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LIVRO RESUMO DIREITO PROCESSUAL CIVIL MUITO IMPORTANTE

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Unidade 1. Conceituação básica inicial........................................................3
1.1 Diferenciação entre direito material e direito processual......................5
Unidade 2. Princípios do direito processual.................................................6
Unidade 3. Jurisdição................................................................................13
3.1 Princípios Fundamentais da Jurisdição................................................13
3.2 Características da Jurisdição...............................................................14
3.3 Espécies de Jurisdição.........................................................................14
3.4 Garantias dos juízes............................................................................16
3.5 Auxiliares do juízo...............................................................................16
3.6 Competência.......................................................................................17
3.6.1 Competência internacional e competência interna...........................18
3.6.2 Competência absoluta e competência relativa..................................20
3.6.3 Prevenção, Conexão, Continência, Prorrogação da Competência......21 
Unidade 4 – Ação......................................................................................23
4.1 Condições da ação no Código de Processo Civil Brasileiro...................24
4.2 Elementos da Ação..............................................................................27
Unidade 5. Sujeitos da relação processual: partes e procuradores............30
5.1 Do litisconsórcio..................................................................................34
5.2 Assistência e intervenção de terceiros................................................36
Unidade 6 - O Ministério Público...............................................................41
Unidade 7. Da forma dos atos processuais..............................................,.42
7.1 Da publicidade dos atos processuais...................................................43
7.2 Atos do juiz.........................................................................................43
7.3 Atos do escrivão..................................................................................44
7.4 Atos da parte......................................................................................46
7.5 Tempo e lugar dos atos processuais....................................................46
7.6 Prazos.................................................................................................47
7.6.1 Regra geral de contagem dos prazos................................................50
Unidade 8. Da comunicação dos atos processuais.....................................51
8.1 Das cartas...........................................................................................51
8.2 Das citações........................................................................................52
8.3 Das intimações....................................................................................58
Unidade 9. Processo e Procedimento........................................................60
9.1 Procedimentos....................................................................................60
9.2 Tutela antecipada e cautelar...............................................................63
9.3 Pressupostos processuais de existência e validade.............................65
Unidade 10. Petição inicial........................................................................68
10.1 Distribuição.......................................................................................73
Unidade 11. Respostas do Réu..................................................................75
11.1 Revelia..............................................................................................80
Unidade 12. Provas...................................................................................81
Unidade 13. Audiência de instrução e julgamento.....................................82
Unidade 14. Sentença...............................................................................85
Unidade 15. Coisa Julgada........................................................................88
Unidade 16. Custas e emolumentos..........................................................91
Referências Bibliográficas.........................................................................94 
Unidade 1 – CONCEITUAÇÃO BÁSICA INICIAL 
Primeiramente, apenas no intuito de tornar mais claro o estudo do Direito Processual, cumpre destacarmos alguns conceitos iniciais que não são encontrados nos livros de teoria geral do processo ou de direito processo civil.
Conforme veremos nos princípios básicos de processo civil, a atividade jurisdicional, ou seja, a atividade do juiz na resolução de conflitos, não ocorre de ofício, devendo, portanto ser provocada pelas partes. Tal princípio se refere ao da inércia da jurisdição, ou, como também conhecido como principio da demanda.
Neste sentido asseveramos que para provocar a atividade do juiz - atividade jurisdicional – deverá ser elaborada uma peça inicial, redigida por advogado devidamente habilitado. Tal peça inicial recebe o nome de petição inicial e será responsável pelo início do procedimento, que se encerrará em sede de primeira instância com a prolação de uma sentença (decisão).
Como possuímos, em determinadas comarcas vários juízes, no intuito de se evitar que uns trabalhem mais que os outros e no intuito de afastarmos que enviemos a nossa petição inicial para um juiz que conhecemos, ou seja, para manutenção da imparcialidade do juiz, a petição inicial, que descreve os fatos ocorridos, deverá ser distribuída. A distribuição, neste sentido, corresponde ao “sorteio” da petição inicial que será encaminhada a um juízo ou vara (secretaria ou cartório).
Após a distribuição a petição inicial será encaminhada a uma secretaria ou cartório, sendo que, no referido local, o escrivão (funcionário responsável pela autuação) colocará uma “capa” na petição inicial e formará os autos do procedimento. Logo, a autuação corresponderá á formação dos autos do procedimento. 
Quando a petição inicial é enviada para a secretaria, deverá ser feito o respectivo registro daquela lide (conflito de interesses), em que deverão ser catalogados os dados referentes à mesma, como por exemplo, nome do autor, do réu, nome da ação, valor da causa, etc. O registro poderá ser equiparado à “certidão de nascimento” do conflito de interesses.
Uma vez formados os autos do procedimento todas as folhas que o compõem deverão ser numeradas e rubricadas pelo escrivão, objetivando-se a manutenção da ordem e da sequência lógica de atos procedimentais.
Importante observar que apenas a petição inicial deverá ser distribuída, sendo que, todas as demais peças do procedimento deverão ser protocoladas/protocolizadas, eis que o número do processo e a vara (secretaria) de destino já foram devidamente definidos quando da distribuição.
Estes conceitos iniciais ficarão mais claros após a leitura de todo o material. Imprescindível que após o término da leitura o aluno retome os referidos conceitos, para visualização do entendimento da matéria proposta.
Conceitos básicos fundamentais: Distribuição; Protocolo; Autuação; Registro; Petição inicial; Contrafé; Defesa do réu: contestação, exceção, reconvenção; Fases do procedimento; Sentenças, decisões interlocutórias, despachos
Protocolo: Certificação ou registro de documentação de uma repartição
Registro: Anotação dos dados de identificação do processo (número do processo, os nomes das partes e o juízo para o qual a ação foi encaminhada).
Autuação: formar os autos do processo com as seguintes informações: juízo, natureza do feito, número do registro, nomes das partes, data do início.
Numeração e rubrica das folhas nos autos: Numeração das folhas buscacolocá-las em ordem de chegada. Mantém um controle sobre a ordem das folhas e eventual destruição ou retirada das mesmas.
Rubrica é a forma de autenticidade e veracidade dos atos praticados
Carga: retirada dos autos da secretaria. Normalmente realizado pelos advogados.
Recebimento: retorno dos autos na secretaria, que é formalizado pela baixa no controle de entrada e saída dos autos
Conclusão: envio dos autos para o juiz
Remessa: envio dos autos para um determinado órgão.
Assentada: registro da presença das testemunhas com a respectiva qualificação das mesmas.
Juntada: ato de juntar aos autos uma petição ou documento.
Publicação: forma de publicidade dos atos processuais
Lavratura de autos e certidões em geral: lavrar - exarar por escrito.
Certidão: documento assinado por servidor público que atesta atos ou fatos.
Traslado: cópia de conteúdo de documento para outro documento.
1.1 Diferenciação entre direito material e direito processual
Alguns doutrinadores costumam fazer a distinção entre direito material e direito processual, com o objetivo de tornar mais claro o entendimento do direito processual e sua aplicabilidade.
Direito material: normas de conduta, normas do cotidiano, que definem o que pode ser praticado pelos sujeitos.
Direito Processual: normas formais do procedimento. Definem o que pode ser feito ou não pelos sujeitos em um processo judicial.
O direito processual civil apura fatos cíveis (não penais), para se obter uma solução para o caso concreto. Ex: ações consumeristas, ações possessórias.
O direito processual penal apura a prática de um ato criminoso, para se obter uma solução para o caso concreto. Ex: furto, calúnia, homicídio.
Unidade 2 – PRINCÍPIOS DO DIREITO PROCESSUAL
Os princípios básicos do direito processual devem ser entendidos como norte de toda a ciência processual de forma a facilitar a aplicação, a interpretação e a integração do ordenamento jurídico brasileiro.
        A ciência processual moderna traçou os preceitos fundamentais que descreveremos abaixo:
2.1 Princípio do devido processo legal: É o princípio que assegura a todos o direito a um processo com todas as etapas previstas em lei e todas as garantias constitucionais. Se no processo não forem observadas as regras básicas, ele se tornará nulo. É considerado o mais importante dos princípios constitucionais, pois dele derivam todos os demais. (artigo 5º, incisos IV e V)
2.2 Princípio da imparcialidade do juiz: A isenção, em relação às partes e aos fatos da causa, é condição indeclinável do órgão da jurisdicional, para a prolação de uma decisão.
         A imparcialidade do juiz é, pois, pressuposto para que a relação processual se instaure validamente. Nesse sentido, alguns doutrinadores afirmam que o órgão jurisdicional deve ser subjetivamente capaz. 
O juiz imparcial é aquele que não tem sua imparcialidade comprometida pelo impedimento ou pela suspeição. Neste sentido o CPC elenca os motivos de impedimento e de suspeição do juiz. 
Para assegurar a imparcialidade do juiz, a Constituição estipula garantias e prescrevem-lhe vedações, conforme veremos adiante.  
A imparcialidade do juiz é uma garantia para as partes, devendo as mesmas exigir o seu cumprimento. A este direito da parte, corresponde o dever do Estado, que reservou para si o exercício da função jurisdicional, de agir com imparcialidade na solução das causas que lhe são submetidas.
       
 2.3 Princípio da isonomia: A Constituição assegura em seu artigo 5º que todos são iguais perante a lei. Neste diapasão, as partes em litígio devem merecer tratamento igualitário, para que tenham as mesmas oportunidades de fazer valer em juízo as suas razões. Assim o CPC proclama que compete ao juiz assegurar às partes igualdade de tratamento.
2.4 Princípios do contraditório e da ampla defesa: Em todo processo contencioso há pelo menos duas partes: autor e réu. Aquele instaura a relação processual, invocando a tutela jurisdicional, mas a relação processual só se completa e põe-se em condições de preparar o provimento judicial com o chamamento do réu a juízo. 
O juiz, por força de seu dever de imparcialidade, coloca-se entre as partes, mas eqüidistante delas, conferindo-lhes direitos e deveres, buscando sempre um tratamento igualitário entre elas, no sentido de possam expor suas razões, de apresentar suas provas, de influir no convencimento do julgador. 
Somente por meio da soma da parcialidade das partes (uma representando a tese e a outra, a antítese) o juiz pode corporificar a síntese, em um processo dialético. Cada qual dos contendores age no processo tendo em vista o próprio interesse, mas a atuação em contraditório facilitará a eliminação do conflito ou controvérsia que os envolve.
A Constituição se refere ao contraditório e ampla defesa em um mesmo dispositivo, determinando expressamente sua observância nos processos de qualquer natureza, conforme artigo 5º, inciso LV: Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
Como conseqüência desses princípios é necessário que se dê ciência a cada litigante dos atos praticados pelo juiz e pela parte contrária, efetivando-se o contraditório e possibilitando a ampla defesa. 
            
2.5 Princípio da ação (inafastabilidade da jurisdição): Pelo princípio da ação, ou princípio da demanda, ou princípio da iniciativa das partes, o Judiciário, órgão incumbido do exercício da atividade jurisdicional, regido por outro princípio (inércia processual), para movimentar-se no sentido de dirimir os conflitos intersubjetivos, depende da provocação do titular da ação, sendo vedado o início do procedimento sem a provocação da parte.
Como decorrência do princípio da ação, o juiz, que não pode instaurar o processo,  não pode, por conseguinte, tomar providências que superem os limites do pedido.
2.6 Princípio da identidade física do juiz: Segundo o referido princípio, para que o julgamento não seja feito por um juiz que não acompanhou os fatos nem apreciou as provas, o processo deve ter um mesmo juiz desde seu início até decisão final. 
2.7 Princípio do impulso processual: Uma vez instaurada a relação processual, compete ao juiz mover o procedimento de fase em fase, até exaurir a função jurisdicional. 
2.8 Princípio da motivação das decisões judiciais: É uma garantia das partes, devendo todas as decisões ou atos procedimentos serem motivados/ fundamentados, de forma a manter a transparência das decisões, no intuito de se permitir a impugnação nas hipóteses de insatisfação. 
2.9 Princípio da publicidade: Este princípio constitui mais uma garantia do indivíduo no tocante ao exercício da jurisdição. A presença do público nas audiências e a possibilidade do exame dos autos por qualquer pessoa representam o mais seguro mecanismo de fiscalização popular sobre o trabalho magistrados, promotores públicos e advogados. 
2.10 Princípio da lealdade processual: No processo, em sendo eminentemente dialético, é reprovável que as partes dele se sirvam faltando ao dever de honestidade, boa-fé, agindo deslealmente e empregando artifícios fraudulentos. Já vimos que a finalidade suprema do processo é a eliminação dos conflitos existentes entre as partes, possibilitando a estas respostas às suas pretensões, mas também para a pacificação geral na sociedade e para a atuação do direito. Devido a tais finalidades, se exige de seus usuários e atores a dignidade que corresponda aos seus fins. O princípio que impõe esses deveres de moralidade e probidade a todos aqueles que participam do processo (partes, juízes e auxiliares da justiça; advogados e membros do Ministério Público) denomina-se princípio da lealdade processual.
O CPC tem marcante preocupação na preservação do comportamento ético dos sujeitos do processo. Partes, advogados e serventuários, membros do Ministério Público e o próprio juiz estão sujeitos a sanções pela infração de preceitos processuais.Neste sentido, o CPC define a litigância de má fé e descreve quais as conseqüências para a parte na hipótese de ocorrência da mesma. A litigância de má-fé decorre da violação do dever de lealdade processual e deve ser reprimida com os instrumentos processuais de controle, materializados nas sanções legais disponíveis no Código de Processo Civil, de forma a contribuir com a distribuição de uma tutela jurisdicional em atendimento ao principio da isonomia. 
2.11 Princípios da economia e da instrumentalidade das formas:  O princípio da economia significa a obtenção do máximo resultado na atuação do direito com o mínimo possível de dispêndio. A aplicação típica desse princípio encontra-se em institutos como a reunião de processos por conexão ou continência, reconvenção, ação declaratória incidente, litisconsórcio etc.
Importante corolário da economia processual é o princípio do aproveitamento dos atos processuais, de aplicação geral nos processos civil e penal.
Pelo princípio da instrumentalidade das formas, como corolário da economia processual, deve-se conferir validade aos atos praticados de maneira distinta da prevista em lei, mas, desde que atinjam os objetivos para o qual se destinam. Neste diapasão verificamos que, caso o réu compareça em juízo, independentemente de citação, para alegar a ausência da mesma, será de imediato citado, independentemente da forma prescrita.
 2.12 Princípio do duplo grau de jurisdição:  Esse princípio prevê a possibilidade de revisão, por via de recurso, das causas já julgadas pelo juiz de primeiro grau (ou de primeira instância), garantindo, assim, um novo julgamento, por parte dos órgãos da jurisdição superior, ou de segundo grau. O referido princípio funda-se na possibilidade de a decisão de primeiro grau ser equivocada, por isso, a necessidade de se permitir a sua reforma em grau de recurso.
Unidade 3 – JURISDIÇÃO 
O Estado, para desempenho de suas atribuições, fraciona-as em três funções distintas e harmônicas entre si – a legislativa, a executiva e a judiciária.
Importa-nos no presente estudo a descrição da atividade jurisdicional.
Conforme descrito no início da unidade 1 a jurisdição consiste, de forma ampla, na função estatal de resolução de conflitos que é exercida por intermédio dos juízes. Neste ínterim, a função jurisdicional é monopolizada pelo Estado no desempenho de suas atribuições, sendo vedada (proibida) a autotutela dos interesses individuais ou coletivos em conflito.
A finalidade da atividade jurisdicional é resguardar a ordem jurídica e, como conseqüência, os interesses em conflitos que são regulamentados pela lei. 
 	
3.1 Princípios Fundamentais da Jurisdição
A atividade jurisdicional rege-se pelos seguintes princípios e características:
Princípio da investidura: a jurisdição (atividade jurisdicional) só pode ser exercida por quem se ache devidamente investido. Os juízes, neste sentido, deverão ser investidos em suas atribuições por ato oficial, aprovação em concurso público de provas e títulos e preenchimento dos requisitos descritos no artigo 37 da Constituição de 88.
Princípio da indelegabilidade da jurisdição: Ao juiz, no desempenho de suas atribuições, sendo vedada a delegação para outrem, devendo exercê-las pessoalmente.
Princípio da aderência da jurisdição ao território: A atividade jurisdicional é exercida em um território delimitado, não podendo ser exercida fora do território fixado ao juiz.
3.2 Características da Jurisdição:
inércia: conforme já afirmado, a atividade jurisdicional não pode ser exercida de ofício pelo magistrado, devendo o mesmo ser provocado. Neste sentido afirma-se que a jurisdição é inerte, devendo ser provocada pelas partes para que a função estatal seja exercida. 
monopólio estatal: pela vedação à autotutela pelas partes, diante de um conflito de interesses, deverão as mesmas aduzir em juízo suas pretensões, para solução dos seus conflitos de interesses, pois, somente o estado é o titular da atividade jurisdicional, que é exercida pelos magistrados.
substitutividade: a função jurisdicional é entendida como substitutiva da vontade das partes que não podem, diante de um conflito de interesses, resolver seus conflitos (autotuela). A ausência de acordo entre as partes faz com que as mesmas pleiteiem judicialmente a resolução de seus conflitos.
indeclinabilidade: os juízes (magistrados) uma vez provocados (inércia) não podem declinar de suas atribuições eis que devidamente investidos na função jurisdicional.
3.3 Espécies de Jurisdição
A atividade jurisdicional de resolução de conflitos e manutenção da ordem jurídica é una, ou seja, independentemente da natureza dos conflitos, penal, civil, trabalhista, eleitoral, a atividade exercida pelos juízes (magistrados) não se diversificam, constituindo sempre os mesmos objetivos conforme acima tratados.
Entretanto, por razões de ordem prática e de distribuição de funções, costuma-se dividir a atividade jurisdicional segundo alguns critérios.
Neste sentido observamos que, quando se faz referência à jurisdição cível, procuramos versar sobre conflitos de interesses (lides) de natureza não penal.
De modo geral, a jurisdição civil versa sobre lides não penais e que não constituam objeto das jurisdições especiais que são a trabalhista, a eleitoral e a militar. A jurisdição, nestes termos é divida em justiça comum e justiças especiais, conforme se verifica abaixo:
 
 Justiça comum Estadual
 Federal
Judiciário 
 Justiças Especiais Trabalhista
 Militar 
 Eleitoral
A jurisdição civil costuma ser dividida em contenciosa e voluntária. A jurisdição contenciosa, como o próprio nome aduz, se refere a existência de uma contenda, lide, pretensões contentadas – litígios.
As lides pressupõem dois sujeitos, autor e réu. O autor é aquele que formula uma pretensão e provoca a jurisdição contra ou em relação ao réu no intuito de ver aplicado o direito objetivo pelo magistrado para a resolução do conflito. Ao réu, caberá resistir à pretensão formulada pelo autor. Assim verificamos que na jurisdição contenciosa temos a existência de partes - autor e réu.
Enquanto a jurisdição contenciosa mostra-se responsável pela composição de conflitos de interesses, a jurisdição voluntária não versa sobre interesses em conflito, mas apenas em interesses que visam assegurar a ordem jurídica Diante da inexistência de conflitos, temos, na jurisdição voluntária apenas interessados e não partes. 
No intuito de tornar mais clara a exposição, citamos alguns exemplos de atos de jurisdição voluntária: nomeação de tutores e curadores, separação consensual, notificações e interpelações judiciais, dentre outros.
A distinção entre jurisdição contenciosa e voluntária deverá ser analisada segundo o quadro abaixo:
Jurisdição Contenciosa Jurisdição Voluntária
 lide				 acordo de vontades
 partes interessados
 sentença de mérito 		 homologação
 função jurisdicional função administrativa			
3.4 Garantias dos juízes
Aos juízes, no desempenho de suas funções, são asseguradas:
vitaliciedade: A vitaliciedade, em primeiro grau, será adquirida após dois anos de exercício da função jurisdicional e permitirá, ao juiz, exercê-la até completar setenta anos de idade, quando será compulsoriamente aposentado (art. 95, inciso I).
O juiz aprovado em concurso público e investido no cargo poderá perdê-lo em duas hipóteses: a) nos dois primeiros anos, não tendo adquirido a vitaliciedade, por deliberação do tribunal a que ele estiver vinculado, exigindo-se a maioria absoluta dos votos; b) após os dois anos, adquirida a vitaliciedade, por força de sentença penal ou civil transitada em julgado.
Registre-se,ainda, que a remoção, a disponibilidade e a aposentadoria, motivadas por interesse público, poderão ser decretadas pelo respectivo tribunal ou pelo Conselho Nacional de Justiça. A decisão será tomada por maioria absoluta, assegurada ampla defesa.
inamovibilidade: Em razão desta garantia, o juiz poderá permanecer na Comarca onde se encontra, não podendo ser removido para outra de mesma ou inferior entrância e nem mesmo promovido, sem seu consentimento.
irredutibilidade de subsídios: o juiz é protegido contra a possibilidade de irredutibilidade de seu subsídio (salário). Tal garantia constitucional, em verdade, alcança a todos os servidores públicos de todas as esferas governamentais e, inclusive, os trabalhadores da iniciativa privada 
3.5 Auxiliares do juízo
Atuam juntamente com os magistrados, contribuindo com o exercício da função jurisdicional os seguintes auxiliares:
Escrivão: funcionário responsável pela secretaria (vara). Pratica todos os atos necessários para o seguimento do procedimento como, por exemplo, envio de ofícios e cartas. Verificar artigo 166 do CPC
Oficial de Justiça: pratica atos fora do fórum, como, avaliações, penhoras, citações.
Distribuidor: responsável pelo “sorteio” (distribuição) da petição inicial nos locais em que existirem mais de um juiz ou mais de uma vara
Contador: responsável pelos cálculos aritméticos em determinados procedimentos.
Partidor: responsável pela partilha nos procedimentos sucessórios em que há ausência de consenso.
Depositário Público: responsável pelos bens penhorados ou em garantia do juízo.
São considerados como auxiliares eventuais o perito, o avaliador, o arbitrador, o intérprete, o depositário particular, administrador, o síndico e o inventariante.
Unidade 4 – AÇÃO
Várias são as teorias que ao longo da história tentaram explicar a “ação” ou direito de ação.
Independentemente de toda evolução histórica do direito de ação, mostra-se fundamental o estudo do referido instituto eis que, em razão da inércia da jurisdição, o Estado só poderá exercer sua função após a provocação pelos interessados, que ocorrerá mediante o exercício da ação.
Anteriormente à separação entre direito material e direito processual a ação era estudada segundo a doutrina civilista, pelo direito material, perdurando tal entendimento até meados do século XIX, caracterizando verdadeiro impasse ao desenvolvimento de estudos relacionados à natureza jurídica da ação. A teoria civilista ou imanentista da ação mostra-se como reflexo de um estudo do direito processual ainda vinculado ao direito material, sendo o processo civil um apêndice do direito civil, sendo a ação o próprio direito material após a violação.
Um novo posicionamento doutrinário iniciou-se na Alemanha, em meados do século passado, que ficou conhecida como polêmica entre Windscheid e Muther, e serviu como marco para dissociação entre ação e direito material, devendo ser entendida a primeira como direito a prestação jurisdicional. 
A dissociação entre direito de ação e direito material ocorre devido ao entendimento de Muther quanto a existência, diante de uma lesão, de dois direitos: direito do ofendido à tutela jurídica do Estado e direito de Estado de eliminar a lesão contra aquele que praticou.
A partir deste entendimento duas outras correntes se desenvolveram: a da ação como direito autônomo e concreto e a da ação como direito autônomo e abstrato.
Segundo a teoria da ação como direito autônomo e concreto, defendida por Wach, a ação consistia em um direito concreto à tutela jurídica, sendo que, somente na sentença, em caso de procedência, poderíamos afirmar a existência da ação. Logo, em hipótese de improcedência a ação não teria existido.
Como em continuidade à teoria concreta da ação, Giuseppe Chiovenda desenvolve sua teoria da ação como direito potestativo, em que o direito de ação correspondia uma sentença favorável ao autor para reparar o direito lesado e ameaçado, sob o prisma da sujeição do réu ao autor (potesdade). O direito potestativo correspondia ao direito que decorre de uma situação de sujeição do outro sujeito da relação jurídica.
Já, nos termos da teoria da ação como direito abstrato, a ação existiria como decorrência de um pronunciamento de mérito, seja favorável, seja desfavorável ao autor.
Além das teorias acima, citamos como de suma importância a teoria eclética de Enrico Túlio Liebman que parte da teoria abstrata do direito de ação (direito de exigir do Estado uma sentença de mérito acerca de uma pretensão) e afirma que para exercício do direito de ação seria necessário o preenchimento de determinadas condições, que são: possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir e legitimidade.
Caso não atendidas as condições da ação, não teríamos o exercício do direito de ação, ou seja, somente após o preenchimento de tais requisitos é que se tornaria possível o acesso a uma tutela de mérito.
Interessante asseverar que o Código de Processo Civil Brasileiro adotou a teoria de Liebman quanto às condições da ação, conforme definição abaixo.
4.1 Condições da ação no Código de Processo Civil Brasileiro
As condições da ação, de Enrico Túlio Liebman, foram adotadas pelo Código de Processo Civil Brasileiro. A ação no direito processual contemporâneo pode ser entendida como a faculdade do cidadão de solicitar/pleitear perante o judiciário a tutela jurisdicional em razão de um conflito de interesses, o que constituiu uma garantia constitucional.
Para Alexandre Freitas Câmara a ação deve ser entendida como o poder de exercer posições jurídicas ativas no processo jurisdicional, preparando o exercício, pelo Estado, da função jurisdicional.
A ação deve ser estudada como garantia constitucional assegurada ao cidadão de requer (propor/ajuizar) a solução de seu conflito de interesses (lide). A decisão do magistrado (juiz) poderá ser favorável ou desfavorável ao autor, sem que tal fato interfira no exercício do direito de ação.
Neste sentido, para que as partes façam chegar ao conhecimento do magistrado devem a mesma provocá-lo, pois, conforme já descrevemos, pelo princípio da inércia, a atividade jurisdicional é inerte devendo as partes postularem em juízo do intuito de provocar a função jurisdicional. 
Como forma de provocar a atividade jurisdicional, deverá a parte, por intermédio de seu advogado instrumentalizar sua reclamação em uma peça processual – a petição inicial, que deverá conter todos os elementos da lide (partes, pedido e causa de pedir) de forma a viabilizar o pronunciamento jurisdicional.
É exatamente neste momento procedimental que serão analisadas as condições da ação, que possibilitará o prosseguimento do procedimento de forma a viabilizar o julgamento. 
Importante destacarmos que, o preenchimento das condições da ação, permitirá o julgamento, podendo ser favorável ou desfavorável ao autor.
Segundo Nelson Nery, as condições da ação possibilitam ou impedem o exame da questão seguinte. Presentes todas, o juiz pode analisar o mérito, não sem antes verificar se encontram presentes os pressupostos processuais. Ausente uma delas ou mais de uma, ocorre o fenômeno da carência de ação, ficando o juiz impedido de examinar o mérito. 
Neste sentido, definimos as condições da ação: 
Possibilidade jurídica do pedido: corresponde à análise de, no ordenamento jurídico, de forma abstrata, de inexistência de vedação expressa à demanda formulada (Marcelo Abelha). Significa verificar que não há proibição no ordenamento jurídico quanto à pretensão formulada.
Segundo Arruda Alvim, consiste na verificação se o pedido é, abstrata ou idealmente, contemplado pelo ordenamento jurídico, senão vedado pelo mesmo.
Exemplos: ação ajuizada para cobrança de dívida de jogo ou a ação de usucapião contra a Fazenda Pública.
Interesse de agir: também conhecido como interesse processual, deve ser entendido como a utilidade do provimento jurisdicional pretendido. Neste sentido será verificado pela presença do binômio necessidade da tutela jurisdicional e adequaçãodo provimento, que pode ser encontrados da seguinte forma: interesse-necessidade e interesse-adequação. 
A necessidade de atuação do judiciário vincula-se a vedação pelo ordenamento jurídico da autotutela, sendo que, todo aquele que se considera lesado, deverá pleitear sua proteção. Necessário ainda que o demandante compareça em juízo em busca do provimento adequado para a situação jurídica narrada na sua petição inicial, valendo-se da via procedimental adequada.
Segundo Alexandre Freitas Câmara “terá interesse de agir aquele que apresentar necessidade da tutela jurisdicional, tendo pleiteado um provimento que se revele adequado para a tutela da posição jurídica afirmada na demanda”.
Exemplos: ação de reintegração de posse de algo que já foi devolvido, mandado de segurança para revogar ato já revogado, propositura de execução sem título. 
Legitimidade das partes: também conhecida como pertinência subjetiva da ação, ou legitimatio ad causam e podendo ser entendida como a legitimidade para a causa que, somente é conferida aos titulares da relação jurídica deduzida. Será legitimado para atuar em juízo somente o titular do interesse levado a juízo pela demanda.
Exemplos: Em uma ação de despejo, será parte legítima para propor-la o locador, enquanto a legitimidade passiva caberá àquele que o locador apontou como locatário; em uma ação de cobrança o legitimado ativo será o titular do crédito, e o legitimado passivo, o sujeito apontado pelo autor como devedor.
Conforme verificamos pela leitura do artigo 18 do CPC, a legitimação ordinária constitui a regra geral quanto à legitimação, em que será legitimado para atuar em juízo tão somente o titular do interesse levado a juízo. Somente, excepcionalmente, a norma jurídica poderá autorizar que alguém pleiteie em juízo, em nome próprio, na defesa de interesse alheio, é a denominada legitimação extraordinária. Como exemplo claro de legitimação extraordinária podemos citar a atuação do sindicato em defesa dos seus associados, ou, a atuação do Ministério Público na defesa de interesses coletivos.
OBS: Legitimação Ordinária x Legitimação Extraordinária
Legitimação Ordinária: postulação em juízo pelo titular do direito material lesado.
Legitimação Extraordinária: postulação em juízo em nome próprio na defesa de interesse alheio. Alguns doutrinadores a definem com substituição processual.
Substituição Processual: defendida por Barbosa Moreira como espécie de legitimação extraordinária, só ocorrendo a substituição quando o substituto atuar sozinho em juízo; pois, em caso de litisconsórcio entre substituto e substituído temos, segundo o autor, uma hipótese de legitimação extraordinária.
4.2 Elementos da Ação
Os elementos da ação, no sentido processual são: partes, pedido e causa de pedir. 
Partes: sujeitos em litígio. 
OBS: Não confundir sujeitos do processo partes, juiz, Ministério Público e auxiliares, com sujeitos da lide, que são as partes.
Causa de pedir: causa petendi, que se divide em próxima e remota.
O Código de Processo Civil Brasileiro adota a teoria da substanciação ou consubstanciação que exige que as partes aleguem em juízo a causa de pedir próxima e a causa de pedir remota.
Próxima: correspondem às normas descritas no ordenamento jurídico, fundamento legal da pretensão.
Remota: correspondem aos fatos que fundamentam a pretensão em juízo.
Pedido: constitui o núcleo central da petição inicial, podendo ser dividido em pedido imediato e pedido mediato e classificado em cumulativos, sucessivos, alternativos ou de prestações periódicas.
Imediato: prestação jurisdicional. Atuação do Estado para resolução do conflito.
Mediato: bem da vida protegido pelo ordenamento jurídico.
Pedido Alternativo: quando o devedor puder cumprir a obrigação de mais de um modo. 
Pedido Cumulativo: formulação de vários pedidos, para conhecimento de todos, pelos magistrados, desde que adequado o procedimento.
Pedido Sucessivo: pedidos formulados para conhecimento do posterior quando o juiz não conhecer do anterior.
Pedido de prestações periódicas: é o pedido que não se exaure no pagamento de uma única prestação, sendo que as mesmas se perpetuam no tempo.
Unidade 5. SUJEITOS DA RELAÇÃO PROCESSUAL: PARTES E PROCURADORES
Conforme já mencionamos acima parte é o sujeito da lide ou da relação jurídica material deduzida em juízo. 
Para Humberto Theodoro, a parte, além de sujeito da lide ou do negócio jurídico material deduzido em juízo, é também sujeito do processo, no sentido de que é uma das pessoas que atuam no processo, seja no sentido ativo, seja no passivo.
No mesmo sentido afirma que a parte como sujeito da lide é a parte em sentido material e que a parte como sujeito do processo é a parte em sentido processual.
A capacidade de ser parte de divide em capacidade de estar em juízo e capacidade postulatória 
Por capacidade processual entende-se a capacidade de exercício do direito de invocar o Judiciário para a resolução da lide. É também conhecida como capacidade de fato, capacidade de exercício, ou legitimatio ad processum. 
Como pressuposto da capacidade de exercício, temos a capacidade de direito, também conhecida como capacidade de aquisição, capacidade de vir a juízo, ou legitimatio ad causam, deferida a todos aqueles que possuem personalidade civil, ao menos via de regra. 
O Código, em determinadas hipóteses confere legitimidade ad causam e processual, ativa e passiva, a entes despersonalizados, tais como as universalidades de bens (massa falida e espólio) e as sociedades de fato.
Abaixo, seguem as principais terminologias utilizadas pela doutrina:
	Capacidade de direito
	Capacidade de fato
	Capacidade de estar em juízo
	Capacidade processual
	Capacidade de aquisição de direitos
	Capacidade de exercício
	Legitimatio ad causam
	Legitimatio ad processum
Em relação à capacidade postulatória, justifica-se em razão de a lei exigir, em regra, a interposição de peças processuais por quem possua conhecimentos técnico-jurídicos, de modo a prestigiar a importante função de advogado, declarada pelo texto constitucional como função essencial à justiça, de forma a possibilitar, em razão de utilização de conhecimentos técnicos, otimização do instrumento estatal de composição de litígios. Salienta-se que em determinados casos a lei autoriza o início de processos por atuação exclusivamente das partes, a exemplo do que ocorre com os juizados especiais, nas causas de até 20 salários mínimos.  
Capacidade Processual: aptidão para participar da relação processual, seja em nome próprio ou alheio. (verificar acima os conceitos de substituição processual e legitimação extraordinária)
Capacidade processual da pessoa casada: Importante destacarmos as regras contidas no CPC quanto à capacidade processual das pessoas casada.
Dos procuradores
As partes, que em regra não possuem a capacidade postulatória, serão representadas em juízo por advogado legalmente habilitado, que é aquele que se encontra regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
	Para atuação em juízo deverão as partes conceder ao procurador um instrumento de mandato que é a procuração, documento hábil a comprovar os poderes que foram conferidos ao advogado pela parte.
OBS: Importante que o aluno não confunda o instrumento de procuração com o instrumento de substabelecimento
O advogado (mandatário) pode fazer-se substituir na execução do encargo recebido, transferindo para outra pessoa a incumbência recebida. Se isto acontecer, o substabelecido passa a ocupar a posição do advogado, representando a parte (mandante). A transferência realizada pelo advogado, por ato escrito, do encargo recebido, para uma outra pessoa, recebe o nome de substabelecimento.
O substabelecimento pode ser dado com ou sem reserva de poderes. Se feito com reserva, pode o substabelecente assumir novamente a sua posição originária no contrato; se feito sem reserva, equivalerá à renúncia.
5.1 Do litisconsórcio
O instituto do litisconsórciodeve ser entendido como a cumulação subjetiva no processo, ou seja, a cumulação de vários sujeitos, seja como autores, seja como réus no mesmo processo, desde que em obediência às determinações do CPC.
Espécies de litisconsórcio:
Quanto à pluralidade de sujeitos, o litisconsórcio pode ser:
Ativo: caracteriza-se pela presença de vários autores.
Passivo: caracteriza-se pela presença de vários réus.
Misto: caracteriza-se pela presença de vários autores e vários réus.
Quanto ao momento da formação, o litisconsórcio poderá ser:
Inicial: quando ocorre no início do procedimento, na formação da relação processual.
Ulterior: quando ocorre no curso do processo, depois de já constituída a relação processual
Quanto a relação entre os litisconsortes, o litisconsórcio pode ser:
Necessário: quando houver determinação legal. Aquele em que a ação somente poderá ser ajuizada por ou em face de duas ou mais pessoas
Ex: litisconsórcio necessário entre marido e mulher nas ações que versem sobre direitos reais imobiliários, ação de dissolução de sociedade em que devem ser citados todos os sócios.
Facultativo: nas demais hipóteses, fora da determinação legal, geralmente constituído pela vontade das partes.
Ex: condôminos em uma ação de reivindicação que podem postular em juízo sozinhos ou em conjunto com os demais, um credor que postula em juízo em face de co-devedores solidários.
Quanto a sentença a ser proferida, o litisconsórcio pode ser:
Unitário: quando o juiz tiver que decidir a lide de modo uniforme para todos os litisconsortes
Simples: quando é permitida a decisão de forma diferenciada para os litisconsortes.

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