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1 2 AULA 5: PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS DA AVALIAÇÃO 3 INTRODUÇÃO 3 CONTEÚDO 4 AVALIAÇÃO NO COTIDIANO 4 AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR 4 AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 5 AVALIAR X MEDIR 6 PARADIGMA EDUCACIONAL CARTESIANO 7 PARADIGMA EDUCACIONAL EMERGENTE 7 APRENDIZAGEM NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO 9 AVALIAÇÃO ACADÊMICA POR COMPETÊNCIAS 10 EDUCAÇÃO POR COMPETÊNCIAS 12 CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS: HABILIDADES DOS ALUNOS 14 CURRÍCULO POR COMPETÊNCIAS: HABILIDADES DO PROFESSOR 15 ATIVIDADE PROPOSTA 17 REFERÊNCIAS 18 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 19 CHAVES DE RESPOSTA 23 ATIVIDADE PROPOSTA 23 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 23 3 Introdução Vamos começar esta aula com uma reflexão sobre a árdua tarefa de avaliar. Você já percebeu o quanto é difícil avaliar sua vida e os cursos disponíveis no âmbito acadêmico, bem como planejar o futuro a partir da escolha de uma carreira? Precisamos não apenas avaliar essas questões mas também tomar decisões para nos adequarmos ao modelo de competências vigente na sociedade. Em outras palavras, você tem de saber o que quer, além de atribuir significado aos fatos, dados e às respostas coletadas ao longo desse processo. Sendo assim, avaliar ultrapassa as observações objetivas e enfatiza a natureza ética das escolhas que fazemos, pois nos indaga sobre valores e conceitos sociais. Nesta aula, trataremos justamente desses assuntos. Objetivo Identificar os princípios pedagógicos da avaliação acadêmica e as alternativas desse processo a partir das transformações do mundo contemporâneo. 4 Conteúdo Avaliação no cotidiano A avaliação é algo com o qual convivemos diariamente em todas as nossas atividades. Afinal, a todo o momento, precisamos fazer julgamentos e comparações, a fim de avaliarmos: A melhor atitude a tomar diante de um fato; O melhor custo/benefício de um produto ou serviço; O melhor método para a aprendizagem dos alunos – no caso dos professores. Dessa forma, utilizamos nossas capacidades intelectuais – de classificar, ordenar, julgar etc. – no cotidiano para alcançarmos resultados positivos. Enfim, avaliamos continuamente nossa vida por meio de reflexões formais1 e informais2. No âmbito do Ensino Superior, o conceito de avaliação segue a mesma linha de raciocínio. Vejamos... Avaliação no Ensino Superior É justamente o pensamento formal e organizado que serve de base para a avaliação no contexto acadêmico, pois a realizamos conforme: Objetivos pedagógicos – implícitos ou explícitos; Conceitos teóricos; Estratégias didáticas; Valores sociais e éticos. 1 Reflexões formais Aquelas que nos guiam quando realizamos ponderações mais criteriosas, valendo-nos do pensamento organizado e sistemático para deliberações que definirão uma tomada de decisão. 2 Reflexões informais Aquelas que orientam nossas escolhas corriqueiras. 5 Por isso, a avaliação no Ensino Superior precisa fazer parte do processo de aprendizagem e ser um meio para alcançarmos resultados, e não um fim em si mesma. Mas, como vimos nas aulas anteriores, para acompanharmos as transformações sociais e laborais do mundo moderno, é necessária uma mudança paradigmática na educação universitária. Em outras palavras, os professores desse nível de ensino precisam vencer os desafios com os quais se deparam, entre eles: Redesenhar o currículo; Proporcionar experiências de aprendizagem diferenciadas; Decidir sobre estratégias adequadas de avaliação. Nesta aula, vamos nos ater a esse último desafio. Avaliação da aprendizagem Para iniciarmos a discussão sobre a avaliação da aprendizagem, assista a uma entrevista com o professor Cipriano Luckesi. Como você pôde observar, a avaliação deve ser pensada dentro do processo de aprendizagem, e não fora dele. Logo, algumas perguntas precisam norteá- la. Entre elas, destacamos: O que avaliar? Como avaliar? Quais os melhores métodos de avaliação na Educação Superior, levando em consideração as Diretrizes Curriculares Nacionais dos Cursos de Graduação? 6 Certamente, há inúmeras respostas a essas indagações, e as seleções metodológicas e avaliativas dependerão do paradigma escolhido e vivenciado pelo professor. No entanto, podemos confundir as noções de avaliar e de medir. Por isso, precisamos esclarecer essa diferença. Avaliar X medir O processo avaliativo abrange a medida, mas não se limita a ela. Isso acontece porque a medida apenas expressa o quanto o estudante conseguiu absorver o conteúdo, provendo, portanto, dados quantitativos. Mas a avaliação precisa abranger um universo maior no sentido de interpretar o contexto acadêmico e o processo de aprendizagem para fornecer dados qualitativos que desenham uma situação por meio do julgamento de valor. Em outros termos: Medida + Julgamento de valor Não medida + Julgamento de valor Para que você possa entender melhor o assunto, vamos discutir, a seguir, sobre dois paradigmas básicos da educação. X 7 Paradigma educacional cartesiano Fomos educados e estamos acostumados ao velho paradigma cartesiano, que divide o conhecimento em partes menores, em especialidades e subespecialidades, sem muita preocupação com a integração, interação e continuidade do ensino. Como vimos nas aulas anteriores, esse paradigma está centrado no professor e na transferência de conteúdos, além de valorizar as relações hierárquicas em nome da transmissão do conhecimento e utilizar a avaliação quantitativa para descrever o aluno e seu desenvolvimento acadêmico. Nesse caso, o estudante é uma tábula rasa, ou seja, um mero receptor de informações. A relação unilateral que prevalece no ensino não permite que ele participe da elaboração do processo avaliativo, mas que apenas realize as atividades que serão julgadas pelo educador por meio de notas. No entanto, o mundo atual nos conduz à multidimensionalidade, à interdisciplinaridade e a uma visão holística para entendermos o ambiente que nos cerca e construirmos nosso saber de forma coletiva. Isso implica a ampliação dessa concepção tradicional de ensino. Paradigma educacional emergente Diferente do modelo anterior, o paradigma emergente percebe os fenômenos do mundo3 como complexos a partir de uma perspectiva ampla 3 Fenômenos do mundo Entre os fenômenos do mundo percebidos pelo paradigma emergente, estão os: Físicos; Biológicos; Psicológicos; Sociais; 8 e interdependente. Essa visão de totalidade requer que substituamos a fragmentação própria do paradigma cartesiano por integração, articulação e continuidade na educação. Além disso, esse modelo de ensino considera as sensações, as emoções, a razão e a intuição como partes do processo educativo e, consequentemente, da avaliação, dando ênfase ao sujeito coletivo. Em outras palavras, essa concepção educacional considera que vivemos em contextos sociais e somos constantemente influenciados por eles e por outras pessoas que deles fazem parte. Por isso, esse paradigma supõe a aprendizagem colaborativa como instrumento didático para levar o estudante a: Refletir sobre o que sabe; Analisar esse conhecimento e tomar consciência dele; Dispor-se a mudar conceitos, atitudes e comportamentos; Buscar novas informações; Substituir verdades absolutas por teorias provisórias; Adquirir novos saberes que vêm sendo exigidos em função das alterações constantes do mundo – resultado da rápida evolução das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs). Sob o ponto de vista do paradigma emergente, a avaliação vai além da simples atribuição de notas ao estudante. Esse processo é feito de maneira cumulativa e sistemática, com o objetivo de diagnosticar a situação de aprendizagem do aluno em relação ao currículo que lhe é oferecido. Educacionais; Culturais etc. 9 Por isso, a avaliação é parte da aprendizagem, porque é uma prática de investigação que busca identificar os conhecimentos adquiridos e as dificuldades encontradas pelos educandos para concluir essa etapa do ensino. Aqui, o erro não é visto como defeito passível de punição, mas como uma pista dada pelo aluno para aperfeiçoar o processo de construção e reconstrução da aprendizagem. A era da informação em que vivemos também ajudou – e muito – a firmar os pressupostos desse paradigma na atualidade. Vamos descobrir por quê? Aprendizagem na sociedade da informação As TICs mudaram não só a maneira pela qual nos comunicamos, mas, principalmente, a forma como aprendemos no mundo atual. Aprender, agora, é uma atividade que ultrapassa o ambiente acadêmico, já que a tecnologia nos permitiu romper com as barreiras de tempo e de espaço no ensino. Hoje, o estudante pode visitar uma biblioteca para pesquisar determinado assunto, cursar uma disciplina ou mesmo realizar um curso inteiro sem estar inserido, necessariamente, em uma sala de aula presencial. Algumas instituições de ensino, como a Estácio, já oferecem ao aluno a Educação a Distância (EAD), que o possibilita fazer tudo isso remotamente, de qualquer lugar – em um tablet ou em um celular, por exemplo. De fato, essa nova relação com a informação e com o conhecimento mudou a forma como se processa o aprendizado, ou seja, a maneira a partir da qual aprendemos e ensinamos também. 10 Por isso, as inúmeras alternativas do mundo virtual precisam ser integradas ao processo didático e avaliativo para incentivar o aluno a: Estudar; Pesquisar; Manipular o conteúdo estudado; Produzir textos; Aprender com o grupo. Tudo isso deve ser feito com base em uma perspectiva interacionista4: aquela que entende a produção do conhecimento a partir da interação com o mundo físico e social, por meio do convívio do sujeito com a realidade e com as pessoas que o cercam. Avaliação acadêmica por competências Como vimos anteriormente, o ambiente social e organizacional vem-se transformando, de maneira acelerada, nos últimos anos, o que repercute diretamente no cenário educativo. Por isso, antes de permanecer inerte diante dessas mudanças, a universidade precisa buscar soluções para adequar os conteúdos e planejamentos de aula, bem como as alternativas de avaliação, a fim de formar um aluno competente para o mercado de trabalho e para a vida. Mas o que é ser competente na sociedade da informação? 4 Perspectiva interacionista Visão educacional que reconhece o sujeito e o objeto de ensino como organismos vivos, ativos, abertos, em constante interlocução com o meio ambiente, que se inter-relacionam através de processos interativos inseparáveis. Essas relações, por sua vez, modificam-se mutuamente. 11 Você se lembra da aula anterior, em que abordamos os níveis de conhecimento por que passa o sujeito em sua formação por competências5? Vamos retomá-los... Na sociedade atual, ser competente significa passar por estes três níveis distintos do saber: o conceitual, o procedimental e o atitudinal. Portanto, é importante que a universidade forme sujeitos a partir desses graus do conhecimento, seja: Preparando-os tecnicamente – nível conceitual; Possibilitando atividades que exijam leitura e pesquisa, análise de situações, comparação entre processos e ocorrências, solução de problemas reais etc. – nível procedimental; Desenvolvendo suas habilidades nos campos humano, ético e social – nível atitudinal. Esses níveis formam o que hoje conhecemos como gestão por competências6! 5 Competências Para Perrenoud (2002, p. 138), competência é um: “[...] conjunto identificável e avaliável de conhecimentos, atitudes, valores e habilidades relacionados entre si que permitem desempenhos satisfatórios em situações reais de trabalho, segundo padrões utilizados na área ocupacional”. 6 Gestão por competências Nova perspectiva de reposicionamento estratégico das pessoas nas organizações, que passa pelas atividades de: Recrutamento e seleção; Gestão da remuneração; Avaliação do desempenho; Desenvolvimento de pessoal. 12 Atenção Não basta ao professor conhecer o conteúdo que será ministrado em sala de aula! É necessário SABER SER na profissão docente, agindo com ética, seguindo valores morais e relacionando-se, de forma adequada, com os alunos, a partir de boas práticas, a fim de desenvolver neles as habilidades necessárias para concluir a etapa de aprendizagem. É justamente para esse mundo do trabalho que os estudantes universitários estão sendo formados. Aprenda mais Para saber mais sobre o conceito de competências, leia o texto Competências na educação profissional – é possível avaliá-las? Educação por competências Vamos dar continuidade a um assunto sobre o qual já discutimos na aula anterior: a formação por competências. Para entender melhor o currículo desenvolvido com base nessa temática, assista, agora, a uma entrevista com o professor Nilson Machado. Apesar de o acadêmico focar sua fala no Ensino Básico, podemos, facilmente, enquadrá-la à Educação Superior. Afinal, a formação por competências – 13 esteja ela voltada para qualquer nível de ensino – pressupõe a ruptura com alguns conceitos e práticas educacionais. Isso não quer dizer que temos de anular ou invalidar tudo o que é tradicional na educação, mas aprender a inovar e a evoluir no processo de ensino. Dessa maneira, o professor passa a ser o mediador da aprendizagem, pois ele é a ponte entre o conhecimento e o aluno, e não aquele que, simplesmente, transmite o saber. Hoje em dia, a própria internet dá conta dessa tarefa! Como já vimos na aula anterior, o objetivo da educação por competências é desenvolver nos estudantes a capacidade de: Criar; Pesquisar; Solucionar problemas; Ampliar a autonomia para a prática do aprender a aprender. Os egressos devem estar aptos a desempenhar suas tarefas laborais a partir de valores humanos e sociais 7 indispensáveis no mundo do trabalho contemporâneo. 7 Valores humanos e sociais Para que obtenham êxito no desempenho de suas atividades no mercado de trabalho atual, os alunos precisam dispor dos seguintes valores humanos e sociais: A conduta ética; A iniciativa; A criatividade; A flexibilidade; O autocontrole; A comunicação etc. 14 Por isso, de acordo com Goldberg (2010), precisamos aperfeiçoar os processos de aprendizagem nos cursos de Graduação. O autor aponta sete habilidadesbásicas que estão faltando na formação dos jovens. São elas: 1. Fazer boas perguntas; 2. Nomear objetos tecnológicos; 3. Modelar processos e sistemas de modo qualitativo; 4. Entender problemas complexos; 5. Coletar dados para análise; 6. Visualizar soluções e gerar novas ideias; 7. Comunicar essas soluções de forma oral e por escrito. Cabe, portanto, à educação por competências minimizar essas dificuldades. Mas como é possível fazê-lo? Vejamos... Currículo por competências: habilidades dos alunos Para sustentar a formação por competências, a organização do currículo deve privilegiar um enfoque amplo que garanta o desenvolvimento das habilidades básicas, específicas e de gestão dos jovens – aquelas voltadas para o mundo do trabalho. Conheça, agora, algumas delas: Competências básicas Bases técnicas e científicas em que se fundamentam as competências específicas e de gestão relativas à determinada qualificação profissional. Competências específicas Habilidades técnicas e tecnológicas que permitem operar, de forma eficiente, os objetos e as variáveis que interferem diretamente nas rotinas de uma qualificação profissional. 15 Competências de gestão Conjunto de capacidades organizacionais, metodológicas e sociais relativas à qualidade e à organização do trabalho, às relações que se estabelecem nesse ambiente e à condição de responder a circunstâncias novas e imprevistas. Essas competências devem circundar o currículo, o planejamento e a avaliação acadêmica, com o objetivo de colaborar para a formação do profissional capaz de atuar de maneira participativa, crítica e criativa no mercado de trabalho. Dessa forma, o professor deve promover experiências de aprendizagem ativa 8 e cultivar a capacidade dos alunos de elaboração teórico- conceitual, bem como de resolução de problemas simples e complexos – coerentes com as novas exigências do mundo moderno. Currículo por competências: habilidades do professor Como vimos anteriormente, para trabalhar a aprendizagem por competências, os alunos precisam desenvolver determinadas habilidades. Mas eles não são os únicos! De acordo com Perrenoud (2002), para se adaptar a essa nova proposta educacional, o professor também deve aperfeiçoar sua atuação, adquirindo novas competências. Entre elas, destacamos: 8 Aprendizagem ativa De acordo com Bonwell e Eison (1991), para promover ambientes de aprendizagem ativa em sala de aula, o professor pode utilizar as seguintes estratégias didáticas de avaliação: Discussão sobre temas específicos da formação profissional; Debates sobre assuntos atuais; Trabalho em equipe que exija a solução de problemas; Estudo de caso relacionado a áreas profissionais; Produção de mapas conceituais; Modelagem e simulação de processos e sistemas específicos da área de formação do aluno; Criação de sites ou ambientes sociais de aprendizagem colaborativa; Elaboração de questões de pesquisa na área de estudo em foco. 16 Organizar e dirigir situações de aprendizagem Cabe ao docente... Conhecer os conteúdos de determinada disciplina, a fim de escolher os objetivos de aprendizagem; Valorizar as representações dadas pelos alunos; Trabalhar a partir dos erros dos estudantes; Construir e planejar sequências didáticas; Propor atividades de pesquisa e projetos. Administrar a progressão das aprendizagens Cabe ao docente... Instituir e administrar situações-problema; Adquirir visão longitudinal dos objetivos do ensino; Estabelecer a interdisciplinaridade nos conteúdos; Observar e avaliar os alunos na realização das atividades; Fazer balanços de competências; Tomar decisões de progressão quanto aos grupos. Envolver os alunos na aprendizagem Cabe ao docente... Despertar no estudante o desejo de aprender a partir do significado dado ao conteúdo; Estreitar a relação com o saber a partir do sentido do trabalho acadêmico; Propor atividades que envolvam a aprendizagem colaborativa; Desenvolver processos de autoavaliação. 17 Trabalhar a ética na profissão Cabe ao docente... Propor situações que abarquem discussões éticas; Escolher atividades que envolvam a aplicação de valores morais e que forcem o aluno a decidir sobre as situações colocadas, a fim de induzi- lo a fazer a escolha ética entre elas; Desenvolver atividades colaborativas que exijam responsabilidade, solidariedade e sentimento de justiça. Aprenda mais Para saber mais sobre como aprimorar as habilidades dos estudantes, leia o texto Quais as competências se pretendem nos alunos e como desenvolvê-las? Atividade proposta Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Pesquise sobre o Projeto Político Pedagógico (PPP) do curso que você estuda e verifique como estão dispostos os itens sobre avaliação. Analise-os conforme as referências deste conteúdo. 18 Aprenda mais Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula: Assista à Aula de Inquietação, com o prof. Boaventura Santos, ministrada em um evento aberto na Universidade de Brasília (UnB); Leia o texto Planejamento de ensino e avaliação da aprendizagem para cursos estruturados com base em competências. Referências ANTUNES, C. Como desenvolver competências em sala de aula. Petrópolis: Vozes, 2010. BONWELL, C. C.; EISON, J. A. Active learning: creating excitement in the classroom. Washington, DC: Eric Digests, 1991. BORDANAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégias de ensino aprendizagem. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 1994. GOLDBERG, D. E. The missing basics & other philosophical reflections for the transformation of engineering education. PhilSci Archive. [S.l.]: University of Pittsburg, 2010. PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artmed, 1999. 19 ______. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed, 2002. SANT’ANNA, I. M. Por que avaliar? Como avaliar? – critérios e instrumentos. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1995. Exercícios de fixação Questão 1 De acordo com o que estudamos ao longo desta aula, podemos afirmar que: I. A avaliação é um processo diagnóstico e inclusivo. II. Algumas instituições tratam a avaliação apenas como exames de seleção entre pessoas. III. A avaliação classificatória é uma tradição democrática porque centra o processo de aprendizagem no sujeito que aprende. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) I e II b) II e III c) I e III d) Apenas I e) Apenas III 20 Questão 2 De acordo com o que estudamos ao longo desta aula, podemos afirmar que a avaliação acadêmica: I. Está estritamente relacionada ao processo de planejamento educacional. II. É sempre um fim em si mesma e se delimita pelo binômio teoria e prática. III. Não acontece no vazio conceitual, mas é dimensionada por uma perspectiva teórica de mundo e de educação que se apresenta na prática docente. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) I e II b) I e III c) Apenas I d) Apenas II e) Apenas III 21 Questão 3 A competência é a construção social de aprendizagens significativas e úteis para o desempenho do sujeito em umasituação real, que se obtém não só por meio da instrução mas também por meio do aprendizado em casos concretos de trabalho. A avaliação por competências, por sua vez, implica a mobilização de um conjunto de recursos no processo de aprendizagem. São eles: a) Humanos, abstratos e concretos. b) Financeiros, cognitivos e palpáveis. c) Humanos, experienciais e sensoriais. d) Cognitivos, afetivos e psicomotores. e) Físicos, emocionais e financeiros. Questão 4 De acordo com o que estudamos ao longo desta aula, podemos afirmar que a formação educativa por competências: I. Implica uma ruptura com alguns conceitos e práticas educacionais tradicionais. II. Pressupõe inovação em busca de metodologias ativas centradas no professor. III. Sugere o professor como mediador do processo de aprendizagem, pois o docente é a ponte entre o conhecimento e o aluno. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) I e II b) II e III c) I e III d) Apenas II e) Apenas III 22 Questão 5 De acordo com Sant’Anna (1995): “[...] a avaliação só será eficiente e eficaz se ocorrer de forma interativa entre professor e aluno, ambos caminhando na mesma direção, em busca dos mesmos objetivos”. No entanto, é necessário termos clareza de nossos objetivos dentro do processo de aprendizagem e da sociedade, visando contribuir para a mudança na formação de seres humanos críticos, éticos e solidários. Esse fragmento discute sobre a avaliação e seus desdobramentos. A partir do estudo desta aula, podemos concluir que o texto se refere à avaliação: a) Construtiva b) Informativa c) Qualitativa d) Quantitativa e) Instrutiva 23 Atividade proposta O PPP precisa evidenciar que tipo de aluno o curso deseja formar e como entende a a sociedade e a educação no contexto atual. Também é imprescindível esclarecer a(s) abordagem(ns) teórico- metodológicas escolhidas pela instituição de ensino para fundamentar as práticas de planejamento e avaliação da aprendizagem. É importante que você consiga perceber esses itens claramente no decorrer do PPP. Exercícios de fixação Questão 1 – A Justificativa: A maioria das escolas promove exames que não se constituem como uma prática de avaliação, mas somente como processos classificatórios e seletivos. Longe dessa concepção e seguindo o ponto de vista político- pedagógico, a avaliação deve ser diagnóstica e inclusiva. Mas vivemos uma tradição antidemocrática e autoritária, porque os modelos avaliativos estão centrados na figura do professor. Questão 2 – B Justificativa: A avaliação precisa ser um meio de se alcançar resultados no processo de aprendizagem, e não um fim em si mesma. Questão 3 – E Justificativa: A técnica dos grupos de observação e de verbalização requer o estabelecimento de duas equipes que discutirão os assuntos propostos pelo professor – ora observando o debate sobre eles, ora expondo suas opiniões a respeito deles. 24 Questão 4 – C Justificativa: A formação educativa por competências pressupõe a ruptura com alguns conceitos tradicionais cartesianos e implica mudança de foco com inovação de metodologias que enfatizam a figura do aluno, e não a do professor. Questão 5 – C Justificativa: A formação qualitativa visa à aprendizagem significativa, em que o aluno evolui com o apoio do professor, que investe no planejamento e na análise de seu rendimento, a fim de dar continuidade ao trabalho didático. Nesse caso, a avaliação é tratada como meio para aprimorar o fazer pedagógico docente. Atualizado em: 13 mai. 2014
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