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Apresentação da Etimologia dos Postos e Graduações

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“Disciplina sem liberdade é Tirania; liberdade sem disciplina é o caos!”
SGT PM JÚLIO
ETIMOLOGIA DOS POSTOS E GRADUAÇÕES
ETIMOLOGIA
Estudo da origem das palavras;
 Origem particular de uma palavra.
	A nomenclatura das graduações e postos de nossa Polícia foi herdada do exército brasileiro e é de caráter universal e apresenta pequenas variações. Segundo as raras fontes disponíveis, ela teve a seguinte etimologia, desde a época do império até a república atual:
	
ALFERES: Deriva de aquila feres – porta águia das legiões romanas.
 	Em Portugal era a primeira dignidade após o Rei. Em 1729, o Alferes-Mor era o portador da bandeira real. O Alferes levava a bandeira na infantaria ou o estandarte na cavalaria. No Brasil, era o Oficial menos graduado, na classe dos subalternos, posto imediatamente inferior ao de Tenente. 
	
		
 No século XVI, o posto de Aferes passou a designar o oficial de patente abaixo de Capitão, e as bandeiras e estandartes, ficaram a cargo do porta-bandeira na infantaria e do porta-estandarte na cavalaria. Em 1838, foram extintas as funções de porta-bandeira e porta-estandarte, ordenando-se que a função fosse exercida pelo Aferes mais moderno. 	
		
		
	
		
 No Brasil, o mais famoso de nossos Alferes foi, sem dúvida, Joaquim José da Silva Xavier. Em 1905 a denominação de Alferes foi substituída pela de “Aspirante-a-Oficial”.
	
	
 TENENTE: Deriva do latim “Tenens”.
 	O substituto de outrem, é no caso em tela, do Capitão. Existe entre nós desde o descobrimento. Na república, foi desdobrado em 2º e 1º Tenente. Tornou-se célebre entre nós o Tenente Antônio João, patrono do quadro auxiliar de oficiais do exército.
	
	
 CAPITÃO: Deriva do latim, passando ao baixo latim de caput a capitanos: o chefe ou o que comando. Sempre existiu entre nós. Nesse posto se imortalizaram Pedro Teixeira, o conquistador da Amazônia; Frei Orlando, patrono do serviço religioso do exército; Ricardo Kirk o pioneiro e mártir brasileiro da aviação militar em operações de combate e Tertuliano Potiguara, herói do pontestado.
	
	
 MAJOR: Deriva de maior. Na colônia correspondeu ao posto de Sargento-Maior, ou de auxiliar mais graduado do Coronel e seu substituto. Celebrizaram-se como Sargentos-Maiores Antônio Dias Cardos, atual Patrono das forças espaciais do exército e Rafael Pinto Bandeira, conquistador da fortaleza de Santa Tecla, em Bagé, ambos mestres em guerrilhas contra o invasor, respectivamente no Nordeste e no Rio Grande do Sul. Na Alemanha o Sargento-Maior correspondia a graduação de Sargento. 	
		
 Consta que D. Pedro I, ao organizar batalhões com mercenários europeus, colocou como Sargento-Maior ou Subcomandante do batalhão, um mercenário alto, forte e imponente que havia sido Sargento-Maior (Sargento) na Alemanha e vinha de ser açougueiro.
	
	
 TENETE-CORONEL: Tem o sentido de substituto do Coronel. Posto surgido no império. Imortalizaram-se neste posto: José de Abreu, o anjo da vitória, nas guerras contra Artigas 1816 e 1821; Francisco Pedro de Abreu grande guerrilheiro gaúcho que auxiliou Caxias na revolução Farroupilha; Vilagran Cabrita, patrono da arma de engenharia, e Moniz de Aragão, da arma de Veterinária.
	
	
 CORONEL: Deriva do Italiano, com o sentido de Coronello (o comandante ou chefe da Coluna). No Brasil-Colônia, sob influência Espanhola, correspondia ao Mestre-de-Campo de tradição romana, designado por “Magister Militum”, o comandante de tropa a pé ou o “Magister Equitum” o comandante de tropa a cavalo. 
	
 O mestre de campo tinha o sentido “Mestre dos campos ou dos acampamentos”. Tornaram-se célebres neste posto, os restauradores de Pernambuco nas guerras Holandesas, Antônio Fernandes Vieira, André Villas Boas, Felipe camarão, entre outros. 
	
	
 Como Coronel, tornou-se célebre, alem de herói popular brasileiro, o intrépido Coronel Tibúrcio, da guerra do Paraguai, bem como Emílio Luiz Mallet, patrono da Artilharia.
	
	
 CADETE: Deriva do latim Capitettus, diminutivo de caput. Literalmente seria um pequeno chefe ou cabeça. Existia entre nós, com foro de nobreza ou privilégio de nascimento em 1897. 
	
	
	
 Foi restabelecido em 1931 para designar graduação privativa dos alunos da Escola Militar e, desde 1945, da Academia Militar das Agulhas Negras, e com o sentido de companheiro ou de irmão mais moço dos Oficiais, com arma privativa ou espadim.
	
	
 SOLDADO: Deriva de sal, moeda corrente nas legiões Romanas e origem da palavra saldado, salário, soldo, soldado ou a pessoa que é paga com sal. Consta que os legionários romanos recebiam salário em sal.
	
	
 CABO: Tem origem no latim caput, com o sentido de cabeça, chefe. Existe entre nós, desde de 1500, com o título de Cabo-de-esquadra, até reduzir-se a Cabo, na república. Os grandes Generais que se destacaram na história militar tem sido chamados de Cabos-de-guerra os grandes Capitães da história universal. 
	
 Assim, Napoleão era chamado carinhosamente por seus Soldados, “Petit Caporaln” ou pequeno Cabo.
	
SARGENTO
	Deriva do latim “serviente”, com o sentido de auxiliar, tendo-o originado os serventes de campo, de armas, de escudeiros e cavaleiros.
	
	
	
 Esta graduação existe entre nós, desde 1500, com a eliminação do Furriel nas graduações de 3º, 2º e 1º Sargentos. Ficou célebre nesta graduação o Sargento Wolff, herói da FEB (Força Expedicionária Brasileira).
	
	
 SUBTENENTE: É a Mais alta graduação do respectivo círculo. Ela tem o sentido de substituto do Tenente. Ela é relativamente nova entre nós e surgiu na República.
	(Texto baseado em artigo de autoria do Cel Cláudio Moreira Bento – Historiador militar brasileiro e membro dos Institutos Histórico e Geográfico Brasileiro, de Geografia e História Militar do Brasil e da Academia Portuguesa da História e com colaboração de Gustavo Barroso Caetano de Albuquerque e Antônio Gonçalves Meira)

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