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APOSTILA AULA 05 - PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

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1 
 
 
 
 2 
AULA 5: PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS DA AVALIAÇÃO 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
AVALIAÇÃO NO COTIDIANO 4 
AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR 4 
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 5 
AVALIAR X MEDIR 6 
PARADIGMA EDUCACIONAL CARTESIANO 7 
PARADIGMA EDUCACIONAL EMERGENTE 7 
APRENDIZAGEM NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 9 
AVALIAÇÃO ACADÊMICA POR COMPETÊNCIAS 10 
EDUCAÇÃO POR COMPETÊNCIAS 12 
CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS: HABILIDADES DOS ALUNOS 14 
CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS: HABILIDADES DO PROFESSOR 15 
ATIVIDADE PROPOSTA 17 
REFERÊNCIAS 18 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 19 
CHAVES DE RESPOSTA 23 
ATIVIDADE PROPOSTA 23 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 23 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Vamos começar esta aula com uma reflexão sobre a árdua tarefa de avaliar. 
 
Você já percebeu o quanto é difícil avaliar sua vida e os cursos disponíveis no 
âmbito acadêmico, bem como planejar o futuro a partir da escolha de uma 
carreira? 
 
Precisamos não apenas avaliar essas questões mas também tomar decisões 
para nos adequarmos ao modelo de competências vigente na sociedade. Em 
outras palavras, você tem de saber o que quer, além de atribuir significado 
aos fatos, dados e às respostas coletadas ao longo desse processo. 
 
Sendo assim, avaliar ultrapassa as observações objetivas e enfatiza a 
natureza ética das escolhas que fazemos, pois nos indaga sobre valores e 
conceitos sociais. 
 
Nesta aula, trataremos justamente desses assuntos. 
 
Objetivo 
Identificar os princípios pedagógicos da avaliação acadêmica e as 
alternativas desse processo a partir das transformações do mundo 
contemporâneo. 
 
 
 4 
Conteúdo 
Avaliação no cotidiano 
A avaliação é algo com o qual convivemos diariamente em todas as nossas 
atividades. Afinal, a todo o momento, precisamos fazer julgamentos e 
comparações, a fim de avaliarmos: 
 
 A melhor atitude a tomar diante de um fato; 
 O melhor custo/benefício de um produto ou serviço; 
 O melhor método para a aprendizagem dos alunos – no caso dos 
professores. 
 
Dessa forma, utilizamos nossas capacidades intelectuais – de classificar, 
ordenar, julgar etc. – no cotidiano para alcançarmos resultados positivos. 
Enfim, avaliamos continuamente nossa vida por meio de reflexões formais1 
e informais2. 
 
No âmbito do Ensino Superior, o conceito de avaliação segue a mesma linha 
de raciocínio. Vejamos... 
 
Avaliação no Ensino Superior 
É justamente o pensamento formal e organizado que serve de base 
para a avaliação no contexto acadêmico, pois a realizamos conforme: 
 
 Objetivos pedagógicos – implícitos ou explícitos; 
 Conceitos teóricos; 
 Estratégias didáticas; 
 Valores sociais e éticos. 
 
1 Reflexões formais 
Aquelas que nos guiam quando realizamos ponderações mais criteriosas, valendo-nos do 
pensamento organizado e sistemático para deliberações que definirão uma tomada de 
decisão. 
 
2 Reflexões informais 
Aquelas que orientam nossas escolhas corriqueiras. 
 
 5 
Por isso, a avaliação no Ensino Superior precisa fazer parte do processo 
de aprendizagem e ser um meio para alcançarmos resultados, e não um 
fim em si mesma. 
 
Mas, como vimos nas aulas anteriores, para acompanharmos as 
transformações sociais e laborais do mundo moderno, é necessária uma 
mudança paradigmática na educação universitária. 
 
Em outras palavras, os professores desse nível de ensino precisam vencer os 
desafios com os quais se deparam, entre eles: 
 
 Redesenhar o currículo; 
 Proporcionar experiências de aprendizagem diferenciadas; 
 Decidir sobre estratégias adequadas de avaliação. 
 
Nesta aula, vamos nos ater a esse último desafio. 
 
Avaliação da aprendizagem 
Para iniciarmos a discussão sobre a avaliação da aprendizagem, assista a uma 
entrevista com o professor Cipriano Luckesi. 
 
Como você pôde observar, a avaliação deve ser pensada dentro do processo 
de aprendizagem, e não fora dele. Logo, algumas perguntas precisam norteá-
la. Entre elas, destacamos: 
 
 O que avaliar? 
 Como avaliar? 
 Quais os melhores métodos de avaliação na Educação 
Superior, levando em consideração as Diretrizes Curriculares 
Nacionais dos Cursos de Graduação? 
 
 
 6 
Certamente, há inúmeras respostas a essas indagações, e as seleções 
metodológicas e avaliativas dependerão do paradigma escolhido e vivenciado 
pelo professor. 
 
No entanto, podemos confundir as noções de avaliar e de medir. Por isso, 
precisamos esclarecer essa diferença. 
 
Avaliar X medir 
O processo avaliativo abrange a medida, mas não se limita a ela. 
 
Isso acontece porque a medida apenas expressa o quanto o estudante 
conseguiu absorver o conteúdo, provendo, portanto, dados quantitativos. 
 
Mas a avaliação precisa abranger um universo maior no sentido de 
interpretar o contexto acadêmico e o processo de aprendizagem para 
fornecer dados qualitativos que desenham uma situação por meio do 
julgamento de valor. 
 
Em outros termos: 
 
 
 
 
 
 Medida + Julgamento de valor Não medida + Julgamento de valor 
 
Para que você possa entender melhor o assunto, vamos discutir, a seguir, 
sobre dois paradigmas básicos da educação. 
 
 
X 
 
 7 
Paradigma educacional cartesiano 
Fomos educados e estamos acostumados ao velho paradigma cartesiano, 
que divide o conhecimento em partes menores, em especialidades e 
subespecialidades, sem muita preocupação com a integração, interação e 
continuidade do ensino. 
 
Como vimos nas aulas anteriores, esse paradigma está centrado no 
professor e na transferência de conteúdos, além de valorizar as relações 
hierárquicas em nome da transmissão do conhecimento e utilizar a 
avaliação quantitativa para descrever o aluno e seu desenvolvimento 
acadêmico. 
 
Nesse caso, o estudante é uma tábula rasa, ou seja, um mero 
receptor de informações. 
 
A relação unilateral que prevalece no ensino não permite que ele 
participe da elaboração do processo avaliativo, mas que apenas realize as 
atividades que serão julgadas pelo educador por meio de notas. 
 
No entanto, o mundo atual nos conduz à multidimensionalidade, à 
interdisciplinaridade e a uma visão holística para entendermos o ambiente 
que nos cerca e construirmos nosso saber de forma coletiva. Isso implica a 
ampliação dessa concepção tradicional de ensino. 
 
Paradigma educacional emergente 
 Diferente do modelo anterior, o paradigma emergente percebe os 
fenômenos do mundo3 como complexos a partir de uma perspectiva ampla 
 
3 Fenômenos do mundo 
Entre os fenômenos do mundo percebidos pelo paradigma emergente, estão os: 
 Físicos; 
 Biológicos; 
 Psicológicos; 
 Sociais; 
 
 8 
e interdependente. Essa visão de totalidade requer que substituamos a 
fragmentação própria do paradigma cartesiano por integração, articulação 
e continuidade na educação. 
 
Além disso, esse modelo de ensino considera as sensações, as emoções, a 
razão e a intuição como partes do processo educativo e, consequentemente, 
da avaliação, dando ênfase ao sujeito coletivo. 
 
Em outras palavras, essa concepção educacional considera que vivemos em 
contextos sociais e somos constantemente influenciados por eles e por outras 
pessoas que deles fazem parte. 
 
Por isso, esse paradigma supõe a aprendizagem colaborativa como 
instrumento didático para levar o estudante a: 
 
 Refletir sobre o que sabe; 
 Analisar esse conhecimento e tomar consciência dele; 
 Dispor-se a mudar conceitos, atitudes e comportamentos; Buscar novas informações; 
 Substituir verdades absolutas por teorias provisórias; 
 Adquirir novos saberes que vêm sendo exigidos em função das 
alterações constantes do mundo – resultado da rápida evolução das 
Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). 
 
Sob o ponto de vista do paradigma emergente, a avaliação vai além da 
simples atribuição de notas ao estudante. Esse processo é feito de maneira 
cumulativa e sistemática, com o objetivo de diagnosticar a situação 
de aprendizagem do aluno em relação ao currículo que lhe é oferecido. 
 
 
 Educacionais; 
 Culturais etc. 
 
 9 
Por isso, a avaliação é parte da aprendizagem, porque é uma prática de 
investigação que busca identificar os conhecimentos adquiridos e as 
dificuldades encontradas pelos educandos para concluir essa etapa do ensino. 
 
Aqui, o erro não é visto como defeito passível de punição, mas como uma 
pista dada pelo aluno para aperfeiçoar o processo de construção e 
reconstrução da aprendizagem. 
 
A era da informação em que vivemos também ajudou – e muito – a firmar os 
pressupostos desse paradigma na atualidade. Vamos descobrir por quê? 
 
Aprendizagem na sociedade da informação 
As TICs mudaram não só a maneira pela qual nos comunicamos, mas, 
principalmente, a forma como aprendemos no mundo atual. 
 
Aprender, agora, é uma atividade que ultrapassa o ambiente 
acadêmico, já que a tecnologia nos permitiu romper com as barreiras de 
tempo e de espaço no ensino. 
 
Hoje, o estudante pode visitar uma biblioteca para pesquisar determinado 
assunto, cursar uma disciplina ou mesmo realizar um curso inteiro sem estar 
inserido, necessariamente, em uma sala de aula presencial. 
 
Algumas instituições de ensino, como a Estácio, já oferecem ao aluno a 
Educação a Distância (EAD), que o possibilita fazer tudo isso 
remotamente, de qualquer lugar – em um tablet ou em um celular, por 
exemplo. 
 
De fato, essa nova relação com a informação e com o conhecimento mudou 
a forma como se processa o aprendizado, ou seja, a maneira a partir da 
qual aprendemos e ensinamos também. 
 
 10 
Por isso, as inúmeras alternativas do mundo virtual precisam ser 
integradas ao processo didático e avaliativo para incentivar o aluno a: 
 
 Estudar; 
 Pesquisar; 
 Manipular o conteúdo estudado; 
 Produzir textos; 
 Aprender com o grupo. 
 
Tudo isso deve ser feito com base em uma perspectiva interacionista4: 
aquela que entende a produção do conhecimento a partir da interação 
com o mundo físico e social, por meio do convívio do sujeito com a 
realidade e com as pessoas que o cercam. 
 
Avaliação acadêmica por competências 
Como vimos anteriormente, o ambiente social e organizacional vem-se 
transformando, de maneira acelerada, nos últimos anos, o que repercute 
diretamente no cenário educativo. 
 
Por isso, antes de permanecer inerte diante dessas mudanças, a 
universidade precisa buscar soluções para adequar os conteúdos e 
planejamentos de aula, bem como as alternativas de avaliação, a fim 
de formar um aluno competente para o mercado de trabalho e para a 
vida. 
 
Mas o que é ser competente na sociedade da informação? 
 
 
4 Perspectiva interacionista 
Visão educacional que reconhece o sujeito e o objeto de ensino como organismos vivos, 
ativos, abertos, em constante interlocução com o meio ambiente, que se inter-relacionam 
através de processos interativos inseparáveis. Essas relações, por sua vez, modificam-se 
mutuamente. 
 
 11 
Você se lembra da aula anterior, em que abordamos os níveis de 
conhecimento por que passa o sujeito em sua formação por competências5? 
 
Vamos retomá-los... 
 
Na sociedade atual, ser competente significa passar por estes três níveis 
distintos do saber: o conceitual, o procedimental e o atitudinal. Portanto, é 
importante que a universidade forme sujeitos a partir desses graus do 
conhecimento, seja: 
 
 Preparando-os tecnicamente – nível conceitual; 
 
 Possibilitando atividades que exijam leitura e pesquisa, análise de 
situações, comparação entre processos e ocorrências, solução de 
problemas reais etc. – nível procedimental; 
 
 Desenvolvendo suas habilidades nos campos humano, ético e social – 
nível atitudinal. 
 
Esses níveis formam o que hoje conhecemos como gestão por 
competências6! 
 
 
5 Competências 
Para Perrenoud (2002, p. 138), competência é um: 
 
“[...] conjunto identificável e avaliável de conhecimentos, atitudes, valores e habilidades 
relacionados entre si que permitem desempenhos satisfatórios em situações reais de 
trabalho, segundo padrões utilizados na área ocupacional”. 
 
6 Gestão por competências 
Nova perspectiva de reposicionamento estratégico das pessoas nas organizações, que 
passa pelas atividades de: 
 
 Recrutamento e seleção; 
 Gestão da remuneração; 
 Avaliação do desempenho; 
 Desenvolvimento de pessoal. 
 
 12 
 
Atenção 
 Não basta ao professor conhecer o conteúdo que será 
ministrado em sala de aula! 
 
É necessário SABER SER na profissão docente, agindo com 
ética, seguindo valores morais e relacionando-se, de forma 
adequada, com os alunos, a partir de boas práticas, a fim de 
desenvolver neles as habilidades necessárias para concluir a 
etapa de aprendizagem. 
 
É justamente para esse mundo do trabalho que os estudantes 
universitários estão sendo formados. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre o conceito de competências, leia o 
texto Competências na educação profissional – é possível 
avaliá-las? 
 
Educação por competências 
Vamos dar continuidade a um assunto sobre o qual já discutimos na aula 
anterior: a formação por competências. 
 
Para entender melhor o currículo desenvolvido com base nessa temática, 
assista, agora, a uma entrevista com o professor Nilson Machado. 
 
Apesar de o acadêmico focar sua fala no Ensino Básico, podemos, facilmente, 
enquadrá-la à Educação Superior. Afinal, a formação por competências – 
 
 13 
esteja ela voltada para qualquer nível de ensino – pressupõe a ruptura com 
alguns conceitos e práticas educacionais. 
 
Isso não quer dizer que temos de anular ou invalidar tudo o que é tradicional 
na educação, mas aprender a inovar e a evoluir no processo de ensino. 
 
Dessa maneira, o professor passa a ser o mediador da aprendizagem, 
pois ele é a ponte entre o conhecimento e o aluno, e não aquele que, 
simplesmente, transmite o saber. Hoje em dia, a própria internet dá conta 
dessa tarefa! 
 
Como já vimos na aula anterior, o objetivo da educação por competências é 
desenvolver nos estudantes a capacidade de: 
 
 Criar; 
 Pesquisar; 
 Solucionar problemas; 
 Ampliar a autonomia para a prática do aprender a aprender. 
 
Os egressos devem estar aptos a desempenhar suas tarefas laborais a partir 
de valores humanos e sociais 7 indispensáveis no mundo do trabalho 
contemporâneo. 
 
 
7 Valores humanos e sociais 
Para que obtenham êxito no desempenho de suas atividades no mercado de trabalho 
atual, os alunos precisam dispor dos seguintes valores humanos e sociais: 
 
 A conduta ética; 
 A iniciativa; 
 A criatividade; 
 A flexibilidade; 
 O autocontrole; 
 A comunicação etc. 
 
 14 
Por isso, de acordo com Goldberg (2010), precisamos aperfeiçoar os 
processos de aprendizagem nos cursos de Graduação. O autor aponta 
sete habilidadesbásicas que estão faltando na formação dos jovens. São elas: 
 
1. Fazer boas perguntas; 
2. Nomear objetos tecnológicos; 
3. Modelar processos e sistemas de modo qualitativo; 
4. Entender problemas complexos; 
5. Coletar dados para análise; 
6. Visualizar soluções e gerar novas ideias; 
7. Comunicar essas soluções de forma oral e por escrito. 
 
Cabe, portanto, à educação por competências minimizar essas dificuldades. 
Mas como é possível fazê-lo? Vejamos... 
 
Currículo por competências: habilidades dos alunos 
Para sustentar a formação por competências, a organização do currículo 
deve privilegiar um enfoque amplo que garanta o desenvolvimento das 
habilidades básicas, específicas e de gestão dos jovens – aquelas 
voltadas para o mundo do trabalho. 
 
Conheça, agora, algumas delas: 
 
Competências básicas 
Bases técnicas e científicas em que se fundamentam as competências 
específicas e de gestão relativas à determinada qualificação 
profissional. 
 
Competências específicas 
Habilidades técnicas e tecnológicas que permitem operar, de forma 
eficiente, os objetos e as variáveis que interferem diretamente nas 
rotinas de uma qualificação profissional. 
 
 15 
Competências de gestão 
Conjunto de capacidades organizacionais, metodológicas e sociais 
relativas à qualidade e à organização do trabalho, às relações que se 
estabelecem nesse ambiente e à condição de responder a 
circunstâncias novas e imprevistas. 
 
Essas competências devem circundar o currículo, o planejamento e a 
avaliação acadêmica, com o objetivo de colaborar para a formação do 
profissional capaz de atuar de maneira participativa, crítica e criativa 
no mercado de trabalho. 
 
Dessa forma, o professor deve promover experiências de aprendizagem 
ativa 8 e cultivar a capacidade dos alunos de elaboração teórico-
conceitual, bem como de resolução de problemas simples e 
complexos – coerentes com as novas exigências do mundo moderno. 
 
Currículo por competências: habilidades do professor 
Como vimos anteriormente, para trabalhar a aprendizagem por 
competências, os alunos precisam desenvolver determinadas habilidades. 
Mas eles não são os únicos! 
 
De acordo com Perrenoud (2002), para se adaptar a essa nova proposta 
educacional, o professor também deve aperfeiçoar sua atuação, adquirindo 
novas competências. Entre elas, destacamos: 
 
8 Aprendizagem ativa 
De acordo com Bonwell e Eison (1991), para promover ambientes de aprendizagem ativa 
em sala de aula, o professor pode utilizar as seguintes estratégias didáticas de avaliação: 
 
 Discussão sobre temas específicos da formação profissional; 
 Debates sobre assuntos atuais; 
 Trabalho em equipe que exija a solução de problemas; 
 Estudo de caso relacionado a áreas profissionais; 
 Produção de mapas conceituais; 
 Modelagem e simulação de processos e sistemas específicos da área de formação 
do aluno; 
 Criação de sites ou ambientes sociais de aprendizagem colaborativa; 
 Elaboração de questões de pesquisa na área de estudo em foco. 
 
 16 
Organizar e dirigir situações de aprendizagem 
Cabe ao docente... 
 
 Conhecer os conteúdos de determinada disciplina, a fim de escolher os 
objetivos de aprendizagem; 
 Valorizar as representações dadas pelos alunos; 
 Trabalhar a partir dos erros dos estudantes; 
 Construir e planejar sequências didáticas; 
 Propor atividades de pesquisa e projetos. 
 
Administrar a progressão das aprendizagens 
Cabe ao docente... 
 
 Instituir e administrar situações-problema; 
 Adquirir visão longitudinal dos objetivos do ensino; 
 Estabelecer a interdisciplinaridade nos conteúdos; 
 Observar e avaliar os alunos na realização das atividades; 
 Fazer balanços de competências; 
 Tomar decisões de progressão quanto aos grupos. 
 
Envolver os alunos na aprendizagem 
Cabe ao docente... 
 
 Despertar no estudante o desejo de aprender a partir do significado 
dado ao conteúdo; 
 Estreitar a relação com o saber a partir do sentido do trabalho 
acadêmico; 
 Propor atividades que envolvam a aprendizagem colaborativa; 
 Desenvolver processos de autoavaliação. 
 
 
 
 
 17 
Trabalhar a ética na profissão 
Cabe ao docente... 
 
 Propor situações que abarquem discussões éticas; 
 Escolher atividades que envolvam a aplicação de valores morais e que 
forcem o aluno a decidir sobre as situações colocadas, a fim de induzi-
lo a fazer a escolha ética entre elas; 
 Desenvolver atividades colaborativas que exijam responsabilidade, 
solidariedade e sentimento de justiça. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre como aprimorar as habilidades dos 
estudantes, leia o texto Quais as competências se pretendem 
nos alunos e como desenvolvê-las? 
 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! 
 
Pesquise sobre o Projeto Político Pedagógico (PPP) do curso que você 
estuda e verifique como estão dispostos os itens sobre avaliação. Analise-os 
conforme as referências deste conteúdo. 
 
 
 18 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula: 
 
 Assista à Aula de Inquietação, com o prof. Boaventura 
Santos, ministrada em um evento aberto na 
Universidade de Brasília (UnB); 
 Leia o texto Planejamento de ensino e avaliação da 
aprendizagem para cursos estruturados com base em 
competências. 
 
 
Referências 
ANTUNES, C. Como desenvolver competências em sala de aula. 
Petrópolis: Vozes, 2010. 
 
BONWELL, C. C.; EISON, J. A. Active learning: creating excitement in the 
classroom. Washington, DC: Eric Digests, 1991. 
 
BORDANAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino aprendizagem. 
14. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. 
 
GOLDBERG, D. E. The missing basics & other philosophical reflections 
for the transformation of engineering education. PhilSci Archive. [S.l.]: 
University of Pittsburg, 2010. 
 
PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto 
Alegre: Artmed, 1999. 
 
 
 19 
______. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos 
professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
 
SANT’ANNA, I. M. Por que avaliar? Como avaliar? – critérios e 
instrumentos. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1995. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
De acordo com o que estudamos ao longo desta aula, podemos afirmar que: 
 
I. A avaliação é um processo diagnóstico e inclusivo. 
II. Algumas instituições tratam a avaliação apenas como exames de 
seleção entre pessoas. 
III. A avaliação classificatória é uma tradição democrática porque centra o 
processo de aprendizagem no sujeito que aprende. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
a) I e II 
b) II e III 
c) I e III 
d) Apenas I 
e) Apenas III 
 
 
 
 
 
 20 
Questão 2 
De acordo com o que estudamos ao longo desta aula, podemos afirmar que a 
avaliação acadêmica: 
 
I. Está estritamente relacionada ao processo de planejamento 
educacional. 
II. É sempre um fim em si mesma e se delimita pelo binômio teoria e 
prática. 
III. Não acontece no vazio conceitual, mas é dimensionada por uma 
perspectiva teórica de mundo e de educação que se apresenta na 
prática docente. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
a) I e II 
b) I e III 
c) Apenas I 
d) Apenas II 
e) Apenas III 
 
 
 
 
 21 
Questão 3 
A competência é a construção social de aprendizagens significativas e úteis 
para o desempenho do sujeito em umasituação real, que se obtém não só 
por meio da instrução mas também por meio do aprendizado em casos 
concretos de trabalho. 
 
A avaliação por competências, por sua vez, implica a mobilização de um 
conjunto de recursos no processo de aprendizagem. São eles: 
 
a) Humanos, abstratos e concretos. 
b) Financeiros, cognitivos e palpáveis. 
c) Humanos, experienciais e sensoriais. 
d) Cognitivos, afetivos e psicomotores. 
e) Físicos, emocionais e financeiros. 
 
 
Questão 4 
De acordo com o que estudamos ao longo desta aula, podemos afirmar que a 
formação educativa por competências: 
 
I. Implica uma ruptura com alguns conceitos e práticas educacionais 
tradicionais. 
II. Pressupõe inovação em busca de metodologias ativas centradas no 
professor. 
III. Sugere o professor como mediador do processo de aprendizagem, pois 
o docente é a ponte entre o conhecimento e o aluno. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
a) I e II 
b) II e III 
c) I e III 
d) Apenas II 
e) Apenas III 
 
 
 22 
Questão 5 
De acordo com Sant’Anna (1995): 
 
“[...] a avaliação só será eficiente e eficaz se ocorrer de forma 
interativa entre professor e aluno, ambos caminhando na 
mesma direção, em busca dos mesmos objetivos”. 
 
No entanto, é necessário termos clareza de nossos objetivos dentro do 
processo de aprendizagem e da sociedade, visando contribuir para a 
mudança na formação de seres humanos críticos, éticos e solidários. 
 
Esse fragmento discute sobre a avaliação e seus desdobramentos. A partir do 
estudo desta aula, podemos concluir que o texto se refere à avaliação: 
 
a) Construtiva 
b) Informativa 
c) Qualitativa 
d) Quantitativa 
e) Instrutiva 
 
 
 
 
 
 
 
 23 
Atividade proposta 
O PPP precisa evidenciar que tipo de aluno o curso deseja formar e como 
entende a a sociedade e a educação no contexto atual. 
 
Também é imprescindível esclarecer a(s) abordagem(ns) teórico-
metodológicas escolhidas pela instituição de ensino para fundamentar as 
práticas de planejamento e avaliação da aprendizagem. 
 
É importante que você consiga perceber esses itens claramente no decorrer 
do PPP. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 – A 
Justificativa: A maioria das escolas promove exames que não se constituem 
como uma prática de avaliação, mas somente como processos classificatórios 
e seletivos. Longe dessa concepção e seguindo o ponto de vista político-
pedagógico, a avaliação deve ser diagnóstica e inclusiva. Mas vivemos uma 
tradição antidemocrática e autoritária, porque os modelos avaliativos estão 
centrados na figura do professor. 
 
Questão 2 – B 
Justificativa: A avaliação precisa ser um meio de se alcançar resultados no 
processo de aprendizagem, e não um fim em si mesma. 
 
Questão 3 – E 
Justificativa: A técnica dos grupos de observação e de verbalização requer o 
estabelecimento de duas equipes que discutirão os assuntos propostos pelo 
professor – ora observando o debate sobre eles, ora expondo suas opiniões a 
respeito deles. 
 
 24 
 
Questão 4 – C 
Justificativa: A formação educativa por competências pressupõe a ruptura 
com alguns conceitos tradicionais cartesianos e implica mudança de foco com 
inovação de metodologias que enfatizam a figura do aluno, e não a do 
professor. 
 
Questão 5 – C 
Justificativa: A formação qualitativa visa à aprendizagem significativa, em que 
o aluno evolui com o apoio do professor, que investe no planejamento e na 
análise de seu rendimento, a fim de dar continuidade ao trabalho didático. 
Nesse caso, a avaliação é tratada como meio para aprimorar o fazer 
pedagógico docente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atualizado em: 13 mai. 2014