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PPP LOURDES NOVO certo

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63
PREFEITURA DE BRUSQUE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Centro de Educação Infantil Tia Lourdes
Brusque – SC, 2014
PREFEITURA DE BRUSQUE
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Prefeito de Brusque
Paulo Eccel
Secretário Municipal de Educação
Gleusa Maria Fischer
Diretora da Educação Infantil 
Aline Djulie Monguilhotti Nascimento
Diretor(a)
Ivani Maria Merisio Noldin
Coordenadora do Centro de Educação Infantil 
Raquel Hoffmann
EQUIPE DE REELABORAÇÃO PPP DA UNIDADE DE ENSINO
Diretor(a)
Ivani Maria Merisio Noldin
Coordenador(a) 
Raquel Hoffmann
Professores(as)
Professoras
Eliana Geremias
Raquel Marques
Monitoras
Franciele Aparecida Chemeres Cunha
Liriane Tomasi
Maiara Reis Semann
Agentes em Atividade de Educação
Presidente da APP
Ana Paula Borgonha
EQUIPE DE FORMAÇÃO, REVISÃO E REELABORAÇÃO
Centro Universitário de Brusque
Curso de Pedagogia
Coordenação
Clarice Pires e Marcilene Pöpper Gomes
Professores Formadores da Educação Infantil e do Ensino Fundamental 
Adriana de Freitas
Cintia Metzer
Eliani A. B. Buemo
Graciele Boing Lira
Marcilene Pöpper Gomes
Zemilda C. W. N. Santos
 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	05
Visão	07
Missão	07
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO	08
2. CONTEXTO DO CEI	08
2.1 População, Costumes e Lazer	09
2.2 Renda, escolaridade e etnia	09
2.3 Localização do CEI	10
3. CARACTERIZAÇÃO DO CEI 	11
3.1 Histórico do CEI	11
3.2 Infraestrutura do CEI 	12
3.3 Organização do espaço, tempo e materiais 	13
3.4 Recursos humanos 	14
3.5 Gestão do CEI	16
3.5.1 O Papel das Instâncias Colegiadas	17
3.5.1.1 APP – Associação de Pais e Professores 	17
3.5.1.2 Conselho Escolar 	17
3.6 Organização dos agrupamentos das crianças 	18
3.7 Estrutura do currículo na Educação Infantil	18
4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS	21
4.1 Diretrizes 	21
4.2 A concepção de Educação Infantil 	21
4.3 Infância, criança e o brincar 	22
4.4 Prática Pedagógica	23
4.5 Atendimento Educacional Especializado	24
4.6 O uso das Tecnologias em Sala de Aula	28
4.7 Escola Tempo Integral	30
4.8 Avaliação e Documentação 	32
5. DISPOSITIVOS LEGAIS	34
5.1 Documentos legais e normativos referentes à Educação Infantil	34
5.2 Regimento	34
5.3 Plano de Carreira	34
5.4 Matrícula	35
5.5 Calendário Escolar	35
6. PLANO DE AÇÃO 	36
7. REFERÊNCIAS	41
8. ANEXOS	42
ANEXO 1 – REGIMENTO DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL TIA LISA	42
ANEXO 2 – CALENDÁRIO ESCOLAR	58
INTRODUÇÃO
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN 9.394/96), no artigo 15, concedeu à escola progressivos graus de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira. Tendo autonomia para construir um espaço de liberdade e de responsabilidade para elaborar seu próprio plano de trabalho, definindo seus rumos e planejando suas atividades de modo a responder às demandas da sociedade, ou seja, atendendo ao que a sociedade espera dela. A autonomia permite à escola a construção de sua identidade e à equipe escolar uma atuação que a torna sujeito histórico de sua própria prática.
Pensar no processo de construção de um Projeto Político Pedagógico - PPP requer uma reflexão inicial sobre seu significado e importância. A LDBEN (9.394/96) ressalta a importância desse instrumento em vários de seus artigos, como por exemplo, §No artigo 12, inciso I, que vem sendo chamado o “artigo da escola” a Lei dá aos estabelecimentos de ensino a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica. §O artigo 12, inciso VII define como incumbência da escola informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica. Já §no artigo 13, chamado o “artigo dos professores”, aparecem como incumbências desse segmento, entre outras, as de participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino (Inciso I) e elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino (Inciso II). §No artigo 14, em que são definidos os princípios da gestão democrática, o primeiro deles é a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola.
O PPP é um documento produzido como resultado do diálogo entre os diversos segmentos da comunidade escolar a fim de organizar e planejar o trabalho administrativo-pedagógico e financeiro, buscando soluções para os problemas diagnosticados. O PPP, além de ser uma obrigação legal, deve traduzir a visão, a missão, os objetivos, o diagnóstico da comunidade, a fundamentação teórica, as metas e as ações que determinam o caminho do sucesso e da autonomia a ser trilhado pela instituição escolar.
O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazo. Por meio dele, o gestor reconhece e concretiza a participação de todos na definição de metas e na implementação de ações. Envolver a comunidade nesse trabalho e compartilhar a responsabilidade de definir os rumos do Centro de Educação Infantil, e isso é nosso grande desafio.
A construção e a implementação de um projeto político-pedagógico é a prática corajosa de toda escola ou instituição que quer ser libertadora, crítica, cidadã, participativa. É através dessa prática que novos cidadãos se constitui na tentativa da construção de uma sociedade mais justa, democrática, solidária e participativa. 
Visão da SEME
“Educação de excelência para ser referência”.
Missão da SEME
Proporcionar à sociedade brusquense uma educação de qualidade social por meio de políticas públicas que assegurem o acesso e a permanência à Educação Básica, à inclusão social, cultural, ambiental e digital, possibilitando a construção da cidadania voltada à valorização do ser humano.
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Entidade: Centro de Educação Infantil Tia Lourdes
CNPJ: 10.358.460/0001-40
Endereço: Rua Catarina Visconti Imhof
Bairro: São Pedro
Município: Brusque
Estado: Santa Catarina
Telefone: (0**47) 3354-3686
E-mail: ceitlourdes.educacao@brusque.sc.gov.br
Decreto de Funcionamento: 
Integrada a Rede Pública Municipal de Ensino.
2. CONTEXTO DO CEI
A Educação Infantil é um processo de construção de conhecimentos dentro de um contexto escolar, integrado com a função de cuidar e educar, que se dá na relação entre adultos (professores, merendeira, e demais funcionários) e crianças, considerando a bagagem cultural que ela traz consigo, respeitando suas limitações, buscando sempre desenvolver um indivíduo crítico e participativo na sociedade. 
Neste contexto, possibilitando a construção das quatro aprendizagens fundamentais para o desenvolvimento, aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.
Antigamente o Bairro São Pedro chamava-se Peter Strasse e pertencia ao Bairro São Luiz, com a divisão das áreas, o bairro passou a chamar-se São Pedro. O bairro, com sua rua, é uma extensa via do município. A via faz ligação entre Brusque e Guabiruba e recebe o nome nas duas cidades. No total, a rua tem 8,1quilômetros: 5,3km na parte de Brusque e 2,8km, em Guabiruba As terras pertenciam as primeiras famílias que o colonizaram: Imhof, Fischer, Habitzreuter de origem alemã e italiana, sendo que sua religião era católica e a protestante. O bairro desenvolvia atividades agrícolas, tendo sido premiado em duas exposições agrícolas realizadas em 1872 e 1873, expondo polvilho de taiá e gado.
O comércio do bairro antigamente era no sistema de troca, trocavam-se os produtos que sobravam da família.
Do antigo campo de futebol ao lado da Rua São Pedro, nas proximidades da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, surgiu a ideia de uma área de lazer para a comunidade.
No ano de 1948, foifundado o clube o qual se chamava Ypiranga. Esse clube pouco tempo depois faliu. No local onde esta a Igreja, no pátio, havia um pé de Angelina muito grande onde fizeram um campo de bocha. Depois com a sede nova, a sociedade ficou com o nome de Clube Angelina e dentro dele inaugurado o Estádio Evaldo Imhof. 
Em 2013 a Associação passou por reformas e ampliações, sendo construída a sede aquática, que conta com duas piscinas, uma para adultos e outra para crianças.
Atualmente o clube conta com 240 associados, 90% aqui do bairro.
Em 17 de dezembro de 2007 através do decreto nº 3.055/07 foi criada a Escola de Educação Infantil Tia Lourdes.
2.1 População, costumes e lazer
 
Segundo estatística apresentada pelo IBPLAN (Instituto Brusquense de Planejamento) o Bairro São Pedro comporta 2.957 habitantes e o Bairro São Luiz, o qual também são atendidas crianças neste CEI possui 4.671 habitantes. O bairro São Pedro não vive mais da agricultura, pois o mesmo é residencial, industrial e comercial.
O comércio do bairro é de médio porte, sendo padarias, mercado, verdureiras, lojas de material de construção, quanto a indústria já há um potencial mais elevado, sendo malharias, confecções, tinturarias, oficinas mecânicas e metalúrgicas. 
O transporte mais utilizado pelas famílias: carro, moto, ônibus e bicicleta.
As principais atividades de lazer são: passeios, práticas de esporte, assistir TV, ouvir música, ir a festas. Os locais de lazer que as famílias mais frequentam são: canchas de bocha, campos de futebol, praia, festa na igreja, entre outros. 
2.2 Renda, escolaridade e etnia
Quanto às profissões, a maioria dos moradores do bairro são operários e recebem entre 2 e 3 salários mínimos, em escala menor encontramos pequenos comerciantes, mecânicos e funcionários públicos. Quanto ao nível de instrução, a maioria dos pais possui ensino fundamental incompleto, já as famílias com os pais mais jovens a maioria possui ensino fundamental completo, bem como alguns casos de segundo grau completo e terceiro grau, ou seja, que frequentou universidade.
 Grande parte das famílias possuem casa própria, sendo que a construção é de madeira, mista e alvenaria. A maioria possui rede de água publica, porém, encontramos algumas casas com poços ou nascentes. Quanto ao esgoto alguns possuem fossa, porém, em grande parte das residências já possui sistema de esgoto. 
Referente a energia elétrica todos utilizam a rede pública. Os meios de transportes mais utilizados são: carro, moto, bicicleta e ônibus. O nível de instrução das famílias é o ensino fundamental incompleto entre os mais velhos e o ensino médio entre os mais jovens.
As famílias atendidas nesta unidade escolar são em sua maioria de origem brasileira, tendo algumas famílias de origem alemã, italiana e polonesa.
As maiorias das famílias são de Brusque, alguns casos vindos do Paraná, Bahia e Mato Grosso. Quanto ao serviço público a comunidade conta com a Escola Básica Professora “Georgina Carvalho Ramos da Luz” (bairro Alsácia) que oferece o ensino fundamental o Centro de Educação Infantil “Tia Lourdes”, Posto de Saúde. O bairro também conta com uma Igreja e uma Área de Lazer. O transporte coletivo não atende as necessidades da comunidade. O bairro conta com coleta de lixo periódica e telefones públicos, que também não atende a necessidades da comunidade. As linhas de telefones móveis, não possui muita área de cobertura.
2.3 Localização do CEI
Entidade: Centro de Educação Infantil Tia Lourdes
Endereço: Rua Catarina Visconti Imhof, s/n.
Bairro: São Pedro
Município: Brusque
Estado: Santa Catarina
Telefone: (0**47) 3354-3686
Data Fundação: 22 de fevereiro de 2008
Decreto de Funcionamento: n.º 3.055/2007
Integrada a Rede Pública Municipal de Ensino.
3. CARACTERIZAÇÃO DO CEI
3.1 Histórico do CEI
No dia 22 de fevereiro de 2007, foi celebrada a inauguração do Centro de Educação Infantil Tia Lourdes, na rua São Pedro, estavam presentes autoridades e comunidade. A escola que beneficiará dezenas de famílias foi construída através da parceria entre administração municipal e a sociedade. Estavam presentes na solenidade de inauguração além da comunidade local as autoridades: Prefeito Ciro Maciel Roza e sua esposa, Deputado Estadual Dagomar Carneiro e sua esposa, o Presidente da Câmara de Vereadores Ivan Roberto Martins e sua esposa, a Secretária Municipal de Educação Marilisi Fischer, o Gerente de Educação da Secretaria de Desenvolvimento Guilherme Marchewsky, o Presidente da Associação de Moradores da Rua São Pedro, Ademir Lana, a Diretora desta escola Simone Raimondi, o casal Nivert e Lourdes Fischer, doadores do terreno onde foi edificada esta escola.
O Centro de Educação Infantil Tia Lourdes recebeu esse nome em homenagem a Lourdes Imhof Fischer, doadora do terreno. 
Lourdes Imhof Fischer nasceu em 28 de dezembro de 1949, filha de Catarina e Evaldo Imohf, moradores tradicionais da Rua São Pedro e herdeiros de terras aqui colonizadas. Em dezembro de 1970 casou-se com Nivert Fischer.
Dona Lourdes como esposa dedicada em toda a sua vida não se limitou apenas às atividades domésticas, tendo sido em todos esses anos de matrimônio um apoio valioso aos trabalhos e lutas de seu esposo no desenvolvimento da empresa Irmãos Fischer e do Mineral Água Park, empreendimento no qual, Lourdes comandou pessoalmente o restaurante. Essas características revelam seu espírito realizador e sua índole ativa, voltada para o bem estar da família e da comunidade, além de uma grande força de vontade, traduzida em trabalho executado com determinação e perfeccionismo.
 O Centro de Educação Infantil “Tia Lourdes” foi criado através do decreto 3.055/07 em 17 de dezembro de 2007, pela necessidade das famílias não terem com quem deixar seus filhos para poderem trabalhar. Mesmo com a criação em 17 de dezembro de 2007, o início de suas atividades, deu-se em 21 de fevereiro de 2008, atendendo nesta data, 37 crianças na faixa etária de 2 e 3 anos, em período integral, tendo como corpo docente cinco professores, duas merendeiras, uma orientadora pedagógica, uma diretora e uma servente.
O Centro de Educação Infantil Tia Lourdes em 2008, foi atingido pela catástrofe que ocorreu em todo o estado, sendo impossível usar o local para suas atividades. Então no período de 2009/2010, este CEI passou a utilizar o espaço cedido pelo Senhor Norival Fischer, localizado na rua Anita Garibaldi, no bairro São Luiz.
No dia 07 de fevereiro de 2011, foram retomadas as atividades no Centro de Educação Infantil, localizado no bairro São Pedro, totalmente reformado, para atender as crianças que moram nesta comunidade.
Ainda em 2008, foi criada APP (Associação de Pais e Professores), que tem por finalidade participar das decisões, contribuições, organizações e montagens das atividades escolares.
3.2 Infraestrutura do CEI
O CEI possui uma área construída de 254,29 metros quadrados.
Atualmente o Centro de Educação Infantil Tia Lourdes dispõe de: 
duas salas de aula equipadas com mesas e cadeiras adaptadas para o tamanho das crianças, escrivaninha, televisão, DVD, aparelho de som, livros, espelho, ventilador, ar condicionado, jogos, brinquedos pedagógicos e vários materiais didáticos; 
uma secretaria equipada com um computador, um telefone, um armário, duas escrivaninhas, um ventilador, cinco cadeiras e diversos materiais de escritório, onde são realizados os trabalhos administrativos;
uma sala de reuniões equipada com uma mesa, quatro cadeiras, um armário, um arquivo, uma estante com vários livros;
uma cozinha equipada, com despensa, forno elétrico, geladeira, freezer, batedeira, liquidificador, fogão, armário, cadeira, torneira elétrica, ventilador e utensílios em geral;
um refeitório equipado com mesa, bancos e bebedouro;
dois banheiros adequados ao tamanho das crianças;
dois banheiros adequados para adultos;
um parque equipado com diversos brinquedos;
uma caixa de areia;
rede de água, esgoto e energia elétrica;
pias para higiene bucal das crianças;
uma lavanderia equipada comtanque, máquina de lavar e armários.
3.3 Organização do espaço, tempo e materiais 
A organização do espaço no CEI deve garantir vivências heterogenias às crianças, respeitando os ritmos e escolhas de cada uma, desenvolvendo atividades significativas e prazerosas, considerando que elas dão significados diferentes, inventam jeitos novos de lidar com os objetos e com as pessoas a partir de suas ideias, pensamentos, imaginações e fantasias.
Para organizar os tempos na Educação Infantil é preciso respeitar a subjetividade da turma, e principalmente a individualidade de cada criança, pois nem todas necessitam fazer a mesma coisa, no mesmo momento e no mesmo espaço, da mesma maneira.
O tempo e o espaço são fatores determinantes de aprendizagem e devem ser articulados de forma a propiciar condições educativas e estimuladoras das capacidades e potencialidades infantis. 
[...] as observações sugerem, portanto, que o espaço físico isolado do ambiente só existe na cabeça dos adultos para medi-lo, para vendê-lo, para aguardá-lo. Para a criança existe o espaço alegria, o espaço medo, o espaço proteção, o espaço mistério, o espaço descoberta, enfim, os espaços de liberdade ou de opressão. (LIMA,1989,p.30).
Os ambientes devem ser organizados de modo que favoreçam diversas possibilidades de escolhas e que instiguem a curiosidade, dando oportunidade à criança para explorar, descobrir e agir. 
A organização dos ambientes de educação e cuidados coletivos tem sido tão valorizada que Gandini (1999), trabalha com a ideia de que o espaço é, na educação infantil, um elemento primordial, quanto mais o espaço estiver organizado, estruturado em arranjos, mais ele será desafiador e auxiliará na autonomia das crianças, diante disso procuramos criar ambientes diferenciados, com vários materiais tais como: livros de histórias, jogos (quebra-cabeça, encaixes, jogo da memória, dominó, caça palavras dentre outros), loucinhas, bonecas, fantasias, animais, fantoches, carrinhos, ferramentas, possibilitando diversos espaços de criação e aprendizagem. Além do ambiente interno é importante que as crianças tenham contato com os diversos elementos da natureza, podendo observá-los, experimentá-los e transformá-los, esses espaços permitem que elas pulem, subam, desçam, escorreguem e desenvolvam jogos coletivo, promovendo o desenvolvimento integral da criança, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, dando ênfase ao cuidar, educar e brincar. 
3.4 Recursos humanos
O Centro de Educação Infantil Tia Lourdes, conta com o seguinte quadro de funcionários: 
01 diretora;
01 coordenadora pedagógica;
02 professoras (40 horas);
01 professor de educação física;
01 professora (não habilitada);
02 monitoras
01 auxiliar de serviços gerais;
01 merendeira.
Todas as atividades profissionais que demandem do trabalho humano, necessitam que sejam feitos com dedicação. A coletividade, o trabalho em equipe é fundamental para que qualquer tarefa seja realizada com determinação e dedicação.
O Diretor deve cuidar da gestão de pessoal, atender a alunos e pais, gerenciar os recursos financeiros, zelar pelo patrimônio público sob sua responsabilidade, resolver questões legais e administrativas, buscar parcerias, resolver conflitos internos e, acima de tudo, fazer com que tudo isto esteja a serviço da aprendizagem dos alunos, função principal da Escola. 
O coordenador pedagógico tem a função de dar o suporte que gerencia coordena e supervisiona todas as atividades relacionadas com o processo de ensino e aprendizagem, pois busca integrar os envolvidos neste processo mantendo as relações interpessoais de maneira saudável, valorizando a formação do professor e a sua, desenvolvendo habilidades para lidar com as diferenças com o objetivo de ajudar efetivamente na construção de uma educação de qualidade. 
O papel do professor é fundamental, pois o bom andamento das atividades de ensino depende diretamente da ação docente, de como se faz a mediação conhecimento/criança. Compreende-se como importante característica do profissional de Educação Infantil a busca constante por aprender sobre o desenvolvimento da criança, sua forma de ver e sentir o mundo, criando oportunidades para ela manifestar suas ideias, sua linguagem, seus sentimentos, sua criatividade, suas reações, suas relações sociais e sua imaginação. 
O monitor tem como atribuições estabelecer laços de comunicação de ordem afetiva com as crianças, zelar pela segurança física, higiênica e alimentar. Auxiliar a professora no desenvolvimento das atividades, controle e cuidados com o material pedagógico e pertences das crianças. Acompanhar as crianças nas suas necessidades básicas e no período de repouso, mantendo-se alerta a todos os fatos e acontecimentos da sala.
A merendeira e a auxiliar de serviços gerais tem como atribuições manter a ordem e a limpeza do CEI, no que se refere tanto à área interna quanto externa, mantendo as condições de asseio e higiene requeridas, assim como realizar a limpeza de materiais, equipamentos, brinquedos, entre outros. Manter fora do alcance de crianças produtos químicos e utensílios que a coloquem em risco. 
Preparar o alimento de acordo com o cardápio, de forma a ficarem prontos nos horários estabelecidos e servi-los na temperatura adequada e com atenção de forma igual a todas as crianças.
 Esta Unidade Escolar atende em regime integral crianças na faixa etária de 2 a 3 anos 11 meses, no horário das 7h30min às 17h15min. Atualmente o CEI conta com 38 crianças, distribuídas da seguinte forma: Infantil I -18 crianças e Infantil II - 20 crianças.
Para aprimoramento dos estudos o CEI oferece para sua equipe de trabalho uma sala de estudo equipada com mesa, cadeiras, materiais para pesquisa, internet, televisão e um computador.
3.5 Gestão do CEI
A gestão escolar se constitui em uma dimensão e um aspecto de atuação dos seus agentes (diretores, supervisores, coordenadores, professores, pais, alunos, comunidade, etc.) que objetiva promover a organização, a estrutura, o planejamento, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o crescimento e avanço das questões socioeducacionais dos estabelecimentos de educação infantil.
O Centro de Educação Infantil Tia Lourdes busca constantemente envolver a família e a comunidade nas ações da escola, pois este contato proporciona aos pais conhecimento sobre o trabalho realizado, bem como, nos permite conhecer melhor a realidade das crianças, favorecendo assim a organização de atividades mais relacionadas ao cotidiano da criança.
Os recursos financeiros são gerenciados pela APP juntamente com a equipe gestora.
Conforme o Art. 12. da LDB, os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: 
I – elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II – administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III – assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV – velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V – prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI – articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola;
VII – informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso, os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como sobre a execução da proposta pedagógica da escola;
VIII – notificar ao conselho tutelar do município, ao juiz competente da comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos que apresentem quantidade de faltas acima de cinquenta por cento do percentual permitido em lei.
3.5.1 O Papel das Instâncias Colegiadas
3.5.1.1 APP – Associação de Pais e Professores
 Colegiado representativo de pais e professores. É uma entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, regida pelo Código Civil. Essa associação possui um papel fundamental no andamento da escola é responsávelpela formalização dos processos de adesão e habilitação e pelo recebimento, execução e prestação de contas dos recursos financeiros transferidos pelo MEC. Também tem a função de obter recursos por meio das contribuições dos associados; doações; subvenções diversas e administrá-los.
As atividades e responsabilidades atribuídas à APP são regulamentadas no estatuto do CEI, conforme Anexo I.
3.5.1.2 Conselho Escolar
O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e administrativo do estabelecimento de ensino.
É composto por representantes da comunidade escolar e de movimentos sociais organizados e comprometidos com a educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato, o (a) diretor(a) escolar.
O Conselho Escolar tem por função a análise, discussão e aprovação das questões referentes à educação na unidade escolar, no âmbito administrativo, e pedagógico contempladas no Projeto Político Pedagógico, sempre em parceria com as outras entidades organizadas na escola. Participando nas decisões coletivas, responsabiliza-se e compromete-se com a função social da escola que é a da formação cidadã.
Em conformidade com o Decreto nº 7.470, de 28 de julho de 2014, no CEI Tia Lourdes, aconteceu a eleição do Conselho Escolar no dia 11/11/14, onde os eleitos tomarão posse, conforme agenda estabelecida pela secretaria de educação.
3.6 Organização dos agrupamentos das crianças
Conforme a Resolução Nº 01/2009/BRUSQUE, dispõe sobre a Educação Infantil Sistema Municipal de Ensino.
Art. 14 - A organização dos grupos decorrerá das especificidades da proposta pedagógica e não poderá exceder a relação professor - criança descrita na seguinte tabela:
	Faixa Etária
	Nº. de Crianças
	Professor
	Auxiliar
	2 a 3 anos
	 Até 18
	 1(um)
	1(um)
	3 a 4 anos
	 15 
	1(um) 
	
	3 a 4 anos
	 20
	1(um)
	1(um)
	4 a 5 anos
	 20 
	1(um)
	
	4 a 5 anos
	 25
	1(um)
	1(um)
	5 a 6 anos
	 20
	1(um) 
	
	5 a 6 anos
	 25
	1(um)
	1(um)
O grupo está organizado por faixa etária de 2 a 3 anos e 11 meses em período integral. 
3.7 Estrutura do currículo na Educação Infantil
Educar e cuidar de crianças de 0 a 5 anos supõe definir previamente como se desvelarão as ações pedagógicas, já que uma das características da concepção de Educação Infantil reside na integração de Educar e Cuidar. Desta forma pensamos em Currículo como sistematização de situações culturais de cuidado e educação, relativas aos conhecimentos historicamente produzidos e as formas de assimilá-los, selecionados e organizados para serem vivenciados pelas crianças. 
O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, ambiental, cientifico e tecnológico, de modo a promover o desenvolvimento integral de crianças de 0 a 5 anos de idade (BRASIL, DCNEI, 2009,art. 3º).
De acordo com as diretrizes curriculares nacionais a proposta pedagógica do currículo na educação infantil deve conter dois eixos: as interações e a brincadeira.
“A criança não aprende a brincar naturalmente. Ela está inserida em um contexto social e cultural e seus comportamentos estão impregnados por essa imersão inevitável” (BROUGÈRE, 2010, p.104).
Ao falarmos de brincadeira é preciso enfatizar o papel das interações nesta importante atividade da criança, a interação com os adultos, com outras crianças, com os objetos, com o espaço físico e a interação entre a instituição e com a família das crianças.
A participação da professora nas ações lúdicas contribui para o conhecimento do mundo social, além de oferecer maior riqueza e complexidade às brincadeiras. É necessário que o professor promova outros momentos que as crianças possam ter acesso a diferentes materiais/objetos, e que estes estejam acessíveis a elas, permitindo sua autonomia, sua visibilidade e organização.
A interação com outras crianças a medida que o grupo interage, são construídas as culturas infantis. As crianças aprendem coisas que são significativas na interação com os seus companheiros de infância. É importante possibilitar momentos de interações entre diferentes faixas etárias, entendo que o agrupamento por idade é artificial e só acontece na escola. A criança e o espaço físico e suas interações é sempre revelador de concepções que a instituição assume para cuidar e educar a criança pequena. Nesse sentido, a existência ou ausência de determinados espaços e a forma como estão organizados poderá “facilitar ou dificultar a realização das brincadeiras e das interações entre as crianças e adultos” (KISHIMOTO,2010,p.03).
A família e sua interação com a escola de Educação Infantil é crucial para o desenvolvimento social e afetivo da criança. Do ponto de vista das brincadeiras, essa interação pode contribuir para ampliar o repertório de todos e possibilita a aprendizagem do respeito às diferentes formas de vida dos vários grupos.
Antes mesmo de se expressarem por meio da linguagem verbal, bebês e crianças são capazes de interagir a partir de outras linguagens (corporal, gestual, musical, plástica, faz de conta entre outras) desde que acompanhadas por parceiros mais experientes. Apoiar a organização em pequenos grupos, estimulando as trocas entre os parceiros; incentivar as brincadeiras; dar-lhes tempo para desenvolver temas de trabalho a partir de propostas prévias; oferecer diferentes tipos de materiais em função dos objetivos que se tem em mente; organizando o tempo e o espaço de forma flexível são algumas formas de intervenção que contribuem para o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças. (PQEI, 2008, p16)
De acordo com a tabela abaixo o professor utilizara o currículo mínimo como ferramenta para a realização do seu planejamento sendo que a mesma se encontra nas Diretrizes Curriculares Municipais (2012):
	FAIXA ETÁRIA
	PÁGINAS
	INFANTIL I
	78/80
	INFANTIL II
	82 e 83
	INFANTIL III
	85/87
	PRÉ
	89/91
4. FUNDAMENTOS TEÓRICOS
4.1 Diretrizes
De acordo com a LDBEN - Educação Infantil: “primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade” (art. 29). 
Portanto, acreditamos então ser a educação infantil um processo contínuo na vida, e ainda, uma condição de possibilidade da criança ter infância e que a escola é um espaço privilegiado de aprendizagem para uma prática social, um lugar de cultura, de desafios, de construção de identidades. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil constituem-se nos Princípios, Fundamentos e Procedimentos da Educação Básica, definidos pela Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação, que objetivam orientar as Instituições de Educação Infantil dos Sistemas Brasileiros de Ensino, na organização, articulação, desenvolvimento e avaliação de suas propostas pedagógicas. (Parecer nº 22/98 e da Resolução nº 1/99), e ainda o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/1998, publicação desenvolvida com o objetivo de servir como um guia de reflexão para os profissionais que atuam diretamente com crianças de 0 a 6 anos, respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira. O referencial pretende contribuir para o planejamento, o desenvolvimento e a avaliação de práticas educativas, além da construção de propostas educativas que respondam às demandas das crianças e de seus familiares nas diferentes regiões do país. 
4.2 A concepção de Educação Infantil
Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 12.976/2013:
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integralda criança de até 5 (cinco) anos, em seus  aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I – creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.
A nova concepção de Educação Infantil em consonância com os fins da Educação expressa na legislação federal fundamenta-se nos interesses e necessidades básicas da criança, visando à atenção integral e o seu desenvolvimento global e harmonioso. O Centro de Educação Infantil Tia Lourdes, tem por finalidade partir da realidade sociocultural dos alunos, dos conhecimentos de que já dispõem, buscando possibilitar o acesso ao conhecimento, confiando nas possibilidades individuais de cada um, propondo atividades significativas e prazerosas, nas quais, as crianças possam brincar, fantasiar e vivenciar diferentes linguagens, tais como: oral, gestual, musical, teatral e visual, incentivando a descoberta, a criatividade e a criticidade, favorecendo à criança o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor e social.
4.3 Infância, criança e o brincar
A infância é historicamente construída e vem sendo atualizada na prática social, nas interações entre as crianças e nas interações crianças e adultos. Essa relação não decorre sempre no mesmo sentido, sendo diferente em cada momento, levando em consideração algumas variáveis como: os tipos de brinquedos, o uso de vídeos, informática, o local da criança na família, o uso das linguagens, a institucionalização das crianças entre outros. Portanto, entendemos que a infância é um período em que a criança tenha espaço para descobrir, imaginar, criar, brincar, enfim ser criança.
[...] é preciso conhecer as representações de infância e considerar as crianças concretas, localizá-las nas relações sociais, reconhecê-las como produtoras da história. Torna-se difícil afirmar que uma determinada criança teve ou não infância. Seria melhor perguntar como é, ou como foi, sua infância (KUHLMANN, 1998, p. 31). 
De acordo com as diretrizes curriculares municipais, consideramos a criança como sujeito ativo, inventivo, investigador que, com mediação do outro constrói e amplia seu repertório cultural e conhecimento de mundo. É um ser espontâneo, sensível, solidário, questionador que cresce interagindo em um ambiente social e histórico, desenvolvendo assim, sua personalidade. Adora brincar, descobrir e experimentar possui características e ritmos próprios. Pensa, age, expõe suas ideias e desta forma é autêntico. É parte fundamental no processo ensino aprendizagem.
 Desta forma, a criança necessita de espaços e oportunidades, que propiciem o desenvolvimento pleno e saudável, levando em conta o seu contexto cultural e histórico.
O brincar envolve atividades físicas, mentais, sociais, comunicativas e emocionais, fundamentais para o desenvolvimento da criança. O brincar constitui a essência da infância e é o fator principal no processo de construção da identidade e da autonomia. 
“Quando uma criança brinca, joga e fantasia, está criando um outro mundo, mais rico e mais belo, mais cheio de possibilidades e invenções do que o mundo onde de fato vive.” (CHAUI, apud SISTEMATIZAÇÃO DA REDE MUNICIPAL, 2000) 
A criança dedica grande parte de seu tempo brincando, e é através de brincadeiras que se constitui como indivíduo. Nas brincadeiras a criança tem suas primeiras relações com o mundo exterior e entra em contato com objetos, o que permite várias possibilidades de expressão e criação proporcionando o prazer a satisfação, a alegria, a diversão e o aprendizado.
4.4 Prática Pedagógica
A perspectiva de trabalho com a criança consiste na organização das atividades em diferentes tempos e espaços, para essa dinâmica nosso foco é construir espaços que forneçam independência e oportunidades de exploração e manipulação, onde o brincar, o uso das diferentes linguagens, seja considerada estratégia primordial para o desenvolvimento da criança em seus aspectos social, afetivo, intelectual, psicomotor e linguístico. Neste sentido, procura-se trabalhar as múltiplas linguagens, através de atividades significativas e desafiadoras, sempre idealizando o desenvolvimento global de todas as linguagens.
Para atender às necessidades da criança e à diversidade do currículo na Educação Infantil é imprescindível à organização de espaços internos e externos que permitam as vivências corporais, a imaginação, o desenvolvimento do brincar, das demais linguagens, o contato com a natureza, a vivência de práticas sociais de cuidado e autocuidado, a apropriação e produção de conhecimentos e a ampliação de seu universo cultural. (P. 35 – Currículo na Educação Infantil)
No Centro de Educação Infantil Tia Lourdes, consideramos a individualidade de cada criança procurando conhecer e respeitar sua história de vida (origem, linguagem, crenças, costumes e valores) para que cada um seja valorizado e possa desenvolver-se em sua autonomia, criatividade, responsabilidade, criticidade e espírito de cooperação com os demais, integrando escola, família e comunidade.
Portanto, entende-se que, 
A aprendizagem deve ser significativa e valorizar os saberes que a criança já possui. Para uma aprendizagem significativa e integrada à criança, é necessário que ela vivencie com seus pares as diversas experiências pedagógicas, para que percorra da ação à operação. (PIAGET, 1978). 
Diante disso, é necessário aproveitar todas as situações de interação que habitualmente se estabelecem entre a criança e o professor para motivá-la a atuar, a assumir novos caminhos, a relacionar-se, a expor as dúvidas e a buscar soluções. É preciso facilitar contextos ricos que permitam a criança defrontar-se com novas experiências que lhe sejam interessantes e nas quais possa experimentar, manipular, observar pensar, raciocinar, criar e recriar, seu próprio conhecimento, sua autoestima e autonomia. Sendo assim, a ação pedagógica deve obedecer a promoção do desejo e prazer em querer aprender, através de atividades que a criança mais gosta, deixando-a escolher, em determinados momentos, aquilo que deseja, entretanto, regras e limites devem ser estabelecidos, procurando sempre atender a necessidade do grupo. A intervenção do professor nesta forma de trabalho é de fundamental importância para estruturar os desafios cognitivos, as relações socioafetivas, para encorajar e apoiar as hipóteses infantis, suas iniciativas e para mediar a realização dos trabalhos. 
4.5 Atendimento Educacional Especializado
A Educação Especial tem como embasamento legal documentos que ao longo de muitas décadas foram construídos, e a discussão acerca da Garantia de Diretos básicos das pessoas, exemplificando o acesso à educação. Essas discussões resultaram em acordos internacionais, alguns deles bem antigos como da Declaração Universal dos Direitos Humanos - DUDH promulgada pelas Nações Unidas, em 10 de dezembro de 1948, que diz em seu Art. I e II: Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade. Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nessa Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
A Constituição Federal de 1988, a Conferência Mundial sobre Educação para Todos em Jomtien na Tailândia em março de 1990, a Declaração de Salamanca de junho de 1994; a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB no 9.394, de 20 de dezembro de 1996; a Convenção da Guatemala de outubro de 2001; a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência de 10 de agosto de 2008, são documentos que contribuíram para reafirmar a igualdade de direitos e garantir à educação de qualidade.
A educação, direito de todos e deverdo Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, conforme Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988.
O fundamental direito à educação é garantido a todos, mas há especificidades dos sujeitos referentes aos recursos físicos (acessibilidade que possibilitem a autonomia do sujeito) e humanos (profissionais como o auxiliar do educando com deficiências e responsáveis pela alimentação, higiene, locomoção e mediação da atividade pedagógica, o professor de LIBRAS, o intérprete e guia intérprete para o surdo cego) que fazem a diferença no seu processo de escolarização. O fato de estar no espaço escolar não garante o acesso ao conhecimento é necessário instrumentalizar o estudante, acompanhá-los, orientar os profissionais da educação e a família para que este sujeito tenha uma educação de qualidade.
O Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei 8.069 de julho e 1990: 
Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-lhes:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
E para consolidar a universalização da educação fundamentada nos princípios assegurados na
Constituição Federal e na LDB, o Ministério da Educação lança no ano de 2007, o documento Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Durante muito tempo, a Educação Especial funcionou como um sistema paralelo, não integrante do sistema geral da educação, criando-se um mito de que era muito difícil ensinar o educando com deficiência, justificando, dessa forma, a discriminação e a segregação das pessoas.
Porém, a mesma sociedade que separa e exclui é capaz de apurar o olhar e perceber na diversidade humana sua maior “riqueza”. Diante desse olhar, um novo conceito surge, chamado Inclusão. Nessa concepção, as diferenças humanas passam a ser vistas como um valor a ser assumido por todos e não como algo que inferioriza e diminui. A pluralidade e não a igualdade é a principal característica do ser humano. 
Segundo Mantoan (1997, p. 47), “a inclusão é o termo que se encontrou para definir uma sociedade que considera todos os seus membros como cidadãos legítimos”. 
 A Declaração de Salamanca (1994) estabelece como princípio que as escolas do ensino regular devem ensinar todos os alunos, enfrentando a situação de exclusão das crianças com deficiência, das que trabalham ou vivem nas ruas, das superdotadas, das que vivem em desvantagem social e das que apresentam diferenças linguísticas, éticas ou culturais.
Cada aluno tem sua própria história de aprendizagem (conjunto de saberes já construídos e aprendidos); características pessoais em seu modo de aprender. Há os que aprendem melhor por meio da via visual (leitura, filmes, observação etc.), há os que necessitam maior utilização do concreto, bem como os que já operam bem no nível abstrato.
Enfim, cada um é diferente do outro, tanto em termos de características físicas, sociais, culturais, como do funcionamento mental.
Sabe-se, também, que não há aprendizagem se não houver um ensino eficiente. Para que haja um ensino produtivo e eficiente, entretanto, há de se considerar as características e peculiaridades de cada aluno, que devem direcionar as respostas educacionais que o sistema dará a cada um e a todos os alunos. Flexibilizações Curriculares, portanto, são respostas educativas que devem ser dadas pelo sistema educacional, de forma a favorecer a todos os alunos e, dentre estes, os que apresentam deficiência; 
O acesso ao Currículo;
A participação integral, efetiva e bem-sucedida em uma programação escolar tão comum quanto possível;
A consideração e o atendimento de suas peculiaridades e especificidades, no processo de aprendizagem.
As especificidades revelam que tipos de estratégias, diferentes das usuais, são necessárias para permitir que todos os alunos, participem integralmente das oportunidades educacionais, com resultados favoráveis. 
Para atender ao conjunto de especificidades das crianças com necessidades especiais o CEI Tia Lourdes realiza as seguintes ações: 
a) assessora e acompanha o desenvolvimento das crianças com necessidades educacionais especiais;
b) busca adaptações curriculares, alternativas pedagógicas (de acordo com a especificidade da deficiência);
c) orienta e acompanha juntamente com a família o desenvolvimento da criança;
d) se necessário encaminha para atendimentos clínicos, AEEs ou terapias alternativas de acordo com as patologias encontradas;
e) busca capacitações para o aperfeiçoamento dos profissionais; 
f) orienta e esclarece dúvidas a todos os profissionais do CEI dando ênfase aqueles que estão diretamente ligados à criança.
O QUE É O ATENDIMENTO?
É um conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos específicos. As estratégias de trabalho levam em conta a necessidade de cada aluno, complementando e/ou suplementando a educação do ensino regular.
A QUEM SE DESTINA?
Aos alunos com deficiência física, deficiência mental, alunos com surdez, cegueira, baixa visão, surdocegueira, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, regularmente matriculados na rede regular de ensino.
ONDE ACONTECE?
Nas escolas polo ou na modalidade de AEE itinerante. O AEE Itinerante consiste no deslocamento do professor de Educação Especial para o atendimento nas unidades escolares, que não tem sala multifuncional, mas que tem demanda que justifique o atendimento. A disponibilização do serviço leva em conta o número de alunos a ser atendido, ou a necessidade do atendimento, visto que, alguns alunos, em função de sua deficiência não conseguem se deslocar ao polo. 
QUANDO ACONTECE?
O AEE é realizado no período inverso ao da classe comum frequentada pelo aluno. Acontece duas vezes por semana, com duração de no mínimo 1h por atendimento. Esse serviço não substitui o ensino regular e a condicionalidade para sua participação é estar frequentando a Educação Básica. 
4.6 O uso das Tecnologias em Sala de Aula
As Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) vêm imprimindo modificações profundas e de alcance global na sociedade atual, criando e transformando o comportamento das pessoas, possibilitando novas formas de interação, produção e acesso à informação, além de formarem novos mercados, as TDIC têm criado novos alicerces para a Educação e pode-se dizer que têm potencialidade para transformá-la, e até mesmo revolucioná-la.
As TDIC se apresentam como ferramentas para aprimorar os processos de ensinar e aprender, como complementos que ampliam as atividades pedagógicas e/ou dão condições para que novas formas desses processos possam ser aplicadas. Com base nessas concepções, pode-se então afirmar que as TDIC sempre devem ser percebidas como um meio para os processos pedagógicos, e nunca como um fim. A ideia de meio nos remete ao cenário em que ensinar e aprender acontecem independente de qualquer ferramenta ou tecnologia, fundamentam-se na mediação, e não dependem exclusivamente de recursos tecnológicos para acontecerem. Por outro lado, na perspectiva de amplificar os processos de ensinar e aprender, não é possível concebê-los sem o uso efetivo das tecnologias na educação, principalmente, aquelas mediadas pelo uso do computador.
Nesse sentido, pode-se apresentar duas grandes ações diante das tecnologias no cotidiano escolar: 1) podem servir como suporte ao docente, para o planejamento, organização e ampliação de sua ação pedagógica, numa espécie de plano de fundo à ação educacional propriamente dita; e, 2) podem ter aplicação direta com os discentes e modificar por meio dos recursos tecnológicos a pedagogia que se aplica ao fazer educacional. Ambas as ações são parte do cotidiano escolar nessa perspectiva, porque essas se completam numa relação dialógica,alicerçando o fazer educacional baseado em tecnologias digitais.
As ações que envolvem a prática das tecnologias educacionais no cotidiano das escolas devem estar em sintonia com a missão da Secretaria de Educação e, portanto, trabalham para que possamos atingir a excelência na Educação. Para tanto, o foco das tecnologias educacionais, seu sentido de existir dentro da escola, é de melhorar a qualidade do ensino oferecido pela Rede Municipal de Educação, em todas as suas esferas. Assim, os recursos tecnológicos devem ter como meta aperfeiçoar os processos de ensinar e aprender, permitindo aos estudantes melhores condições para se inserirem no mundo como cidadãos conscientes e verdadeiramente autores de suas histórias, num mundo global.
É importante ressaltar que os trabalhos realizados pelos professores, mediados pelo uso do computador ou das demais tecnologias presentes nas Escolas ou CEIs, seguem os mesmos princípios pedagógicos que norteiam as ações educacionais na Rede Municipal de Educação de Brusque, apresentados nas Diretrizes Curriculares Municipais. Isso significa dizer que a utilização desses recursos estão embasados em teorias da aprendizagem que fundamentam essa prática; portanto, trata-se efetivamente de uma ação pedagógica, contemplada particularmente nos planos de ensino dos professores, e compreendida como mediadora para o desenvolvimento do currículo escolar.
Na Rede Municipal de Educação de Brusque as práticas em tecnologias educacionais acontecem de modo privilegiado nas Salas Pedagógicas Informatizadas (SPI), cujos laboratórios provêm do PROINFO/MEC. A Secretaria Municipal de Educação mantém nesse laboratório um profissional, denominado de Monitor III, que é responsável, em linhas gerais, pela manutenção e zelo dos equipamentos, bem como por incentivar os professores no uso das tecnologias presentes no laboratório, além do atendimento aos estudantes para pesquisas, trabalhos e projetos.
Para dar suporte em termos de formação continuada para os gestores escolares e professores, a Secretaria Municipal de Educação dispõe do Núcleo de Tecnologia Municipal (NTM), que ministra cursos e formações específicas em tecnologias educacionais, e do Centro Municipal de Inclusão Digital (CMID), que é responsável por ministrar cursos de inclusão digital. Além desses meios para formações de docentes, anexo ao CMID se encontra o setor de Manutenção, responsável por reparos técnicos gerais nos computadores da Rede Municipal de Educação.
Para concluir, vale ressaltar que a Secretaria Municipal de Educação de Brusque compreende a grande importância das Tecnologias na Educação, porque entende que essas ferramentas trazem consigo grandes potencialidades de empoderamento para professores e alunos, para uma caminhada, a fim de amplificar o ensino e a aprendizagem, fomentando novas formas de aprender, aperfeiçoando formas tradicionais, e conduzindo o processo para a autonomia e para uma sintonia global com um mundo que se tornou digital. No Centro de Educação Infantil Tia Lourdes não existe nenhuma sala de aula informatizada.
4.7 Escola Tempo Integral
O Programa Mais Educação instituído pela Portaria Interministerial nº 17/2007 e pelo Decreto nº 7.083, de 27 de janeiro de 2010, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), como uma estratégia do Governo Federal para induzir a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da Educação Integral. Conforme o decreto, o princípio da Educação Integral são traduzidos pela compreensão do direito de aprender como inerente ao direito à vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade e a convivência familiar e comunitária; e como condição para o próprio desenvolvimento de uma sociedade republicana e democrática. Por meio da Educação Integral, se reconhece as múltiplas dimensões do ser humano e a peculiaridade do desenvolvimento de crianças, adolescentes e jovens. 
A Educação Integral está presente na legislação educacional brasileira e pode ser apreendida em nossa Constituição Federal, nos artigos 205,206 e 227; no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 9089/1990); em nossa Lei de Diretrizes e Bases (Lei 9394/1996), nos artigos 34 e 87; no Plano Nacional de Educação (Lei nº 10.179/01) e no Fundo Nacional de manutenção e Desenvolvimento do Ensino Básico e de Valorização do Magistério (Lei nº 11.494/2007)
A Escola de Tempo Integral é um programa oferecido pelo Ministério da Educação desde 2008, ela tem como objetivo desenvolver os alunos de forma completa, em sua totalidade. Para a inclusão ao Programa são observados os critérios do baixo Índice de Desenvolvimento da Educação (IDEB), calculado com base nos conhecimentos dos alunos por meio dos resultados da Prova Brasil e na taxa de aprovação escolar; e também a localização em territórios de vulnerabilidade social (MEC, 2013). A educação integral muito mais de que tempo em sala de aula reorganiza espaços e conteúdos.
O Programa Mais Educação do MEC, trabalha neste sentido desde 2008, promovendo a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas, de modo que a tarefa de educar seja dividida com os pais e comunidade. O Ministério da Educação, em parcerias com outros ministérios e secretarias estaduais e municipais da educação, tem implantado escolas de tempo integral em diferentes modalidades de ampliação da jornada escolar e com concepções também diferentes. Muitas experiências já começaram e estão dando certo em nosso país. Cada estado, município possui características próprias e devem implantar a educação integral de acordo com a própria realidade.
O CEI Tia Lourdes atende as crianças integralmente na faixa etária de 2 a 4 anos.
4.8 Avaliação e Documentação
A avaliação consiste em um processo de observação, investigação e reflexão constante da ação pedagógica, objetivando as intervenções necessárias no espaço da Educação Infantil.
Nesta concepção, o ato de avaliar significa analisar e pensar a prática dentro de uma perspectiva que promova e facilite o processo de apropriação e construção do conhecimento. 
Com este olhar, a avaliação na Educação Infantil deve ser diretamente dependente da observação das crianças em sua exploração do mundo; exige um olhar atento do professor, um entendimento que vê a interação da criança com a criança e da criança com o adulto, ou seja, a criança no espaço pedagógico concreto.
No processo avaliativo nossas atenções devem estar voltadas para o desenvolvimento e a aprendizagem, para os avanços. Nosso assunto na avaliação deve ser intelectual e não comportamental, nesse sentido o professor deve conhecer a trajetória de criança, “de onde ela partiu? Que caminhos percorreu para fazer tais descobertas? Quais as perguntas, dúvidas, comentários, como reagiu a conflitos emocionais e cognitivos? Qual o papel do professor nestes diferentes momentos? Dessa forma a observação, a reflexão teórica e a intervenção pedagógica são ações avaliativas que, articuladas, acabam por configurar-se nos relatórios de avaliação.” (HOFFMANN, 1996)
Portanto, a avaliação enquanto mediação insere-se no processo educativo como um instrumento de reflexão que auxilie o professor a tomar consciência das mudanças, a operar em sua ação. É preciso insistir que a natureza de um relatório de avaliação não é o de apontar o que a criança é ou não é capaz de fazer. Os relatórios devem apontar os caminhos percorridos pelas crianças na construção do conhecimento e como o professor pode contribuir nessa construção.
Sendo assim, optou-se por adotar como instrumento para este tipo de avaliação, o registro individual do desenvolvimento de cada criança, feito através da observação; onde evidenciam-se as mudanças e os fatos relevantes de cada um em particular, e a sua relação com o grupo. 
Esse registro fornece subsídios para a elaboração dos relatórios que serão enviados aos pais e discutidos nas reuniões de avaliação, bem como para o replanejamento das atividades.
No entanto, este registro não tem o objetivo de promoção para o acesso ao ensinofundamental.
As avaliações serão apresentadas aos pais em três momentos:
primeiro momento – previsto para maio – relatório descritivo;
segundo momento – previsto para agosto – relatório descritivo;
terceiro momento – previsto para dezembro – relatório descritivo.
“O conhecimento de uma criança é construído lentamente, pela sua própria ação e por suas próprias ideias que se desenvolvem numa direção: para maior coerência, maior riqueza e maior precisão.” (HOFFMANN, 1996)
5. DISPOSITIVOS LEGAIS
5.1 Documentos legais e normativos referentes à Educação Infantil
A educação infantil vem se configurando como palco de intensos debates no campo educacional. Desde a Constituição Federal de 1988, passando pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB/96), o atendimento de crianças de 0 a 6 anos em espaços coletivos passou a ser considerada questão de Educação. Nesse cenário, muitos documentos já foram elaborados como também as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010) e Diretrizes Curriculares Municipais (2012) .
5.2 Regimento 
O regimento escolar  é um conjunto de regras que definem a organização administrativa, didática, pedagógica, disciplinar da instituição, estabelecendo normas que deverão ser seguidas na sua elaboração, como, por exemplo, os direitos e deveres de todos que convivem no ambiente. Define os objetivos da escola, os níveis de ensino que oferece e como ela opera. Dividindo as responsabilidades e atribuições de cada pessoa, evitando assim, que o gestor concentre todas as ordens, todo o trabalho em suas mãos, determinando o que cada um deve fazer e como deve fazer.
O Regimento deve surgir da reflexão que a escola tem sobre si mesma, porém, deve estar de acordo com a legislação e a ordem que é aplicada no país, estado e município. Ele é um o documento administrativo e normativo de uma unidade escolar que, fundamentado na proposta pedagógica e coordena o funcionamento da escola, regulamentando ações entre os representantes do processo educativo. O regimento interno do CEI, segue no Anexo 1.
5.3 Plano de Carreira
O plano de carreira é o conjunto de normas que agrupa e define as carreiras dos Quadros de Pessoal, correlacionando os segmentos e as respectivas classes de cargos a níveis de escolaridade e padrões de vencimento. O quadro do magistério de Brusque tem um plano de carreira específico, conforme a Lei Complementar nº 146, DE 31 DE AGOSTO DE 2009, Regulamentada pelo Decreto nº 6287/2010, podendo ser acessada pelo site: www.pmbrusque.com.br/legislacao/leicomplementar/planodecarreira.com.br
5.4 Matrícula
A matrícula deverá ser efetuada pelos pais ou responsáveis, apresentando no ato da matrícula fotocópia da certidão de nascimento, carteira de vacina em dia, comprovante de residência e trabalho, CPF e RG (dos Pais).
 Só as crianças devidamente matriculadas são permitidas a frequência as aulas.
 As datas de início e término das matrículas serão determinadas pela direção em consonância com as determinações emanadas pela Secretaria da Educação e acontecerão a qualquer tempo, se houver vagas.
 Será atendido neste estabelecimento de ensino, crianças de 2 a 3 anos e 11 meses, divididas da seguinte forma:
- Infantil I: 2 anos;
- Infantil II: 3 anos
Na existência de vagas, após o período de matrículas serão matriculadas para o Infantil I e Infantil II, as crianças que estiverem na lista de espera, obedecendo aos critérios estabelecidos na normativa de matrícula. Podendo ser acessada pelo site: www.semebrusque.com.br/normativa-072014. 
5.5 Calendário
 O calendário escolar (anexo 2) contempla o início das atividades escolares para os professores; início e término das aulas; formação continuada; planejamento; período de férias e recessos para alunos e professores. É necessário que cada escola cumpra no mínimo 200 dias letivos e 800 horas de efetiva atividade escolar.
Na Educação Infantil é considerado tempo parcial, a jornada de, no mínimo, quatro horas diárias e, em tempo integral, a jornada com duração igual ou superior a sete horas diárias, compreendendo o tempo total que a criança permanece na instituição.
6. Plano de Ação CEI Tia Lourdes
Marcas do Governo: “Brusque bem cuidada” (M1); “Mais participação e respeito ao cidadão” (M2); “Brusque mais saudável” (M3); “Brusque moderna e inovadora” (M4)
Visão: Educação de excelência para ser referência.
Missão: Proporcionar à sociedade brusquense uma educação de qualidade por meio de políticas públicas que assegurem o acesso e a permanência à Educação Básica, à inclusão social, cultural, ambiental e digital, possibilitando a construção da cidadania voltada à valorização do ser humano.
Projeto Político(2016): Educação integral para todos garante às escolas municipais índices superiores as metas nacionais de educação, melhorando a qualidade de vida da população
Situação Esperada 2016: Tornar-se referência nacional em educação integral
Situação Esperada 2015: 
Gestor(a): Ivana Maria Merísio Noldin
	Dimensão
	Objetivos
	Estratégias/Ações
	Recursos
	Cronograma
	Meta
	Responsável
	Resultados Esperados
	
	
	
	R$ 2015
	R$ Total
	Início
	Fim
	
	
	
	
	
	
	Recursos
MEC
	Recursos
SEME/APP/
	Recursos
Outros
	TOTAL
	
	
	
	
	
	Gestão Educacional
	1-Oportunizar a todos os envolvidos no processo educativo, o fortalecimento do comportamento ético, a fim de favorecer a interação e boa convivência em grupo.
2- Possibilitar que todos os profissionais continuem a estudar o PPP, promovendo o envolvimento de todos para o processo democrático.
3- Proporcionar clareza no repasse de informações e nas ações realizadas no CEI através de avisos no quadro mural e agenda
4- Elaborar e realizar assembleias, reuniões apresentando e discutindo assuntos gerais.
5- Buscar parcerias com representações e entidades na comunidade na qual o CEI está inserido.
6-Realizar eventos, mostra de trabalhos, reuniões, assembleias, conforme calendário escolar ou necessidade do CEI.
7- Estimular e assegurar o zelo pelos materiais, equipamentos, ambientes e demais espaços do CEI.
8-Organizar o transporte escolar conforme calendário ou necessidade.
	1. Promover assembleias com pais e demais profissionais e eventos que envolvam os familiares.
2- Apresentar e discutir o PPP com os professores e pais em assembleias. 
- Possibilitar que os profissionais revisem o PPP e contribuam no processo escolar.
3- Organizar bilhetes, recados, orientações e transmiti-los às famílias.
4-Agendar reuniões conforme calendário escolar e demais necessidades do CEI.
5- Promover reuniões, encontros com empresários conforme necessidade do CEI.
6- Conforme as datas estabelecidas no calendário, promover os eventos, reuniões, etc.
7-Sensibilizar os profissionais quanto ao uso adequado dos materiais, bem como de todo o ambiente do CEI.
8-Agendar o transporte escolar, bem como os locais a serem visitados.
	
	
	
	
	2015
2015
Diari -
mente
Trimes-
trais
Conforme necessidade
2015
Diaria-mente
Confor-me necessi-
dade
	2016
2016
Diari -
mente
Trimes-
trais
2016
Diaria-mente
	
	Equipe Gestora e toda comunidade escolar.
Equipe Gestora, pais e demais profissionais do CEI.
Equipe Gestora
Equipe Gestora e professores 
Equipe Gestora
Equipe Gestora, profissionais da do CEI e familiares.
Equipe Gestora
Equipe Gestora
	1-Harmonia no trabalho
2-Análise e estudo do PPP constante.
3-Comunicação clara e objetiva. 
Socialização das informações – melhoria das ações pedagógicas, administrativas e financeiras.4 - Clareza nas ações realizadas no CEI.
5-Práticas de gestão democrática e avançar na qualidade do ensino-aprendizagem.
6- Parceria da família nas ações do CEI.
7-Conservação do patrimônio escolar.
8-Transporte para os passeios.
	Infraestrutura física e recursos pedagógicos
	1- Administrar os recursos financeiros provenientes dos programas do governo e APP, observando atentamente as reais necessidades do CEI, evitando desperdício, fazendo com responsabilidade e transparência as devidas prestações de contas.
2- Elaborar projetos, buscar recursos para a construção de uma cerca, entre o parque e a estrutura do CEI, propiciando segurança as crianças.
3- Realizar pequenos reparos e adaptações, mantendo a conservação do CEI.
4- Preservar a manutenção do parquinho infantil, bem como a compra de novos brinquedos.
5- Adquirir materiais didáticos pedagógicos, qualificando a prática pedagógica.
6- Buscar recursos para a cobertura da caixa de areia, propiciando maior conforto para as crianças em virtude do clima.
7- Reparar o muro que desabou.
	1- Elaborar projetos de acordo com os programas ofertados pelo governo.
2- Construir uma divisória com cerca, entre o parquinho e a estrutura do CEI.
3 – Realizar reparos conforme a necessidade.
4- Realizar reformas no parquinho e comprar novos brinquedos de acordo com a faixa etária atendida.
5- Comprar materiais didáticos pedagógicos, respeitando a faixa etária atendida.
6- Realizar a cobertura na caixa de areia.
7-Realizar a construção da parte do muro que desabou.
	
R$ 3.800,00
R$ 3.500,00
R$ 1.500,00
R$ 5.000,00
	
R$ 1.200,00
R$ 1.500,00
R$2.000,00
SEME
	
	
R$5.000,00
R$1.500,00
	2015
2015
2015
2015
2015
2015
2015
	2016
2016
2016
2016
2015
2016
2015
	
	1- Equipe Gestora e APP.
2- Equipe Gestora e APP.
3-Equipe Gestora e APP.
4- Equipe Gestora e APP.
5- Equipe Gestora e APP.
6- Equipe Gestora e APP.
7- Equipe Gestora e APP
.
	1- Aplicação dos recursos adequadamente e a visibilidade das melhorias nos espaços físicos.
2- Segurança e qualificação nas brincadeira do parque infantil.
3- Conservação do CEI.
4-Conservação do parquinho e aquisição de novos brinquedos.
5- Contribuição no processo de construção do conhecimento das crianças.
6-Conforto para as crianças em virtude do clima.
7-Segurança das crianças e evitar a entrada de animais.
	Práticas Pedagógicas e Avaliação.
	1-Proporcionar conversas individuais e periódicas com todos os profissionais, visando melhorias no trabalho desenvolvido.
2-Realizar avaliações trimestrais.
3- Proporcionar através de projetos ou sequências didáticas o desenvolvimento das diferentes linguagens, conforme as Diretrizes Curriculares Municipais.
4- Possibilitar passeios de estudo, de forma que contribua para novas possibilidades de conhecimento.
5- Atender os pais conforme as situações vivenciadas no cotidiano escolar.
6-Analisar e acompanhar os projetos, sequencias didáticas e planos de aula quinzenalmente.
7- Realizar registros do trabalho desenvolvido. 
	1-Possibilitar momentos de trocas entre gestores e demais profissionais, discutindo as ações pedagógicas.
2-Elaborar avaliações trimestrais a fim de acompanhar o desenvolvimentos das crianças.
3- Elaborar planejamentos que contemplem projetos ou sequencias didáticas .
4- Agendar passeios de estudo conforme projetos ou sequencias didáticas vivenciadas.
5- Agendar horários com os pais conforme necessidade.
6- Acompanhar e orientar as atividades desenvolvidas em sala.
7-Através de fotos, painéis, relatórios e atividades, registrar o trabalho desenvolvido.
	
	
	
	
	Diaria-
mente
Abril/
Agosto
Dezem
bro 2015.
Confor-me necessidade.
Conforme necessidade.
Diaria-
mente
Diarimen-
te
	Diaria-
mente
Abril/
Agosto
Dezembro 2016
	
	1-Equipe Gestora e profissionais
2-Equipe Gestora e professores
3- Equipe Gestora e professores.
4-Equipe Gestora e professores
5- Equipe Gestora e Professores
6-Equipe Gestora e professores.
7-Equipe Gestora e professores
	1-Valorização profissional e melhoria das ações pedagógicas.
2- Análise evolutiva do desenvolvimento da criança.
3-Desenvolvi-
mento dos aspectos cognitivos, sociais, afetivos e físicos, possibilitando o desenvolvimento integral para o exercício da cidadania.
4- Ampliação do conhecimento.
5-Resolução das situações vivenciadas.
6-Acompanha-
mento da prática pedagógica, sugerindo novas ações se necessário.
7-Registro da
prática pedagógica. 
7. REFERÊNCIAS
ARIÉS, Phillipe. História social da criança e da família. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB Nº 5/2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 18 dez de 2009.
DIRETRIZES CURRICULARES MUNICIPAIS. Secretaria Municipal de Educação. Prefeitura de Brusque/SC, 2012.
DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Secretaria da Educação Básica. Ministério da Educação, 2010.
GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis (RJ): Vozes, 1995.
HOFFMANN, Jussara. Um olhar reflexivo sobre a criança. 5. ed. Porto Alegre: Mediação, 1996. v. 3.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida.Org. O Brincar e suas Teorias. São Paulo: Editora Pioneira Thomson Learnig, 2002.
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL. Ministério da Educação, Cultura e Desporto. Brasília: MEC/SEF, 1998.
SISTEMATIZAÇÃO DA REDE MUNICIPAL. Secretaria da Educação, Cultura e Esporte. Brusque/SC, 2000.
SMOLKA, Ana Luiza. A criança na fase inicial da escrita: alfabetização como um processo discursivo. São Paulo: Cortez, 1989.
VIGOTSKY, Lev Semenivich. Pensamento e linguagem. Trad. Jeffersom Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
8. ANEXOS
ANEXO 1
REGIMENTO DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL TIA LOURDES
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DENOMINAÇÃO, SEDE E INSTITUIÇÃO LEGAL
Art.1 – O Centro de Educação Infantil Tia Lourdes, sito a Rua Catarina Visconti Imhof, s/nº – Bairro São Pedro, Município de Brusque, foi criado em 22.02.2008, através do decreto n.º 3055/2007, pelo Prefeito Ciro Maciel Roza.
Atualmente Com nome de Centro de Educação Infantil Tia Lourdes atende a uma faixa de 40 crianças no período integral com 20 crianças no Infantil I entre 2 a 3 anos de idade e 20 crianças entre 3 e 4 anos, no Infantil II.
CAPÍTULO II
DA PROPRIEDADE
Art.2 – O referido Centro de Educação Infantil é de propriedade da Prefeitura Municipal de Brusque e reger-se-á dentro das normas traçadas por este regimento, aplicando-se nos casos omissos, a lei vigente.
TÍTULO II
DOS FINS E OBJETIVOS
Art.3 – O Centro de Educação Infantil Tia Lourdes, citado no Capítulo I, está em consonância com os fins da educação expressa na Legislação Federal, LDB 9394/96, na Estadual e na Resolução 004/99 que fundamentam-se nos interesses e necessidades básicas da criança, visando a atenção integral e o seu desenvolvimento globale harmonioso. Tem por objetivos:
levar a criança a interagir com o meio de forma positiva, através de situações problemas; visando a construção das quatro aprendizagens que são fundamentais para o desenvolvimento infantil: aprender a fazer, aprender a conviver, aprender a conhecer, aprender a ser;
estimular o desenvolvimento da criança de acordo com sua idade, cultura, comunidade e família em que está inserida;
estimular a capacidade inventiva e criadora da criança para que possa expressar-se livre e espontaneamente;
criar condições para que a criança possa sentir-se aceita, compreendida, independente, estimulando a sociabilidade, com vistas a construção de normas e valores próprios;
favorecer o amadurecimento da criança nos aspectos físico, psicológico, intelectual, afetivo, social e perceptivo motor.
Art.4 – O Centro de Educação Infantil Tia Lourdes, além dos objetivos preconizados pelas leis de ensino, tem como objetivos próprios:
a compreensão dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do estado e da família, e dos demais grupos que compõe a comunidade, procurando desenvolver um trabalho integrado;
o respeito a dignidade e as liberdades fundamentais do homem;
a condenação a qualquer tratamento desigual por motivo de convicção religiosa, filosófica, política, bem como qualquer preconceito de classe e raça;
reconhecer o papel político pedagógico da Educação Infantil, buscando uma educação que valorize os conhecimentos que a criança tem, respeitando e estimulando a sua curiosidade, para que possa apropriar-se de novos conhecimentos e assim desenvolver-se;
a ação do EDUCAR E CUIDAR são alicerces essências na prática pedagógica da escola.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO I
DA DIRETORIA
Art.5 – A direção é órgão executivo que coordena, supervisiona e superintende todas as atividades do Centro de Educação Infantil Tia Lourdes.
Art.6 – Em sua ausência ou impedimento o diretor será substituído por uma outra pessoa nomeada por ele mesmo ou pela Secretaria da Educação.
Art.7 – Compete ao diretor:
representar o estabelecimento, responsabilizando-se por seu funcionamento perante os órgãos e entidades de ensino e do poder público;
coordenar as atividades do corpo docente e discente dentro do estabelecimento;
promover um bom relacionamento entre CEI, comunidade e funcionários;
coordenar o funcionamento dos serviços administrativos e burocráticos do estabelecimento, inclusive quanto a orientação e fiscalização, zelando pelo exato cumprimento das Leis de ensino e as disposições deste regimento;
coordenar todas as atividades escolares e o trabalho dos professores;
corresponder-se com as autoridades de ensino em todos os assuntos necessários, e que se referem ao estabelecimento;
convocar reuniões dentro e fora do horário escolar, para o corpo docente e administrativo, sempre que necessário, buscando presidi-las;
elaborar com o corpo docente o planejamento geral do estabelecimento;
fixar a capacidade de matrícula, número de turmas de acordo com a capacidade física da escola;
coordenar o conselho fiscal da associação de pais e professores;
elaborar junto a coordenação e professores o PPP e acompanhar sua aplicação;
aplicar os recursos financeiros de acordo com a necessidade e prestar contas dos gastos;
organizar junto a coordenação, horários e rotinas, assegurando o cumprimento da hora atividade; 
verificar diariamente o livro ponto, observando frequências, faltas e saídas antecipadas;
comunicar no prazo de 24 horas, as faltas a que por ventura estiver sujeito;
não utilizar o celular em horário de trabalho.
CAPÍTULO II
DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS
SEÇÃO I
DA INSPEÇÃO
Art.8 – A inspeção da escola se fará nos termos e formas de que for determinado pelos órgãos próprios e competentes (Secretaria da Educação)
Art.9 – Os arquivos, dependência e instalações do prédio estarão sempre franqueados por ocasião da inspeção.
Art. 10 – O atendimento as solicitações dos órgãos de inspeção se fará pelo diretor ou através dele.
CAPÍTULO III
DOS SERVIÇOS PEDAGÓGICOS COMPLEMENTARES
Art.11 – Os serviços pedagógicos complementares serão as reuniões pedagógicas, encontros de estudo, formação continuada e palestras.
Art.12 – A reunião pedagógica é um encontro do corpo docente do CEI, para tratar de assuntos didáticos pedagógicos, inerentes ao processo de ensino-aprendizagem desenvolvido, bem como para a construção ou reformulação do Projeto Político Pedagógico.
Art.13 – As reuniões pedagógicas serão registradas em ata, que deverá ser aprovada e assinada por todos os membros presentes na reunião.
Art.14 – A época e duração das reuniões pedagógicas estará determinada pelo calendário da Secretaria da Educação.
Art.15 – Serão realizados encontros de estudo organizados pela Secretaria Municipal de Educação, oferecidos para todos os professores da Educação Infantil da rede municipal de ensino de Brusque. 
Art.16 – A formação continuada e palestras serão oferecidas pela SEME.
Parágrafo Primeiro – É obrigatório o comparecimento de todo o corpo docente nos serviços pedagógicos complementares, sendo os faltosos passíveis de penalidades, nos termos da legislação vigente, quando não apresentam motivos justos.
TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA DE ENSINO
SEÇÃO I
DO CURSO MANTIDO
Art.17 – O Centro de Educação Infantil Tia Lourdes, oferece atendimento a crianças de 2 anos a 3 anos.
	Turmas
	N.º de crianças
	Idade
	Período
	Infantil I
	20
	2 anos
	Integral
	Infantil II
	20
	3 anos
	Integral
Art.18 – As turmas serão organizadas de acordo com as idades das crianças, respeitando as necessidades pedagógicas e administrativas.
CAPÍTULO II
INCLUSÃO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Art.19 – Título IV – DA ORGANIZAÇÃO DIDÁTICA – Capítulo I entende-se a Educação Especial, conforme a LDB, a modalidade de Educação Escolar, oferecida preferencialmente na Rede Regular de Ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
§1.º - as crianças com necessidades especiais serão preferencialmente atendidas no Centro de Educação Infantil respeitando o direito a atendimento adequado em seus diferentes aspectos.
§2.º - profissional qualificado para a execução desta função e condições de materiais de trabalhos.
CAPÍTULO III
DAS ATIVIDADES ESCOLARES
Art.20 – Os temas e os projetos a serem trabalhados deverão situar-se no plano social e não só no plano pedagógico. Qualquer tema poderá possibilitar a articulação de diferentes conteúdos e a realização de várias atividades, desde que surgido da realidade e não tomadas artificialmente com a intenção de organizar atividades, desde que estejam de acordo com as Diretrizes Curriculares Municipais.
Art.21 – O processo avaliativo na Educação Infantil está amparado na LDB 9394/96, no seu art.31, no inciso I.
I – avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental;
Art.22 – A avaliação do processo pedagógico envolve três instâncias:
o aluno (seu desenvolvimento, seus conhecimentos);
o professor (suas dificuldades, os objetivos alcançados);
a escola (sua estrutura, organização e funcionamento).
Art.23 – Os programas poderão sofrer modificações em sua aplicação, para que sejam adequados ao nível de desenvolvimento de cada turma.
CAPÍTULO IV
DOS PLANEJAMENTOS
Art.24 – O Centro de educação Infantil Tia Lisa, terá o plano de ação das atividades curriculares e extracurriculares, elaborado pela direção, corpo docente e demais funcionários do estabelecimento.
Art.25 – Todos professores deverão elaborar seu plano de ensino.
Art.26 Os planejamentos por turma serão relatados, sendo que, sempre que possível e necessário, a direção e coordenação deverão acompanhá-lo.
Parágrafo Único: Estes planejamentos acima citados, devem estar em consonância com o Projeto Político Pedagógico da escola, com a Proposta Pedagógica para Educação Infantil

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