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1 2 AULA 4: REFORMA UNIVERSITÁRIA DE 1968 3 INTRODUÇÃO 3 CONTEÚDO 4 GOVERNO DE JANGO 4 REVOLUÇÃO DE 1964: MUDANÇAS ECONÔMICAS 5 REVOLUÇÃO DE 1964: TORTURA À MODA DA CASA 6 ATUAÇÃO DOS ESTUDANTES EM PROL DA REFORMA UNIVERSITÁRIA 7 ATIVIDADE PROPOSTA 1 8 ADOÇÃO DO PROJETO DE REFORMA PELO GOVERNO 8 RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO 10 QUESTÕES DESTACADAS NO RELATÓRIO DE TRABALHO 11 LUTA PELO SISTEMA UNIVERSITÁRIO 13 ATIVIDADE PROPOSTA 2 14 REFERÊNCIAS 15 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 16 CHAVES DE RESPOSTA 20 ATIVIDADE PROPOSTA 1 20 ATIVIDADE PROPOSTA 2 20 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 20 3 Introdução Nesta aula, você entenderá como se deu o processo de reforma do Ensino Superior no Brasil. Essa reorganização favoreceu a criação da instituição universitária no país, cujo modelo era mais acadêmico em contraposição às faculdades isoladas que existiam até então. Além disso, os esforços em favor dessa reforma apostaram na ascensão social através da educação. A atuação do Estado foi fundamental para articular, junto às demandas do movimento estudantil, essa proposta de modernização educacional, que deixou um legado para o Ensino Superior brasileiro. Objetivo: Explicar o projeto de reforma universitária promovido no Brasil e o papel do Estado nesse contexto. 4 Conteúdo Governo de Jango Na aula anterior, você conheceu um pouco a história do Brasil e identificou as orientações políticas que se firmaram no país de 1930 a 1960. A partir de agora, vamos nos concentrar na década de 1960 para entender por que momentos passava o país no momento de implantação do projeto de reforma universitária. O cenário político do Brasil dos anos 1960 foi marcado pela renúncia do então presidente Jânio Quadros, em 1961, e pela entrada de João Goulart – também conhecido como Jango – no governo. Essa nova fase trouxe a possibilidade de diálogo entre as organizações sociais, através das vozes de estudantes, dos grupos populares e dos trabalhadores. Nesse contexto, o medo se espalhou pela classe conservadora: todos temiam que o país adotasse o socialismo. Por isso, o governo de Jango foi curto (1961- 1964) e se encerrou com a tomada de poder pelos militares, no dia 1º de abril de 1964. O Brasil entrava, dessa forma, no período que ficou conhecido como anos de chumbo: a ditadura militar! 5 Revolução de 1964: mudanças econômicas O novo regime de ditadura brasileiro aliou-se à política econômica dos Estados Unidos, o que, a princípio foi proveitoso para o Brasil. Mas os resultados dessa união não foram tão vantajosos assim... A entrada de capital externo no país recuperou sua economia, convencionando o que ficou conhecido como milagre econômico. No entanto, esse ganho gerou grande aumento da concentração de renda e, consequentemente, da pobreza. Nesse caso, a elevação do Produto Interno Bruto (PIB)1 não significava melhoria na qualidade de vida do trabalhador. Pelo contrário: aumentava as desigualdades sociais no Brasil em função dos elevados índices de inflação, oriundos da dívida pública do país. Toda essa situação que separava as classes populares da elite começou a causar conflitos internos em solo brasileiro, que eram contidos pelo poder do Estado. 1 Produto Interno Bruto (PIB) O PIB mede quanto, do total produzido, caberia a cada cidadão se todos tivessem direito a partes iguais. Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/pib-o-que-e/platb/>. Acesso em: 18 fev. 2014. O que significa ter um PIB elevado? Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/pib-o- que-e/platb/>. Acesso em: 18 fev. 2014. 6 Revolução de 1964: tortura à moda da casa O período da ditadura militar no Brasil foi, então, definido pela repressão política, que limitava, de forma drástica, a liberdade de opinião e expressão, de imprensa e organização no país. O objetivo era controlar qualquer pensamento que se opusesse ao poder! Havia, inclusive, leis que regiam a doutrina de segurança nacional, como o Decreto-Lei nº 314/67, que justificava a ordem e protegia o Estado de qualquer ato subversivo. Esse momento da história brasileira foi, portanto, caracterizado pela divergência de opinião com relação ao governo e por momentos de tortura. Entre os grupos que eram contra as imposições governamentais, estavam os estudantes! Veja, a seguir, como eles atuavam em sociedade para lutar por seus direitos. 7 Aprenda mais Para saber mais sobre o período da ditadura militar no Brasil e suas consequências para o país, sugerimos que assista aos seguintes filmes e documentários: Ato de fé; Vlado – 30 anos depois; O que é isso companheiro?; Batismo de sangue. Atuação dos estudantes em prol da reforma universitária A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB de 1961) alimentou o debate sobre a reforma universitária que vinha sendo travado por alguns grupos representantes da sociedade – entre eles a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a União Nacional dos Estudantes (UNE). Já havíamos discutido a respeito do assunto na aula anterior, quando nos referimos à criação, em 1961, da Universidade de Brasília (UnB), você se lembra? Em tempos de ordem, a UnB provocou a (des)ordem ao oferecer espaço para a UNE reivindicar a reforma universitária, de modo que os estudantes levassem adiante as questões que norteavam as discussões sobre esse projeto em um país em crescente industrialização, com fortes tendências à urbanização. Foi a partir de tais movimentos de luta que esses jovens passaram a incomodar o governo brasileiro da época. 8 Entre 1964 e 1967, os estudantes assumiram como bandeira a discussão em torno da revogação de dois acordos: A estreita relação do Brasil com os Estados Unidos, através da parceria entre o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e a Agência Norte- americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) – conhecida como 2acordo MEC-USAID ; A Lei nº 4.464/64 ou Lei Suplicy, que extinguia a UNE para substituí-la pelo Diretório Nacional dos Estudantes (DNE). Atividade proposta 1 Como vimos na tela anterior, os jovens estavam irritando os militares e a disputa entre tais grupos foi se evidenciando. Ouça a música Mosca na sopa, composta por Raul Seixas e diga qual a relação entre a sua letra a situação política do Brasil no período da Ditadura Militar. Adoção do projeto de reforma pelo governo No final dos anos 1960, o governo começou a se preocupar com a capacidade subversiva dos estudantes. Sendo assim, o Estado resolveu adotar o projeto de reforma universitária e, em 1967, criou o Decreto nº 62.024, que visava, em seu Artigo 1º: 2 Acordo MEC-USAID Relação entre o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e a United States Agency for International Development (USAID) que contava com empréstimos e financiamentos, intercâmbios entre professores e alunos de ambos os países, e o estabelecimento de uma equipe de especialistas brasileiros e norte-americanos, que contribuiu, também, para a implementação da reforma universitária de 1968. 9 a) “Emitir parecer conclusivo sobre reivindicações, teses e sugestõesreferentes às atividades estudantis; b) Planejar e propor medidas que possibilitem melhor aplicação das diretrizes governamentais no setor estudantil; c) Supervisionar e coordenar a execução dessas diretrizes, mediante delegação do Ministro de Estado”. Entretanto, além dessas, outras questões estavam por trás dessa intenção... De acordo com Fávero (2006, p. 32), no projeto do governo voltado para o Nível Superior, tornou-se necessário: “Fortalecer o princípio de autoridade e a disciplina nas instituições; Ampliar as vagas; Implantar o vestibular unificado; Criar cursos de curta duração; Enfatizar os aspectos técnicos e administrativos”. Algumas dessas demandas representavam as reivindicações dos estudantes, mas outras vieram do Estado, que insistia em manter o controle no âmbito das Instituições de Ensino Superior (IES). Articulada a outros movimentos, a UNE saiu, então, às ruas e continuou alimentando o debate no interior das universidades. A crise universitária passou a ser um problema de caráter nacional! 10 Relatório do Grupo de Trabalho Dando continuidade a sua estratégia de lidar com os estudantes revolucionários, em 1968, o governo criou o Decreto nº 62.937, que instituiu um Grupo de Trabalho para estudar a reforma da universidade brasileira. O objetivo desse grupo era: “[...] visa[r] à eficiência, à modernização, à flexibilidade administrativa [universitária] e à formação de recursos humanos para o desenvolvimento do país”. Fonte Relatório do Grupo de Trabalho, 1968, p. 15. In: Fávero, 2006, p. 32-33. De acordo com Fernandes (1974 apud GAUER; GOMES, 2005), esse documento foi o melhor diagnóstico que o governo havia feito do Ensino Superior até aquele momento, embora traduzisse mais uma tentativa de garantir o controle sobre as universidades. Já para Rosas (1992 apud GAUER; GOMES, 2005), essa atitude de transformação teve uma intenção: evitar que outras mudanças ocorressem. Afinal, no Brasil, prevalecia a ideia de que a solução para os problemas políticos do país podia ser fornecida pelos governantes, por aqueles que detinham o poder, e não pelo diálogo a partir das demandas de diversos grupos sociais. Justamente por isso, os conflitos não eram solucionados. 11 Questões destacadas no relatório de trabalho O Relatório do Grupo de Trabalho destacou algumas questões quanto ao Ensino Superior brasileiro. Entre elas, estão: A inadequação das universidades3 para atender ao desenvolvimento do país, em função de sua organização; A falta de organicidade dos projetos universitários; O despreparo das universidades para a investigação científica e tecnológica. Além disso, de acordo com Fávero (2006), algumas medidas oriundas do projeto de reforma universitária no Brasil foram efetivadas por esse documento. Dessa forma, foram implementados os seguintes sistemas nas universidades: Sistema departamental e carreira do magistério O Decreto-Lei nº 252/67, que se estendia por todo o Ensino Superior brasileiro4, extinguia as cátedras5 e conferia ao departamento a função de unidade básica da instituição de ensino universitário no Brasil. Diante desse cenário, a política da carreira do magistério superior ganhou destaque no propósito de investir em professores com regime de tempo integral de serviço e dedicação exclusiva, em lugar dos contratos de horas-aula. 3 Inadequação das universidades As universidades foram criadas a partir da superposição de faculdades tradicionais – uma proposta da década de 1950 que não acompanhou as mudanças ocorridas no Brasil. 4 Ensino Superior brasileiro Dentro deste contexto, incluíam-se as faculdades isoladas ou universidades, em instituições públicas ou privadas. 5 Cátedras Posição titular ocupada pelo profissional docente que atua em instituição de Ensino Superior voltada para a pesquisa científica. 12 Vestibular unificado O vestibular unificado alterou os critérios de entrada dos alunos nas faculdades, banindo a diferença entre diversas instituições. Ciclo básico O ciclo básico constituía a universidade como um “colégio de terceiro grau”, no qual os alunos ingressantes teriam aulas de reforço para fixar os conteúdos pouco desenvolvidos no Ensino Médio. Sistema de créditos e matrícula por disciplina A implantação do sistema de créditos e da matrícula por disciplina resultou dos interesses políticos em desestimular os movimentos de luta dos estudantes. Para Gauer e Gomes (2005): “[...] a matrícula por créditos suplantaria a seriação nos cursos e aboliria as turmas em cursos de graduação, o que visava desmobilizar a organização estudantil”. Pós-graduação Conforme aponta Romanelli (2006, p. 232), a institucionalização do sistema de pós-graduação representou o novo modelo universitário – aquele que: “[...] teoricamente, pretendia agregar a racionalidade administrativa à universidade para torná-la mais moderna e adequada às exigências do desenvolvimento [do país]”. Entretanto, o autor adverte que, como efeito colateral, essa racionalidade administrativa acabou aumentando, no âmbito político, os controles: Interno – acompanhamento dos órgãos centrais da vida acadêmica; 13 Externo – monitoramento da universidade pelos órgãos de administração federal de ensino. Acesse, na íntegra, o Relatório do Grupo de Trabalho. Luta pelo sistema universitário Como vimos ao longo desta aula, o Brasil lutou muito para consolidar seu sistema universitário, afinal, trata-se do país da América Latina em que a reforma do Ensino Superior tardou a chegar. De acordo com Bomeny ([s.d.]), antes mesmo da criação da Universidade do Brasil (UB), em 1920, a Argentina já havia assumido, em 1918, esse projeto de reforma, com a participação intensa dos estudantes. A partir do modelo argentino, um movimento de efeito cascata foi-se evidenciando no contexto do Ensino Superior dos demais países, entre eles: Peru (1919); Chile (1920); México (1921); Colômbia (1922 e 1924); Cuba (1923); Paraguai (1927); Venezuela (1928). Organizado pelos jovens, esse movimento tinha como objetivo dar um sentido político às discussões – por vezes, impedidas pelo Estado – sobre a participação dos indivíduos nos diversos espaços da sociedade. 14 Atividade proposta 2 Na época da ditadura militar, as charges chamavam a atenção da população para o regime empregado no Brasil. Por meio desse instrumento, o povo era estimulado a lutar por seus direitos. A charge a seguir é de um importante cartunista do período, conhecido como o “garrincha dos traços”: Fonte HENFIL. Revista Alterosa, 1964. Após analisar esse pequena caricatura que bem representa o momento de tensão vivido pelo país, aponte a relação do governo militar com a sociedade brasileira. 15 Aprenda mais Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, sugerimos as seguintes leituras: CUNHA, L. A. Ensino Superior e universidade no Brasil. In: LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. 500 anos de educação no Brasil. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2000. ______. Educação, estado e democracia no Brasil. 4. ed. São Paulo: Cortez; Niterói: Universidade Federal Fluminense; Brasília: FLACSO do Brasil, 2001. Referências BOMENY, H. A reformauniversitária de 1968: 25 anos depois. Portal das Ciências Sociais brasileiras. Disponível em: <http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_26/rbcs26_04.htm>. Acesso em: 18 fev. 2014. CUNHA, L. A. A universidade reformanda: o golpe de 1964 e a modernização do Ensino Superior. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. FÁVERO, M. de L. de A. A universidade no Brasil: das origens à reforma universitária de 1968. Revista Educar, Curitiba, n. 28, p. 17-36, 2006. GAUER, G.; GOMES, W. B. Ensino de Psicologia e a reforma universitária de 1968. In: ______. Psicologia na Universidade Federal do Rio Grande do 16 Sul: 1943-2003. Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Museu Virtual da Psicologia no Brasil, Porto Alegre, maio 2005. ROMANELLI, O. de O. Introdução. In: ______. História da educação no Brasil (1930/1973). 30. ed. Petrópolis: Vozes, 2006. Exercícios de fixação Questão 1 O estudo de caso destinado à discussão desta aula apresenta a história da República da Coreia ou Coreia do Sul – país caracterizado, no período de 1960, como uma região agrícola pobre que passou pelo regime da ditadura militar. Essa nação se distingue da brasileira em termos de industrialização. Afinal, enquanto a Coreia se desenvolve sem agravar a desigualdade social, elevando, de forma considerável, seu PIB, o Brasil reproduz o chamado milagre econômico, provocando significativo aumento da concentração de renda e da pobreza. Sobre o desenvolvimento da educação em ambos os países, é possível afirmar que: a) As atividades universitárias fortaleciam o Estado. b) Os sistemas educacionais vislumbravam o indivíduo e a coletividade. c) No Brasil, a reforma universitária foi efetivada para atender ao quantitativo de trabalhadores que não tinham formação qualificada. 17 d) As bases do sistema educacional da Coreia se ancoravam nos Ensinos Fundamental e Médio, de caráter público, e a maior parte, no Ensino Superior, de caráter privado. e) Assim como no Brasil, o sistema educacional coreano preferiu investir em uma base mais ampla de trabalhadores qualificados e obter pouca diferença entre aqueles com maiores e menores salários. Questão 2 O contexto brasileiro do período da ditadura militar era de opressão: todos estavam submetidos aos oposicionistas no país. Mesmo assim, os estudantes insistiam em lutar em favor de seus ideais e acabaram se tornando, de algum modo, a mosca na sopa dos militares. Entre os anos 1964 e 1967, os jovens tinham a intenção de revogar os seguintes acordos: I. A parceria entre o MEC e a USAID, que oferecia assistência técnica e financeira ao Brasil e aos Estados Unidos. II. A criação de partidos políticos. III. A Lei de Segurança Nacional. IV. A Lei Suplicy, que extinguia a UNE para substituí-la pelo DNE. V. O Ato Institucional nº 5 (AI-5). Entre os itens anteriores, estão CORRETOS: a) I, II e III b) II, III e IV c) I e IV d) II e III e) II, III e V 18 Questão 3 O Decreto nº 62.937/68, que instituiu o Grupo de Trabalho, tinha como objetivo estudar a reforma da universidade brasileira para: a) Avaliar o auxiliar de ensino e os docentes livres. b) Analisar a figura dos docentes livres e do professor titular. c) Garantir o controle das instituições até então empreendido. d) Assegurar sua eficiência, sua modernização, a flexibilidade administrativa e a formação de recursos humanos para o desenvolvimento do país. e) N.R.A. Questão 4 O Relatório do Grupo de Trabalho, instituído pelo Decreto nº 62.937/68, evidencia as seguintes questões quanto ao Ensino Superior brasileiro: I. A reorganização da UNE. II. A Lei de Segurança Nacional. III. A falta de organicidade dos projetos universitários. IV. O despreparo das universidades para a investigação científica e tecnológica. V. A inadequação das universidades para atender ao desenvolvimento do país, em função de sua organização. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) I e II b) III, IV, V c) I, II, III e IV d) Somente I e) Somente II 19 Questão 5 Para garantir a eficiência e a produtividade das universidades, algumas medidas foram efetivadas na reforma universitária, resultando na implementação: I. Do sistema departamental e da carreira do magistério. II. Da pós-graduação. III. Do vestibular unificado. IV. Do ciclo básico. V. Do sistema de créditos e da matrícula por disciplina. Entre os itens anteriores, estão CORRETOS: a) I e III b) II, III e IV c) II e III d) I e V e) I, II, III, IV e V 20 Atividade proposta 1 Apesar das controvérsias sobre o sentido dessa música, a letra faz uma referência clara à ditadura militar. Através de uma metáfora, o povo representa a mosca e a ditadura militar, a sopa. Dessa forma, a população é tratada como aquela que incomoda, que não pode ser eliminada, pois sempre vão existir os que lutam contra regimes opressores. Disponível em: <http://www.historiadigital.org/historia-do-brasil/brasil-republica/ditadura- militar/10-musicas-de-protesto-a-ditadura-militar/>. Acesso em: 19 fev. 2014. Atividade proposta 2 O período do regime militar instaurou no Brasil um clima de terrorismo para defender o Estado de qualquer pensamento de oposição ao poder. A repressão política bem como a censura aos meios de comunicação e às manifestações artísticas limitavam a liberdade de opinião e expressão do povo. Mesmo assim, os movimentos estudantis assumiam um caráter subversivo, pois levantavam a bandeira da democracia juntamente com suas reivindicações. Exercícios de fixação Questão 1 – D Justificativa: De acordo com a leitura do estudo de caso proposto para esta aula... “O modelo coreano de crescimento compartilhado (1960-1990) afirma que, depois da Guerra da Coreia, o governo focou nos Ensinos Fundamental e Médio, deixando a maior parte para o Ensino Superior” (p. 12). 21 Nas instituições universitárias do Brasil, o ensino era caracterizado como arcaico e elitista. Afinal, apesar de o país se preocupar com a formação qualificada dos trabalhadores, o importante era atender às demandas da indústria. Sobre o Nível Superior, o Estado brasileiro assumiu o compromisso com a reforma por acreditar que o pensamento universitário se configurava como uma ameaça para os objetivos do governo. Questão 2 – C Justificativa: Entre 1964 e 1967, os estudantes assumiram como bandeira a discussão em torno da revogação de dois acordos – a estreita relação do Brasil com os Estados Unidos, através da parceria entre o MEC e a USAID, e a Lei Suplicy (1964), que extinguia a UNE para substituí-la pelo DNE. Questão 3 – D Justificativa: Em 1968, o Decreto nº 62.937 instituiu o Grupo de Trabalho, que tinha como objetivo estudar a reforma da universidade brasileira, “visando à sua eficiência, modernização, flexibilidade administrativa e formação de recursos humanos para o desenvolvimento do país” (RELATÓRIO DE GRUPO DE TRABALHO, 1968, p. 15 apud FÁVERO, 2006, p. 32- 33). Questão 4 – B Justificativa: O Relatório do Grupo de Trabalho destacou algumas questões quanto ao Ensino Superior brasileiro. Entre elas, estão: A inadequação das universidades para atender ao desenvolvimento do país, em função de sua organização; A falta de organicidade dos projetos universitários;22 O despreparo das universidades para a investigação científica e tecnológica. Questão 5 – E Justificativa: O Relatório do Grupo de Trabalho efetivou algumas medidas oriundas do projeto de reforma universitária no Brasil. Sendo assim, de acordo com Fávero (2006), foram implementados: O sistema departamental e a carreira do magistério; O vestibular unificado; O ciclo básico; O sistema de créditos e a matrícula por disciplina; A pós-graduação. Atualizado: 12 mar. 14
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