Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 2 AULA 7: EDUCAÇÃO SUPERIOR NO SÉCULO XXI 3 INTRODUÇÃO 3 CONTEÚDO 4 REDEFININDO POLÍTICA 4 ESTRUTURA ADMINISTRATIVA 8 DIVISÃO PRÓPRIA DAS INSTITUIÇÕES PRIVADAS 9 ESTRUTURA ACADÊMICA 10 NOVA CONFIGURAÇÃO DO MUNDO DO TRABALHO 12 PAPEL DA UNIVERSIDADE 13 RELAÇÃO ENTRE INDIVÍDUO E SOCIEDADE 14 TRANSFORMAÇÃO SOCIAL 16 ATIVIDADE PROPOSTA 17 REFERÊNCIAS 18 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 18 CHAVES DE RESPOSTA 22 ATIVIDADE PROPOSTA 22 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22 3 Introdução Nesta aula, você conhecerá a estrutura administrativa e acadêmica do Ensino Superior no Brasil. Esse desenho estrutural se delineou a partir dos limites e das expectativas do social, caracterizados pelo contexto histórico de desenvolvimento da educação universitária brasileira. Além disso, você estudará o papel da universidade no mundo atual, na tentativa de desconstruir pontos de vista simplistas sobre sua relação com a formação do sujeito. A ideia é apresentar, de forma breve, a natureza humana dessa instituição e sua importância enquanto entidade educacional de Nível Superior. Objetivo: Analisar as divisões e classificações da estrutura administrativa e acadêmica do Ensino Superior, bem como a função social da universidade no contexto atual. 4 Conteúdo Redefinindo política A partir de agora, vamos construir um esboço da estrutura do Ensino Superior no Brasil através de uma análise histórica, levando em consideração sua complexidade. Para darmos conta dessa avaliação, retomaremos conteúdos trabalhados em aulas anteriores, a fim de que você possa compreender como esse segmento da educação se firmou no país até chegar a sua configuração atual. Você se lembra da aula 1, em que definimos o sentido do termo política? Esse conceito foi esclarecido com base na relação de tensão constante entre Estado e sociedade, o que nos ajudou a refletir sobre o movimento oscilante das políticas voltadas para o Ensino Superior. Afinal, ora se investia no setor público, ora no privado ou, ainda, em ambos os setores, em uma correlação de forças ligada às posições que os sujeitos ocupavam enquanto representantes dessas instâncias estatal e social. Como veremos nesta aula, as respostas solicitadas em função da demanda da sociedade acabaram gerando uma diversidade de propostas acadêmicas à Educação Superior brasileira. Dando continuidade à retomada do conteúdo, vimos, na aula 2, que o desejo de criação do Ensino Superior no Brasil já se anunciava desde o século XVI. 5 Entretanto, essa tentativa foi vetada pela coroa portuguesa: os colonizadores do país defendiam a ideia de que a elite do período devia realizar seus estudos de Nível Superior na Europa. Durante essa época do Império, a cultura cafeeira proliferou, de forma significativa, em território brasileiro, exigindo uma crescente demanda de mão de obra especializada para o desenvolvimento do país. Mesmo diante dessa necessidade, o modelo de educação brasileiro permaneceu sem grandes alterações. Foi no período republicano, no início do século XIX, que o Ensino Superior despontou junto à primeira Constituição brasileira: a Constituição de 1891. Ainda na aula 2, identificamos a consolidação da primeira universidade brasileira: a Universidade do Rio de Janeiro (URJ)1 – atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Mas, sem um projeto de discussão que atendesse às necessidades da sociedade brasileira, a URJ não passou de uma justaposição de três escolas superiores que já existiam no Rio de Janeiro: Engenharia; Medicina; Direito. Nesse quadro de formação educacional do início do século XX, a orientação profissional era ponto central de trabalho do Ensino Superior. 1 Universidade do Rio de Janeiro (URJ) A URJ foi criada, na década de 1920, pelo Decreto nº 14.343, e assegurada por autonomia didática e administrativa. 6 Em síntese, tanto no contexto do Brasil Colônia quanto no período da República, esse segmento da educação foi inicialmente pensado com o objetivo de preparar a elite brasileira. Agora, vamos relembrar o que estudamos nas terceira e quarta aulas desta disciplina. Na aula 3, analisamos o tempo de governo compreendido entre os anos 1930 e o período pós-1945. Na década de 1930, a política governamental voltada para o Ensino Superior assumiu caráter centralizador e instituiu regras para o desenvolvimento das instituições desse segmento, além de resistir ao projeto de autonomia universitária. Já após 1945 – tempo da redemocratização do país –, esse plano foi restaurado. Em ambos os períodos, a formação profissional ganhou destaque em detrimento da pesquisa e da produção do conhecimento. De 1930 até 1964, o sistema público federal se expandiu com mais de 20 universidades criadas no Brasil. Nesse espaço de tempo, também surgiram algumas instituições religiosas – tanto católicas quanto presbiterianas. Já na aula 4, identificamos o ano de 1968 como a fase de modernização da universidade, definida pela reforma universitária. Esse projeto tinha como base a eficiência administrativa e o modelo de estrutura departamental associado ao ensino, à pesquisa e à extensão – estas últimas ganharam visibilidade nessa época. 7 Na aula 5, ficou claro que o papel do Estado foi diminuído após a promulgação da Constituição de 1988, mais precisamente na década de 1990, dando espaço para que tanto o Ensino Superior público quanto o privado coexistissem. A homologação de leis se evidenciou nesse período, e o Provão surgiu na expectativa de melhorar a qualidade desse nível da educação. Já na aula 6, continuamos a analisar ambos os setores de ensino e verificamos que o movimento de investimento sobre eles acompanhou o ritmo de crescimento da economia do Brasil. Mas, atualmente, essa análise tende a se tornar mais complexa. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (INEP), diante da quase ausência de recursos voltados para o Ensino Superior público, o setor privado vem ganhando um espaço significativo na atual configuração da educação brasileira. Hoje, esse segmento representa 73% do número de alunos matriculados nas instituições universitárias. Adaptado de: <http://portal.inep.gov.br/visualizar/-/asset_publisher/6AhJ/content/brasil-teve- mais-de-7-milhoes-de-matriculas-no-ano-passado>. Acesso em: 13 mar. 2014. Nesse contexto, amparada pela Lei nº 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN) –, a Educação Superior vem sendo ampliada de forma diversa, com base na distinção entre: 8 Estrutura administrativa Vamos entender, agora, como o Ensino Superior é classificado pelo Ministério da Educação (MEC), com base na forma de financiamento das instituições. Vejamos: Instituições públicas São consideradas públicas as instituições federais, estaduais e municipais. O governo federal subsidia o ensino público nessas três esferas, mas cada uma recebe financiamento dos órgãos correspondentes – Estado e Município. As instituições estaduais também ganham apoio financeiro das fundações de pesquisa que se enquadram nessa instância. Já as municipais são escassas no Brasil e estão distribuídas entre universidades, centros universitários, faculdades ou centros educacionaistecnológicos. 9 Instituições privadas São consideradas privadas as instituições comunitárias, filantrópicas e particulares – mantidas pelo pagamento das mensalidades por parte dos alunos. Algumas recebem apoio financeiro de mantenedores, que podem estar ligados à ordem religiosa – como é o caso das Pontifícias Universidades Católicas (PUCs) espalhadas pelo Brasil. Atenção Essas entidades NÃO podem aceitar verba pública. Mas, de acordo com Stalliveri (2007), quando se trata de pesquisa e pós-graduação, o setor privado pode apresentar projetos e concorrer a recursos desse tipo para tais finalidades. Divisão própria das instituições privadas Vamos nos ater, nesse momento, apenas à classificação das instituições privadas de ensino, que se subdividem em: Confessionais Instituições sem fins lucrativos que estão ligadas a alguma ordem religiosa específica. Seus lucros devem ser reinvestidos nelas próprias. Comunitárias Instituições sem fins lucrativos que podem ser de caráter: Laico ou não religioso – aquelas financiadas pela comunidade em que estão inseridas bem como pelos alunos; 10 Confessional – aquelas que estão ligadas a alguma ordem religiosa específica. Da mesma forma que as anteriores, seus lucros devem ser reinvestidos nelas próprias. Filantrópicas Instituições sem fins lucrativos, cujos lucros devem ser reinvestidos nelas próprias. Particulares Instituições com fins lucrativos. Estrutura acadêmica Até aqui, identificamos a distinção entre ensino público e privado em termos de estrutura administrativa da Educação Superior brasileira. Vamos, agora, entender sua organização acadêmica. De acordo com a legislação, as instituições desse segmento estão divididas em: Faculdades Conforme aponta o Decreto nº 5.773/06, as faculdades2 são instituições multicurriculares organizadas para atuar sob um regime comum, com base em um único plano de estudos submetido ao controle de uma administração central. Dentro desse grupo, estão as Instituições de Ensino Superior (IES), que se organizam para formar professores. Essas instituições também foram definidas pelo Parecer CNE/CES nº 218/06. 2 Faculdades Termo que também classifica as unidades orgânicas de uma universidade – como, por exemplo, a Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 11 Centros universitários Conforme aponta o Decreto nº 5.786/06, os centros universitários são instituições pluricurriculares, que abrangem uma ou mais áreas do conhecimento, com autonomia semelhante a que possuem as universidades no que se refere à dispensa em solicitar autorização para a abertura de novos cursos. Entretanto, essas entidades educacionais não precisam dar conta do processo de pesquisa. Centros Federais de Educação Tecnológica (CEFETs) Os CEFETs são instituições que oferecem educação em Nível Básico, Técnico e Tecnológico em escola secundária e de capacitação pedagógica para professores e especialistas ligados diretamente ao MEC. Com a criação da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica, pela Lei nº 11.892/08, quase todas essas entidades educacionais foram extintas e passaram a compor algum Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFSP) – exceto o CEFET-MG e o CEFET-RJ, que reivindicam sua transformação em universidades tecnológicas. Universidades Conforme aponta a Lei nº 9.394/96: “Art. 52. As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se caracterizam por: I. produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural, quanto regional e nacional; 12 II. um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de mestrado ou doutorado; III. um terço do corpo docente em regime de tempo integral. Parágrafo único. É facultada a criação de universidades especializadas por campo do saber”. Aprenda mais Para conhecer a distribuição do Ensino Superior no Brasil, veja um trecho do Censo da Educação Superior de 2011. Nova configuração do mundo do trabalho A partir de agora, vamos pensar no papel exercido pelo Ensino Superior na formação profissional do indivíduo e em sua preparação para o mercado de trabalho. Sabemos bem que o mundo sofre constantes mudanças sociais, econômicas e tecnológicas. Tais transformações vêm exigindo, atualmente, um novo modelo de trabalho e de trabalhador. Mas que padrão de atividade e de sujeito seria esse? Para entender melhor que aspectos envolvem o universo do mundo do trabalho, assista ao vídeo O exercício do trabalho no século. Como você pôde observar, essa nova configuração do trabalho assume um caráter muito fluido, caracterizado por mudanças contínuas e imprevisíveis, 13 deixando de lado alguns campos tradicionais de atuação e dando vida a outras áreas até então não enfatizadas. Vejamos alguns exemplos... Você já parou para pensar nas inúmeras profissões que, praticamente, não existem mais? Entre elas, podemos citar o datilógrafo, o telegrafista, o telefonista etc. Outras, por sua vez, invadiram, a partir dos anos 1990, o mundo do trabalho – principalmente após o intenso investimento em tecnologia –, como é o caso do programador, do web designer, do arquiteto de informação etc. Essas rápidas e profundas transformações que vêm ocorrendo na sociedade contemporânea – especialmente na área ocupacional – afastam a ideia de que existe uma relação linear entre o processo de formação do trabalhador e sua inserção no mercado de trabalho. Considerando a complexidade desse processo, qual seria, então, o compromisso da Graduação na formação do jovem de hoje? Antes de responder essa pergunta, vamos, primeiro, tratar de resolver o problema da (con)fusão gerada por essa relação. Papel da universidade De fato, um dos papéis da universidade é preparar o jovem para o mundo do trabalho, a fim de que possa desempenhar determinadas atividades. Mas não podemos atribuir à instituição universitária apenas o caráter de produção tecnológica e profissionalizante. 14 Como afirma Coelho (1998, p. 1), isso significa se: “[...] deixar levar por uma compreensão pobre e estreita de sua função econômica, social, política e cultural”. Em outras palavras, essa classificação apaga a natureza humana da universidade: cultivar o raciocínio, a reflexão e a capacidade de (re)criação do que está posto como verdade absoluta e inquestionável. Mais do que ensinar teorias e explicar conceitos, o processo de formação em Nível Superior precisa apresentar ao aluno o mundo em construção, partindo de princípios que devem sempre ser interrogados e questionados, considerando as possibilidades e os limites do conhecimento científico. Afinal, de que adianta ensinar a “verdade” se, em um curto espaço de tempo, alguns saberes serão substituídos por outros? Para refletir sobre esse questionamento, vamos retomar o conceito de política desenvolvido na primeira aula da disciplina... Relação entre indivíduo e sociedade A formação profissional coerente tem a responsabilidade de possibilitar a reflexão tanto para compreender o mundoquanto para pensar em suas possibilidades de mudança. 15 Isso é possível a partir da articulação do homem com os diversos tipos de conhecimento3 e outras formas de racionalidade que permitem resolver as questões individuais e coletivas que se constituem como aporias4. Essas questões, por sinal, causam – ou deveriam causar – indignação por parte daqueles que acessam os diversos bens simbólicos disponibilizados em nossa sociedade. Para fugir da classificação que lhe é atribuída, voltada para o mundo do trabalho, a universidade luta, então, para resguardar sua autonomia e seu papel sociocultural, assumindo forte compromisso com os seguintes atores desse processo: INDIVÍDUO Neste caso, o objetivo é contribuir para a humanização do sujeito em termos de sua relação com o coletivo. SOCIEDADE Neste caso, o objetivo é preparar os indivíduos para o exercício do pensamento crítico e para estimular sua capacidade de intervir no mundo. 3 Tipos de conhecimento Entre os tipos de conhecimento com os quais o indivíduo lida todos os dias, podemos citar o: Científico; Tecnológico; Filosófico; Artístico. 4 Aporias Dificuldades de escolher entre duas opiniões igualmente racionais, mas contrárias. 16 Atenção De acordo com Coelho (1998, p. 3): “[...] como espaço por excelência do saber, a universidade não pode confundi-lo com informação, treinamento, razão instrumental, saber fazer utilitário e pragmático, ligado à aplicação imediata, à comunicação e à imposição de ideias e de comportamentos. [Essa instituição] é fiel a sua ideia de projeto não quando transmite o saber como se fosse algo pronto e acabado, mas quando desenvolve nos alunos a capacidade de duvidar, de pensar, de criar novas ideias e práticas nas várias áreas e regiões epistemológicas [...]”. Transformação social Como vimos nesta aula, a Graduação pode permitir o diálogo entre o sujeito e a sociedade em que está inserido, na busca pela (re)invenção da existência, na aposta de um outro mundo possível5. O sentido do Ensino Superior não está, então, atrelado ao selo de garantia oferecido por um diploma ou à profissionalização dos indivíduos. Conforme aponta Coelho (1998, p. 7): “[...] à universidade cabe contribuir para que os jovens possam participar da luta política com lucidez, enfrentando o jogo do poder no exercício mesmo da cidadania, da vida pessoal e 5 Um outro mundo possível Jogo de linguagem utilizado para fazer referência ao Fórum Social Mundial (FSM): grande encontro organizado por diversos movimentos sociais, cujo objetivo é pensar em alternativas para a transformação da sociedade. 17 profissional, à luz da ética, tendo em vista a superação do instituído”. Nesse mundo de incertezas, esperamos que, através da formação superior e da educação continuada, o indivíduo possa encarar não só o mundo do trabalho mas também a si mesmo – diante de sua relação com o outro – como desafios a serem vencidos. Dessa forma, ele agirá como um ser social! Aprenda mais Para saber mais sobre as possibilidades de transformação social, leia os seguintes textos: Um outro mundo é possível?; Fórum Social Mundial – um outro mundo é possível. Atividade proposta Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Assista a um trecho do filme Tempos Modernos e reflita sobre a proposta de preparação do jovem para o mundo do trabalho nos dias de hoje. Essa proposta reflete a ideia da cena em questão? Por quê? 18 Referências BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Censo da Educação Superior de 2011: resumo técnico. Brasília: MEC, INEP, 2013. COELHO, I. M. Conferência. In: SEMINÁRIO DE ESTUDOS E PROPOSTAS PARA A GRADUAÇÃO, 1998, Campinas. Campinas: Pró-Reitoria de Graduação da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), 1998. STALLIVIERI, L. O sistema de Ensino Superior do Brasil: características, tendências e perspectivas. In: UNIÓN de Universidades de América Latina y el Caribe. (Org.). Educación Superior en América Latina y el Caribe: sus estudiantes hoy. México: Gisela Rodríguez Ortíz, 2007. p. 79-100. Exercícios de fixação Questão 1 Amparada pela Lei nº 9.394/96, a Educação Superior vem se desenvolvendo no Brasil, com ênfase na diferenciação entre o ensino público e o privado. Sobre essa distinção, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas: ( ) O MEC a determina pela forma de financiamento de cada instituição. ( ) A LDBN a determina pela forma de financiamento de cada instituição. ( ) A estrutura acadêmica também é uma característica que a determina. ( ) As próprias Instituições de Ensino Superior a determinam. 19 Questão 2 O Ensino Superior privado brasileiro está dividido em instituições: a) Confessionais e de caráter laico. b) Confessionais, particulares e de caráter laico. c) Particulares, comunitárias com característica idêntica às confessionais e filantrópicas. d) Particulares, comunitárias, confessionais e filantrópicas. e) N.R.A. Questão 3 De acordo com o Censo da Educação Superior de 2011, a região do Brasil que concentra o maior índice de instituição desse nível é: a) Sul b) Norte c) Sudeste d) Nordeste e) Centro-Oeste 20 Questão 4 De acordo com o Portal da Estácio: “Com mais de 40 anos de atuação em ensino, a Estácio é uma das melhores redes de Ensino Superior do Brasil, integrando Universidade, Centros Universitários e Faculdades, atualmente com mais de 330 mil alunos e presente em 20 estados e no Distrito Federal”. De acordo com esse texto de apresentação, a Estácio possui 3 das 4 possibilidades de organização do Ensino Superior brasileiro. Em termos de estrutura acadêmica, o que se constitui como característica exclusiva quando uma Instituição de Ensino Superior se apresenta como universidade? a) O direito de abrir novos cursos sem autorização prévia do MEC. b) Seu financiamento vem do setor público. c) Somente as universidades confessionais possuem estrutura acadêmica diferente das demais universidades privadas. d) Consiste em uma instituição pluridisciplinar, com indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão. e) Não há, pois todas elas possuem a mesma estrutura. 21 Questão 5 A Universidade Estácio de Sá (UNESA) é uma instituição privada de ensino que possui as seguintes características: I. Formação de quadros profissionais de Ensino Superior. II. Responsabilidade pelo trabalho com cursos de extensão. III. Atividade de pesquisa própria das instituições universitárias – sejam elas públicas ou privadas. IV. Autonomia quanto à dispensa em solicitar autorização para abertura de novos cursos. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) I, II e III b) I e III c) Somente IV d) I, II, III e IV e) Somente I 22 Atividade proposta Primeiro, precisamos distinguir o processo de formação profissional da atividade voltada para a reprodução e manutenção daquilo que nos é imposto. Nesta última, o sujeito não é considerado como um ser que pensa, mas apenas como um reprodutorde ações, conforme aponta a cena do filme, em que os operários realizam suas funções de forma mecanicista. Esse trabalho não se vale da reflexão e, justamente por isso, assume um caráter pragmático, de forma que aquilo que se aprende se aplica, de imediato, à realidade, sem possibilitar o exercício da (re)invenção, sem questionar as relações de poder que giram em torno dessa atividade. Longe disso, a universidade atual tem o papel de investir em uma formação mais ampla, flexível, crítica e rigorosa do indivíduo. Como sugere Coelho (1998, p. 1), sua responsabilidade é cultivar: “[...] o raciocínio, a autonomia, a criatividade, a comunicação e a capacidade de identificar problemas e produzir alternativas para superá-los”. Logo, considerando o contexto contemporâneo, a proposta do Ensino Superior não reflete as ideias da era industrial apresentadas no filme Tempos Modernos. Exercícios de fixação Questão 1 – V, F, V, F Justificativa: O MEC distingue as instituições públicas e privadas de ensino com base em sua forma de financiamento. A estrutura acadêmica da Educação 23 Superior marca, também, suas diferenças e é sustentada pelo Decreto nº 5.773/06. Questão 2 – C Justificativa: O Ensino Superior privado está dividido em quatro tipos de instituições, com base na forma de financiamento desse setor. São elas as entidades particulares, comunitárias, confessionais e filantrópicas. Questão 3 – C Justificativa: De acordo com o Censo da Educação Superior de 2011, a região Sudeste é a que concentra o maior número de instituições de Nível Superior no Brasil. Questão 4 – D Justificativa: Por se tratar de uma universidade, a Estácio se apresenta como uma instituição pluridisciplinar, com o objetivo de criar “quadros profissionais de nível superior” – tal como aponta a LDBN –, sem dissociar a pesquisa e a extensão no processo de formação do indivíduo. Questão 5 – D Justificativa: De acordo com o Artigo 52 da Lei nº 9.394/96, as universidades mantêm compromisso com a “formação dos quadros profissionais de nível superior”, bem como com as atividades “de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano”. Ainda assim, elas têm autonomia para a abertura de novos cursos. Atualizado: 25 abr. 14
Compartilhar