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APOSTILA AULA 07 - PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO DO ENSINO SUPERIOR

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1 
 
 
 
 2 
AULA 7: CONCEPÇÕES SOBRE AVALIAÇÃO 3 
INTRODUÇÃO 3 
CONTEÚDO 4 
AVALIAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM 4 
ABORDAGENS TEÓRICAS DA AVALIAÇÃO 5 
PRÁTICA DOCENTE 8 
PORTFÓLIO COMO PROCEDIMENTO DE AVALIAÇÃO 9 
AUTOAVALIAÇÃO 11 
INTELIGÊNCIAS MÚLTIPLAS 13 
FACILIDADE PARA UNS, DIFICULDADE PARA OUTROS 16 
PASSO A PASSO DA AVALIAÇÃO 16 
ATIVIDADE PROPOSTA 17 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 18 
CHAVES DE RESPOSTA 21 
ATIVIDADE PROPOSTA 21 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 22 
 
 
 
 
 3 
Introdução 
Você viu, até aqui, que avaliar é uma atividade complexa que está presente 
em nosso cotidiano, exigindo de cada um de nós competências intelectuais, 
técnicas, relacionais e tantas outras habilidades cognitivas. 
 
Nos dias atuais, avaliamos tudo sempre! Já notou que, após comprar um 
produto, hospedar-se em um hotel ou utilizar um serviço qualquer na web, 
você sempre é convidado a avaliar aquele item? 
 
Esse é um sinal de que a avaliação é importante para as empresas e seu 
processo contínuo de aprimoramento, bem como para as pessoas de uma 
forma geral. 
 
Em outras palavras, a avaliação faz parte das práticas sociais e as influência 
de forma precisa. No entanto, a avaliação individual muda de acordo com a 
perspectiva conceitual de cada um. Um hotel, por exemplo, pode ter sido 
muito bem avaliado por um e por outro, não. Isso dependerá da expectativa 
e dos conceitos de cada sujeito. 
 
É exatamente sobre essas perspectivas e abordagens teóricas da avaliação 
acadêmica que iremos discutir nesta aula. 
 
Objetivo 
Identificar algumas concepções teóricas formativas e suas 
contribuições para a avaliação acadêmica a partir da teoria das 
inteligências múltiplas. 
 
 4 
Conteúdo 
Avaliação no processo de ensino e aprendizagem 
O cotidiano nos desafia constantemente no quesito avaliação, não é mesmo? 
A todo o momento, somos avaliados e também avaliamos tudo e todos. 
 
Mas de qual pressuposto parte o professor universitário ao avaliar 
seus alunos em sala de aula? 
 
Sem dúvida, a avaliação é parte integrante e importante no processo 
de aprendizagem e, atualmente, tem sido muito discutida no meio 
acadêmico. O motivo desse debate baseia-se nas transformações do mundo 
contemporâneo, que evidenciam algumas deficiências em tal processo. 
 
O fato é que a forma como a universidade ou o professor desenvolve o 
processo didático, avalia esse processo e os resultados de seus alunos 
revela os conceitos teóricos que sustentam a prática docente. 
 
Você se lembra dessas abordagens, sobre as quais discutimos na aula 2? 
Trata-se das teorias de ensino e aprendizagem denominadas: 
 
 Tradicional; 
 Comportamentalista; 
 Humanista; 
 Cognitivista; 
 Sociocultural. 
 
Para relembrá-las, releia o conteúdo dessa aula. 
 
Do mesmo modo, a construção da avaliação fundamenta-se em algumas 
vertentes teóricas. Vamos conhecê-las a seguir. 
 
 
 5 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre a avaliação da aprendizagem, leia o 
texto Avaliar: ato tecido pelas imprecisões do cotidiano. 
 
Abordagens teóricas da avaliação 
Assim como o processo de planejamento didático, as práticas avaliativas 
na universidade apresentam, geralmente, três enfoques básicos. São eles: 
 
Tradicional 
No enfoque tradicional: 
 
AVALIAÇÃO = TRANSCRIÇÃO DO CONTEÚDO 
 
Em outras palavras, a avaliação é meramente a tradução feita pelo 
aluno do que foi dito e ensinado pelo professor, pois prioriza a 
memorização abstrata dos conceitos trabalhados em sala de aula. 
 
Aqui, a aplicação clássica de provas e de exames valoriza a reprodução 
do conteúdo, e os resultados são conferidos mediante a nota obtida 
em cada avaliação. 
 
Nessa perspectiva, a educação é, portanto, um produto, e a avaliação 
é um fim em si mesma, e não um meio utilizado pelo educador para 
que a aprendizagem ocorra. 
 
 
 
 6 
Técnico 
No enfoque técnico: 
 
AVALIAÇÃO = SABER FAZER CONTEXTUALIZADO 
 
Em outras palavras, a avaliação se preocupa mais com as 
competências técnicas e o conhecimento do estudante. 
 
Veja mais características do enfoque técnico da avaliação1. 
 
Crítico 
No enfoque crítico: 
 
AVALIAÇÃO = PARTE DA APRENDIZAGEM 
 
Em outras palavras, a avaliação adota como princípios importantes a 
contextualização, a complexidade e a subjetividade. Trata-se de uma 
das maneiras de o professor auxiliar o aluno na construção do 
conhecimento. 
 
Aqui, o processo avaliativo não é apenas uma forma de verificação do 
saber. Ao contrário: é o momento de observar os resultados dos 
estudantes e da didática de ensino, e de apontar possíveis soluções de 
melhoria a ambos. 
 
 
1 Enfoque técnico da avaliação 
Esse enfoque teórico: 
 
 Busca coesão entre o conteúdo e os instrumentos de verificação da aprendizagem; 
 Expressa, claramente, as expectativas dos alunos através das clássicas indagações 
que envolvem o espaço de sala de aula – tais como aquelas que questionam a 
matéria da prova ou o conteúdo do concurso; 
 Reflete, através das provas, exatamente os objetivos do programa; 
 Não aceita subjetividade nas provas e nos exames, instituindo chaves de correção 
objetivas para as questões, cujos enunciados são claros e precisos. 
 
 7 
Nessa perspectiva, a avaliação considera os aspectos qualitativos na 
interpretação de acertos e erros, bem como distingue, claramente, os 
conceitos de medir e de avaliar, valorizando a contextualização dos 
resultados com base nas noções de interdisciplinaridade e de 
integração vertical e horizontal dos conteúdos de ensino. 
 
Veja mais características do enfoque crítico da avaliação2. 
 
Cabe ao profissional docente identificar em qual desses enfoques se 
fundamenta sua prática pedagógica ou andragógica. 
 
As abordagens teóricas da avaliação apresentadas anteriormente envolvem as 
principais tendências pedagógicas que influenciam a prática docente 
na universidade. 
 
 
Galeria de vídeos 
 Para entender melhor o assunto, assista a uma palestra em 
que o professor Libâneo trata de grandes vertentes do ensino 
e apresenta algumas dessas orientações. 
 
 
 
2 Enfoque crítico da avaliação 
Esse enfoque teórico: 
 
 Tenta buscar alternativas para discutir a avaliação com transparência; 
 Utiliza a função formativa da avaliação, a fim de orientar o aluno a superar os 
desafios do processo de aprendizagem e a se autoavaliar; 
 Negocia critérios avaliativos com os estudantes, com o objetivo de diversificar as 
formas de avaliação, considerando seus saberes e suas competências; 
 Inclui a avaliação na prática educativa e a entende como meio didático que contribui 
para a autonomia intelectual do educando para fins de solução de problemas; 
 Trata a subjetividade humana como item relevante no processo avaliativo, mesmo 
sabendo de seus riscos nesse contexto. 
 
 8 
Observamos, aqui, que cada tendência pedagógica abarca modelos e 
perspectivas distintas de ensino. Vejamos: 
 
 Tradicional; 
 Da Escola Nova; 
 Não diretivo; 
 Tecnicista. 
 
 Libertadora; 
 Libertária; 
 Crítico-social dos 
conteúdos. 
 
Nesta aula, vamos nos ater à visão crítico-social de avaliação para tratarmos 
de algumas alternativas nesse sentido. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre os pressupostos teóricos da 
avaliação, leia o texto As principais tendências pedagógicas 
na prática escolar brasileira e seus pressupostos de 
aprendizagem. 
 
Prática docenteComo discutimos até este momento na disciplina, a prática didático-
metodológica – alinhada com as exigências contemporâneas – precisa 
considerar e privilegiar: 
 
 A pesquisa; 
 A problematização; 
 O debate; 
 A exposição interativa e dialogada; 
 A experimentação; 
TENDÊNCIA 
LIBERAL 
TENDÊNCIA 
PROGRESSISTA 
Modelos 
Perspectivas 
 
 9 
 O trabalho em grupo; 
 A construção de modelos; 
 O estudo do meio; 
 Os seminários. 
 
Enfim, o professor deve valorizar a participação do aluno no processo 
de aprendizagem, valendo-se, principalmente, da ética nessa relação. 
 
Afinal, o estudante tem de desenvolver suas competências cognitivas, 
técnicas e relacionais a partir de princípios éticos aliados ao conteúdo 
trabalhado pelo educador em sala de aula. 
 
Mas que estratégias o docente pode aplicar no ambiente 
universitário que contribuam para esse desenvolvimento? Vamos 
descobrir? 
 
Portfólio como procedimento de avaliação 
Um exemplo de estratégia metodológica de avaliação formativa e 
alternativa para desenvolver as competências do aluno no Ensino Superior é 
o uso do portfólio, que permite a construção coletiva do conhecimento. 
 
A elaboração da avaliação por meio desse mecanismo tem como objetivos 
levar o educando a: 
 
 Aprender a aprender; 
 Conhecer para aprender; 
 Levantar hipóteses; 
 Buscar alternativas e soluções possíveis para questões atuais; 
 Constituir-se como pesquisador. 
 
 
 10 
Além disso, por meio dele, institui-se a aprendizagem colaborativa entre o 
professor e o grupo de estudantes com o qual está lidando – e vice-versa –, 
em suas diferentes formas de aprender e de ver o mundo. 
 
A perspectiva da educação e de avaliação com base no portfólio considera 
que é fundamental o estudante compreender a importância daquilo que 
estuda para assimilar, de forma adequada e significativa, o conteúdo. 
 
De acordo com Hadji (2001), o portfólio é um instrumento que possibilita 
essa compreensão, somado às informações fornecidas pelo professor, que 
ajudam o educando a avançar em sua trajetória educativa e em suas ações 
de metacognição3 ou autoavaliação. 
 
Em outras palavras: 
 
Quando atribuímos sentido ao processo de ensino e aprendizagem, é 
possível aplicarmos o saber adquirido através dele na vida prática e 
social. 
 
Mas e você? Consegue conferir significado a este conteúdo? Como se 
autoavalia com relação a este curso? Aproveite e faça, a seguir, um breve 
exame de sua conduta como aluno ao longo deste estudo. 
 
 
3 Metacognição 
Conceito muito utilizado atualmente que afirma que a prática do professor em sala de aula 
deve conduzir o aluno à autoavaliação, fazendo-o discutir e pensar sobre O QUE e COMO 
aprende, bem como sobre seu comportamento diante desses processos. 
 
 11 
 
Atenção 
 A proposta desta disciplina não é limitar a prática educativa 
ao mero imediatismo ou utilitarismo – embora essa função da 
aprendizagem seja necessária ao processo de ensino –, mas 
consideramos que o conteúdo estudado precisa circundar 
conceitos éticos, estéticos e sociais de compartilhamento com 
o outro e contribuir para a formação integral do ser humano. 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre o uso do portfólio, leia os seguintes 
textos: 
 
 O portfólio e a avaliação no Ensino Superior; 
 Portfólio: uma alternativa para o gerenciamento das 
situações de ensino e aprendizagem. 
 
Autoavaliação 
Já entendemos que a autoavaliação é um dos princípios da aprendizagem: 
uma forma de acompanhamento pessoal dos resultados de seu 
próprio desempenho no decorrer de um estudo, de uma disciplina ou de 
um curso. 
 
Que tal, então, realizar agora essa avaliação de si mesmo? 
 
Para isso, responda as perguntas a seguir e faça uma autoavaliação em 
relação a seu curso de Pós-graduação em termos de comprometimento, 
comportamento acadêmico e outros aspectos: 
 
 
 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após responder o questionário, atribua a si uma nota de 0 a 10 e justifique 
essa pontuação. 
 
Exemplo: Considero-me um aluno nota X, porque ... 
 
E então? Foi difícil se autoavaliar? Independente de sua resposta, lembre-se 
de que, para realizar esse procedimento, você precisa refletir sobre seu papel 
de aluno, e ser sincero e ético consigo mesmo. 
 
 
 
 
 
 
Autoavaliação 
 
Regular Bom Excelente 
 
( ) ( ) ( ) 
 
 
 ( ) ( ) ( ) 
 
 
 ( ) ( ) ( ) 
 
 
 ( ) ( ) ( ) 
 
 
 ( ) ( ) ( ) 
 
 
 ( ) ( ) ( ) 
 
 
 ( ) ( ) ( ) 
Perguntas 
 
 
 
1. Como você classifica sua postura de 
aluno no curso? 
 
2. Como você articula a teoria aprendida 
nas aulas com sua vida profissional? 
 
3. Como estão suas leituras obrigatórias do 
curso e as sugeridas pelo professor? 
 
4. Como está seu empenho em realizar as 
aulas e em cumprir as tarefas solicitadas? 
 
5. Como você se predispõe a seguir ativo no 
ritmo da sociedade moderna? 
 
6. O quanto você se considera maduro 
como estudante de Pós-graduação? 
 
7. O quanto pretende investir em sua 
capacitação profissional? 
 
8. Como você se comporta em relação aos 
trabalhos em grupo em termos de 
reflexão, contribuição e inovação? 
 
 ( ) ( ) ( ) 
 
 13 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre autoavaliação, leia o texto 
Autoavaliação regulada: por quê, o quê e como? 
 
Inteligências múltiplas 
Não podemos tratar de portfólio sem mencionar as inteligências múltiplas de 
Gardner (2000). 
 
Na visão do estudioso, um portfólio é uma coletânea dos melhores 
trabalhos do aluno durante determinado período ou determinada disciplina, 
que representam sua produção acadêmica. 
 
Essa produção demonstra, por sua vez, um conjunto de competências 
desenvolvidas pelo estudante no decorrer do processo de 
aprendizagem, tais como a capacidade de: 
 
 Criar produtos que sejam valorizados dentro de um ou mais cenários 
culturais; 
 Pesquisar e construir conceitos, explorando as habilidades de que 
tratamos nas aulas anteriores e que são exigidas na atualidade. 
 
Gardner (2000) entende que TODAS as pessoas possuem tipos de 
inteligência e habilidades diferenciadas para cada espécie de atividade 
exercida. Portanto, dispomos de mais de uma forma de inteligência, embora 
todas estejam interligadas. 
 
 
 
 14 
Na visão do autor, são algumas delas: 
 
Linguística 
Habilidade para a escrita, a leitura e o aprendizado de idiomas. Os 
poetas, por exemplo, possuem essa inteligência. 
 
Lógico-matemática 
Capacidade de usar números de maneira eficaz e habilidade para 
raciocínios lógico-dedutivos. 
 
Espacial 
Capacidade de formar um mundo espacial e de localizar ou lidar com 
objetos concretos. Os arquitetos e engenheiros, por exemplo, possuem 
essa inteligência. 
 
Corporal-cinestésica 
Capacidade de usar o corpo como forma de expressão de ideias e de 
sentimentos para produzir ou transformar objetos. O dançarino, o 
escultor e o mecânico, por exemplo, possuem essa inteligência. 
 
Inter e intrapessoal 
Capacidade de entender outras pessoas, bem como de perceber e 
distinguir reações e sentimentos alheios. Trata-se, também, dahabilidade de se autoconhecer e de se adaptar ao meio em função 
desse conhecimento. 
 
Musical 
Capacidade de percepção, discriminação, transformação e expressão 
de formas musicais. 
 
 
 
 
 15 
Naturalista 
Capacidade de compreender e organizar os objetos, os fenômenos e os 
padrões da natureza. Em outras palavras, trata-se da habilidade de 
reconhecer e de classificar: 
 
 Plantas; 
 Animais; 
 Minerais; 
 Rochas e gramíneas; 
 Toda a variedade de fauna e flora; 
 O meio ambiente e seus componentes. 
 
Existencial 
Capacidade filosófica e de reflexão e ponderação sobre questões 
existenciais. Os líderes espirituais e filósofos, por exemplo, possuem 
essa competência. 
 
 
Atenção 
 De acordo com Gardner (1994): 
“Existem evidências persuasivas para a existência de 
diversas competências intelectuais humanas 
relativamente autônomas – abreviadas, daqui em 
diante, como ‘inteligências humanas’. Essas são as 
‘estruturas da mente’ [...]. 
 
A exata natureza e extensão de cada ‘estrutura individual’ 
não é, até o momento, satisfatoriamente determinada, nem o 
número preciso de inteligências foi estabelecido. 
 
Parece-me, porém, estar cada vez mais difícil negar a 
convicção de que há, pelo menos, algumas inteligências que 
são relativamente independentes umas das outras, e que 
podem ser modeladas e combinadas em uma multiplicidade 
de maneiras adaptativas por indivíduos e culturas”. 
 
 16 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre as ideias de Gardner... 
 Assista ao vídeo Howard Gardner – a teoria das 
inteligências múltiplas; 
 Leia o texto Teoria das múltiplas inteligências de 
Howard Gardner: breve resenha e reflexões críticas. 
 
Facilidade para uns, dificuldade para outros 
Leia, agora, uma história em quadrinhos da Turma da Mônica e descubra qual 
é a inteligência proeminente do personagem clássico Chico Bento. 
 
Todos nós possuímos inteligências múltiplas e somos capazes de desenvolvê-
las, mas acabamos tendo maior habilidade para umas ou outras, assim como 
Chico Bento. 
 
Gardner (2000) afirma que essas inteligências são relativamente 
independentes e se originam das bases neuroanatômicas específicas que 
têm sistemas cognitivos próprios. 
 
Reconhecê-las favorece o processo de ensino e aprendizagem e ajuda tanto 
professor quanto aluno a compreenderem o motivo pelo qual determinados 
conteúdos são mais ou menos facilmente apreendidos. 
 
Passo a passo da avaliação 
Vimos, ao longo deste conteúdo, que somos detentores de vários tipos de 
inteligência e que podemos desenvolvê-las a partir do processo de 
aprendizagem. 
 
 
 17 
Esse conceito é fundamental à prática de sala de aula. Por isso, a 
sensibilidade do educador para compreender e saber estimular as 
competências dos estudantes é muito importante! 
 
Quando entende o conceito de inteligências múltiplas, o docente consegue 
trabalhar com a diversidade e considerar as diferentes habilidades de seus 
alunos para promover um ambiente de aprendizado mútuo e coletivo. 
 
Seja qual for a abordagem ou metodologia pedagógica utilizada em sala de 
aula, é importante que o professor atente para passo a passo da avaliação, 
que inclui: 
 
1. A definição dos objetivos gerais e específicos para cada unidade ou 
conteúdo a ser trabalhado; 
2. A comparação desses objetivos com sua prática de ensino e com as 
habilidades desenvolvidas pelos alunos; 
3. A demarcação de pré-requisitos para a verificação dos conhecimentos 
e das habilidades já desenvolvidas; 
4. A avaliação contínua da aprendizagem dos alunos, visando ao 
aprimoramento acadêmico e ao crescimento pessoal do grupo. 
 
Atividade proposta 
Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! 
 
Atualmente, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE) avalia 
o rendimento dos alunos de Graduação – ingressantes e concluintes – em 
relação aos conteúdos programáticos dos cursos em que estão matriculados. 
 
O exame é obrigatório para os estudantes selecionados e condição 
indispensável para a emissão do histórico escolar. A primeira aplicação 
 
 18 
ocorreu em 2004 e, a cada três anos, os cursos são avaliados de acordo com 
sua área do conhecimento. 
 
Diante do exposto, responda: 
 
1. Qual o objetivo do ENADE? 
2. Quais são seus instrumentos básicos? 
3. Como são definidas as áreas que serão avaliadas nesse exame? 
4. Quais os estudantes habilitados a participar do ENADE? 
 
 
Aprenda mais 
 
Para saber mais sobre a avaliação dos cursos de Graduação 
pelo ENADE, acesse o Portal do INEP e leia um pequeno 
trecho a respeito do Censo de Educação Superior. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
De acordo com o que estudamos ao longo desta aula, o enfoque técnico da 
avaliação: 
 
I. Relaciona-se às competências técnicas inerentes ao saber fazer do 
estudante. 
II. Retrata a coerência entre o conteúdo e os instrumentos de verificação 
da aprendizagem. 
III. Trata a subjetividade e a transdisciplinaridade como pontos 
fundamentais do processo avaliativo. 
 
Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): 
 
 
 19 
a) I e II 
b) I e III 
c) II e III 
d) Somente I 
e) Somente II 
 
 
Questão 2 
Determinada abordagem teórica da avaliação adota a técnica, a complexidade 
e a subjetividade como princípios importantes do processo avaliativo, porque 
entende que a avaliação é parte da aprendizagem e uma das formas de o 
professor auxiliar o aluno na construção do conhecimento. Estamos nos 
referindo ao enfoque: 
 
a) Crítico 
b) Somativo 
c) Tradicional 
d) Formativo 
e) Social 
 
 
Questão 3 
De acordo com o enfoque crítico, a avaliação: 
 
a) Considera que é fundamental compreender a técnica de estudo. 
b) Preocupa-se com as competências técnicas inerentes ao saber fazer do 
estudante. 
c) É apenas uma forma de verificação do conhecimento para classificar os 
problemas apresentados pelos alunos. 
d) Baseia-se em uma seleção criteriosa de conceitos e de notas, visando 
ao aprimoramento do processo de aprendizagem. 
e) Consiste em um período de observação dos resultados do processo de 
aprendizagem e de possíveis soluções de melhoria a ele. 
 
 20 
Questão 4 
A metodologia da construção do portfólio no Ensino Superior retrata a 
abordagem de avaliação: 
 
a) Somativa 
b) Formativa 
c) Incidente 
d) Classificatória 
e) Técnica 
 
 
Questão 5 
De acordo com Gardner (1994), a inteligência faz parte de um conjunto muito 
mais amplo e universal de competências do que comumente se considerou. 
Para o autor, a inteligência é definida como a capacidade de solucionar 
problemas ou de criar produtos que sejam: 
 
a) Valorizados dentro de um ou mais cenários culturais. 
b) Definidos dentro de um ou mais contextos culturais. 
c) Inteligíveis dentro de uma ou mais situações culturais. 
d) Aceitáveis dentro de uma ou mais metodologias culturais. 
e) Fabricados dentro de um ou mais aspectos culturais. 
 
 
 
 
 
 
 21 
Atividade proposta 
Pergunta 1 
O objetivo do ENADE é avaliar: 
 O desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos 
programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de 
Graduação; 
 O desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao 
aprofundamento da formação geral e profissional; 
 O nível de atualização dos estudantes com relação à realidade 
brasileira e mundial, integrando o Sistema Nacional de Avaliação da 
Educação Superior (SINAES) e as avaliaçõesinstitucional e dos cursos 
de Graduação. 
 
Pergunta 2 
Os instrumentos básicos do ENADE são: 
 A prova; 
 O questionário de impressões dos estudantes sobre a prova; 
 O questionário do estudante; 
 O questionário do coordenador(a) do curso. 
 
Pergunta 3 
O Ministério da Educação (MEC) define, anualmente, as áreas propostas pela 
Comissão de Avaliação da Educação Superior (CONAES) 4 . A 
periodicidade máxima de aplicação do ENADE em cada área é trienal. 
 
 
 
4 Comissão de Avaliação da Educação Superior (CONAES) 
Órgão colegiado de coordenação e supervisão do SINAES. 
 
 22 
Pergunta 4 
Todos os estudantes de primeiro ano (ingressantes) e de último ano 
(concluintes) das áreas e dos cursos a serem avaliados pelo ENADE. 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 – A 
Justificativa: O enfoque técnico da avaliação está relacionado ao saber fazer 
contextualizado e busca a coesão entre o conteúdo e os instrumentos de 
verificação da aprendizagem, rejeitando a subjetividade nas provas e nos 
exames. Disso resulta a instituição de chaves de correção objetivas. 
 
Questão 2 – C 
Justificativa: O enfoque crítico da avaliação tem como características básicas 
a contextualização do conteúdo, a complexidade e a subjetividade, porque 
entende que a avaliação faz parte de todo o processo de aprendizagem. 
 
Questão 3 – E 
Justificativa: De acordo com o enfoque crítico, a avaliação não só verifica 
notas para classificar o aluno. Ao contrário: esse é o momento de observar os 
resultados dos estudantes e da didática de ensino, e de apontar possíveis 
soluções de melhoria a ambos. 
 
Questão 4 – B 
Justificativa: O uso do portfólio é uma estratégia de avaliação formativa e 
alternativa. Esse instrumento permite a construção coletiva do conhecimento. 
 
Questão 5 – A 
Justificativa: Gardner (1994) acredita que a inteligência é um conjunto de 
várias competências de que o sujeito dispõe para resolver problemas e 
perceber o mundo. 
 
Atualizado em: 11 jun. 2014

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