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ANATOMIA SISTÊMICA ROTEIRO DAS AULAS PRÁTICAS PROFESSORA: Glívia Barros Recife, 2016 Anatomia Humana Oração ao Cadáver Desconhecido "Ao curvar-te com a lâmina rija de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do amor de duas almas; cresceu embalado pela fé e esperança daquela que em seu seio o agasalhou, sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens; por certo amou e foi amado e sentiu saudades dos outros que partiram, acalentou um amanhã feliz e agora jaz na fria lousa, sem que por ele tivesse derramado uma lágrima sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome só Deus o sabe; mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de servir a humanidade que por ele passou indiferente." Karl Rokitansky (1876) Ao cadáver, respeito e agradecimento. Introdução à Anatomia Humana A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana = em partes; tome = corte). Dissecação deriva do latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente, Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos métodos desta ciência. Logo, anatomia é a ciência que estuda a estrutura do corpo, visando a compreensão e estudo das partes que compõem o corpo humano. A fisiologia (physis + lógos + ia) lida com as funções das partes do corpo, isto é, como elas trabalham. A função nunca pode ser separada completamente da estrutura, por isso você aprenderá sobre o corpo humano estudando a anatomia e a fisiologia em conjunto. Você verá como cada estrutura do corpo está designada para desempenhar uma função específica, e como a estrutura de uma parte, muitas vezes, determina sua função. Assim, a Anatomia é a ciência que estuda a forma, a estrutura e organização dos seres vivos, tanto externa quanto internamente. E a Fisiologia é a ciência que estuda o funcionamento da matéria viva, investiga as funções orgânicas, processos ou atividades vitais. Embora o interesse primordial da anatomia seja a estrutura, a estrutura e a função devem ser consideradas simultaneamente. Para fixar, a Anatomia é a ciência que estuda macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento dos seres organizados. A Anatomia macroscópica humana estuda o corpo humano e conforme o enfoque recebe varias denominações: ANATOMIA SISTEMÁTICA OU DESCRITIVA: estuda de modo analítico (separação de um todo em seus elementos ou partes componentes) e separadamente as várias estruturas dos sistemas que constituem o corpo, o esquelético, o muscular, o circulatório, etc. ANATOMIA TOPOGRÁFICA OU REGIONAL: estuda de uma maneira sintética (método, processo ou operação que consiste em reunir elementos diferentes e fundi-los num todo), as relações entre as estruturas de regiões delimitadas do corpo; ANATOMIA DE SUPERFÍCIE OU DO VIVO: estuda a projeção de órgãos e estruturas profundas na superfície do corpo, é de grande importância para a compreensão da semiologia clínica (estudo e interpretação do conjunto de sinais e sintomas observados no exame de um paciente); ANATOMIA FUNCIONAL: estuda segmentos funcionais do corpo, estabelecendo relações recíprocas e funcionais das várias estruturas dos diferentes sistemas; ANATOMIA APLICADA: salienta a importância dos conhecimentos anatômicos para as atividades médicas, clínica ou cirúrgica e mesmo para as artísticas; ANATOMIA RADIOLÓGICA: estuda o corpo usando as propriedades dos raios X e constitui, com a Anatomia de Superfície, a base morfológica das técnicas de exploração clínica; ANATOMIA COMPARADA: estuda a Anatomia de diferentes espécies animais com particular enfoque ao desenvolvimento ontogenético (desenvolvimento de um indivíduo desde a concepção até a idade adulta) e filogenético (história evolutiva de uma espécie ou qualquer outro grupo taxonômico) dos diferentes órgãos. Métodos de Estudo 1. Inspeção: analisando através da visão. A análise pode ser de órgãos externos (ectoscopia) ou internos (endoscopia); 2. Palpação: analisando através do tato é possível verificar a pulsação, os tendões musculares e as saliências ósseas, dentre outras coisas; 3. Percussão: através de batimentos digitais na superfície corporal podemos produzir sons audíveis, que ajudam a determinar a composição de órgãos ou estruturas (gases, líquidos ou sólidos); 4. Ausculta: ouvindo determinados órgãos em funcionamento (Ex.: coração, pulmão, intestino); 5.Mensuração: permite a avaliação da simetria corporal e de eventuais megalias; 6.Dissecação: consiste na separação minuciosa dos diferentes órgãos para uma melhor visualização; 7. Estudo por imagem: inclui o raio-X, ecografia, ressonância nuclear magnética e tomografia computadorizada. Normal, para o anatomista, é o estatisticamente mais comum, ou seja, o que é encontrado na maioria dos casos. Variação anatômica é qualquer fuga do padrão sem prejuízo da função. Quando ocorre prejuízo funcional trata-se de uma anomalia e não de uma variação. Se a anomalia for tão acentuada que deforme profundamente a construção do corpo, sendo, em geral, incompatível com a vida, é uma monstruosidade. Existem algumas circunstâncias que determinam variações anatômicas normais e que devem ser descritas: Idade: os testículos no feto estão situados na cavidade abdominal, migrando para a bolsa escrotal e nela se localizando durante a vida adulta; Sexo: no homem a gordura subcutânea se deposita principalmente na região tricipital, enquanto na mulher o depósito se dá preferencialmente na região abdominal; Raça: nos brancos a medula espinhal termina entre a primeira e segunda vértebra lombar, enquanto que nos negros ela termina um pouco mais abaixo, entre a segunda e a terceira vértebra lombar; Tipo morfológico constitucional (Biótipo): é o principal fator das diferenças morfológicas. Os principais tipos são: longilíneo (ectomorfo): indivíduo alto e esguio, com pescoço, tórax e membros longos. Nessas pessoas o estômago geralmente é mais alongado e as vísceras dispostas mais verticalmente; brevilíneo (endomorfo): indivíduo baixo com pescoço, tórax e membros curtos. Aqui as vísceras costumam estar dispostas mais horizontalmente; normolíneo (mesomorfo): características intermediárias. A identificação do tipo morfológico é importante devido às diferentes técnicas de abordagem semiológica, avaliação das variações da normalidade e até mesmo maior incidência de doenças, como por exemplo, a hipertensão, que é sabidamente mais comum em brevilíneos. Figura 1: Biótipos Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição de descrição anatômica (posição anatômica). Deste modo, os anatomistas, quando escrevem seus textos, referem-se ao objeto de descrição considerando o indivíduo como se estivesse sempre na posição padronizada. Nela o indivíduo está em posição ereta (em pé, posição ortostática ou bípede), com a face voltada para frente, o olhar dirigido para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco e com as palmas voltadas para frente, membros inferiores unidos, com as pontas dos pés dirigidas para frente. O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça corresponde à extremidade superior do corpo estando unida ao tronco por uma porção estreitada, o pescoço. O tronco compreende o tórax e o abdome com as respectivas cavidades torácica e abdominal; a cavidade abdominal prolonga-se inferiormente na cavidade pélvica. Dos membros, dois são superiores ou torácicos e dois inferiores ou pélvicos. Cada membro apresenta uma raiz, pela qual está ligada ao tronco, e uma parte livre. Na posição anatômica o corpo humano pode ser delimitado por planos tangentes a sua superfície (planos de delimitação), pois delimitam o corpo humano por planos tangentes à sua superfície, os quais, com suas intersecções,determinam a formação de um sólido geométrico, um paralelepípedo. Logo, através dos planos anatômicos podemos dividir o corpo humano em 3 dimensões e assim podemos localizar e posicionar todas estruturas. Figura 2: Planos de Delimitação Têm-se assim, para as faces desse sólido, os seguintes planos correspondentes: Ventral ou anterior Dorsal ou posterior Lateral direito e esquerdo Cranial ou superior Podal ou inferior Os planos descritos são de delimitação. É possível traçar também planos de secção, os quais serão abordados a seguir. Figura 5 : Secção Transversal l Figura 4 : Secção Frontal Figura 3: Secção Sagital Mediana DIREÇÃO: Acompanham os eixos ortogonais. Termos de direção: Longitudinal ou crânio-caudal; Ântero-posterior ou dorso-ventral; Látero-lateral SITUAÇÃO: Mediano: situada exatamente ao longo do plano de secção mediano; Médio: quando as estruturas estão alinhadas na direção craniocaudal ou ânterodorsal. Intermédio: quando as estruturas estão em alinhamento látero-lateral. COMPARAÇÃO: Proximal: mais próximo do ponto de origem; Distal: mais afastado do ponto de origem; Palmar ou volar: face anterior da mão. A face posterior das mãos é chamada dorsal; Plantar: face inferior do pé. A face superior dos pés é chamada dorsal; Oral e aboral são termos restritos ao tubo digestivo e indicam estruturas mais próximas ou distantes da boca, respectivamente. Aferente significa que impulsos nervosos ou o sangue são conduzidos da periferia para o centro, e eferente se refere à condução do centro para a periferia. Ex.: A raiz dorsal do nervo espinhal é aferente por conduzir impulsos nervosos da periferia para a medula espinhal, já a raiz ventral é eferente. Superficial: estrutura contida no tegumento (epiderme + derme + tecido subcutâneo); Profundo: estrutura abaixo do tegumento; Homolateral ou ipsilateral: do mesmo lado do corpo; Contra-lateral: do lado oposto do corpo; MOVIMENTAÇÃO: Flexão: curvatura ou diminuição do ângulo entre os ossos ou partes do corpo; Extensão: endireitar ou aumentar o ângulo entre os ossos ou partes do corpo; Adução: movimento na direção do plano mediano em um plano coronal; Abdução: afastar-se do plano mediano no plano coronal; Rotação Medial: traz a face anterior de um membro para mais perto do plano mediano; Rotação Lateral: leva a face anterior para longe do plano mediano; Retrusão: movimento de retração (para trás) como ocorre na retrusão da mandíbula e no ombro; Protrusão: movimento dianteiro (para frente) como ocorre na protrusão da mandíbula e no ombro; Oclusão: movimento em que ocorre o contato da arcada dentário superior com a arcada dentária inferior; Abertura: movimento em que ocorre o afastamento dos dentes no sentido súpero-inferior; Elevação: elevar ou mover uma parte para cima, como elevar os ombros; Abaixamento: abaixar ou mover uma parte para baixo, como baixar os ombros; Retroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é posterior ao plano vertical através da sínfise púbica; Anteroversão: posição da pelve na qual o plano vertical através das espinhas ântero-superiores é anterior ao plano vertical através da sínfise púbica; Pronação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio medialmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha posteriormente; Supinação: movimento do antebraço e mão que gira o rádio lateralmente em torno de seu eixo longitudinal de modo que a palma da mão olha anteriormente; o Inversão: movimento da sola do pé em direção ao plano mediano. Quando o pé está totalmente invertido, ele também está plantifletido; Eversão: movimento da sola do pé para longe do plano mediano. Quando o pé está totalmente evertido, ele também está dorsifletido; Dorsiflexão (flexão dorsal): movimento de flexão na articulação do tornozelo, como acontece quando se caminha morro acima ou se levantam os dedos do solo; Plantiflexão (flexão plantar): dobra o pé ou dedos em direção à face plantar, quando se fica em pé na ponta dos dedos. SISTEMA ESQUELÉTICO- ROTEIRO PRÁTICO O osso é uma forma rígida de tecido conjuntivo que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de sustentação do corpo. FUNÇÕES: 1 - Fixação e alavanca para a musculatura esquelética, (o que confere a rígidez que serve de suporte ao corpo humano). 2 - Alojamento e proteção de órgãos (a caixa craniana aloja e protege o encéfalo, a caixa torácica proteje coração e pulmões). 3 - Sustentação de partes moles com a inserção de músculos, 4 - Locomoção, constituindo-se em seu elemento passivo; 5 - Hematopoiese, (o tecido esponjoso de alguns ossos com medula vermelha produz células sanguíneas). 6 - Armazenamento de sais minerais, principalmente cálcio, fósforo, sódio e magnésio, (podendo chegar a 60% do peso ósseo,com o cálcio correspondendo a 97%). CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS Há várias maneiras de classificar os ossos. Uma delas é classificá-los por sua posição topográfica, reconhecendo-se ossos axiais (que pertencem ao esqueleto axial) e apendiculares (que fazem parte do esqueleto apendicular). Entretanto, a classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo a relação entre suas dimensões lineares (comprimento, largura ou espessura), em ossos longos, curtos, planos (laminares) e irregulares. OSSO LONGO: seu comprimento é consideravelmente maior que a largura e a espessura. Consiste em um corpo ou diáfise e duas extremidades ou epífises. A diáfise apresenta, em seu interior, uma cavidade, o canal medular, que aloja a medula óssea. Exemplos típicos são os ossos do esqueleto apendicular: fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula, falanges. OSSO PLANO: seu comprimento e sua largura são equivalentes, predominando sobre a espessura. Ossos do crânio, como o parietal, frontal, occipital e outros como a escápula e o osso do quadril, são exemplos bem demonstrativos. São também chamados de ossos Laminares. OSSO CURTO: apresenta equivalência das três dimensões. Os ossos do carpo e do tarso são excelentes exemplos. OSSO IRREGULAR: apresenta uma morfologia complexa não encontrando correspondência em formas geométricas conhecidas. As vértebras e o ossos temporais são exemplos marcantes. Estas quatro categorias são as categorias principais de se classificar um osso quanto à sua forma. Elas, contudo, podem ser complementadas por duas outras: OSSO PNEUMÁTICO: apresenta uma ou mais cavidades, de volume variável, revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seio. Os ossos pneumáticos estão situados no crânio: frontal, maxila, temporal, etmóide e esfenóide. OSSO SESAMÓIDE se desenvolve na substância de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações. os primeiros são chamados intratendíneos e os segundos periarticulares. A patela é um exemplo típico de osso sesamóide intratendíneo. Assim, estas duas categorias adjetivam as quatro principais: o osso frontal, por exemplo, é um osso plano, mas também pneumático; o maxila é irregular, mas também pneumático, a patela é um osso curto, mas é, também um sesamóide (por sinal, o maior sesamóide do corpo). ESTRUTURA DOS OSSOS O estudo microscópico do tecido ósseo distingue a substância óssea compacta e a esponjosa. Embora os elementos constituintes sejam os mesmos nos dois tipos de substância óssea, eles dispõem-se diferentemente conforme o tipo considerado e seu aspecto macroscópico também diferem. Na substância óssea compacta, as lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas às outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão, este tipo é mais denso e duro. Na substância óssea esponjosa as lamínulas ósseas, mais irregulares emforma e tamanho, se arranjam de forma a deixar entre si espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras e que, a semelhança do canal medular, contém medula. Nos ossos longos a diáfise é composta por osso compacto externamente ao canal medular, enquanto as epífises são compostas por osso esponjoso envolto por uma fina camada de osso compacto. Nos ossos planos, a substância esponjosa situa-se entre duas camadas de substância compacta. Nos ossos da CALVÁRIA, a substância esponjosa é chamada de DÍPLOE. Os ossos curtos são formados por osso esponjoso revestido por osso compacto, como nas epífises dos ossos longos. ATIVIDADE PRÁTICA: Localizar nas peças anatômicas, com o auxílio do atlas, os seguintes ósseos: CABEÇA: CRÂNIONEUROCRÂNIO Frontal (1) Occipital (1) Esfenóide (1) Etmóide (1) Parietal (2) Temporal (2) FACE Nasal (2) Lacrimal (2) Zigomático (2) Maxila (2) Concha nasal inferior (2) Palatino (2) Vômer (1) Mandíbula (1) Ossículos da Audição: Martelo, Bigorna e Estribo Osso Hióide COLUNA VERTEBRAL VÉRTEBRAS CERVICAIS (C1-C7I) VÉRTEBRA TORÁCICA (T1-T12) VÉRTEBRAS LOMBARES (L1-L5) SACRO (S1-S5) CÓCCIX (CO1-CO4) ESQUELETO DO TÓRAX COSTELAS (1-12) 10 verdadeira e 2 flutuantes ESTERNO ESQUELETO APENDICULAR Cíngulo do membro superior ESCÁPULA CLAVÍCULA Parte livre do membro superior ÚMERO RÁDIO ULNA OSSOS CARPAIS: Fileira proximal: escafoide, semilunar, piramidal e pisiforme Fileira distal: trapézio, trapezoide, capitato e hamato (hâmulo do hamato) OSSOS METACARPAIS (1-5) OSSOS DOS DEDOS (1-5) Falanges proximal, média e distal; Cíngulo do membro inferior (OSSO DO QUADRIL) Ílio Ísquio Púbis Parte livre do membro inferior FÊMUR PATELA TÍBIA FÍBULA OSSOS TARSAIS: Tálus, Calcâneo, Navicular, Cuboide e Cuneiformes medial, intermédio e lateral. OSSOS METATARSAIS (1-5) OSSOS DOS DEDOS (1-5) Falanges proximal, média e distal. SISTEMA ARTICULAR- ROTEIRO PRÁTICO Artrologia – estudo das articulações; Sistema articular – conjunto de articulações; Articulação – união entre ossos. CLASSIFICAÇÃO: FUNCIONAL ESTRUTURAL TIPOS DE ARTICULAÇÕES Sinartrose Mobilidade restrita Fibrosa Tecido fibroso Suturas Sindesmose Gonfose Anfiartrose Pouca mobilidade Cartilagínea Tecido cartilagíneo Sincondrose Sínfise Diartrose Ampla mobilidade Sinovial “Líquido sinovial” Cápsula articular Plana Gínglimo Trocóide Condilar Selar Esferóide ARTICULAÇÕES DO CRÂNIO ARTICULAÇÕES FIBROSAS Sutura coronal (tipo serrátil);Sutura sagital (tipo serrátil); Sutura lambdoidea (tipo serrátil); Sutura escamosa (tipo escamosa); Sutura internasal (tipo plana); Sutura palatina mediana (tipo plana) ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS Sincondrose esfenoccipital ARTICULAÇÕES SINOVIAIS DO CRÂNIO Articulação temporomandibular (=ATM) ARTICULAÇÕES DA COLUNA VERTEBRAL ARTICULAÇÕES FIBROSAS – TIPO SINDESMOSE ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS Sínfise intervertebral (Discos intervertebrais: Anel fibroso e Núcleo pulposo) CARACTERÍSTICAS DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS Cápsula articular; Membrana sinovial; Líquido sinovial; Cavidade articular; Cartilagem articular; Disco e meniscos; Ligamentos; Bolsas sinoviais. ARTICULAÇÕES DO MEMBRO SUPERIOR Articulação acromioclavicular (Art. sinovial plana) Articulação do ombro (Art. sinovial esferoide Articulação do cotovelo (Art. sinovial gínglimo) Membrana interóssea do antebraço (Art. fibrosa – sindesmose) ARTICULAÇÕES DO MEMBRO INFERIOR Sínfise púbica (Art. cartilagínea – sínfise) Articulação sacroilíaca (Art. sinovial plana) Articulação do quadril (Art. sinovial esferóide) Articulação do joelho (Art. sinovial condilar) Membrana interóssea da perna (Art. fibrosa – sindesmose) Articulação talocrural (=Tornozelo) (Art. sinovial gínglimo) SISTEMA MUSCULAR- RESUMO Miologia: Estuda os músculos, órgãos ou partes de órgãos constituídos por células (fibras musculares) com capacidade de contração e relaxamento. Os músculos são os órgãos ativos do movimento. Bases Morfofuncionais Ossos - promovem o suporte do corpo, abrigando órgãos e possibilitam a locomoção. Elementos passivos do movimento; Articulações - unem dois ou mais ossos e permitem que eles tenham uma mobilidade característica. Elementos permissivos do movimento; Músculos esqueléticos - contribuem para a manutenção da postura, produzem movimento, estabilizam as articulações e geram calor. Elementos ativos do movimento FUNÇÕES: Produção dos movimentos corporais; Estabilização das Posições Corporais; Regulação do Volume dos Órgãos; Movimento de Substâncias dentro do Corpo; Produção de Calor: COMPONENTES ANATÔMICOS DOS MÚSCULOS ESTRIADOS: Ventre Muscular é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras musculares que se contraem. Constitui o corpo do músculo (porção carnosa); Tendão é um elemento de tecido conjuntivo, ricos em fibras colágenas e que serve para fixação do ventre, em ossos, no tecido subcutâneo e em cápsulas articulares. Possuem aspecto morfológico de fitas ou de cilindros; Aponeurose é uma estrutura formada por tecido conjuntivo. Membrana que envolve grupos musculares. Geralmente apresenta-se em forma de lâminas ou em leques. Bainhas Tendíneas são estruturas que formam pontes ou túneis entre as superfícies ósseas sobre as quais deslizam os tendões. Sua função é conter o tendão, permitindo-lhe um deslizamento fácil. Bolsas Sinoviais são encontradas entre os músculos ou entre um músculo e um osso. São pequenas bolsas forradas por uma membrana serosa que possibilitam o deslizamento muscular. CLASSIFICAÇÃO: Quanto a Situação Superficiais ou Cutâneos: Estão logo abaixo da pele e apresentam no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da derme. Estão localizados na cabeça (crânio e face), pescoço e na mão (região hipotenar). Exemplo: Platisma. Profundos ou Subaponeuróticos: São músculos que não apresentam inserções na camada profunda da derme, e na maioria das vezes, se inserem em ossos. Estão localizados abaixo da fáscia superficial. Exemplo: Pronador quadrado Quanto à Forma: Longos: São encontrados especialmente nos membros. Os mais superficiais são os mais longos, podendo passar duas ou mais articulações. Exemplo: Bíceps braquial. Curtos: Encontram-se nas articulações cujos movimentos tem pouca amplitude, o que não exclui força nem especialização. Exemplo: Músculos da mão. Largos: Caracterizam-se por serem laminares. São encontrados nas paredes das grandes cavidades (tórax e abdome). Exemplo: Diafragma. Circulares: Circundam orifícios, como o orbicular da boca e olhos; Quanto ao Número de Cabeças: Bíceps; Tríceps; Quadríceps. Quanto ao Número de Ventres: Monogástrico; Digástrico; Poligástrico. Quanto ao Número de Tendões: Monocaudado e Policaudado Quanto a Topografia: Axial e Apendicular Quanto a Função: Flexores e Extensores Abdutores e Adutores Rotadores Internos e Externos Levantadores (elevadores) Depressores Dilatadores Tensores Protusores e Retratores MM Agonistas: Principais, agem na direção do movimento; Ex: Pegar uma chave sobre a mesa, agonistas são os flexores dos dedos. MM Sinergistas: Participam estabilizando as articulações para que não ocorram movimentos indesejáveis durante a ação principal. Ex: idem anterior, os sinergistas são estabilizadores do punho, cotovelo e ombro. MM Antagonistas: Agem contra determinado movimento; Ex: idem anterior, porém os antagonistas são os extensores dos dedos MM Fixadores: Estabilizam a origemdo agonista de modo que ele possa agir mais eficientemente. Estabilizam a parte proximal do membro quando move-se a parte distal TIPOS DE MÚSCULOS: Músculos Estriados Esqueléticos: Contraem-se por influência da nossa vontade, ou seja, são voluntários. O tecido muscular esquelético é chamado de estriado porque faixas alternadas claras e escuras (estriações) podem ser vistas no microscópio óptico. Músculos Lisos: Localizado nos vasos sangüíneos, vias aéreas e maioria dos órgãos da cavidade abdômino-pélvica. Ação involuntária controlada pelo sistema nervoso autônomo. Músculo Estriado Cardíaco: Representa a arquitetura cardíaca. É um músculo estriado, porém involuntário – AUTO RITMICIDADE. TIPOS DE CONTRAÇÕES: Contração Concêntrica: o músculo se encurta e traciona outra estrutura, como um tendão, reduzindo o ângulo de uma articulação. Ex: Trazer um livro que estava sobre a mesa ao encontro da cabeça. Contração Excêntrica: quando aumenta o comprimento total do músculo durante a contração. Ex: idem anterior, porém quando recolocamos o livro sobre mesa. Contração Isométrica: servem para estabilizar as articulações enquanto outras são movidas. Gera tensão muscular sem realizar movimentos. É responsável pela postura e sustentação de objetos em posição fixa. Ex: idem anterior, porém quando o livro é sustentado em abdução de 90°. SISTEMA CARDIOVASCULAR- ROTEIRO PRÁTICO Tem como função transportar nutrientes, oxigênio, gás carbônico e metabólitos para tecidos. FUNÇÃO: TRANSPORTE: de nutrientes e oxigênio para todas as células do corpo; de resíduos e dióxido de carbono (CO2) das células do corpo para os órgãos excretores; de homônios das glândulas endócrinas para os tecidos do corpo. TERMOREGULAÇÃO: a quantidade de calor perdida pelo corpo é regulada pelo grau de fluxo sanguineo através da pele. EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE: regula o pH do corpo PROTEÇÃO CONTRA DOENÇAS: os leucócitos estão adaptados à defesa contra microorganismos e toxinas estranhas TIPOS DE CIRCULAÇÃO: Circulação pulmonar ou direita ou pequena circulação: vai do coração aos pulmões e retorna ao coração. Destina-se à hematose. Circulação sistêmica ou esquerda ou grande circulação: vai do coração para todo o organismo e retorna ao coração. Destina-se à nutrição sistêmica de todas as células. ROTEIRO DE ESTUDO PRÁTICO Anatomia Externa do Coração Base Ápice Faces Diafragmática Esternocostal Pulmonares direita e esquerda Pericárdio (Pericárdio fibroso; Pericárdio seroso parietal; Pericárdio seroso visceral (epicárdio); Irrigação: Artéria coronária direita (Ramo Marginal Direito e o Ramo Interventricular Posterior) Artéria coronária esquerda (Ramo interventricular anterior e o ramo circunflexo) Drenagem: Seio Coronário (veia cardíaca magna; veia cardíaca parva; veia interventricular posterior (cardíaca média) Vasos da Base: Artéria Aorta; Artéria Tronco pulmonar; Veia Cava superior; Veia Cava inferior; Veias Pulmonares direita e esquerda ** RAMIFICAÇÕES DA ARTÉRIA AORTA: Aorta Ascendente; Arco da aorta (TRONCO BRAQUIOCEFÁLICO (subclávia direita, carótida comum direita (INTERNA E EXTERNA), CARÓTIDA COMUM ESQUERDA (interna e externa) e SUBCLÁVIA ESQUERDA. Aorta descendente (TORÁCICA E ABDOMINAL) Anatomia Interna do Coração Camadas: Epicárdio; Miocárdio e Endocárdio Câmaras: Átrio direito e esquerdo; Ventrículo direito e esquerdo (Músculos papilares; Cordas tendíneas) Septo interventricular; Septo Interatrial e Septo atrioventricular Valvas: tricúspide; bicúspide ou mitral; semilunar da Artéria tronco pulmonar; semilunar da Artéria Aorta. Sistema de condução: Nó sinu-atrial; Nó atrio-ventricular; Feixe de His; Fibras de Purkinje.
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