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CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 1 Aula 7: Adaptações curriculares de pequeno porte ...................................................................... 2 ............................................................................................................................. 2 Introdução ................................................................................................................................ 3 Conteúdo Contextualização ............................................................................................................... 3 Conceito e objetivo das adaptações curriculares de pequeno porte ..................... 3 Considerações do professor ............................................................................................ 3 Adaptações curriculares de grande e pequeno porte ................................................ 4 O que cabe ao professor? ................................................................................................ 5 Ajustes no nível coletivo - Estratégias ........................................................................... 6 Categorias de adaptações curriculares de pequeno porte........................................ 7 Outros tipos de adaptações curriculares ...................................................................... 9 Conclusão ......................................................................................................................... 10 Atividade proposta .......................................................................................................... 11 ....................................................................................................................... 12 Aprenda Mais ........................................................................................................................... 12 Referências ......................................................................................................... 13 Exercícios de fixação Chaves de resposta ..................................................................................................................... 18 CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 2 Introdução Nesta aula vamos refletir sobre as adaptações curriculares de pequeno porte, suas competências e categorias, tais como: • Adaptação de objetivos; • Adaptação de conteúdos; • Adaptações do método de ensino e da Organização didática; • Adaptação do processo de avaliação; • Adaptação na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem. Bons estudos! Objetivo: 1. Conhecer as adaptações curriculares de pequeno porte, em todas as suas categorias; 2. Identificar as competências e atribuições de responsabilidade das adaptações curriculares de pequeno porte. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 3 Conteúdo Contextualização Como já vimos, as adaptações curriculares são flexibilizações feitas no currículo de modo a atender à diversidade, às necessidades individuais dos alunos, com objetivo de favorecer a aprendizagem e o desenvolvimento de uma forma geral. São ajustes feitos nas diferentes instâncias curriculares. Na aula anterior você conheceu as adaptações curriculares de grande porte que são planejadas no âmbito do Plano Municipal de Educação e no Projeto Político- Pedagógico, tanto no município como na unidade escolar. Acompanhe a seguir as adaptações curriculares de pequeno porte. Conceito e objetivo das adaptações curriculares de pequeno porte O que são? Também denominadas adaptações não significativas, são as modificações feitas no currículo pelo professor, no seu planejamento e no contexto da sala de aula, ou seja, são pequenos ajustes feitos pelo professor nas atividades da sala de aula. Qual o seu objetivo? Favorecer o processo de aprendizagem produtivo respeitando as peculiaridades dos alunos. As estratégias implementadas devem ser acolhidas pelos outros profissionais da escola. Considerações do professor Considerando a diversidade presente na sala de aula, o que o professor deve considerar? Organização do espaço e dos aspectos físicos da sala de aula. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 4 A seleção, a adaptação e a utilização de equipamentos e de mobiliários de forma a favorecer a aprendizagem de todos os alunos. O planejamento das estratégias de ensino que pretende adotar em função dos objetivos pedagógicos e conteúdos a serem abordados. A pluralidade metodológica tanto para o ensino como para a avaliação. A flexibilização da temporalidade. Adaptações curriculares de grande e pequeno porte Percebeu que, basicamente, são as mesmas adaptações vistas na aula anterior, sobre adaptações curriculares de grande porte? O que vai diferenciar é a instância em que elas ocorrem, ou seja, a quem compete às modificações a serem feitas, que neste caso é o professor. Assim, são adaptações menores, que o professor consegue realizar com facilidade no seu planejamento. Planejamento = Previsão + Organização + Avaliação Atenção Na maioria das vezes, haverá necessidade de adaptações curriculares tanto de grande porte como de pequeno, e neste caso, as responsabilidades são divididas. O importante é que se garanta ao aluno as respostas educacionais que necessita. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 5 O que cabe ao professor? Desenvolver e implementar as modificações que fomentarão o acesso do aluno com necessidades especiais ao currículo escolar da seguinte forma (MEC, 2000): Criando condições físicas, ambientais e materiais para participação do aluno com necessidades especiais na sala de aula. Favorecendo os melhores níveis de comunicação e de interação do aluno com as pessoas com as quais convive no espaço escolar. Favorecendo a participação do aluno nas atividades escolares. Atuando para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos necessários. Adaptando materiais de uso comum em sala de aula. Adotando sistemas alternativos de comunicação, para os alunos impedidos de comunicação oral, tanto no processo de ensino- aprendizagem como no processo de avaliação. Favorecendo a eliminação do sentimento de inferioridade, de menos valia ou de fracasso. Atenção Os ajustes em relação ao espaço físico visa favorecer o trânsito de alunos cadeirantes, ou com dificuldades de visão, por exemplo. Assim, todos podem mover-se livremente pela sala ou alocarem-se para realização de trabalhos em grupo. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 6 Ajustes no nível coletivo - Estratégias Os ajustes feitos pelo professor podem ser implementados em dois níveis, no coletivo, em nível de sala de aula, ou no individual, com a seleção de serviços especializados e modificações no processo de avaliação. Em relação aos ajustes no nível do coletivo, Blanco (2004) sugere algumas estratégias: • Fazer uso de estratégias metodológicas diversificadas que permitam o ajuste da maneira como cada conteúdo será transmitido aos diferentes estilos de aprendizagem apresentados pelos alunos, já que cada aluno aprende de modo particular e com um ritmo próprio. • Colocar em prática a cooperação durante a realização das atividades propostas, pois os alunos aprendem não apenas com o professor, mas também com seus colegas. A cooperação influencia positivamente o rendimento acadêmico, a autoestima, as relações sociais, assim comoo desenvolvimento pessoal. Além disso, ao facilitar o trabalho autônomo dos alunos, permite que o professor consiga momentos para fornecer mais atenção aos que dela necessitam. • Oferecer atividades com diferentes graus de complexidade, assim como conteúdos distintos, tais como atividades que possam ser executadas de maneiras diversas; uma mesma atividade para trabalhar conteúdos com níveis diferentes de dificuldades; uso do mesmo conteúdo pode ser trabalhado por meio de várias atividades; uso de atividades diversas (oficinas, projetos, entre outros). • Dar aos alunos a oportunidade de tomar decisões sobre o planejamento do trabalho acadêmico, apresentando algumas atividades e vinte maneiras como tais atividades podem ser realizadas e deixando que os alunos escolham entre as opções apresentadas. • Avaliar a quantidade e a qualidade de apoio que cada aluno necessita e retirar, gradualmente, tal apoio à medida que os alunos caminham na direção de alcançar um nível de aprendizagem suficiente. • Explorar a utilização de diversos materiais durante a realização das atividades propostas. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 7 • Agrupar os alunos utilizando critérios variados, de acordo com a atividade a ser realizada, de modo a possibilitar a emissão de respostas diferentes de acordo com o objetivo a ser atingido, com o tipo de conteúdo abordado e com as características e os interesses dos alunos. • Elaborar formas de avaliação adaptadas às necessidades e particularidades de cada aluno. • Realizar arranjos na sala de aula de modo que o espaço fique agradável aos alunos e ao professor, que a autonomia e a mobilidade seja facilitada, e que seja possível a adaptação da sala aos diferentes tipos de atividades e agrupamentos. Alunos com maiores dificuldades devem ocupar lugares nos quais seja mais fácil o acesso à informação e a comunicação e o relacionamento com os colegas e com o professor. • Organizar a rotina da classe considerando o tipo de metodologia, atividades que serão realizadas e o apoio que determinados alunos podem necessitar. • Valorizar as diferenças existentes entre os alunos, criando um ambiente de respeito às limitações e virtudes do outro e no qual exista comunicação. Para tanto, atividades podem ser realizadas com o objetivo de aumentar a união entre os alunos. Atenção É importante destacar que os alunos com maior dificuldade para realizar determinada tarefa devem ser integrados em grupos que respondam às suas necessidades. Categorias de adaptações curriculares de pequeno porte Adaptações de objetivos: Adequação dos objetivos pedagógicos às características e condições do aluno com necessidades especiais. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 8 O professor pode priorizar ou eliminar objetivos para atender às necessidades dos alunos. Por exemplo, eliminar objetivos relacionados a oralidade, no caso de alunos surdos, ou eliminar objetivos relacionados à escrita no papel para alunos com paralisia cerebral. Adaptações de conteúdos: Priorização de conteúdos ou de áreas ou de unidades de conteúdos ou de reformulações da sequências de conteúdos, ou ainda, a eliminação destes, de forma a acompanhar a seleção dos objetivos. A decisão se dará sempre em função das necessidades educativas dos alunos. Adaptações do método de ensino e da organização didática: Seleção de estratégias que melhor atendam às particularidades de cada aluno, o professor deve adequar a metodologia à forma que cada um tem de aprender. O professor pode optar por introduzir tarefas alternativas ou complementares, de modo a facilitar a construção do conhecimento do aluno. Alterando o planejamento feito previamente, adequando-o às necessidades do aluno. Assim, por exemplo, o professor poderia descrever verbalmente as atividades, no caso de alunos cegos ou com baixa visão, ou utilizar recursos visuais para alunos surdos, recorrendo a outros recursos (TV, vídeo, computador, slides etc.). Outra alternativa possível é mudar a complexidade das atividades ou mudar a sua sequência. O importante é a preocupação com o desenvolvimento e com o processo de aprendizagem do aluno. Adaptações do processo de avaliação: Modificações nos instrumentos avaliativos, de acordo com as necessidades dos alunos, alterando técnicas ou procedimentos. Portanto, pode-se oferecer avaliações escritas em braile a alunos cegos, ou até mesmo fazê-las de forma oral; considerar respostas menos complexas de alunos surdos, que CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 9 apresentam-se em processo de aquisição da língua portuguesa, já que estes se encontram mais familiarizados com a língua de sinais. Adaptações na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem: O professor pode considerar o tempo previsto para o alcance de determinados objetivos, aumentando ou diminuindo o tempo previsto. Assim como o tempo destinado à execução das atividades a serem realizadas. Outros tipos de adaptações curriculares Algumas adaptações curriculares de pequeno porte podem ser bastante específicas a algumas deficiências, como as dirigidas especificamente a alunos surdos, cegos, cadeirantes, ou a qualquer outra deficiência. Vamos ver alguns exemplos: Deficiência visual • Posicionar o aluno de forma a favorecer a sua possibilidade de ouvir o professor; • Dar explicações verbais sobre todo o material abordado em sala de aula de maneira visual, ler, por exemplo, o conteúdo que escreve na lousa; • Oferecer suporte físico, verbal e instrucional para locomoção do aluno, no que se refere à orientação espacial e à mobilidade. Deficiência auditiva • Posicionar o aluno na sala de aula, de forma, que consiga ver os movimentos do rosto (orofaciais) do professor e de seus colegas; • Utilizar à escrita e outros materiais visuais para favorecer a apreensão das informações abordadas verbalmente; • Utilizar textos escritos complementados com elementos que favoreçam a sua compreensão: linguagem gestual, língua de sinais etc. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 10 Deficiência mental • Posicionar o aluno de forma que possa obter a atenção do professor; • Estimular o desenvolvimento de habilidades de comunicação interpessoal; • Estimular a construção de crescente autonomia do aluno, ensinando-o a pedir as informações de que necessita, a solicitar ajuda, enfim, a se comunicar com as demais pessoas de forma que estas sejam informadas de sua necessidade e do que esteja necessitando. Deficiência física • Posicionar o aluno de forma a facilitar-lhe o deslocamento na sala de aula, especialmente no caso dos que utilizam cadeiras de rodas, bengalas, andadores etc.; • Utilizar recursos ou equipamentos que favoreçam as atividades propostas em sala de aula: prancha para escrita, presilhas para fixar papel na carteira, suporte para lápis (favorecendo a apreensão), presilha de braço, cobertura de teclado etc.; • Utilizar textos escritos complementados por material em outras linguagens e sistemas de comunicação (desenho, fala etc.). Altas habilidades (superdotação) • Explicitar e discutir sobre sentimentos de superioridade, de rejeição dos demais colegas e de isolamento, favorecendo a instalação de um clima mais favorável para a ocorrência de interações e o estabelecimento de relações sociais estáveis; • Estimular o envolvimento em atividades cooperativas; • Estimular a persistência na tarefa. Conclusão Assim, esses tipos de adaptações sãode responsabilidade do professor e este deve apresentar algumas características, para que o trabalho possa fluir com maior tranquilidade: CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 11 Atencioso O professor deve estar sempre atento às necessidades de seus alunos, identificando que conhecimentos eles já possuem e quais as suas necessidades educacionais; Criativo O professor deve usar a sua criatividade para elaborar estratégias alternativas para ensinar; Criterioso O professor deve estar sempre avaliando seus alunos com o objetivo de identificar o que precisa ser ajustado para alcançar os objetivos propostos. Atividade proposta Quando o professor oferece avaliações escritas em braile a alunos cegos, ou faz de forma oral, podemos considerar uma das categorias de adaptações curriculares de pequeno porte. Que categoria é esta? Chave de resposta: Adaptação do processo de avaliação: refere-se a modificações nos instrumentos avaliativos, de acordo com as necessidades dos alunos, alterando técnicas ou procedimentos. Portanto, pode-se oferecer avaliações escritas em braile a alunos cegos, ou até mesmo faze-las de forma oral; considerar respostas menos complexas de alunos surdos, que apresentam-se em processo de aquisição da língua portuguesa, já que estes se encontram mais familiarizados com a língua de sinais. A figura que se segue, é de uma máquina de escrever ou datilográfica. Apesar de não ser mais usada, uma certa professora conseguiu que um aluno com problema de mobilidade (deficiente físico), pudesse escrever por meio deste instrumento, uma vez que não tinha acesso à computadores. Este tipo de adaptação de recursos cabe ao professor? Justifique a sua resposta. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 12 Chave de resposta: Sim, pois cabe ao professor utilizar recursos ou equipamentos que favoreçam as atividades propostas em sala de aula: prancha para escrita, presilhas para fixar papel na carteira, suporte para lápis (favorecendo a preensão), presilha de braço, cobertura de teclado, etc.; com alunos deficientes físicos. Aprenda Mais Material complementar Para saber mais sobre inclusão de alunos especiais, assista ao vídeo Inclusão de alunos com necessidades especiais no ensino regular, Disponível em nossa biblioteca virtual. Material complementar Para saber mais sobre inclusão, assista ao vídeo Inclusão - O que as escolas precisam mudar?, Disponível em nossa biblioteca virtual. Referências BLANCO, R. A atenção à diversidade na sala de aula e as adaptações do currículo. In: COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J.A. (Org.). Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. Porto Alegre: Artmed editora, 2004. BRASIL, MEC, SEESP. Projeto Escola Viva. Garantindo o aceso e permanência de todos os alunos na escola. Alunos com necessidades especiais, n. 5 – Adaptações de Grande Porte. Brasília, 2000. Disponível em: < CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 13 href="http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf" http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf>. Acesso em: 1º set. 2014. Exercícios de fixação Questão 1 Prova de Professor-auxiliar de Ensino Especial – Prefeitura de Florianópolis (2010). O ensino da funcionalidade e da usabilidade dos recursos ópticos e não ópticos consiste no desenvolvimento de estratégias para a promoção da acessibilidade para alunos com baixa visão. São exemplos de recursos ópticos:... a) Iluminação b) Plano inclinado c) Ampliação de caracteres d) Cadernos de pauta ampliada e) Lupas manuais ou eletrônica. Questão 2 Prova de Professor-auxiliar de Ensino Especial – Prefeitura de Florianópolis (2010). O trabalho pedagógico com alunos com transtornos globais do desenvolvimento, em uma perspectiva inclusiva, deve considerar que: a) Tais alunos possuem necessidades específicas. b) Tais alunos são incapazes de se apropriar da leitura e da escrita. c) O principal objetivo de sua escolarização é o convívio com os demais alunos. d) Para esses alunos, o Atendimento Educacional Especializado deve ser oferecido no mesmo turno em que estudam. e) É o auxiliar de ensino quem deve trabalhar com tais alunos em sala de aula, liberando o professor para trabalhar com os demais alunos. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 14 Questão 3 Adaptada de Prova de Professor-Auxiliar de Ensino Especial – Prefeitura de Florianópolis (2010).Assinale a única alternativa incorreta em relação à Educação Especial no Brasil hoje: a) É uma modalidade de ensino desenvolvida em todas as instituições escolares que ofereçam os níveis, etapas e modalidades e adaptações curriculares da educação escolar previstos na Lei de Diretrizes de Bases da Educação Nacional. b) Está direcionada para a garantia de acesso e permanência no ensino regular de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação. c) É uma modalidade de ensino desenvolvida somente em instituições especializadas. d) Há experiências significativas de atuação da educação especial em escolas/universidades do ensino regular. e) Na perspectiva da educação inclusiva, a educação especial passa a integrar a proposta pedagógica da escola/universidade regular. Questão 4 Adaptada de Prova de Professor-Auxiliar de Ensino Especial – Prefeitura de Florianópolis (2010). Não tem direito ao Atendimento Educacional Especializado com adaptações curriculares condizentes com sua condição por apresentar uma deficiência, o aluno com diagnóstico de: a) Autismo b) Hipertensão arterial c) Hiperatividade d) Psicose infantil e) Paralisia cerebral Questão 5 Adaptada de Prova de Professor-Auxiliar de Ensino Especial – Prefeitura de Florianópolis (2010) CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 15 De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva – SEESP/MEC/2008, cabe aos sistemas de ensino disponibilizar a função de monitor ou cuidador dos alunos com necessidade de apoio nas atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras adaptações curriculares de pequeno porte, que exijam auxílio constante no cotidiano: a) Escolar b) Familiar c) Domiciliar d) Da escola especial e) Da classe especial Questão 6 Adaptada de São Paulo - Professor Educação Básica Ii Educação Especial (2009). Conforme descrito por Edler Carvalho, o conceito de necessidades educacionais especiais foi empregado originalmente no relatório Warnock, elaborado e apresentado por Mary Warnock em 1978 ao Parlamento do Reino Unido, e sugeria modificações no atendimento de pessoas com deficiência. No Brasil, o conceito passou a ser disseminado a partir da Declaração de Salamanca (1994), abrangendo desde pessoas com dificuldades de aprendizagem decorrentes de condições econômicas e socioculturais, até pessoas com algum tipo de deficiência, prevendo adaptações curriculares de grande e pequeno porte. Sobre o termo necessidades educacionais especiais, pode-se afirmar o que segue. I. Está associado à dificuldade de aprendizagem, mas não necessariamente a alguma deficiência. II. Está necessariamente vinculado à dificuldade de aprendizagem decorrente de alguma deficiência física ou mental. III. É uma expressão que se refere a indivíduos que em sua escolarização requerem que os professores façamajustes e adaptações curriculares de pequeno porte em suas práticas pedagógicas para atender às suas diferenças. CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 16 Assinale a afirmativa verdadeira. a) Somente a afirmativa II é verdadeira b) Todas as afirmativas são verdadeiras c) As afirmativas I e III são verdadeiras d) As afirmativas I e II são verdadeiras e) Apenas a afirmativa III é verdadeira Questão 7 Adaptada de São Paulo - PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II EDUCAÇÃO ESPECIAL (2009) O currículo escolar vem sendo apontado por diversos pesquisadores como uma das instâncias a serem revistas para atender às especificidades de alunos com necessidades educacionais especiais incluídos em classe comum do ensino regular em todos os níveis da educação. É nessa perspectiva que os Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações Curriculares: estratégias para a educação de alunos com necessidades especiais (1998) apresentam o conceito de “adaptações curriculares”. De acordo com este documento: I. O conceito de currículo é amplo, construído a partir do Projeto Político- Pedagógico da instituição escolar, que envolve a identidade da instituição e sua organização e funcionamento. II. O currículo inclui as experiências postas à disposição dos alunos, planejadas no âmbito da instituição escolar, com o objetivo de propiciar o desenvolvimento pleno dos educandos. Não se fixa no que há de especial na educação dos alunos, mas flexibiliza a prática educacional para atender a todos. III. O documento sugere que as adaptações curriculares se realizem em três níveis: 1) no projeto pedagógico da escola; 2) no currículo da classe; 3) no nível individual. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II estão corretas b) Apenas a afirmativa I está correta c) Apenas a afirmativa III está correta CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 17 d) As afirmativas I e II são verdadeiras e) Todas as afirmativas estão corretas Questão 8 Adaptada de São Paulo - PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II EDUCAÇÃO ESPECIAL (2009). As decisões sobre adaptações curriculares podem incluir as modalidades de apoio que favorecem ou viabilizam a sua eficácia na educação dos alunos com necessidades educacionais especiais em todos os níveis da educação. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações Curriculares: estratégias para a educação de alunos com necessidades especiais (1998), assinale as alternativas corretas sobre os sistemas de apoio: I. O apoio pode ser definido como recursos e estratégias que promovem o interesse e as capacidades da pessoa, bem como oportunidades de acesso a bens e serviços, informações e relações no ambiente em que vive. II. O apoio favorece a autonomia, a produtividade, a integração e a funcionalidade no ambiente escolar e comunitário. III. As decisões sobre apoio devem considerar, entre outros aspectos, as áreas prioritárias a serem apoiadas e a identificação dos tipos mais eficientes de apoio em função das áreas e aspectos definidos. Assinale a alternativa correta a) Somente a afirmativa I é verdadeira b) Todas as afirmativas são verdadeiras c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras d) Apenas a afirmativa III é verdadeira e) Nenhuma afirmativa é verdadeira Questão 9 Adaptada de São Paulo - PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II EDUCAÇÃO ESPECIAL (2009). Mantoan (2006) aponta que a instituição escolar tanto na Educação Básica quanto na Educação Superior para atender a todos precisa mudar, mais CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 18 precisamente o ensino nela ministrado. Para a referida autora muitas são as tarefas a serem enfrentadas. Assinale a alternativa que mais se afina com essa ideia: Recriar o modelo educativo escolar, tendo como eixo o ensino para todos. Garantir aos alunos tempo e liberdade para aprender, bem como um ensino que não segregue e que reprova a repetência. Reorganizar as instituições de ensino em seus aspectos pedagógicos e administrativos. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa III é verdadeira b) Todas as afirmativas são verdadeiras c) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras d) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras e) Somente a afirmativa I é verdadeira Questão 10 Adaptada de São Paulo - PROFESSOR EDUCAÇÃO BÁSICA II EDUCAÇÃO ESPECIAL (2009) Leia as afirmativas abaixo e assinale verdadeiro (V) ou falso (F). ( ) As adaptações organizativas se referem ao tipo de agrupamento dos alunos, bem como à organização didática da aula e à organização dos períodos definidos para o desenvolvimento das atividades previstas. ( ) As adaptações dizem respeito à seleção das técnicas e instrumentos utilizados para avaliar o aluno com necessidades avaliativas educacionais especiais, a fim de que atenda às especificidades do mesmo. ( ) As adaptações de acesso ao currículo para alunos com necessidades educacionais especiais ensejam a minimização e o empobrecimento curriculares. Aula 7 Exercícios de fixação Questão 1 - E CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 19 Justificativa: A utilização de recursos óticos de correção faz parte das adaptações curriculares de pequeno porte para alunos com baixa visão, conforme prevista nas categorias desse porte. Questão 2 - A Justificativa: Segundo as adaptações curriculares de pequeno porte, os alunos com necessidades educacionais especiais têm direito ao atendimento específico às suas características. Dessa forma, as adaptações curriculares em suas categorias levam em conta justamente a especificidade de cada necessidade, ofertando o apoio necessário à aprendizagem dessas pessoas. Questão 3 - C Justificativa: A terceira alternativa está incorreta, pois na perspectiva da Educação Inclusiva, a educação especializada, além de ser uma modalidade transversal em todos os níveis da educação, deve acontecer em todas as instituições de ensino, que têm se preparar para receber alunos com necessidades educacionais especiais, inclusive com adaptações curriculares em todas as categorias que se fizerem necessárias. Questão 4 - B Justificativa: Até o momento, as adaptações curriculares não preveem categorias específicas para pessoas com hipertensão arterial. Como a área das necessidades educacionais especiais é bastante contextualizada, não podemos garantir que, futuramente, a hipertensão arterial também seja prevista em leis e documentos como uma necessidade especial que requeira atendimento educacional especializado ou adaptações curriculares de grande e pequeno porte. Questão 5 - A Justificativa: O referido documento e as adaptações curriculares são diretivas quando apontam que os apoios e estratégias pedagógicas diferenciadas fazem parte do âmbito escolar, cabendo às famílias buscarem efetivar o direito a CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 20 outros apoios nas diversas áreas sociais, tais como assistência social, médica, jurídica etc. Questão 6 - C Justificativa: O conceito de necessidades educacionais especiais prevê um espectro de necessidades mais amplo que somente o campo da deficiência. Nesse sentido, as adaptações curriculares de pequeno porte não são apenas para pessoas com deficiência, mas para todas aquelas pessoas que possam precisar – de forma temporária ou permanente – de apoios, recursos e estratégias diferenciadas em seu processo de aprendizagem escolar. Questão 7 - E Justificativa: Todas as afirmativas estão corretas, visto que as adaptações curricularesalcançam variadas categorias no âmbito escolar e devem estar previstas tanto nos planos pedagógicos institucionais, bem como nos planos de curso e planos de disciplinas. Questão 8 - A Justificativa: Conforme aponta o documento, as adaptações não se restringem ao âmbito pedagógico de sala de aula apenas, mas abrangem também os apoios necessários à inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais na comunidade escolar da qual é membro. Questão 9 - B Justificativa: Sob a égide da Educação Inclusiva, é tarefa de todos na instituição escolar a inclusão. Nesse sentido, as adaptações curriculares podem ser a mola- mestra das mudanças, com práticas efetivas na sala de aula, promovendo um processo de ensino-aprendizagem inclusivo, conforme apontam os documentos e legislação sobre o tema. Questão 10 - V, V, F CONCEPÇÕES DE EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO ENSINO SUPERIOR 21 Justificativa: De acordo com o documento que estabelece as categorias de adaptações, as afirmativas corretas são apenas a I e II: I - Adaptações do método de ensino e da organização didática: esse tipo de ajustes torna-se o principal, pois é a adequação da metodologia aplicada, ou seja, é selecionar estratégias que melhor atendam as particularidades de cada aluno, o professor deve adequar a metodologia à forma que cada um tem de aprender [...]. II - Adaptação do processo de avaliação: refere-se a modificações nos instrumentos avaliativos, de acordo com as necessidades dos alunos, alterando técnicas ou procedimentos. Portanto, pode-se oferecer avaliações escritas em braile a alunos cegos, ou até mesmo fazê-las de forma oral; considerar respostas menos complexas de alunos surdos, que apresentam-se em processo de aquisição da língua portuguesa, já que estes se encontram mais familiarizados com a língua de sinais. As adaptações curriculares não representam um empobrecimento do currículo; ao contrário, permitem que se criem possibilidade de dinamização do currículo existente para as pessoas que necessitam de apoio e recursos adequados para acompanhar o currículo regular.
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