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APOSTILA AULA 04

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1 
 
 
 
 
 2 
AULA 4: REFORMA UNIVERSITÁRIA DE 1968 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
GOVERNO DE JANGO 4 
REVOLUÇÃO DE 1964: MUDANÇAS ECONÔMICAS 5 
REVOLUÇÃO DE 1964: TORTURA À MODA DA CASA 6 
ATUAÇÃO DOS ESTUDANTES EM PROL DA REFORMA UNIVERSITÁRIA 7 
ATIVIDADE PROPOSTA 1 8 
ADOÇÃO DO PROJETO DE REFORMA PELO GOVERNO 8 
RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO 10 
QUESTÕES DESTACADAS NO RELATÓRIO DE TRABALHO 11 
LUTA PELO SISTEMA UNIVERSITÁRIO 13 
ATIVIDADE PROPOSTA 2 14 
REFERÊNCIAS 15 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 16 
CHAVES DE RESPOSTA 20 
ATIVIDADE PROPOSTA 1 20 
ATIVIDADE PROPOSTA 2 20 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 20 
 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Nesta aula, você entenderá como se deu o processo de reforma do Ensino 
Superior no Brasil. 
 
Essa reorganização favoreceu a criação da instituição universitária no país, cujo 
modelo era mais acadêmico em contraposição às faculdades isoladas que 
existiam até então. 
 
Além disso, os esforços em favor dessa reforma apostaram na ascensão social 
através da educação. 
 
A atuação do Estado foi fundamental para articular, junto às demandas do 
movimento estudantil, essa proposta de modernização educacional, que deixou 
um legado para o Ensino Superior brasileiro. 
 
Objetivo: 
Explicar o projeto de reforma universitária promovido no Brasil e o papel 
do Estado nesse contexto. 
 
 
 
 
 4 
Conteúdo 
Governo de Jango 
Na aula anterior, você conheceu um pouco a história do Brasil e identificou as 
orientações políticas que se firmaram no país de 1930 a 1960. 
 
A partir de agora, vamos nos concentrar na década de 1960 para entender por 
que momentos passava o país no momento de implantação do projeto de 
reforma universitária. 
 
O cenário político do Brasil dos anos 1960 foi marcado pela renúncia do então 
presidente Jânio Quadros, em 1961, e pela entrada de João Goulart – também 
conhecido como Jango – no governo. 
 
Essa nova fase trouxe a possibilidade de diálogo entre as organizações sociais, 
através das vozes de estudantes, dos grupos populares e dos trabalhadores. 
 
Nesse contexto, o medo se espalhou pela classe conservadora: todos temiam 
que o país adotasse o socialismo. Por isso, o governo de Jango foi curto (1961-
1964) e se encerrou com a tomada de poder pelos militares, no dia 1º de abril 
de 1964. 
 
O Brasil entrava, dessa forma, no período que ficou conhecido como anos de 
chumbo: a ditadura militar! 
 
 
 
 
 5 
Revolução de 1964: mudanças econômicas 
O novo regime de ditadura brasileiro aliou-se à política econômica dos Estados 
Unidos, o que, a princípio foi proveitoso para o Brasil. Mas os resultados dessa 
união não foram tão vantajosos assim... 
 
A entrada de capital externo no país recuperou sua 
economia, convencionando o que ficou conhecido 
como milagre econômico. 
 
No entanto, esse ganho gerou grande aumento da 
concentração de renda e, consequentemente, da 
pobreza. 
 
Nesse caso, a elevação do Produto Interno Bruto 
(PIB)1 não significava melhoria na qualidade de vida 
do trabalhador. 
 
Pelo contrário: aumentava as desigualdades sociais no Brasil em função dos 
elevados índices de inflação, oriundos da dívida pública do país. 
 
Toda essa situação que separava as classes populares da elite começou a 
causar conflitos internos em solo brasileiro, que eram contidos pelo poder do 
Estado. 
 
 
1 Produto Interno Bruto (PIB) 
O PIB mede quanto, do total produzido, caberia a cada cidadão se todos tivessem direito a 
partes iguais. 
 
Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/pib-o-que-e/platb/>. Acesso em: 18 fev. 
2014. 
O que significa ter um PIB elevado? 
 
 
 
Disponível em: 
<http://g1.globo.com/economia/pib-o-
que-e/platb/>. Acesso em: 18 fev. 2014. 
 
 
 6 
Revolução de 1964: tortura à moda da casa 
O período da ditadura militar no Brasil foi, então, definido pela repressão 
política, que limitava, de forma drástica, a liberdade de opinião e expressão, de 
imprensa e organização no país. 
 
O objetivo era controlar qualquer pensamento que se opusesse ao 
poder! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Havia, inclusive, leis que regiam a doutrina de segurança nacional, como o 
Decreto-Lei nº 314/67, que justificava a ordem e protegia o Estado de qualquer 
ato subversivo. 
 
Esse momento da história brasileira foi, portanto, caracterizado pela 
divergência de opinião com relação ao governo e por momentos de tortura. 
 
Entre os grupos que eram contra as imposições governamentais, estavam os 
estudantes! Veja, a seguir, como eles atuavam em sociedade para lutar por 
seus direitos. 
 
 
 
 7 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre o período da ditadura militar no Brasil e 
suas consequências para o país, sugerimos que assista aos 
seguintes filmes e documentários: 
 
 Ato de fé; 
 Vlado – 30 anos depois; 
 O que é isso companheiro?; 
 Batismo de sangue. 
 
Atuação dos estudantes em prol da reforma universitária 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB de 1961) alimentou o 
debate sobre a reforma universitária que vinha sendo travado por alguns 
grupos representantes da sociedade – entre eles a Sociedade Brasileira para o 
Progresso da Ciência (SBPC) e a União Nacional dos Estudantes (UNE). 
 
Já havíamos discutido a respeito do assunto na aula anterior, quando nos 
referimos à criação, em 1961, da Universidade de Brasília (UnB), você se 
lembra? 
 
Em tempos de ordem, a UnB provocou a (des)ordem ao oferecer espaço para 
a UNE reivindicar a reforma universitária, de modo que os estudantes levassem 
adiante as questões que norteavam as discussões sobre esse projeto em um 
país em crescente industrialização, com fortes tendências à urbanização. 
 
Foi a partir de tais movimentos de luta que esses jovens passaram a incomodar 
o governo brasileiro da época. 
 
 
 
 8 
Entre 1964 e 1967, os estudantes assumiram como bandeira a discussão em 
torno da revogação de dois acordos: 
 
 A estreita relação do Brasil com os Estados Unidos, através da parceria 
entre o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e a Agência Norte-
americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID) – conhecida 
como 2acordo MEC-USAID ; 
 
 A Lei nº 4.464/64 ou Lei Suplicy, que extinguia a UNE para substituí-la 
pelo Diretório Nacional dos Estudantes (DNE). 
 
Atividade proposta 1 
Como vimos na tela anterior, os jovens estavam irritando os militares e a 
disputa entre tais grupos foi se evidenciando. Ouça a música Mosca na sopa, 
composta por Raul Seixas e diga qual a relação entre a sua letra a situação 
política do Brasil no período da Ditadura Militar. 
 
Adoção do projeto de reforma pelo governo 
No final dos anos 1960, o governo começou a se preocupar com a capacidade 
subversiva dos estudantes. 
 
Sendo assim, o Estado resolveu adotar o projeto de reforma universitária e, em 
1967, criou o Decreto nº 62.024, que visava, em seu Artigo 1º: 
 
 
2 Acordo MEC-USAID 
Relação entre o Ministério da Educação e Cultura (MEC) e a United States Agency for 
International Development (USAID) que contava com empréstimos e financiamentos, 
intercâmbios entre professores e alunos de ambos os países, e o estabelecimento de uma 
equipe de especialistas brasileiros e norte-americanos, que contribuiu, também, para a 
implementação da reforma universitária de 1968. 
 
 
 9 
a) “Emitir parecer conclusivo sobre reivindicações, teses e sugestõesreferentes às atividades estudantis; 
 
b) Planejar e propor medidas que possibilitem melhor aplicação das 
diretrizes governamentais no setor estudantil; 
 
c) Supervisionar e coordenar a execução dessas diretrizes, mediante 
delegação do Ministro de Estado”. 
 
Entretanto, além dessas, outras questões estavam por trás dessa intenção... 
 
De acordo com Fávero (2006, p. 32), no projeto do governo voltado para o 
Nível Superior, tornou-se necessário: 
 
 “Fortalecer o princípio de autoridade e a disciplina nas instituições; 
 Ampliar as vagas; 
 Implantar o vestibular unificado; 
 Criar cursos de curta duração; 
 Enfatizar os aspectos técnicos e administrativos”. 
 
Algumas dessas demandas representavam as reivindicações dos estudantes, 
mas outras vieram do Estado, que insistia em manter o controle no âmbito das 
Instituições de Ensino Superior (IES). 
 
Articulada a outros movimentos, a UNE saiu, então, às ruas e continuou 
alimentando o debate no interior das universidades. 
 
A crise universitária passou a ser um problema de caráter nacional! 
 
 
 
 10 
Relatório do Grupo de Trabalho 
Dando continuidade a sua estratégia de lidar com os estudantes 
revolucionários, em 1968, o governo criou o Decreto nº 62.937, que instituiu 
um Grupo de Trabalho para estudar a reforma da universidade brasileira. 
 
O objetivo desse grupo era: 
 
“[...] visa[r] à eficiência, à modernização, à flexibilidade 
administrativa [universitária] e à formação de recursos 
humanos para o desenvolvimento do país”. 
Fonte 
Relatório do Grupo de Trabalho, 1968, p. 15. In: Fávero, 2006, p. 32-33. 
 
De acordo com Fernandes (1974 apud GAUER; GOMES, 2005), esse documento 
foi o melhor diagnóstico que o governo havia feito do Ensino Superior até 
aquele momento, embora traduzisse mais uma tentativa de garantir o controle 
sobre as universidades. 
 
Já para Rosas (1992 apud GAUER; GOMES, 2005), essa atitude de 
transformação teve uma intenção: evitar que outras mudanças ocorressem. 
 
Afinal, no Brasil, prevalecia a ideia de que a solução para os problemas políticos 
do país podia ser fornecida pelos governantes, por aqueles que detinham o 
poder, e não pelo diálogo a partir das demandas de diversos grupos sociais. 
Justamente por isso, os conflitos não eram solucionados. 
 
 
 
 
 11 
Questões destacadas no relatório de trabalho 
O Relatório do Grupo de Trabalho destacou algumas questões quanto ao Ensino 
Superior brasileiro. Entre elas, estão: 
 
 A inadequação das universidades3 para atender ao desenvolvimento 
do país, em função de sua organização; 
 A falta de organicidade dos projetos universitários; 
 O despreparo das universidades para a investigação científica e 
tecnológica. 
 
Além disso, de acordo com Fávero (2006), algumas medidas oriundas do 
projeto de reforma universitária no Brasil foram efetivadas por esse documento. 
Dessa forma, foram implementados os seguintes sistemas nas universidades: 
 
Sistema departamental e carreira do magistério 
O Decreto-Lei nº 252/67, que se estendia por todo o Ensino Superior 
brasileiro4, extinguia as cátedras5 e conferia ao departamento a função de 
unidade básica da instituição de ensino universitário no Brasil. 
 
Diante desse cenário, a política da carreira do magistério superior ganhou 
destaque no propósito de investir em professores com regime de tempo integral 
de serviço e dedicação exclusiva, em lugar dos contratos de horas-aula. 
 
 
 
3 Inadequação das universidades 
As universidades foram criadas a partir da superposição de faculdades tradicionais – uma 
proposta da década de 1950 que não acompanhou as mudanças ocorridas no Brasil. 
 
4 Ensino Superior brasileiro 
Dentro deste contexto, incluíam-se as faculdades isoladas ou universidades, em 
instituições públicas ou privadas. 
 
5 Cátedras 
Posição titular ocupada pelo profissional docente que atua em instituição de Ensino 
Superior voltada para a pesquisa científica. 
 
 
 12 
Vestibular unificado 
O vestibular unificado alterou os critérios de entrada dos alunos nas faculdades, 
banindo a diferença entre diversas instituições. 
 
Ciclo básico 
O ciclo básico constituía a universidade como um “colégio de terceiro grau”, no 
qual os alunos ingressantes teriam aulas de reforço para fixar os conteúdos 
pouco desenvolvidos no Ensino Médio. 
 
Sistema de créditos e matrícula por disciplina 
A implantação do sistema de créditos e da matrícula por disciplina resultou dos 
interesses políticos em desestimular os movimentos de luta dos estudantes. 
Para Gauer e Gomes (2005): 
 
“[...] a matrícula por créditos suplantaria a seriação nos cursos e aboliria as 
turmas em cursos de graduação, o que visava desmobilizar a organização 
estudantil”. 
 
Pós-graduação 
Conforme aponta Romanelli (2006, p. 232), a institucionalização do sistema de 
pós-graduação representou o novo modelo universitário – aquele que: 
 
“[...] teoricamente, pretendia agregar a racionalidade administrativa à 
universidade para torná-la mais moderna e adequada às exigências do 
desenvolvimento [do país]”. 
 
Entretanto, o autor adverte que, como efeito colateral, essa racionalidade 
administrativa acabou aumentando, no âmbito político, os controles: 
 
 Interno – acompanhamento dos órgãos centrais da vida acadêmica; 
 
 
 13 
 Externo – monitoramento da universidade pelos órgãos de 
administração federal de ensino. 
 
Acesse, na íntegra, o Relatório do Grupo de Trabalho. 
 
Luta pelo sistema universitário 
Como vimos ao longo desta aula, o Brasil lutou muito para consolidar seu 
sistema universitário, afinal, trata-se do país da América Latina em que a 
reforma do Ensino Superior tardou a chegar. 
 
De acordo com Bomeny ([s.d.]), antes mesmo da criação da Universidade do 
Brasil (UB), em 1920, a Argentina já havia assumido, em 1918, esse projeto de 
reforma, com a participação intensa dos estudantes. 
 
A partir do modelo argentino, um movimento de efeito cascata foi-se 
evidenciando no contexto do Ensino Superior dos demais países, entre eles: 
 
 Peru (1919); 
 Chile (1920); 
 México (1921); 
 Colômbia (1922 e 1924); 
 Cuba (1923); 
 Paraguai (1927); 
 Venezuela (1928). 
 
Organizado pelos jovens, esse movimento tinha como objetivo dar um sentido 
político às discussões – por vezes, impedidas pelo Estado – sobre a participação 
dos indivíduos nos diversos espaços da sociedade. 
 
 
 
 14 
Atividade proposta 2 
Na época da ditadura militar, as charges chamavam a atenção da população 
para o regime empregado no Brasil. Por meio desse instrumento, o povo era 
estimulado a lutar por seus direitos. 
 
A charge a seguir é de um importante cartunista do período, conhecido como 
o “garrincha dos traços”: 
 
 
 
Fonte 
HENFIL. Revista Alterosa, 1964. 
 
Após analisar esse pequena caricatura que bem representa o momento de 
tensão vivido pelo país, aponte a relação do governo militar com a sociedade 
brasileira. 
 
 
 
 15 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, 
sugerimos as seguintes leituras: 
 
CUNHA, L. A. Ensino Superior e universidade no Brasil. In: 
LOPES, E. M. T.; FARIA FILHO, L. M.; VEIGA, C. G. 500 anos 
de educação no Brasil. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 
2000. 
 
______. Educação, estado e democracia no Brasil. 4. ed. São 
Paulo: Cortez; Niterói: Universidade Federal Fluminense; 
Brasília: FLACSO do Brasil, 2001. 
 
 
Referências 
BOMENY, H. A reformauniversitária de 1968: 25 anos depois. Portal das 
Ciências Sociais brasileiras. Disponível em: 
<http://www.anpocs.org.br/portal/publicacoes/rbcs_00_26/rbcs26_04.htm>. Acesso em: 18 
fev. 2014. 
 
CUNHA, L. A. A universidade reformanda: o golpe de 1964 e a 
modernização do Ensino Superior. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1988. 
 
FÁVERO, M. de L. de A. A universidade no Brasil: das origens à reforma 
universitária de 1968. Revista Educar, Curitiba, n. 28, p. 17-36, 2006. 
 
GAUER, G.; GOMES, W. B. Ensino de Psicologia e a reforma universitária de 
1968. In: ______. Psicologia na Universidade Federal do Rio Grande do 
 
 
 16 
Sul: 1943-2003. Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade 
Federal do Rio Grande do Sul. Museu Virtual da Psicologia no Brasil, Porto 
Alegre, maio 2005. 
 
ROMANELLI, O. de O. Introdução. In: ______. História da educação no 
Brasil (1930/1973). 30. ed. Petrópolis: Vozes, 2006. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
O estudo de caso destinado à discussão desta aula apresenta a história da 
República da Coreia ou Coreia do Sul – país caracterizado, no período de 1960, 
como uma região agrícola pobre que passou pelo regime da ditadura militar. 
 
Essa nação se distingue da brasileira em termos de industrialização. Afinal, 
enquanto a Coreia se desenvolve sem agravar a desigualdade social, elevando, 
de forma considerável, seu PIB, o Brasil reproduz o chamado milagre 
econômico, provocando significativo aumento da concentração de renda e da 
pobreza. 
 
Sobre o desenvolvimento da educação em ambos os países, é possível afirmar 
que: 
 
a) As atividades universitárias fortaleciam o Estado. 
b) Os sistemas educacionais vislumbravam o indivíduo e a 
coletividade. 
c) No Brasil, a reforma universitária foi efetivada para atender ao 
quantitativo de trabalhadores que não tinham formação 
qualificada. 
 
 
 17 
d) As bases do sistema educacional da Coreia se ancoravam nos 
Ensinos Fundamental e Médio, de caráter público, e a maior parte, 
no Ensino Superior, de caráter privado. 
e) Assim como no Brasil, o sistema educacional coreano preferiu 
investir em uma base mais ampla de trabalhadores qualificados e 
obter pouca diferença entre aqueles com maiores e menores 
salários. 
 
 
Questão 2 
O contexto brasileiro do período da ditadura militar era de opressão: todos 
estavam submetidos aos oposicionistas no país. 
 
Mesmo assim, os estudantes insistiam em lutar em favor de seus ideais e 
acabaram se tornando, de algum modo, a mosca na sopa dos militares. Entre 
os anos 1964 e 1967, os jovens tinham a intenção de revogar os seguintes 
acordos: 
I. A parceria entre o MEC e a USAID, que oferecia assistência técnica e 
financeira ao Brasil e aos Estados Unidos. 
II. A criação de partidos políticos. 
III. A Lei de Segurança Nacional. 
IV. A Lei Suplicy, que extinguia a UNE para substituí-la pelo DNE. 
V. O Ato Institucional nº 5 (AI-5). 
 
Entre os itens anteriores, estão CORRETOS: 
 
a) I, II e III 
b) II, III e IV 
c) I e IV 
d) II e III 
e) II, III e V 
 
 
 18 
Questão 3 
O Decreto nº 62.937/68, que instituiu o Grupo de Trabalho, tinha como objetivo 
estudar a reforma da universidade brasileira para: 
 
a) Avaliar o auxiliar de ensino e os docentes livres. 
b) Analisar a figura dos docentes livres e do professor titular. 
c) Garantir o controle das instituições até então empreendido. 
d) Assegurar sua eficiência, sua modernização, a flexibilidade 
administrativa e a formação de recursos humanos para o 
desenvolvimento do país. 
e) N.R.A. 
 
 
Questão 4 
O Relatório do Grupo de Trabalho, instituído pelo Decreto nº 62.937/68, 
evidencia as seguintes questões quanto ao Ensino Superior brasileiro: 
I. A reorganização da UNE. 
II. A Lei de Segurança Nacional. 
III. A falta de organicidade dos projetos universitários. 
IV. O despreparo das universidades para a investigação científica e 
tecnológica. 
V. A inadequação das universidades para atender ao desenvolvimento do 
país, em função de sua organização. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
a) I e II 
b) III, IV, V 
c) I, II, III e IV 
d) Somente I 
e) Somente II 
 
 
 19 
Questão 5 
Para garantir a eficiência e a produtividade das universidades, algumas medidas 
foram efetivadas na reforma universitária, resultando na implementação: 
 
I. Do sistema departamental e da carreira do magistério. 
II. Da pós-graduação. 
III. Do vestibular unificado. 
IV. Do ciclo básico. 
V. Do sistema de créditos e da matrícula por disciplina. 
 
Entre os itens anteriores, estão CORRETOS: 
 
a) I e III 
b) II, III e IV 
c) II e III 
d) I e V 
e) I, II, III, IV e V 
 
 
 
 20 
Atividade proposta 1 
Apesar das controvérsias sobre o sentido dessa música, a letra faz uma 
referência clara à ditadura militar. Através de uma metáfora, o povo representa 
a mosca e a ditadura militar, a sopa. Dessa forma, a população é tratada como 
aquela que incomoda, que não pode ser eliminada, pois sempre vão existir os 
que lutam contra regimes opressores. 
 
Disponível em: <http://www.historiadigital.org/historia-do-brasil/brasil-republica/ditadura-
militar/10-musicas-de-protesto-a-ditadura-militar/>. Acesso em: 19 fev. 2014. 
 
Atividade proposta 2 
O período do regime militar instaurou no Brasil um clima de terrorismo para 
defender o Estado de qualquer pensamento de oposição ao poder. 
 
A repressão política bem como a censura aos meios de comunicação e às 
manifestações artísticas limitavam a liberdade de opinião e expressão do povo. 
Mesmo assim, os movimentos estudantis assumiam um caráter subversivo, pois 
levantavam a bandeira da democracia juntamente com suas reivindicações. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 – D 
Justificativa: De acordo com a leitura do estudo de caso proposto para esta 
aula... 
 
“O modelo coreano de crescimento compartilhado (1960-1990) afirma que, 
depois da Guerra da Coreia, o governo focou nos Ensinos Fundamental e Médio, 
deixando a maior parte para o Ensino Superior” (p. 12). 
 
 
 21 
 
Nas instituições universitárias do Brasil, o ensino era caracterizado como 
arcaico e elitista. Afinal, apesar de o país se preocupar com a formação 
qualificada dos trabalhadores, o importante era atender às demandas da 
indústria. 
 
Sobre o Nível Superior, o Estado brasileiro assumiu o compromisso com a 
reforma por acreditar que o pensamento universitário se configurava como uma 
ameaça para os objetivos do governo. 
 
Questão 2 – C 
Justificativa: Entre 1964 e 1967, os estudantes assumiram como bandeira a 
discussão em torno da revogação de dois acordos – a estreita relação do Brasil 
com os Estados Unidos, através da parceria entre o MEC e a USAID, e a Lei 
Suplicy (1964), que extinguia a UNE para substituí-la pelo DNE. 
 
Questão 3 – D 
Justificativa: Em 1968, o Decreto nº 62.937 instituiu o Grupo de Trabalho, que 
tinha como objetivo estudar a reforma da universidade brasileira, “visando à 
sua eficiência, modernização, flexibilidade administrativa e formação de 
recursos humanos para o desenvolvimento do país” (RELATÓRIO DE GRUPO 
DE TRABALHO, 1968, p. 15 apud FÁVERO, 2006, p. 32- 33). 
 
Questão 4 – B 
Justificativa: O Relatório do Grupo de Trabalho destacou algumas questões 
quanto ao Ensino Superior brasileiro. Entre elas, estão: 
 
 A inadequação das universidades para atender ao desenvolvimento do 
país, em função de sua organização; 
 A falta de organicidade dos projetos universitários;22 
 O despreparo das universidades para a investigação científica e 
tecnológica. 
 
Questão 5 – E 
Justificativa: O Relatório do Grupo de Trabalho efetivou algumas medidas 
oriundas do projeto de reforma universitária no Brasil. Sendo assim, de acordo 
com Fávero (2006), foram implementados: 
 
 O sistema departamental e a carreira do magistério; 
 O vestibular unificado; 
 O ciclo básico; 
 O sistema de créditos e a matrícula por disciplina; 
 A pós-graduação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado: 12 mar. 14

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