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ENSINO CLÍNICO TEÓRICO 
SAÚDE COLETIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROFESSORA FABÍOLA BRAZ PENNA 
DOENÇAS IMUNOPREVENÍVEIS 
 O Programa de Prevenção e Controle 
de Doenças Imunopreveníveis tem 
como objetivo prevenir e manter sob 
controle as doenças passíveis de 
imunização. 
 Nesse contexto insere-se o 
Programa Nacional de Imunização 
(PNI). 
PNI 
 O PNI foi formulado em 1973 e 
fortalecido através da legislação 
específica sobre Imunização e 
Vigilância Epidemiológica, conforme 
Lei nº 6259, de 30 de outubro de 
1975 e Decreto nº 78.231, de 30 de 
dezembro de 1976. 
Doenças Imunopreveníveis 
Tétano 
 
 É uma doença infecciosa grave causada por 
uma neurotoxina produzida pelo Clostridium 
tetani, uma bactéria encontrada comumente 
no solo sob a forma de esporos (formas de 
resistência). Pode acometer indivíduos de 
qualquer idade e não é transmissível de uma 
pessoa para outra. A ocorrência da doença é 
mais freqüente em regiões onde a cobertura 
vacinal da população é baixa e o acesso á 
assistência médica é limitado. 
Tétano 
 Transmissão: 
 É uma doença infecciosa, não transmissível de um 
indivíduo para outro, que pode ocorrer em 
pessoas não imunes ou seja, sem níveis 
adequados de anticorpos protetores. 
 Os anticorpos protetores são induzidos 
exclusivamente pela aplicação da vacina 
antitetânica. 
 O tétano pode ser adquirido através da 
contaminação de ferimentos (tétano acidental), 
inclusive os crônicos (como úlceras varicosas) ou 
do cordão umbilical (tétano neonatal). 
 
Tétano 
 Quando em condições anaeróbicas 
(ausência de oxigênio), como ocorre em 
ferimentos, os esporos germinam para a 
forma vegetativa do Clostridium tetani, que 
multiplica-se e produz toxinas que são 
disseminadas através do sistema 
circulatório (sanguíneo e linfático). 
Tétano Acidental 
 O tétano acidental (decorrente de 
acidentes) é, geralmente, é adquirido 
através da contaminação de ferimentos 
(mesmo pequenos) com esporos do 
Clostridium tetani, que são encontrados 
no ambiente (solo, poeira, esterco, 
superfície de objetos - principalmente 
quando metálicos e enferrujados). 
 
Tétano Neonatal 
 As gestantes que nunca foram 
vacinadas, além de estarem 
desprotegidas não passam anticorpos 
protetores para o filho, o que 
acarreta risco de tétano neonatal para 
o recém-nato (criança com até 28 
dias de idade). 
Tétano Neonatal 
 O tétano neonatal (tétano umbilical, "mal dos 
sete dias") é adquirido quando ocorre 
contaminação do cordão umbilical com 
esporos do Clostridium tetani. A 
contaminação pode ocorrer durante a 
secção do cordão com instrumentos não 
esterilizados ou pela utilização subseqüente 
de substâncias contaminadas para realização 
de curativo no coto umbilical (esterco, fumo, 
pó de café, teia de aranha etc). 
 
 Tétano 
 RISCOS: 
 Pessoas não adequadamente imunizadas 
(não foram vacinadas ou que receberam 
esquemas incompletos); 
 Parto é feito em domicílios, na área rural 
e por curiosos. 
 
 
Manifestações clínicas - Tétano 
 O período de incubação médio do tétano 
acidental é de 10 dias (podendo variar de 2 a 21 
dias) e o do tétano neonatal ("mal dos sete dias") é 
de cerca de 7 dias (geralmente entre 4 e 14 dias). 
Quanto menor o período de incubação, maior a 
gravidade da doença. 
 As primeiras manifestações são dificuldade de 
abrir a boca (trismo) e de engolir. Na maioria 
dos casos, ocorre progressão para contraturas 
musculares generalizadas, que podem colocar 
em risco a vida do indivíduo quando 
comprometem os músculos respiratórios. 
 
Manifestações Clínicas 
Manifestações Clínicas 
Tratamento - Tétano 
 O tratamento do tétano, necessariamente, é feito 
com o doente internado para administração de 
imunoglobulina ou, quando não disponível, soro 
antitetânico, além de antibiótico venoso e limpeza 
cirúrgica do ferimento. 
 Como a doença não produz imunidade, o doente 
deve também receber o esquema vacinal 
completo contra o tétano. Em geral são utilizados 
miorrelaxantes potentes. 
 Os pacientes devem ser mantidos sob vigilância 
constante, de preferência em Unidade de Terapia 
Intensiva (UTI). 
Difteria 
 A difteria é uma doença transmissível 
aguda, infecciosa, causada por bacilo 
toxicogênico que se aloja freqüentemente 
nas amígdalas, na faringe, na laringe, no 
nariz e, ocasionalmente, em outras 
mucosas e na pele. 
Difteria 
 É caracterizada por placas 
pseudomembranosas. Também é conhecida 
pela denominação de CRUPE. Embora seja 
uma patologia passível de controle, ainda 
constitui-se problema de saúde pública no 
Brasil em virtude das baixas coberturas 
vacinais. Apesar disso, observa-se um 
decréscimo do número de casos, em função 
do uso da vacinação antidiftérica. 
 
Difteria 
 Agente Etiológico: bacilo denominado 
Corynebacterium diphtheriae, produtor da 
toxina diftérica. 
Difteria 
 Transmite por contágio direto com 
doentes ou portadores através das 
secreções de rinofaringe. A transmissão 
indireta, através de objetos recentemente 
contaminados pelas secreções de 
orofaringe ou de lesões em outras 
localizações, também pode ocorrer, 
embora menos freqüentemente. 
Difteria 
 Período de Incubação: em geral de 1 a 6 
dias, podendo ser mais longo. 
 
 A imunidade pode ser naturalmente 
adquirida pela passagem de anticorpos 
maternos via transplacentária nos 
primeiros meses de vida do bebê. A 
imunidade também pode ser ativa, 
adquirida através da vacinação com 
toxóide diftérico. 
Difteria 
 A difteria ocorre durante o ano todo, 
observando-se um aumento da sua 
incidência nos meses frios (outono e 
inverno), devido principalmente à 
aglomeração em ambientes fechados que 
facilitam a transmissão do bacilo e quando 
são mais comuns as infecções 
respiratórias. 
Manifestações Clínicas 
 A manifestação clínica típica é a presença de placas 
pseudomembranosas branco-acinzentadas, que se 
instalam nas amígdalas e invadem estruturas vizinhas. 
 Essas placas podem se localizar na faringe, laringe e 
fossas nasais. Clinicamente a doença se manifesta por 
comprometimento do estado geral do paciente, que 
pode apresentar-se prostrado e pálido; a dor de 
garganta é discreta, independentemente da localização 
ou quantidade de placas existentes, e a febre 
normalmente não é muito elevada, variando entre 
37,5 a 38,5°. Dependendo do tamanho e localização 
da placa pseudomembranosa, pode ocorrer asfixia 
mecânica aguda no paciente, o que muitas vezes exige 
imediata traqueostomia para evitar a morte. 
Manifestações Clínicas 
Manifestações Clínicas 
Difteria - Tratamento 
 A medida terapêutica de grande valor na 
difteria é a administração do soro 
antidiftérico (SAD), cuja finalidade é 
inativar a toxina circulante o mais 
rapidamente possível e permitir excesso 
de anticorpos circulantes, suficientes para 
neutralizar toxina subseqüentemente 
produzida pelos bacilos. 
Difteria - Tratamento 
 Uso de antibiótico deve ser considerado 
como uma medida auxiliar da terapia 
específica, objetivando interromper a 
produção de exotoxina pela destruição 
dos bacilos diftéricos e sua disseminação. 
Coqueluche 
 A Coqueluche é modernamente 
considerada uma síndrome (síndrome 
pertussis), podendo ser causada por 
vários agentes (Bordetella pertussis, 
Bordetella parapertusis, Bordetella 
brocheseptica e adenovírus 1, 2, 3 e 5), 
entretanto, apenas a Bordetella pertussis 
está associada com as coqueluches 
endêmica e epidêmica e como cortejo de 
complicações e de mortes. 
Coqueluche 
 Agente Etiológico: a Bordetella pertussis 
é um bacilo gram-negativo, aeróbio, não 
esporulado, imóvel e pequeno, provido de 
cápsula (formas patogênicas) e de 
fímbrias. 
Coqueluche 
 Transmissão: 
 Pelo contato direto de pessoa doente 
com pessoa suscetível, através de 
gotículas de secreção da orofaringe, 
eliminadas por tosse, espirro ou ao falar. 
 Também pode ocorrer transmissão por 
objetos recentemente contaminados com 
secreções do doente. 
Coqueluche 
 Período de Incubação: é de sete dias, 
em média, podendo variar entre 7 e 14 
dias. 
Coqueluche 
 O indivíduo torna-se resistente à doença 
nas seguintes eventualidades: 
 após adquirir a doença e após receber 
imunização básica com Tetravalente/DPT - 
mínimo de três doses de vacina. 
Coqueluche 
 É uma doença infecciosa aguda e 
transmissível que compromete 
especificamente o aparelho respiratório 
(traquéia e brônquios). A coqueluche evolui 
em três fases sucessivas: 
 Fase catarral: Com duração de uma ou 
duas semanas, inicia-se com 
manifestações respiratórias e sintomas 
leves (febre um pouco intensa, mal-estar 
geral, coriza e tosse seca), seguidos pela 
instalação gradual de surtos de tosse, cada 
vez mais intensos e freqüentes. 
Coqueluche 
 Fase Paroxística: Com duração de duas a 
seis semanas, apresenta como 
manifestação típica os paroxismos de tosse 
seca, (durante os quais o paciente não consegue 
inspirar e apresenta protusão da língua, congestão 
facial e, eventualmente, cianose com sensação de 
asfixia), finalizados por inspiração forçada, súbita e 
prolongada, acompanhada de um ruído 
característico, o guincho, seguidos de vômitos. Os 
episódios de tosse paroxística aumentam a 
freqüência e intensidade nas duas primeiras 
semanas e, depois, diminuem paulatinamente. Nos 
intervalos dos paroxismos a criança passa bem. 
Coqueluche 
 Fase de Convalescença: Os 
paroxismos de tosse desaparecem e dão 
lugar a episódios de tosse comum; essa 
fase pode persistir durante mais algumas 
semanas. Infecções respiratórias de outra 
natureza, que se instalam durante a 
convalescença da coqueluche, podem 
provocar reaparecimento transitório dos 
paroxismos. 
Manifestações Clínicas 
Coqueluche - Tratamento 
 O uso de medicamentos 
sintomáticos tem sido utilizado. A 
eritromicina pode ser administrada 
para promover a diminuição do 
período de transmissibilidade da 
doença. 
Hepatite B 
 Agente Etiológico: vírus da Hepatite B 
(VHB), constituído de ácido 
desoxirribonucléico (DNA). 
 
Hepatite B 
 Modo de Transmissão: 
- Através de solução de continuidade (pele e 
mucosa); relações sexuais; exposição percutânea 
(parenteral) a agulhas ou outros instrumentos 
contaminados (exemplos: tatuagens, perfuração da 
orelha, etc.); transfusão de sangue e seus 
derivados, fora da recomendação técnica; uso de 
drogas endovenosas; procedimentos 
odontológicos, cirúrgicos e de hemodiálise, 
quando desrespeitam as normas universais de 
biossegurança; transmissão perinatal (filho de mãe 
portadora de HBsAg positivo); 
Hepatite B 
 Período de Incubação: de 30 a 180 dias 
(média de 60-90 dias). 
 Na população geral, esse vírus acomete 
preferencialmente indivíduos na faixa 
etária de 20 a 40 anos. 
 
Hepatite B – manifestações clínicas 
 A infecção pelo vírus da hepatite B pode 
apresentar formas assintomáticas, 
sintomáticas e formas graves, como as 
hepatites fulminantes. A probabilidade da 
evolução do quadro para o estado de 
portador crônico depende da idade em 
que a infecção ocorre, sendo maior 
quanto menor for a idade. 
Hepatite B – manifestações clínicas 
 As hepatites virais agudas que não evoluem 
para a cura completa podem progredir para 
formas crônicas, se houver persistência do 
vírus por mais de seis meses. 
 De modo geral, os principais sintomas da 
infecção aguda pelo vírus VHB são 
semelhantes aos da hepatite A: náuseas, 
vômitos, mal-estar, febre, fadiga, perda de 
apetite, dores abdominais, urina escura, fezes 
claras, icterícia (cor amarelada na pele e 
conjuntivas). 
Manifestações Clínicas 
Hepatite B - Tratamento 
 Na forma aguda o tratamento é semelhante 
ao da hepatite A. Basicamente, o tratamento 
consiste em manter repouso domiciliar 
relativo até que a sensação de bem-estar 
retorne e os níveis das transaminases voltem 
a valores inferiores a duas vezes o normal. 
Em média, esse período dura quatro 
semanas. Não há nenhuma restrição a 
alimentos no período da doença, apenas é 
desaconselhável a ingestão de bebidas 
alcóolicas. 
 
Hepatite B - Tratamento 
 Aqueles pacientes com hepatite pelos vírus 
B que evoluírem para estado crônico 
deverão ser acompanhados através de 
pesquisa de marcadores sorológicos por um 
período mínimo de 6 a 12 meses. Esses 
casos, pela complexidade do tratamento e a 
não existência de um medicamento ideal que 
ofereça cura para a doença, 
preferencialmente devem ser encaminhados 
para serviços de atendimento médico 
especializados. 
 
Meningite por Haemophilus influenzae 
 Agente Etiológico: Haemophilus 
influenzae sorotipo B. 
 Modo de Transmissão: através de 
gotículas e secreções nasofaríngeas, 
durante o período infectante. O sítio de 
entrada mais freqüente é a nasofaringe. 
 Período de Incubação: desconhecido e 
provavelmente curto, de 2 a 4 dias. 
Meningite por agente etiológico 
Meningite 
Meningite por Haemophilus 
influenzae 
 Geralmente, o Haemophilus influenzae 
penetra pelo trato respiratório e produz 
uma nasofaringite, freqüentemente 
acompanhada de febre. Alcança a corrente 
sangüínea, originando bacteremia. 
 
Meningite por Haemophilus influenzae - 
Tratamento 
 A meningite bacteriana aguda (MBA) é 
uma emergência infecciosa e como tal 
deve ser tratada e não deve ter seu 
tratamento postergado. 
 - Antibioticoterapia. 
Poliomielite 
 A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma 
doença infecto-contagiosa viral aguda, 
caracterizada por um quadro clássico de 
paralisia flácida de início súbito. O déficit 
motor instala-se subitamente e a evolução 
desta manifestação freqüentemente não 
ultrapassa três dias. Acomete em geral os 
membros inferiores, de forma assimétrica, 
tendo como principais características: 
flacidez muscular, com sensibilidade 
conservada e arreflexia no segmento 
atingido. 
Poliomielite 
 Agente Etiológico: os poliovírus 
pertencem ao gênero Enterovírus da 
família Picornaviridae e apresentam três 
sorotipos: I, II e III. 
 
Poliomielite - Transmissão 
 A transmissão ocorre principalmente por 
contato direto pessoa a pessoa. A boca é a 
porta de entrada do poliovírus, fazendo-se a 
transmissão pelas vias fecal-oral ou oral-oral, 
esta última através de gotículas de muco do 
orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar). As 
más condições habitacionais, higiene pessoal 
precária e o elevado número de crianças em 
uma mesma habitação constituem fatores 
que favorecem a transmissão do poliovírus. 
Poliomielite 
 Período de Incubação: o período de 
incubação é geralmente de 7 a 12 dias, 
podendo variar de 2 a 30 dias. 
Poliomielite – manifestações clínicas 
 Poliomielite ou “paralisia infantil” é uma 
doença infectocontagiosa aguda, cujas 
manifestações clínicas devidas à infecção 
pelo poliovírus são muito variáveis, indo 
desde infecções inaparentes (90 a 95%) 
até quadros de paralisia severa (1 a 1,6%), 
levando à morte. 
Poliomielite – manifestações clínicas 
 Apenas as formasparalíticas possuem 
características típicas, que permitem 
sugerir o diagnóstico de poliomielite, 
quais sejam: 
 instalação súbita da deficiência motora, 
acompanhada de febre; 
 assimetria, acometendo sobretudo a 
musculatura dos membros, com mais 
freqüência os inferiores; 
Poliomielite – manifestações clínicas 
 flacidez muscular, com diminuição ou 
abolição de reflexos profundos na área 
paralisada; 
 sensibilidade conservada; e persistência 
de alguma paralisia residual (seqüela) após 
60 dias do início da doença. 
Manifestações Clínicas 
Poliomielite - tratamento 
 Não há tratamento específico. Todos 
os casos devem ser hospitalizados, 
fazendo tratamento de suporte. 
Erradicação da Poliomielite no 
Brasil 
 O último caso de Poliomielite do Brasil 
foi descrito em 1989, após a criação do 
Zé Gotinha, personagem símbolo da 
campanha pela erradicação da Poliomielite 
no Brasil 
 
 
Raiva 
 A Raiva é uma antropozoonose 
transmitida ao homem pela inoculação do 
vírus rábico, contido na saliva do animal 
infectado, principalmente pela mordedura. 
 
 Agente Etiológico: o vírus rábico 
pertence ao gênero Lyssavirus, da família 
Rhabdoviridae. 
Raiva 
Raiva 
 Modo de Transmissão: a transmissão 
da Raiva se dá pela inoculação do vírus 
contido na saliva do animal infectado, 
principalmente pela mordedura e, mais 
raramente, pela arranhadura e lambedura 
de mucosas. 
 
Raiva 
 Período de Incubação: é extremamente 
variável, desde dias até um ano, com uma média 
de 45 dias no homem e de 10 dias a 2 meses no 
cão. Em crianças, existe uma tendência para um 
período de incubação menor que no indivíduo 
adulto. 
 O período de incubação está intrinsicamente 
ligado a: 
- localização e gravidade da mordedura, 
arranhadura ou lambedura de animais infectados; 
- proximidade de troncos nervosos; 
- quantidade de partículas virais inoculadas. 
Raiva- manifestações clínicas 
 Inespecíficos: Mal estar geral, pequeno aumento de 
temperatura corpórea, anorexia, cefaléia, náuseas, dor 
de garganta, entorpecimento, irritabilidade e inquietude, 
sensação de angústia. A infecção progride, surgindo 
manifestações de ansiedade e hiperexcitabilidade 
crescentes, febre, delírios, espasmos musculares 
involuntários generalizados e/ou convulsões. Ocorrem 
espasmos dos músculos da laringe, faringe e língua, 
quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, 
apresentando sialorréia intensa. Os espasmos 
musculares evoluem para um quadro de paralisia, 
levando a alterações cárdio-respiratórias, retenção 
urinária, obstipação intestinal. O paciente se mantém 
consciente, com período de alucinações até a instalação 
de quadro comatoso e evolução para óbito. O período 
de evolução do quadro clínico, após instalados os sinais 
e sintomas até o óbito, varia de 5 a 7 dias. 
Manifestações Clínicas 
Raiva - Tratamento 
 Não existe tratamento específico. 
Recomenda-se como tratamento de 
suporte: dieta por sonda nasogástrica; 
hidratação para manutenção do balanço 
hídrico; na medida do possível, o uso da 
sonda vesical para reduzir a manipulação 
do paciente; controle da febre e do 
vômito; entre outras medidas. 
Rubéola 
 É uma doença exantemática aguda, de 
etiologia viral, que apresenta alto contágio e, 
acometendo principalmente crianças. Sua 
importância epidemiológica está 
representada pela possibilidade de 
ocorrência da Síndrome da Rubéola 
Congênita (SRC), atingindo o feto e recém-
nascidos de mães infectadas durante a 
gestação e acarretando inúmeras 
complicações como: abortos, natimortos, 
surdez, cardiopatias congênitas. 
Rubéola 
 Agente Etiológico: a rubéola é 
transmitida por um vírus, pertencente ao 
gênero Rubivírus, família Togaviridae. 
Rubéola 
 Modo de Transmissão: através de 
contato com as secreções nasofaríngeas 
de pessoas infectadas. A infecção se 
produz por disseminação de gotículas ou 
através de contato direto com os 
pacientes. 
Rubéola 
 Período de Incubação: de 14 a 21 dias, 
durando em média 17 dias, podendo 
variar de 12 a 23 dias. 
 
Rubéola – Manifestações Clínicas 
 A rubéola é uma infecção viral aguda 
exantemática caracterizada por exantema 
máculo-papular e puntiforme difuso, 
iniciando-se na face, couro cabeludo e 
pescoço, espalhando-se posteriormente para 
o tronco e membros. Adolescentes e adultos 
podem apresentar um período prodrômico 
com febre baixa, cefaléia, dores generalizadas 
(artralgias e mialgias), conjuntivite, coriza e 
tosse. A leucopenia é comum e raramente 
ocorrem manifestações hemorrágicas. 
Manifestações Clínicas 
Manifestações Clínicas 
Manifestações Clínicas 
Rubéola - Tratamento 
 O tratamento da rubéola na grande maioria 
dos casos se restringe a amenizar o 
desconforto provocado pelos sintomas, 
enquanto o organismo se defende da doença 
e recupera-se, uma vez que não há 
tratamento antiviral específico. 
 Relativamente aos medicamentos 
administrados, os analgésicos são indicados 
para diminuir as dores articulares ou 
musculares e antitérmicos são 
recomendados para tratar a febre. 
 
Sarampo 
 O sarampo é uma doença infecciosa 
aguda, de natureza viral, grave, 
transmissível e extremamente contagiosa, 
muito comum na infância. 
 
 Agente Etiológico: o vírus do sarampo 
pertence ao gênero Morbillivirus, família 
Paramyxoviridae. 
 
Sarampo 
 É transmitido diretamente de pessoa a 
pessoa, através das secreções 
nasofaríngeas, expelidas ao tossir, espirrar, 
falar ou respirar. Essa forma de 
transmissão é responsável pela elevado 
contágio da doença. 
Sarampo 
 Período de Incubação: geralmente de 
10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a 
data da exposição até o aparecimento da 
febre e cerca de 14 dias até o início do 
exantema. 
Sarampo – Manifestações Clínicas 
 É uma doença infecciosa exantemática 
viral aguda, extremamente contagiosa, 
caracterizada por febre alta, acima de 
38ºC, exantema máculo-papular 
generalizado, tosse, coriza, conjuntivite e 
manchas de Koplik (pequenos pontos 
brancos que aparecem na mucosa bucal, 
antecedendo ao exantema). 
Manifestações Clínicas 
Manchas de Koplik 
Manchas de Koplik 
Sarampo - Tratamento 
 Para os casos não complicados o 
tratamento deve ser sintomático, 
podendo ser utilizados antitérmicos, 
hidratação oral, terapia nutricional com 
incentivo ao aleitamento materno, e 
higiene adequada dos olhos, da pele e vias 
aéreas superiores (mucosa oral e nasal). 
Caxumba 
 A parotidite infecciosa, popularmente 
conhecida como caxumba, é uma 
doença de transmissão respiratória, 
causada pelo vírus da parotidite 
infecciosa. 
 
 Agente etiológico: Vírus da família 
Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus. 
Caxumba 
 Transmissão: Via aérea, através 
disseminação de gotículas, ou por 
contato direto com saliva de pessoas 
infectadas. 
 
 Período de incubação: 12 a 25 dias, 
sendo, em média, 16 a 18 dias. 
 
Caxumba – Manifestações Clínicas 
 A principal e mais comum manifestação 
desta doença é o aumento das glândulas 
salivares, principalmente a parótida, 
acometendo também as glândulas 
sublinguais e submaxilares, acompanhada 
de febre. Aproximadamente, 30% das 
infecções podem não apresentar 
hipertrofia aparente dessas glândulas. 
Cerca de 20 a 30% dos casos homens 
adultos acometidos apresentam orquite. 
Manifestações Clínicas 
Manifestações Clínicas 
Caxumba - Tratamento 
 Tratamento 
Não existe tratamento específico,indicando-
se apenas repouso, analgesia e observação 
cuidadosa, quanto à possibilidade de 
aparecimento de complicações. 
 
Tratamento de apoio para a orquite 
•Aplicação de bolsas de gelo e analgesia, 
quando necessárias. 
•Redução da resposta inflamatória: 
prednisona, 1ml/kg/dia, via oral, com redução 
gradual, semanal. 
 
Rotavírus 
 Os rotavírus pertencem à família 
Reoviridae, gênero rotavírus. 
 Trata-se de uma das mais 
importantes causas de diarréia grave 
em crianças menores de 5 anos no 
mundo, particularmente nos países 
em desenvolvimento. 
 
 
Rotavírus 
Rotavírus 
 Período de incubação: Em média dois 
dias. 
 
 
Rotavírus 
 Transmissão: via fecal-oral, por contato 
pessoa a pessoa, através de água e 
alimentos contaminados, por objetos 
contaminados e provavelmente por 
propagação aérea, via aerossóis. 
 
Rotavírus 
 A forma clássica da doença, principalmente na 
faixa de seis meses a dois anos, é caracterizada 
por uma forma abrupta de vômito, diarréia 
(caráter aquoso, aspecto gorduroso e 
explosivo) e febre alta. Podem ocorrer formas 
leves e subclínicas nos adultos e formas 
assintomáticas na fase neonatal e durante os 
quatro primeiros meses de vida. Eventualmente, 
o quadro clínico envolve outros sintomas como 
náuseas, inapetência e dor abdominal, 
comprometimento respiratório caracterizado 
por otite média e broncopneumonia. 
 
. 
 
Manifestações Clínicas 
Rotavírus - Tratamento 
 Tratamento: O tratamento da doença diarréica 
aguda consiste em quatro medidas: 
 Correção da desidratação e do desequilíbrio 
eletrolítico 
 Combate à desnutrição 
 Uso adequado de medicamentos 
 Prevenção das complicações 
 A avaliação do estado de hidratação do paciente com 
diarréia aguda independente da idade deverá seguir o 
cartaz “Manejo do Paciente com Diarréia”, do 
Ministério da Saúde, que orienta a escolha do 
tratamento de acordo com o grau de desidratação. 
 
 
Febre Amarela 
 O vírus da febre amarela, pertencente ao 
gênero Flavivirus, da família Flaviviridae. 
 
 É uma doença infecciosa febril aguda, de 
curta duração (no máximo 12 dias), e de 
gravidade variável. 
 
 
Febre Amarela - Transmissão 
Febre Amarela 
 Transmissão: Pela picada dos mosquitos 
(fêmeas) transmissores infectadas. A 
transmissão da febre amarela em área 
silvestre é feita por intermédio de 
mosquitos do gênero (principalmente) 
Haemagogus. Uma vez infectada, a pessoa 
pode, ao retornar, servir como fonte de 
infecção para o Aëdes aegypti, que então 
pode iniciar a transmissão da febre 
amarela em área urbana. 
Febre Amarela 
 No Brasil, a febre amarela é geralmente 
adquirida quando uma pessoa não vacinada 
entra em áreas de transmissão silvestre 
(regiões de cerrado, florestas). Uma pessoa 
não transmite febre amarela diretamente 
para outra. Para que isto ocorra, é 
necessário que o mosquito pique uma 
pessoa infectada e, após o vírus ter se 
multiplicado, pique um indivíduo que ainda 
não teve a doença e não tenha sido 
vacinado. 
Febre Amarela – Manifestações 
Clínicas 
 Dependendo da gravidade, a pessoa pode 
sentir febre, dor de cabeça, calafrios, 
náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia 
(a pele e os olhos ficam amarelos) e 
hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, 
intestino e urina). 
Febre Amarela - Tratamento 
 Não existe medicamento para combater 
o vírus da Febre Amarela. 
 O tratamento é apenas sintomático e 
requer cuidados na assistência ao 
paciente que, sob hospitalização, deve 
permanecer em repouso com reposição 
de líquidos e das perdas sangüíneas, 
quando indicado. 
Glossário: 
 
 Pródromo: Sinal anunciador, primeiros 
indícios de alguma coisa. 
 Antropozoonose: Doença de humanos 
que podem ser transmitidas a animais e 
vice-versa. 
 Paroxístico: (Medicina) Relativo a 
paroxismo, isto é, em crises, ou acessos. A 
maior intensidade de um acesso (de dor, 
tosse ou espirros, por exemplo). 
 Bacilo: bactérias em forma de bastonetes.

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