de Abreu Dallari é uma “aliança ou união de Estados”, baseada em uma Constituição e onde “os Estados que ingressam na federação perdem sua soberania no momento mesmo do ingresso, preservando, contudo, uma autonomia política limitada”.Dessa forma, difere o Estado Unitário, que “é, por conseguinte, rigorosamente centralizado, no seu limiar, e identifica um mesmo poder, para um mesmo povo, num mesmo território”
caracterizando-se pela centralização político-administrativa em um só centro produtor de decisões.
Estado Federal se reparte no espaço territorial formando vários núcleos administrativos.
É uma Clausula Pétrea
QUAIS SÃO OS ENTES QUE COMPOEM AFEDERAÇÃO? União, Estados, Distrito Federal e Municípios. ( não possui hierarquia entre eles) 
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 1º Brasília é a Capital Federal.
SITUAÇÃO DOS TERRITÓRIOS = Não é uma entidade Federativa, se transformou em estados, portando não possui mais territórios no Brasil, mas podes ser possível voltar a ter territórios no Brasil. Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar (CF, art. 18, § 2a). Dessa forma, não são componentes do Estado Federal, pois constituem simples descentralizações administrativas-territoriais da própria União, e consequentemente receberam da Constituição tratamento compatível com sua natureza.
Princípio da indissolubilidade do vínculo federativo
O princípio da indissolubilidade em nosso Estado Federal, tem duas finalidades básicas: a unidade nacional e a necessidade descentralizadora. O art. 1 da Constituição Federal afirma que a República Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal; sendo completado pelo art. 18, que prevê que a organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos e possuidores da tríplice capacidade de auto-organização e normatização própria, autogoverno e autoadministração. Dessa forma, inadmissível qualquer pretensão de separação de um Estado-membro, do Distrito Federal ou de qualquer Município da Federação, inexistindo em nosso ordenamento jurídico o denominado direito de secessão. A mera tentativa de secessão do Estado-membro permitirá a decretação de intervenção federal.
UNIDADE NACIONAL (NÃO TEM DISTINÇÃO DE NACIONALIDADE)
DIFERENÇA: SoberaniaXAutonomia
Soberania: pertence ao estado brasileiro, Republica Federal, para estabelecer o ordenamento jurídico interno.
Autonomia: politica administrativa se exterioriza 
AUTONOMIA POLITICO ADMINISTRATIVA CAPACIDADES DE :
AUTOORGANIZAÇÃO: Os Estados-membros se auto-organizam por meio do exercício de seu poder constituinte derivado-decorrente, consubstanciando-se na edição das respectivas Constituições Estaduais1 e, posteriormente, através de sua própria legislação (CF, art. 25, caput), os municípios se auto-organizam pelas leis orgânicas e a Constituição organiza a União e o Distrito Federal é regido por lei orgânica distrital e cada Estado brasileiro tem sua constituição estadual.
AUTOGOVERNO: Os entes tem governo próprio , A autonomia estadual também se caracteriza pelo autogoverno, uma vez que é o próprio povo do Estado quem escolhe diretamente seus representantes nos Poderes Legislativo e Executivo locais, sem que haja qualquer vínculo de subordinação ou tutela por parte da União.
AUTOLEGISLAÇÃO: são as leis federias, distritais, estaduais e municipais.
AUTOADMINISTRAÇÃO: Por fim, a capacidade garantidora da autonomia dos entes federados, os Estados-membros se auto administram no exercício de suas competências administrativas, legislativas e tributárias definidas constitucionalmente. Saliente-se que está implícita no exercício da competência tributária a existência de um mínimo de recursos financeiros, obtidos diretamente através de sua própria competência tributária.
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Conceito: A autonomia das entidades federativas pressupõe repartição de competências legislativas, administrativas e tributárias, sendo, pois, um dos pontos caracterizadores e asseguradores do convívio no Estado Federal. Na definição de José Afonso da Silva, competência é a “faculdade juridicamente atribuída a uma entidade, órgão ou agente do Poder Público para emitir decisões”. Competências são as diversas modalidades de poder de que se servem os órgãos ou entidades estatais para realizar suas funções A própria Constituição Federal estabelecerá as matérias próprias de cada um dos entes federativos, União, Estados-membros, Distrito Federal e municípios, e a partir disso poderá acentuar a centralização de poder, ora na própria Federação, ora nos Estados-membros.
DESCENTRALIZAÇÃO POLITICA: Só é possível na Federação é uma característica dela, nada mais é que a repartição politica administrativa de entes federativos.
Existencia de um órgão de cúpula do poder judiciário que atue na proteção na CF. ( é responsávelpela guarda da CF)
AULA 15/08
FORMAÇAO DE ESTADOS (26 ESTADOS ATUALMENTE)
A Constituição prevê esta possibilidade no § 3a, do art. 18, ao estabelecer que os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar. Portanto, são quatro as hipóteses de alterabilidade divisional interna do território brasileiro:
 • incorporação; A + B = C }Os Estados , originais deixam de existir
• subdivisão; A = B C }OsEstados , originais deixam de existir
• desmembramento – anexação =>para um estado perda de território e para outro aumento de território A B = A B }Os Estados originais continuam existindo com alteração em seus territórios
• desmembramento-formação => formação de um estado novo através do desmembramento de formação. A= A B }Os Estados originais continuam existindo com alteração em seus territórios.
Fusão (incorporação entre si): Dois ou mais Estados se unem com outro nome. Portanto, consiste na reunião de um Estado a outro, perdendo ambos os Estados incorporados sua personalidade, por se integrarem a um novo Estado. A fusão pode ser entre dois, três, ou mais Estados, com a consequência lógica da perda das primitivas personalidades e surgimento de um novo Estado. Nessa hipótese, deverá ocorrer um plebiscito em cada um dos Estados que pretenda se incorporar, separadamente.
Subdivisão: Ocorre quando um Estado divide-se em vários novos Estados-membros, todos com personalidades diferentes, desaparecendo por completo o Estado-originário. Assim, subdivisão significa separar um todo em várias partes, formando cada qual uma unidade nova e independente das demais. Nessa hipótese, todos os eleitores do Estado deverão participar do plebiscito.( Esse procedimento aumenta o numero de estados)
Desmembramento Consiste em separar uma ou mais partes de um Estado-membro, sem que ocorra a perda da identidade do ente federativo primitivo. Assim, significa separação de parte do Estado-originário, sem que ele deixe de existir juridicamente com sua própria personalidade primitiva. O Estado-originário será desfalcado de parte de seu território, perdendo, igualmente, parcela de sua população. A parte desmembrada poderá anexar-se a um outro Estado-membro (desmembramento-anexação), quando então não haverá criação de um novo ente federativo, mas tão somente alteração de limites territoriais. Nessa hipótese, todos os eleitores dos Estados deverão participar do plebiscito, havendo dois plebiscitos autônomos. Há, porém, a possibilidade de a parte desmembrada constituir novo Estado,1 ou, ainda, formar um Território Federal (desmembramento-formação).
REQUISITOS CONSTITUCIONAIS
PLEBISCITO: exigência constitucional, consulta popular, população tem que ser ouvida 1º passo.
Oitava da Assembleia Legislativa : 2º passo se for aprovado passa pela assembleia legislativa, não sendo aprovado cancela todo processo. Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
 VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas;
O congresso Nacional não fica vinculado com o plebiscito e nem a assembleia legislativa eles tem autonomia própria para aprovar. 
Lei complementar especifica: 3º passo vai para o congresso nacional, ou seja, lei complementar. Possui um coro mais rígido mais difícil de ser aprovada que a ordinária.
 Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.
FORMAÇÃO DE MUNICIPIOS
A Constituição Federal consagrou o Município como entidade federativa indispensável ao nosso sistema federativo, integrando-o na organização político-administrativa e garantindo-lhe plena autonomia, como se nota na análise dos arts. I a, 18, 29, 30 e 34, VII, c, todos da Constituição Federal. Ressalta Paulo Bonavides, que A autonomia municipal, da mesma forma que a dos Estados-membros, configura- -se pela tríplice capacidade de auto-organização e normatização própria, autogovemo e autoadministração. Dessa forma, o município auto-organiza-se através de sua Lei Orgânica Municipal e, posteriormente, por meio da edição de leis municipais; autogoverna-se mediante a eleição direta de seu prefeito, Vice-prefeito e vereadores, sem qualquer ingerência dos Governos Federal e Estadual; e, finalmente, autoadministra-se, no exercício de suas competências administrativas, tributárias e legislativas, diretamente conferidas pela Constituição Federal. Os municípios reger-se-ão por leis orgânicas municipais, votadas em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovadas por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que as promulgará.
§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
- incorporação : quando um município incorpora o outro fazendo com que um deixe de existir reduzindo o numero de municípios.
- fusão: a fusão desaparece os dois municípios que se fundem criando um só havendo a redução.
- Desmenbramento:
Anexação: faixa de um território que vai para o outro ;
Formação (criação): bem comum exemplo: pracinha que era do município de lucelia. Há um problema quando a faixa de habitantes é pequena pois necessitam de lei orgânica.
A Emenda Constitucional n° 15, de 12-9-1996,1 trouxe nova redação ao art. 18 da Constituição Federal,1 2 alterando os requisitos de observância obrigatória para todos os Estados-membros,3 para criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios, que passaram a ser: 
• lei complementar federal estabelecendo genericamente o período possível para a criação, incorporação, fusão ou desmembramento de municípios;
• lei ordinária federal prevendo os requisitos genéricos exigíveis, bem como a apresentação e publicação dos Estudos de Viabilidade Municipal; 
• consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos municípios diretamente interessados - A alteração constitucional - “populações dos municípios envolvidos” significa “populações dos municípios diretamente interessados”
• lei ordinária estadual criando especificamente determinado município.
Vedações constitucionais de natureza federativa
 A constituição determina ser vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios (CF, art. 19):
 • estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. A Repú blica Federativa do Brasil é leiga ou laica, uma vez que há separação total entre Estado e Igreja, inexistindo religião oficial Observe-se, porém, que o fato de ser uma Federação-leiga não nos confunde com os Estados-ateus, pois o Brasil, expressamente, afirma acreditar em Deus. I- Não pode gastar dinheiro publico com nenhuma religião 
• recusar fé aos documentos públicos; Documentos públicos tem que ser respeitado pelos outros.
• criar distinções entre brasileiros - preconiza mais uma vez o consagrado princípio da igualdade (CF, art. 5a, caput e inciso I). É o denominado princípio da isonomia federativa; EXEMPLO: Só pessoas daquele município pode fazer o concurso é uma distinção dentre os demais.
• criar preferências entre si - como corolário desse princípio, a Constituição Federal estabelece que, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte.
AULA 17/08
(PROVA)Princípio básico para a distribuição de competências - predominância do interesse O princípio geral que norteia a repartição de competência entre as entidades componentes do Estado Federal é o da predominância do interesse, que assim se manifesta:
	UNIAO
	GERAL
	ESTADO
	REGIONAL
	MUNICIPIOS
	LOCAL
	DISTRITO FEDERALREGIONAL+LOCAL
Repartição em matéria administrativa: ( função administrativa/Administração publica)
Competência Administrativa ou material:
Exclusiva: quando a responsabilidade é de um só ele tem o dever daquela responsabilidade;
Dentro da exclusiva temos: Poderes enumerados art 21, que são exclusivos da União, competência somente dela , exemplos de competências da união como emissão de moeda , garimpagem , telefônicos.
Competências administrativas da União A Constituição Federal concede à União, em relação à competência administrativa, as seguintes matérias, competindo-lhe: 
• manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais; • declarar a guerra e celebrar a paz; • emitir moeda; • assegurar a defesa nacional; • manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; • conceder anistia; • organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
Art 30 competências dos municípios enumerou indicativamente , exemplos de competências municipais abastecimento de água, tratamento de esgoto, transporte coletivo urbano, coleta de lixo e serviços funerários.
C o m p etên cia s adm inistrativas dos m un icíp io s O art. 30 determina competir aos municípios, além da fórmula genérica do interesse local, as seguintes matérias:
criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação estadual; • manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental *instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
Poderes Remanescentes art 25 {1: é basicamente tudo que sobra, tudo que remanesce, tudo que não é exclusivo da união e dos municípios, é chamada de residual também pois são resíduos e sobras.
Comum art 23: É para todos os entes federados, todos eles tem competências é o princípio da cooperação, praticamente é o cumprimento dos direitos sócias.
Co m petência adm inistrativa com um É de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios: • zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; • cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência; • proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cul tural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; • impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
Distrito Federal: Competência enumeradas indicativa(municípios) e remanescente(estados). C o m p etên cia s adm inistrativas d o D istrito Federal A Constituição Federal, no rol de competências administrativas comuns a todos os entes federativos, também inclui o Distrito Federal (CF, art. 23). Além disso, em regra, poderá administrativamente reger-se pela somatória das competências estaduais e municipais.
REPARTIÇÃO EM MATÉRIA LEGISLATIVA ( FUNÇÃO LEGISLATIVA):
Competência privativa da união( art 22 a XXIX) = competência somente da união.
Assim, compete privativamente à União, semprejuízo de outras previsões constitucionais Cpor exemplo: CF, arts. 48, 149, 164,178,184), legislar sobre: ■ direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; ■ desapropriação; ■ requisições dvis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra; ■ águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão; ■ serviço postal; - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais; • política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
OBS: possibilidade de delegação para os estados e Distrito Federal ( art 22,p.único) Pode delegar sua competência para outros entes desde que cumpra os demais requisitos necessários:
A) requisito formal: Possibilidade de delegação (CF, art 22, parágrafo único) - Lei complementar federal poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias de competência privativa da União e Distrito Federal , os municípios não delegam.
B) requisito material: um ponto específico de determinada matéria
C) requisito implícito (art 19,III) vedações constitucionais não podem criar preferências entre si tem que ser para todos os estados igualmente se fizer para um tem que fazer para todos. Dessa forma, a Lei Complementar editada pela União deverá delegar um ponto específico de sua competência a todos os Estados, sob pena de ferimento do princípio da igualdade federativa.
Com petência rem anescente (reservada) do Estado (CF, art. 25 , § 1°) O Estado-membro, legislativamente, tem três espécies de competências: • remanescente ou reservada (CF, art. 25, § I a); • delegada pela União (CF, art. 22, parágrafo único); • concorrente-suplementar (CF, art. 24).
Competência remanescente ou residual do Estado (art 25, {1) = resíduos 
A regra prevista em relação à competência administrativa dos Estados-membros tem plena aplicabilidade, uma vez que são reservadas aos Estados as competências legislativas que não lhes sejam vedadas pela Constituição. Assim, os Estados-membros poderão legislar sobre todas as matérias que não lhes estiverem vedadas implícita ou explicitamente. São vedações implícitas as competências legislativas reservadas pela Constituição Federal à União (CF, art. 22) e aos municípios (CF, art. 30).
Competência Concorrente (art 24) ( união, Estados, DF) = É cumulativa ou não cumulativa (vertical)
O art. 24 da Constituição Federal prevê as regras de competência concorrente entre União, Estados e Distrito Federal, estabelecendo quais as matérias que deverão ser regulamentadas de forma geral por aquela e específica por esses. Determina a Constituição competir à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: • direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. É pacífico que o Estado-membro possui competência concorrente para legislar sobre direito tributário, financeiro e econômico, nos termos do art. 24, I, da Constituição Federal, desde que não viole as normas gerais do sistema monetário federal, inclusive para legislar sobre atualização do valor do ICMS;1 2 • orçamento; • juntas comerciais; • custas dos serviços forenses; • produção e consumo;
Competência por delegação da União A competência estadual oriunda da delegação pela União foi analisada quando do estudo do art. 22 (Competência Privativa da União). Relembre-se somente de que a União, por meio de lei complementar, poderá delegar ao Estado a possibilidade de legislar sobre um ponto específico de um dos 29 incisos do art. 22 e o Distrito Federal.
Com petência exclusiva e suplem entar do m unicípio (CF, art. 30, I e II)
A função legislativa é exercida pela Câmara dos Vereadores, que é o órgão legislativo do município, em colaboração com o prefeito, a quem cabe também o poder de iniciativa das leis, assim como o poder de sancioná-las e promulgá-las, nos termos propostos como modelo, pelo processo legislativo federal.
As competências legislativas do município caracterizam-se pelo princípio da predominância do interesse local, consubstanciando-se em: (CF, art. 30,1); Apesar de difícil conceituação, interesse local refere-se àqueles interesses que disserem respeito mais diretamente às necessidades imediatas do município, Assim, por exemplo, é de competência da municipalidade a disciplina a respeito da exploração da atividade de estabelecimento comercial, expedindo alvarás ou licenças para regular seu funcionamento.
• competência para estabelecimento de um Plano Diretor (CF, art. 182); O legislador constituinte previu uma competência legislativa especial aos municípios, relacionada à política de desenvolvimento urbano, que será executada pelo poder público municipal. O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes,é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.
• hipóteses já descritas, presumindo-se constitucionalmente o interesse local (CF, arts. 30, III a IX, e 144, § 8e); A Constituição enumera as seguintes hipóteses, de competência municipal, que poderão inclusive ser disciplinadas por meio da legislação própria: • instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; • criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislação estadual;
• competência suplementar (CF, art. 30, II). O art. 30, II, da Constituição Federal preceitua caber ao município suplementar a legislação federal e estadual, no que couber, o que não ocorria na Constituição anterior, podendo o município suprir as omissões e lacunas da legislação federal e estadual, embora não podendo contraditá-las, inclusive nas matérias previstas do art. 24 da Constituição de 1988. Assim, a Constituição Federal prevê a chamada competência suplementar dos municípios, consistente na autorização de regulamentar as normas legislativas federais ou estaduais, para ajustar sua execução a peculiaridades locais, sempre em concordância com aquelas e desde que presente o requisito primordial de fixação de competência desse ente federativo: interesse loca
Ao Distrito Federal, conforme preceitua o art. 32, § I a, da Constituição Federal, são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e municípios, excetuada a competência para organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como organização administrativa destes, que é privativa da União, nos termos do art. 22, XVII, da Constituição. Dessa forma, compete ao Distrito Federal, através de sua Câmara Legislativa:1 2 • competência para edição de sua própria Lei Orgânica (CF, art. 32, caput); • competência remanescente dos Estados-membros (CF, art. 25, § I a); • competência delegada pela União (CF, art. 22, parágrafo único); • competência concorrente-suplementar dos Estados-membros (CF, art. 24, §§ 2se 3S); • competência enumerada do município (CF, art. 30,1, III a IX); • competência suplementar do município (CF, art. 30, II).
A) União- normas gerais – art 24 {1
B)DF/ Estados- competência suplementar( art 24, {2)
Competência concorrente-suplementar Por fim, o Estado-membro possui competência concorrente-suplementar já analisada anteriormente e que engloba a possibilidade de o Estado-membro atuar de forma complementar ou supletiva no tocante à União, nas matérias discriminadas no art. 24 da Constituição Federal
Suplementar complementar (art 24, { 2)
Suplementar supletiva (art 24, {3 e 4 )

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