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MOEDA DINHEIRO

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História
Da
Moeda
Origem e Evolução da Moeda
Escambo
A moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de uma longa evolução.
No início não havia moeda. Praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor.
Assim, quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo trocava este excesso com o de outra pessoa que, por exemplo, tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse precisar. Esta elementar forma de comércio foi dominante no início da civilização, podendo ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia primitiva, em regiões onde, pelo difícil acesso, há escassez de meio circulante, e até em situações especiais, em que as pessoas envolvidas efetuam permuta de objetos sem a preocupação de sua equivalência de valor. Este é o caso, por exemplo, da criança que troca com o colega um brinquedo caro por outro de menor valor, que deseja muito.
As mercadorias utilizadas para escambo geralmente se apresentam em estado natural, variando conforme as condições de meio ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, correspondendo a necessidades fundamentais de seus membros. Nesta forma de troca, no entanto, ocorrem dificuldades, por não haver uma medida comum de valor entre os elementos a serem permutados.
Moeda – Mercadoria
Um depósito à vista num banco comercial representa um direito que o depositante.
Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras.
Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas–mercadorias.
O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora ocorresse o risco de doenças e da morte. 
O sal foi outra moeda–mercadoria; de difícil obtenção, principalmente no interior dos continentes, era muito utilizado na conservação de alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento de troca em nosso vocabulário, pois, até hoje, empregamos palavras como pecúnia(dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da palavra latina pecus (gado). A palavra capital (patrimônio) vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a palavra salário(remuneração, normalmente em dinheiro, devida pelo empregador em face do serviço do empregado) tem como origem a utilização do sal, em Roma, para o pagamento de serviços prestados.
No Brasil, entre outras, circularam o cauri – trazido pelo escravo africano –, o pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e o pano, trocado no Maranhão, no século XVII, devido à quase inexistência de numerário, sendo comercializado sob a forma de novelos, meadas e tecidos.
Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às transações comerciais, devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis e por serem facilmente perecíveis, não permitindo o acúmulo de riquezas.
Metal
Quando o homem descobriu o metal, logo passou a utilizá-lo para fabricar seus utensílios e armas anteriormente feitos de pedra.
Por apresentar vantagens como a possibilidade de entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, o metal se elegeu como principal padrão de valor. Era trocado sob as formas mais diversas. A princípio, em seu estado natural, depois sob a forma de barras e, ainda, sob a forma de objetos, como anéis, braceletes etc.
O metal comercializado dessa forma exigia aferição de peso e avaliação de seu grau de pureza a cada troca. Mais tarde, ganhou forma definida e peso determinado, recebendo marca indicativa de valor, que também apontava o responsável pela sua emissão. Essa medida agilizou as transações, dispensando a pesagem e permitindo a imediata identificação da quantidade de metal oferecida para troca.
Moeda em Formato de Objetos
Os utensílios de metal passaram a ser mercadorias muito apreciadas.
Como sua produção exigia, além do domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal poderia ser encontrado, essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todos.
A valorização, cada vez maior, destes instrumentos levou à sua utilização como moeda e ao aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam como dinheiro.
É o caso das moedas faca e chave que eram encontradas no Oriente e do talento, moeda de cobre ou bronze, com o formato de pele de animal, que circulou na Grécia e em Chipre. 
Por volta do século VIII a.C., as tribos gregas já conquistavam as ilhas do mar Egeu, Grécia continental e territórios que se espalhavam da Sicília à Ásia, da Costa Africana até o Mar Negro. O povo grego, chamado de Helenos, nesta época já dominava a agricultura, fundiam ferro, esculpiam o bronze, navegavam com segurança pelo Mediterrâneo e estabeleciam um crescente comércio. As comunidades primordiais transformaram-se em unidades sócio-economicamente mais "maduras", desenvolvendo as "cidades-estados" independentes, ficando unidas pela língua, escrita e pelos mesmos deuses, catalisando o nascimento da civilização grega. Nos tempos remotos, para realizar troca de valores, era usual a utilização de lingotes de bronze ou barras de ferro. Como sabemos de Homero, lá pelo século IX a.C., pesos de prata facilitavam a troca valores. Mas essa logística comercial exigia um sistema monetário mais apropriado, que facilitasse os negócios, os pagamentos oficiais, a cobrança de impostos e limitasse as medições repetitivas dos pesos dos metais preciosos. A ação conjunta dessas circunstâncias condicionou o surgimento de um disco de metal precioso, com desenho próprio e com peso determinado - isso culminou com a criação da moeda cunhada, como a conhecemos até os dias atuais. Atribui-se aos reis lídios, a invenção da cunhagem de moedas. Lídia, situada na Ásia Menor, era uma cidade-estado próspera no início do séc. VI a. C. O rio Hermos possuía muitos atributos, um dos quais era o alto teor de ouro e prata em seu leito, oferecendo uma liga natural denominada elektron. O elektron foi o primeiro metal a ser usado com finalidade de cunhar moedas. A pele de carneiro foi utilizada para filtrar a água do rio e reter os grãos de ouro e prata, era conhecido como "ouro pálido". Esse processo arcaico, esquecido posteriormente, deu origem à lenda dos argonautas, que viajavam pelo Mediterrâneo para encontrarem o "Tosão de Ouro" - do carneiro. Os nomes dos primeiros gravadores de moedas são desconhecidos, perderam-se no tempo, mas evidências arqueológicas confirmaram o nome do rei Aliates, da Lídia - que governou entre 610 a 561 a.C. - como a primeira autoridade a emitir moedas com monograma, representando o governo de um estado.
Moedas Antigas
Surgem, então, no século VII a.C., as primeiras moedas com características das atuais: são pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor.
São cunhadas na Grécia moedas de prata e, na Lídia, são utilizados pequenos lingotes ovais de uma liga de ouro e prata chamada eletro.
As moedas refletem a mentalidade de um povo e de sua época. Nelas podem ser observados aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais. É pelas impressões encontradas nas moedas que conhecemos, hoje, a efígie de personalidades que viveram há muitos séculos. Provavelmente, a primeira figura histórica a ter sua efígie registrada numa moeda foi Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 a.C.
A princípio, as peças eram fabricadas por processos manuais muito rudimentares e tinham seus bordos irregulares, não sendo, como hoje, peças absolutamente iguais umas às outras.
Ouro, prata e cobre
Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. O emprego destes metais se impôs, não só pela sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor econômico, mas também por antigos costumes religiosos. Nos primórdios da civilização, os sacerdotesda Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao povo a existência de estreita ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isto levou à crença no poder mágico destes metais e no dos objetos com eles confeccionados.
A cunhagem de moedas em ouro e prata se manteve durante muitos séculos, sendo as peças garantidas por seu valor intrínseco, isto é, pelo valor comercial do metal utilizado na sua confecção. Assim, uma moeda na qual haviam sido utilizados vinte gramas de ouro, era trocada por mercadorias neste mesmo valor.
  Durante muitos séculos os países cunharam em ouro suas moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre para os valores menores. Estes sistemas se mantiveram até o final do século passado, quando o cuproníquel e, posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser muito empregados, passando a moeda a circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua face, que independe do metal nela contido.
Com o advento do papel-moeda a cunhagem de moedas metálicas ficou restrita a valores inferiores, necessários para troco. Dentro desta nova função, a durabilidade passou a ser a qualidade mais necessária à moeda. Surgem, em grande diversidade, as ligas modernas, produzidas para suportar a alta rotatividade do numerário de troco.
A Cunhagem Manual
A técnica de cunhagem, a partir do séc. VII até o séc. V a.C. - em princípio - ficou inalterada. Um disco de metal aquecido até aproximadamente 800 °C, fixado na bigorna, foi submetido a duas impressões diferentes. A face do disco que recebeu a impressão principal (embutido na bigorna) chamava-se anverso. O cunho móvel bateu a face do reverso. As cunhagens dos séc. VII e V a.C. apresentavam uma marca típica no reverso -denominada "quadrado incuso". O valor extrínseco da moeda dependia da proporção de conteúdo ouro e prata. Por causa dessa incerteza em relação ao valor real da moeda de elektron, o rei Croesus, último rei das Lídia (561-548 a.C.), estabeleceu a primeira cunhagem bimetálica, desenvolvendo uma cunhagem separada em ouro e prata. O abandono total do elektron demorou mais de um século, uma vez que algumas cidades na Ásia Menor, como Cyzicus e Mytilene mantiveram a moeda em elektron, até o fim do séc. V a.C. É provável que a criação da moeda foi idealizada para realizar os pagamentos oficiais do Estado. Um mercenário, no séc. VI a.C., ganhava por mês cerca de 1 stater (moeda de elektron, com peso aproximado de 14/16 gr.). O valor de equivalência da moeda cunhada em ouro e prata não correspondia às necessidades dos pequenos negócios da vida cotidiana. Para resolver esse impasse e proporcionar maior flexibilidade ao sistema monetário, no séc. V a.C., iniciaram-se as primeiras emissões de moedas em bronze. Até o fim do séc. VI a.C., a cunhagem de moedas difundiu-se pelas cidades gregas, ao longo de toda a costa do mediterrâneo, como um veículo de propagar a influência da Cultura Grega. As moedas passaram a promover, suas tradições, lendas, sua fauna, flora e, principalmente, seus deuses. De modo geral, a cunhagem de moeda significava a liberdade da cidade-estado, o que era o eixo principal do pensamento grego. Se levarmos em consideração que mais de 1.400 cidades emitiram as suas próprias moedas, e que um cunho "agüentava" até 40 mil marteladas, aí podemos entender a generosidade que o mundo grego ofereceu à Numismática.
O Apogeu da Arte Monetária
Ninguém tem dúvida quanto à contribuição que o mundo grego trouxe á humanidade. Em todas as áreas da ciência, os avanços tecnológicos e socioculturais foram impulsionados de tal forma que ainda hoje são motivos de estudos e desenvolvimentos científicos. Nunca houve, em nenhum momento da história, uma concentração tão grande de gênios e estudiosos em tão curto espaço de tempo e conduzidos por uma só civilização. As cidades-estados dos helenos conseguiram a façanha de mostrar à humanidade que isso era possível. A tecnologia demonstrada na fabricação de navios e na construção de templos e palácios é impressionante. As estratégias militares, até hoje, são estudadas, imitadas e aplicadas, ora nas guerras, ora na administração de empresas O próprio Maquiavel, no século XVI, aplicava toda a sabedoria dos gregos na condução de suas estratégias para influenciar as decisões no governo da Itália. Nas artes, na filosofia, na sociologia, na política, na astronomia, na agricultura, na matemática, na história e ... muito mais, os gregos nunca foram superados.
A Ordem dos Moedeiros
Sabe-se que os antigos romanos costumavam agrupar os artistas em colégios, a fim de que fossem desenvolvidas suas aptidões, medida que alcançou extraordinários resultados. Tendo sido adotada por outros povos, se estendeu até a Idade Média, quando surgiram as Corporações de Artes e Ofícios. A França reuniu, no princípio do século XII, pela primeira vez, em uma corporação, os artistas-moedeiros, a eles concedendo privilégios. Se originava aí a Corporação dos Moedeiros, que rapidamente se espalharia pela Europa. Entre seus privilégios destacavam-se a isenção a determinados impostos, o direito a tribunal próprio e a prisão especial. Eram sujeitos a Alcaides e julgados pelos mestres da moeda. Suas mulheres e famílias podiam usar sedas, e as viúvas "que estivessem em boa fama" desfrutavam, igualmente, de todos os privilégios, honrarias e exceções. "Não se lhes podia tomar roupa, nem palha, nem cevada, nem galinhas, nem lenha ou outra qualquer coisa, contra a vontade".
A padroeira Sant'Ana
Em Portugal, do qual o Brasil herdou a tradição, a Corporação dos Moedeiros teve início no reinado de D. Dinis, em 1324. Tal importância tinham as Corporações, na época, que a elas se dava o direito de participar das procissões, possuindo cada classe artística um padroeiro. Os moedeiros de Lisboa administravam a Confraria de Sant'Ana da Sé e, até os nossos tempos, os moedeiros da Casa da Moeda do Brasil têm em Sant'Ana sua padroeira, celebrando anualmente, no dia 26 de julho, seu dia.
Sagração do Moedeiro
Os componentes desta Corporação, a exemplo do que ocorria com os Cavaleiros do Rei, eram sagrados Moedeiros. O novo membro que era admitido na Corporação prestava, de joelhos, juramento solene sobre os Santos Evangelhos, recebendo do Provedor da Instituição, o grau que lhe era conferido, através de duas leves pancadas sobre o capacete, com uma espada reta, finamente lavrada. Essas pancadas significavam "fé e lealdade" e "dedicação ao trabalho".Essa cerimônia era denominada Sagração do Moedeiro.
Moeda de Papel
Na Idade Média, surgiu o costume de se guardarem os valores com um ourives, pessoa que negociava objetos de ouro e prata. Este, como garantia, entregava um recibo. Com o tempo, esses recibos passaram a ser utilizados para efetuar pagamentos, circulando de mão em mão e dando origem à moeda de papel.
No Brasil, os primeiros bilhetes de banco, precursores das cédulas atuais, foram lançados pelo Banco do Brasil, em 1810. Tinham seu valor preenchido à mão, tal como, hoje, fazemos com os cheques.
Com o tempo, da mesma forma ocorrida com as moedas, os governos passaram a conduzir a emissão de cédulas, controlando as falsificações e garantindo o poder de pagamento.
Atualmente quase todos os países possuem seus bancos centrais, encarregados das emissões de cédulas e moedas.
A moeda de papel evoluiu quanto à técnica utilizada na sua impressão. Hoje a confecção de cédulas utiliza papel especialmente preparado e diversos processos de impressão que se complementam, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de durabilidade.
Os Bancos
A necessidade de guardar as moedas em segurança deu surgimento aos bancos. Os negociantes de ouro e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas. Esses recibos (então conhecidos como "goldsmiths notes") passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por serem mais seguros de portardo que o dinheiro vivo. Assim surgiram as primeiras cédulas de "papel moeda", ou cédulas de banco, ao mesmo tempo que a guarda dos valores em espécie dava origem às instituições bancárias.
Os primeiros bancos reconhecidos oficialmente surgiram na Inglaterra, e a palavra "bank" veio da italiana "banco", peça de madeira que os comerciantes de valores oriundos da Itália e estabelecidos em Londres usavam para operar seus negócios no mercado público londrino.
A Moeda, os bancos e os instrumentos de créditos.
A economia monetária, revigorada na Baixa Idade Média, conheceu avanços decisivos nos Tempos Modernos, sobretudo o estabelecimento de sistemas mais estáveis e uniformes e o emprego de moeda fiduciária. Na verdade, porém, a estabilidade dos diversos sistemas monetários europeus só foi conseguida em fins da Modernidade, pois vários fatores perturbavam seu equilíbrio:
1- a grande diversidade de padrões monetários, circulando pela Europa, além das moedas nacionais, muitas outras cunhadas por pequenos potentados locais e mesmo de origem oriental;
2- as manipulações feitas pelos soberanos, constantemente necessitados de recursos para a consolidação do Estado Moderno: na Espanha entre 1627 e 1641 o véllon (moeda feita de uma liga de prata e cobre) foi sobrevalorizado três vezes e desvalorizado quatro;
3- as flutuações de valor resultantes daquela política levavam ao entesouramento das moedas de alto valor intrínseco (grande quantidade de metal precioso);
4- as alterações da relação ouro-prata (1 para 10 em 1500, 1 para 15 em 1600), ligadas ao afluxo do metal branco americano, que provocava flutuações no valor do ouro (nos países que comerciavam com o Oriente a prata era valorizada em virtude de sua procura pelos orientais).
Ao contrário do que acontecera na Idade Média, as moedas de cobre tinham então grande importância, sobretudo no uso quotidiano, nos pequenos negócios. Eram impróprias, porém, para pagamentos de vulto, o que diante da insuficiência das moedas metálicas de maior valor(entesouradas ou canalizadas para o comércio externo) tornou necessário o recurso às moedas fiduciárias. Sua utilização começou em 1661 no Banco de Estocolmo e depois em 1696 no Banco da Inglaterra: entregava-se aos depositantes uma promessa de pagamento a qualquer tempo, que seria reembolsada ao seu portador, permitindo assim que ela fosse transferida sem nenhuma formalidade, dinamizando a circulação. Emitidas por bancos fortes, de credibilidade, tais moedas supriram em parte a escassez metálica.
No Século XVI os bancos eram, na verdade, firmas comerciais que paralelamente desempenhavam algumas funções bancárias. Tal ocorria, por exemplo, com os Médicis de Florença e os Fugger de Augsburgo, famílias enriquecidas na atividade mercantil e que com o capital acumulado faziam empréstimos, transferiam fundos de uma praça a outra, recebiam rendas em nomes de terceiros. Diante do fracasso desses bancos privados, cujos interesses estavam dispersos por inúmeros negócios, surgiram bancos públicos, inicialmente na Espanha e Itália. Sustentados pela municipalidade, eles eram originalmente caixas públicas de depósito e de pagamentos do governo local, ampliando com o tempo sua área de atuação; neste sentido foi pioneiro o Banco de Amsterdã (1609). A partir destes bancos públicos, nascidos em alguns centros econômicos de destaque, sugiram os bancos estatais, de atuação nacional e mesmo internacional, como o Banco de Estocolmo (1656), que logo se tornou Banco da Suécia. O mais importante deles, no entanto, foi o Banco da Inglaterra (1694); criador de um papel especial com o qual o depositante podia realizar saques sobre seus fundos (check), responsável em parte pelo papel de primazia que o país desempenhou nas finanças internacionais nos Séculos XVIII e XIX.
O desenvolvimento do sistema bancário refletiu-se no uso mais difundidos dos instrumentos de crédito, sobretudo das letras de câmbio. Surgidas em fins da Idade Média, elas se tornaram um instrumento mercantil de grande utilidades para negócios vultosos especialmente a curto prazo. A possibilidade de que elas apresentavam de serem objetos de especulação no mercado de capitais aumentava ainda mais sua importância. Por fim, o surgimento da prática do endosso (inovação italiana de inícios do Século XVI) e do desconto (praticado na Inglaterra desde fins do Século XVII) tornaram maior sua maleabilidade e, portanto, sua utilização.
A Moeda na Alta Idade Média
Na primeira fase da Alta Idade Média, o sistema monetário era bimetalista, usando-se ao lado do soldo de ouro (solidus aureus) criado no Baixo Império Romano, uma moeda de prata, o denário (denarius). A lentidão da circulação monetária, reflexo da situação econômica, gerou a necessidade de muitas oficinas de cunhagem, acabando assim o monopólio estatal nesse setor. Com o tempo a quantidade de ouro nas moedas foi diminuindo, o que criou o hábito de pesá-las antes de serem aceitas; a perda de confiança no valor real da moeda enfraqueceu ainda mais sua circulação e o alcance da economia monetária. Mas na segunda metade do S
O século VIII, com a ascensão dos monarcas Carolíngios, passou-se ao monometalismo de parta e restabeleceu-se o monopólio real de cunhagem.
As Sociedades e as Bolsas de Valores
Nos primeiros tempos da Idade Moderna, as principais empresas eram firmas individuais, baseadas na capacidade de seu fundador e de seus sucessores.
Contudo, desde fins do Século XVI, a política econômica nacionalista dos Estados pedia empresas sólidas, de grande parte, só possível congregando capitais de diversas origens, daí as sociedades. Surgiram assim companhias privilegiadas, cujo capital era integralizado por poderosos grupos mercantis, que recebiam do Estado o monopólio de comércio em determinada região. Este era o caso, por exemplo, da Levant Company (1581), criada para fazer concorrência aos venezianos do Mediterrâneo Oriental. A operacionalidade difícil destas empresas provocou sua substituição no princípio do Século XVII pelas sociedades por ações. As vantagens desse novo tipo de organização eram claras: sendo sociedades de capitais e não de pessoas, a retirada de um indivíduo não acarretava nenhum transtorno para a empresa; cada sócio só respondia débitos da sociedade com o capital ali investido, estando portanto protegidos seus bens pessoais; a sociedade podia reunir maior volume de capitais simplesmente colocando ações no mercado. Em alguns casos havia sociedades por ações que também eram privilegiadas, caso da companhia Holandesa das Índias Orientais. Foram exatamente desta companhia as primeiras ações cotadas na Bolsa de Amsterdã (1610), que pode ser considerada a primeira verdadeira Bolsa de Valores.
Moeda Brasileira
A unidade monetária herdada pelo Brasil de Portugal foi o mil-réis: Rs. 1$000 (1.000$000 = um conto de réis) substituído pelo cruzeiro, de igual valor, por força do Decreto-Lei nº7491, de 5 outubro de 1942.
O padrão monetário, ao se fazer a independência, era de Rs. 1$000 por oitava de ouro (3.586 gramas), o que dava para o mil-réis o valor de 67d. (dinheiros ou pence - singular: penny - moeda inglesa em que, até a última guerra, sempre se computou o câmbio oficial brasileiro). Contudo, o valor do papel-moeda, que se começou a emitir no Brasil em 1808, variou muito. Ele nunca foi conversível em ouro. Em 1833, devido a grande desvalorização, quebrou-se o padrão monetário brasileiro, que passou a ser de Rs. 2$500 por oitava de ouro de 22 quilates (lei de 8 de outubro de 1833). Nesta base o mil-réis valia 47 1/5 d. Em 1846, nova quebra do padrão (lei11 de setembro), passando a oitava de ouro a valer Rs. 4$000, correspondendo ao câmbio sobre a Inglaterra de 27d. Este padrão vigorou legalmente até 1926 (mil-réis de 200 miligramas de ouro do toque 900 mg.) não chegou a seu termo. Mas isso não impediu a desvalorização contínua do mil-réis (depois cruzeiro) papel.
Bitcoin: conheça um pouco mais sobre a moeda virtual irrastreável
A alta demandae os benefícios ao utilizar uma moeda virtual fizeram com que a Bitcoin se supervalorizasse nos últimos tempos; veja como funciona
Embora a Bitcoin seja constantemente associada ao mercado ilegal uma vez que a  moeda  é predominante na deep web (considerada o submundo da Internet), não se pode deixar o senso comum camuflar as vantagens deste recurso.
No site mercadobitcoin.com.br é possível acompanhar o desempenho da Bitcoin, atualmente R$ 50 equivale a Ƀ 0,008
De acordo com o especialista em cibercrimes da NZN, Felipe Payão, deve-se enxergar com bons olhos a moeda virtual. “Veja bem, estamos falando de uma moeda que é benéfica aos usuários, e não aos bancos”, aponta. Mas para quem não sabe do que se trata o assunto, a Bitcoin é uma criptomoeda/moeda virtual irrastreável.
Caso a temática seja uma novidade para você, saiba que a dinâmica de funcionamento do recurso é bem simples. Assim como exemplifica o site bitcoinbrasil.com , imagine o passo a passo de um pagamento em espécie. 
Determinado produto custa R$ 50, então o cliente transfere sem nenhum mediador a nota ao comerciante que a guarda imediatamente no caixa. Já no pagamento via boleto ou cartão (crédito ou débito) existe um mediador, que no caso é o banco, que permite essa transação de recurso. Digamos que o funcionamento da Bitcoin é um misto dos dois meios, uma vez que a transferência é de pessoa para pessoa – ou seja, sem mediador – só que de forma eletrônica, como no exemplo do cartão.
O processo acima citado, P2P (peer-to-peer, em português: ponto a ponto) é o mesmo utilizado pelos aplicativos WhatsApp e Telegran, onde apenas quem tem acesso aos dados é o emissor e o receptor, o que impossibilita qualquer rastreamento. Segundo Payão, “não há grau [de rastreamento] porque não é possível. O problema existente é se o portador de Bitcoins perder a chave secreta de acesso seja por extorsão online ou offline, já que essa chave entrega acesso aos dados financeiros”.
Outras vantagens
Além de ser P2P e não ter a presença de bancos nas transações, praticamente não há custos nas operações envolvendo a moeda virtual. Também não existe limitação no que diz respeito aos valores, a total liberdade arbitrária é notada no fato de que não existem fronteiras territoriais para fazer ou receber pagamentos, visto que podem ocorrer em todo o globo.
Payão menciona que atualmente há milhares de estabelecimentos no País que aceitam o meio de pagamento, como lojas físicas – supermercados, lojas – até e-commerces da surface.            
Alerta
Uma das desvantagens da criptomoeda ser irrastreável é que isso abre margem para que pessoas mal intencionadas coloquem isso ao seu favor e pratiquem ilegalidades. O ransomware - crime em que informações digitais são criptografadas por criminosos que exigem pagamento em troca da chave de acesso - é o ataque virtual mais comum no País que envolve a Bitcoin, de acordo com o especialista. 
Uma boa dica citada por Payão que pode ajudar o usuário comum é a realização de backups, um bom antivírus no mobile, no computador, além de uma navegação segura e a desconfiança perante links/e-mails suspeitos.
Embora haja o risco, é importante ressaltar que qualquer recurso está sujeito a isso, e na visão do especialista em cibercrimes, uma democratização da Bitcoin gera o melhor cenário possível. “É mais seguro que qualquer moeda física. Além de ser irrastreável, existe apenas no âmbito virtual. Ainda, é mais fácil realizar transações internacionais, você só precisa de uma carteira virtual (que pode ser o seu smartphone), o histórico de transações é transparente, você evita as taxas bancárias e a moeda é impossível de ser falsificada”, conclui.

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