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BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Aula: 10 Função Exponencial Objetivos Ao término desta aula, o aluno deverá Trabalhar com potenciação. Estudar as propriedades de potenciação. Identificar uma função exponencial. Identificar, construir e analisar o gráfico de função exponencial. Resolver equações e inequações exponenciais. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 7 - FUNÇÃO EXPONENCIAL 7.1. Potenciação; propriedades 7.2. Equações exponenciais 7.3. Função exponencial - definição e representação gráfica 7.4. Aplicações 1. MOTIVAÇÃO/INTRODUÇÃO As funções exponenciais são utilizadas na representação de situações nas quais a taxa de variação é considerada grande. Em rendimentos financeiros, por exemplo, capitalizados por juros compostos, no decaimento radioativo de substâncias químicas, no desenvolvimento de bactérias e/ou micro-organismos, ou ainda no crescimento populacional, dentre outros. As regras de Potenciação nos auxiliarão na resolução dos problemas que envolvem funções exponenciais. 2. FUNÇÃO EXPONENCIAL: É qualquer função f: IR IR da forma f(x) = ax, com a > 0 e a ≠ 1. 3. GRÁFICOS DA FUNÇÃO EXPONENCIAL: Construindo os gráficos das funções exponenciais nas quais a base é 2 e ½: 1) Se a > 1, a função é crescente e se 0 < a < 1, a função será decrescente. BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL 2) Os gráficos não intersectam o eixo X, pois as funções não se anulam, seja qual for o valor de x. 3) Os valores da função exponencial são todos positivos, qualquer que seja x. 4) Uma desigualdade de membros positivos não se altera quando se elevam ambos os membros ao mesmo expoente positivo, e muda de sentido quando o expoente é negativo: xx xx baba:0xPara baba:0xPara . 5) A função exponencial de IR para IR*+. Isto é: 1a0para,xxaa 21 xx 21 4. EQUAÇÃO E INEQUAÇÃO EXPONENCIAL Para resolvermos uma equação exponencial, usualmente, utilizamos propriedades de potências de mesma base. Para resolver uma inequação exponencial a ideia é encontrar potências de mesma base para que os expoentes possam ser operados como inequações. Sugestões de vídeos: KHAN ACADEMY: Traçado De gráfico. http://www.youtube.com/watch?v=vhUsiGpChRk KHAN ACADEMY: Crescimento e decrescimento http://www.youtube.com/watch?v=yc0DCb9agRs Propriedades de Potência. http://www.youtube.com/watch?v=9Ljfi58857E http://www.youtube.com/watch?v=NLpWUd9BGNM http://www.youtube.com/watch?v=tDiekj1Esao http://www.youtube.com/watch?v=t4Fyb0cK0Mo Avaliação Equações Exponenciais (a) 2𝑥 = 64 → 2𝑥 = 26 → 𝑥 = 6 (b) 2𝑥 = 1 16 → 2𝑥 = 2−4 → 𝑥 = −4 (c) 9𝑥 = 27 → (32)𝑥 = 33 → 32𝑥 = 33 → 2𝑥 = 3 → 𝑥 = 3 2 (d) ( 1 5 ) 𝑥 = 125 → 5−𝑥 = 53 → 𝑥 = −3 (e) (√3) 𝑥 = √81 3 → (3 1 2) 𝑥 = √34 3 → 3 𝑥 2 = 3 4 3 → 𝑥 2 = 4 3 → 𝑥 = 8 3 (f) 23𝑥−1 = 32 → 23𝑥−1 = 25 → 3𝑥 − 1 = 5 → 3𝑥 = 6 → 𝑥 = 2 (g) 112𝑥+5 = 1 → 112𝑥+5 = 110 → 2𝑥 + 5 = 0 → 𝑥 = − 5 2 (h) 3𝑥 2+2𝑥 = 243 → 3𝑥 2+2𝑥 = 35 → 𝑥2 + 2𝑥 − 5 = 0 → 𝑥 = −2 ± 2√6 (i) 811−3𝑥 = 27 → (34)1−3𝑥 = 33 → 34−12𝑥 = 33 → 4 − 12𝑥 = 3 → 𝑥 = 1 12 BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL (j) 53𝑥−1 = ( 1 125 ) 2𝑥+3 → 53𝑥−1 = (5−3)2𝑥+3 → 53𝑥−1 = 5−6𝑥−9 → 3𝑥 − 1 = −6𝑥 − 9 → 𝑥 = − 8 9 APLICAÇÕES Diversas são as suas aplicações: Rendimentos financeiros capitalizados por juros compostos, decaimento radioativo de substâncias químicas, desenvolvimento de bactérias e/ou micro-organismos, crescimento populacional, dentre outros. Exemplos de aplicações: 1. (Unit-SE) Uma determinada máquina industrial se deprecia de tal forma que seu valor, t anos após a sua compra, é dado por v(t) = v0 * 2 –0,2t, em que v0 é uma constante real. Se, após 10 anos, a máquina estiver valendo R$ 12 000,00, determine o valor que ela foi comprada. Temos que v(10) = 12 000, então: v(10) = v0 * 2 –0,2*10 12 000 = v0 * 2 –2 12 000 = v0 * 1/4 12 000 : 1/ 4 = v0 v0 = 12 000 * 4 v0 = 48 000 A máquina foi comprada pelo valor de R$ 48 000,00. 2. Após o início de um experimento o número de bactérias de uma cultura é dado pela expressão: N(t) = 1200*20,4t Quanto tempo após o início do experimento a cultura terá 19200 bactérias? N(t) = 1200*20,4t N(t) = 19200 1200*20,4t = 19200 20,4t = 19200/1200 20,4t = 16 20,4t = 24 0,4t = 4 t = 4/0,4 t = 10 h A cultura terá 19200 bactérias após 10 h. 3. (EU-PI) Suponha que, em 2003, o PIB (Produto Interno Bruto) de um país seja de 500 bilhões de dólares. Se o PIB crescer 3% ao ano, de forma cumulativa, qual será o PIB do país em 2023, dado em bilhões de dólares? Use 1,0320 = 1,80. Resolução. BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Temos a seguinte função exponencial P(x) = P0 * (1 + i) t P(x) = 500 * (1 + 0,03)20 P(x) = 500 * 1,0320 P(x) = 500 * 1,80 P(x) = 900 O PIB do país no ano de 2023 será igual a R$ 900 bilhões. 4. Sob certas condições, o número de bactérias B de uma cultura , em função do temo t, medido em horas, é dado por B(t) = 2t/12. Qual será o número de bactérias 6 dias após a hora zero? Resolução. 6 dias = 6 * 24 = 144 horas B(t) = 2t/12 B(144) = 2144/12 B(144) = 212 B(144) = 4096 bactérias A cultura terá 4096 bactérias. 5. Uma população de bactérias aumenta 50% em cada dia. Se no início da contagem havia 1 milhão de bactérias, quantas haverá ao fim de x dias? Resolução. - ao fim de 1 dia: 1.(1 + 0,5) = 1.(1,5) = 1,5 milhões; - ao fim de 2 dias: 1,5.(1 + 0,5) = 1,5.(1,5) = (1,5)2 milhões; - ao fim de 3 dias: (1,5)2.(1 + 0,5) = (1,5)2.(1,5) = (1,5)3 milhões; ... - ao fim de x dias: (1,5)x milhões. 6. No dia 1 de Janeiro de 2010, o Sr. José investiu 10.000 euros num depósito a prazo, remunerado com a taxa de 3% ao ano. Admitindo que os juros fossem sendo capitalizados, determine o montante que o Sr. José tinha no dia 1 de Janeiro de 2014. Resolução. Num processo de juros compostos, com capital inicial C e uma taxa de juros i, o valor do capital acumulado M ao fim de x anos é dado por M = C.(1 + i)x. Como em 1 de Janeiro de 2014, decorreram 4 anos, o montante pedido é: A = 10.000(1 + 0,03)4 = 10.000(1, 03)4 = 11255,08 euros. 7. Certa substância radioativa desintegra-se de modo que, decorrido o tempo t, em anos, a quantidade ainda não desintegrada da substância é S = S0.2-0,25t, em que S0 representa a quantidade de substância que havia no início. Qual é o valor de t para que a metade da quantidade inicial se desintegre? Resolução. BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL A quantidade inicial ao fim de t anos será 2 S0 . 4 25,0 1 t1t25,022 2 1 2 2 S 2.S 2.SS 2 S S 1t25,0t25,00t25,0 0 t25,0 0 0 A situação ocorrerá ao fim de 4 anos. 8. A quantia de R$ 1200,00 foi aplicada durante 6 anos em uma instituição bancária a uma taxa de 1,5% ao mês, no sistemade juros compostos. a) Qual será o saldo no final de 12 meses? b) Qual será o montante final? Resolução. M = C(1+i)t (Fórmula dos juros compostos) onde: C = capital M = montante final i = taxa unitária t = tempo de aplicação a) Após 12 meses. Resolução M = ? C = 1200 i = 1,5% = 0,015 (taxa unitária) t = 12 meses M = 1200(1+0,015)12 M = 1200(1,015) 12 M = 1200*(1,195618) M = 1.434,74 Após 12 meses ele terá um saldo de R$ 1.434,74. b) Montante final Resolução M = ? C = 1200 i = 1,5% = 0,015 (taxa unitária) t = 6 anos = 72 meses M = 1200(1+ 0,015)72 M = 1200(1,015) 72 M = 1200(2,921158) M = 3.505,39 Após 6 anos ele terá um saldo de R$ 3.505,39 BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Aula: 11 Função Exponencial e Logarítmos Objetivos Trabalhar com logaritmo. Estudar as propriedades de logaritmos. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 8 - FUNÇÃO LOGARÍTMICA 8.1. Logaritmo de um número - definição 8.2. Propriedades 8.3. Equações logarítmicas 8.4. Função logarítmica - definição e representação gráfica 1. LOGARITMO Sejam 𝑎 e 𝑏 números reais positivos e 𝑏 ≠ 1. Chamamos logaritmo de 𝒂 na base 𝒃 ao expoente 𝑥 tal que 𝑏𝑥 = 𝑎. Notação: 𝑏𝑥 = 𝑎 ↔ log𝑏 𝑎 = 𝑥, 𝑎 é dito logaritmando. Exemplo log2 32 = 𝑥 2𝑥 = 32. 𝑥 = 5. log2 32 = 5 2. PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS Sejam 𝑎 e 𝑏 números reais positivos com 𝑎 ≠ 1. P1) log𝑎 𝑎 = 1 P2) log𝑎 1 = 0 P3) log𝑎 𝑎 𝑚 = 𝑚 P4) 𝑎𝑙𝑜𝑔𝑎 𝑏 = 𝑏 P5) Logaritmo do produto: log𝑎 𝑏𝑐 = log𝑎 𝑏 + log𝑎 𝑐 . P6) Logaritmo do quociente: log𝑎 𝑏 𝑐 = log𝑎 𝑏 − log𝑎 𝑐. P7) Logaritmo da potência: log𝑎 𝑏 𝑚 = 𝑚. log𝑎 𝑏 P8) Mudança de base: log𝑎 𝑏 = log𝑐 𝑏 log𝑐 𝑎 , 3. GRÁFICO DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA 1) Os gráficos das funções logarítmicas sempre cortam o eixo X no ponto (1,0). 2) Quando a base é maior que 1, os números maiores que 1 tem logaritmos positivos e os números entre 0 e 1 tem logaritmos negativos. BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL 0xlog1logxlog1x0 0xlog1logxlog1x aaa aaa 3) Quando a base é menor que 1, os números maiores que 1 tem logaritmos negativos e os números entre 0 e 1 tem logaritmos positivos. 0xlog1logxlog1x0 0xlog1logxlog1x aaa aaa Avaliação 1. Uma pessoa necessitava saber o valor do logaritmo decimal de 450, mas não tinha calculadora. Em uma busca na internet, encontrou a tabela a seguir e, através dela, pôde calcular corretamente o que precisava. Determine o valor encontrado. Resolução. 66,2450log 130,0148,0.2450log 10log2log10log3log.2450log 10log 2 10 log3log.2450log 10log5log3log10.5.3log450log 22 2. (PUC - SP) Se log8 x = m e x > 0 então log4 x é igual a: Resolução. . 2 3 3 2 log 3 2 3222)2(2844log) 4log4log log log 4 3232 8 88 8 4 mm x yyyi mx x yyy 3. (UEPG - PR) Sendo log5 = a e log 7 = b, expresse log50175 em função de a e b. Resolução. 1 2 10log5log 7log5log2 10.5log 7.5log 50log 175log 175log 2 50 a ba BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Aula: 12 Funções Logarítmicas Objetivos Ao término desta aula, o aluno deverá Resolver problemas que envolvam função Logarítmica. Estrutura de Conteúdo UNIDADE 8 - FUNÇÃO LOGARÍTMICA Exemplos de aplicações: 1. (UERJ) Admita que, em um determinado lago, a cada 40 cm de profundidade, a intensidade de luz é reduzida em 20%, de acordo com a equação 40 h 0 8,0.II na qual I é a intensidade da luz em uma profundidade h, em centímetros, e Io é a intensidade na superfície. Um nadador verificou, ao mergulhar nesse lago, que a intensidade da luz, em um ponto P, é de 32% daquela observada na superfície. A profundidade do ponto P, em metros, considerando log2 = 0,3, equivale a: (A) 0,64 (B) 1,8 (C) 2,0 (D) 3,2 10 8 log 100 32 log 40 8,0log 32,0log 40 32,0log 40 32,08,0 8,0..32,0 .32,0 8,0.: 8,0 40 40 00 0 40 0 h h h II II IIPPonto h h h mcmh h h h h h h h 0,2200 )5)(40( 5 40 1,0 5,0 40 19,0 25,1 40 1)3,0(3 23,05 40 10log2log 10log2log 40 10log8log 100log32log 40 3 25 2. (UERJ) Considere-se que uma população inicial cresce 3% ao ano, observados os dados log3 = 0,477 e log103 = 2,013 o número aproximado de anos que ela triplicará é: A) 37 B) 47 C) 57 D) 67 Se a população P cresce 3% ao ano, então em t anos ela será de PFinal =P.(1 + 0,03) t. BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL 3769,36 13 477 013,0 477,0 2013,2 477,0 100log103log 477,0 100 103 log 3log 3log )03,1(3 )03,1(3 )03,01( 3 03,1 t t PP PP PP t t t Final Final Avaliação 1. O pH de uma solução é o logaritmo decimal do inverso da concentração de H3O +. Qual o pH de uma solução cuja concentração de H3O + é 4,5.10-5 mol /l ? Resolução. 357,4653,0)1(55,4log10log55,4log10log 5,4 10 log 10.5,4 1 log 5 5 5 pH 2. Calcule a meia-vida de uma substância radioativa que se desintegra a uma taxa de 4% ao ano. Meia-vida é o tempo que deve decorrer para que, em certo momento, metade dos átomos de uma substância radioativa se desintegre. A expressão para a situação descrita pode ser representada por: Q(t) = Q0.e - rt. Resolução. .3,17 04,0 6931,0 6931,004,0 2 1 ln04,0 2 1 . 2 04,0 04,0 0 0 anost t t e eQ Q t t 3. Uma pessoa coloca R$ 1000,00 num fundo de aplicação que rende, em média, 1,5% a.m. Em quantos meses essa pessoa terá no mínimo R$ 1300,00? (Use a calculadora) Resolução. BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL mesest t M C t t t 6,17 015,1log 3,1log 10 13 log 10 13 )015,1( )015,01(10001300 %)5,11(1000 1000 015,1 4. A intensidade I de um terremoto, medida na escala Richter, é um número que possui variação entre I = 0 até I = 8,9 para maior terremoto conhecido. I é dado pela fórmula: 0 10log 3 2 E E I na qual E é a energia liberada no terremoto em quilowatt-hora e E0 = 7.10-3 kwh. (a) Qual a energia liberada num terremoto de intensidade 8 na escala Richter? Resolução. (b) Aumentando de uma unidade a intensidade do terremoto, por quanto fica multiplicada a energia liberada?Resolução. 5. São necessários 5 anos para que o cobalto-60 perca a metade de sua radioatividade. Qual é a porcentagem de sua atividade original que permanecerá no fim de 20 anos? Resolução. A função será: 5 0 2 1 )( t NtN . Repare que N(5) = N0/2. Ao longo de 20 anos, temos: BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL 0 0 0 4 0 5 20 0 %25,6)20( 0625,0)20( 162 1 2 1 )20( NN NN N NNN Semana Aula: 13 Trigonometria e funções trigonométricas Objetivos Ao término desta aula, o aluno deverá Identificar as razões trigonométricas no triângulo retângulo; Relacionar as razões trigonométricas com o círculo trigonométrico; Estudar as relações e fórmulas trigonométricas; Reconhecer e utilizar as fórmulas de adição e subtração de arcos, as fórmulas de arcos duplos, as de arcos triplos, as de arco-metade e as de transformação em produto; Estudar as funções trigonométricas básicas. Estrutura de Conteúdo Tópicos referentes ao conteúdo específico: Noções Básicas de Trigonometria. Razões Trigonométricas Arcos e ângulos Circulo Trigonométrico Identidades Trigonométricas Noções das funções trigonométricas básicas: seno, cosseno e tangente RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS Consideremos um triângulo retângulo no qual um dos ângulos é o ângulo agudo α. Definimos os seguintes números, chamados de razões trigonométricas de α: hipotenusa opostocateto seno BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL hipotenusa adjacentecateto seno cos seno seno adjacentecateto opostocateto gente cos tan adjacentecateto hipotenusa seno ante cos 1 sec opostocateto adjacentecateto gente angente tan 1 cot opostocateto hipotenusa seno ante 1 seccos Exemplo: Consideremos um triângulo retângulo no qual um dos ângulo é o ângulo agudo . Determine as principais razões trigonométricas referentes a . RELAÇÕES ENTRE SENO, COSSENO E TANGENTE DOS ÂNGULOS AGUDOS DE UM TRIÂNGULO RETÂNGULO. Ângulos Complementares. Os ângulos �̂� e �̂� são complementares: �̂� + �̂� = 900 𝑠𝑒𝑛�̂� = 𝑎 𝑏 e 𝑐𝑜𝑠�̂� = 𝑎 𝑏 . Assim, 𝑠𝑒𝑛�̂� = 𝑐𝑜𝑠�̂� Relação Fundamental entre seno e cosseno. (𝑠𝑒𝑛�̂�) 2 + (𝑐𝑜𝑠�̂�) 2 = 𝑠𝑒𝑛2�̂� + 𝑐𝑜𝑠2�̂� = ( 𝑎 𝑏 ) 2 + ( 𝑐 𝑏 ) 2 = 𝑎2 𝑏2 + 𝑐2 𝑏2 = 𝑎2+𝑐2 𝑏2 = (*) ( 10 6 8 A B C a b c α ( 8 6 10 8 cos 10 6 tg sen 6 10 seccos 8 10 sec 6 8 cot g BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Aplicando Pitágoras no triângulo dado temos: 𝑎2 + 𝑐2 = 𝑏2 (*) = 𝑏2 𝑏2 =1 Ficamos com: (𝑠𝑒𝑛�̂�) 2 + (𝑐𝑜𝑠�̂�) 2 = 𝑠𝑒𝑛2�̂� + 𝑐𝑜𝑠2�̂� = 1 Valor da Tangente 𝑡𝑔�̂� = 𝑎 𝑐 , mas 𝑠𝑒𝑛�̂� 𝑐𝑜𝑠�̂� = 𝑎 𝑏 𝑐 𝑏 = 𝑎 𝑐 . Assim, 𝑡𝑔�̂� = 𝑠𝑒𝑛�̂� 𝑐𝑜𝑠�̂� CÁLCULO DAS RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS ÂNGULO DE 450 Considere um quadrado de lado a. 𝑎2 + 𝑎2 = 𝑑2 ⟹ 𝑑2 = 2𝑎2 ⇒ 𝑑 = 𝑎√2 𝑠𝑒𝑛450 = 𝑎 𝑎√2 = 1 √2 = √2 2 𝑐𝑜𝑠450 = 𝑎 𝑎√2 = 1 √2 = √2 2 𝑡𝑔450 = 𝑎 𝑎 = 1 ÂNGULO DE 600 Considere um triângulo equilátero de lado a. ℎ2 + ( 𝑎 2 ) 2 = 𝑎2 ℎ2 = 𝑎2 − ( 𝑎 2 ) 2 ℎ2 = 𝑎2 − 𝑎2 4 ℎ2 = 3𝑎2 4 ℎ = √ 3𝑎2 4 ℎ = 𝑎√3 2 𝑠𝑒𝑛600 = 𝑎√3 2 𝑎 = 𝑎√3 2𝑎 = √3 2 𝑐𝑜𝑠600 = 𝑎 2 𝑎 = 1 2 𝑡𝑔450 = √3 2 1 2 = √3 ÂNGULO DE 300 Como o ângulo de 300 é complementar ao de 600, podemos dizer que 𝑠𝑒𝑛300 = 𝑐𝑜𝑠600 𝑠𝑒𝑛300 = 1 2 𝑐𝑜𝑠300 = 𝑠𝑒𝑛600 𝑐𝑜𝑠300 = √3 2 𝑡𝑔300 = 𝑠𝑒𝑛300 𝑐𝑜𝑠300 = 1 2 √3 2 = 1 √3 = √3 3 BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Exercício: Duas ambulâncias, que distam entre si 8 km, recebem uma chamada de urgência de uma casa. Observe a figura e determine a distância que separa cada ambulância da casa. A CIRCUNFERÊNCIA Ângulo Central: tem o vértice no centro da circunferência e seus lados são semi-retas secantes a circunferência. Medida do ângulo central = medida do arco determinado por ele sobre a circunferência. Sistemas de Unidades: Sexagesimal ( graus ) e circular ( radianos ). SISTEMA SEXAGESIMAL: Dividindo a circunferência em 360 partes de mesmo tamanho determinamos 360 arcos de 10 cada. 10 = 1 360 da circunferência Relações 10 = 60´ 1´ = 60´´ 10 = 3600´´ SISTEMA CIRCULAR: Está relacionado com a medida do comprimento da circunferência. Comprimento de uma circunferência: 𝐶 = 2𝜋𝑟 Radiano: arco cujo comprimento é igual a medida do raio da circunferência que o contém. (rad) Comprimento da circunferência 𝐶 = 2𝜋𝑟 temos que uma volta completa equivale a 2𝜋rad. 3600 = 2𝜋rad ou 1800 = 𝜋rad 4 82 1 300 b b sen 34 2 38 82 3 30cos 0 c c BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Exemplo: Exprimir 300 em radianos. 1800 rad 300 x 𝑥 = 30𝜋 180 = 𝜋 6 𝑟𝑎𝑑 Exemplo: Exprimir 3𝜋 4 radianos em graus. 3𝜋 4 𝑟𝑎𝑑 = 3 ∙ 180 4 𝑔𝑟𝑎𝑢𝑠 = 1350 O CICLO TRIGONOMÉTRICO Ciclo trigonométrico é uma circunferência orientada no sentido anti-horário de raio unitário cujo centro coincide com a origem de um sistema cartesiano ortogonal. Quadrantes = as quatro regiões que o plano fica dividido. Ponto A(1,0) = Origem dos arcos RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS NA CIRCUNFERÊNCIA Em uma circunferência trigonométrica no plano cartesiano, de centro na origem e raio unitário, considere um ponto M=(x',y') no primeiro quadrante desta circunferência. Este ponto M=(x',y') determina um arco AM, correspondente ao ângulo central a. Considere as projeções ortogonais do ponto M: ponto C=(x',0): projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo OX ponto B=(0,y'): projeção ortogonal do ponto M sobre o eixo OY SENO do ângulo a: 𝑂𝐵̅̅ ̅̅ = ordenada y' do ponto M Notação: sen(AM) ou sen(a). COSSENO do ângulo a: 𝑂𝐶̅̅ ̅̅ = abscissa x' do ponto M Notação: cos(AM) ou cos(a) BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL TANGENTE Considere a reta t, tangente ao ciclo trigonométrico na origem A=(1,0), perpendicular ao eixo OX. A interseção da reta que passa pelo ponto M da circunferência e pelo centro da circunferência com a reta tangente t é o ponto T=(1,t'). TANGENTE do ângulo a: ordenada do ponto T, Notação: tg (AM) ou tg(a). RELAÇÃO ENTRE TANGENTE, SENO E COSSENO 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos 𝑥 PONTOS SOBRE OS EIXOS: SENO, COSSENO E TANGENTE ÂNGULO GRAUS ÂNGULO RADIANO PONTO COSSENO SENO TANGENTE 00 0 (1,0) 1 0 0 900𝝅 𝟐 (0,1) 0 1 ∄ 1800 𝝅 (-1,0) -1 0 -1 2700 𝟑𝝅 𝟐 (0,-1) 0 -1 ∄ Para os ângulos 𝜋 2 rad e 3𝜋 2 rad a tangente não está definida, uma vez que a reta OM não intercepta a reta t, pois elas são paralelas. RELAÇÃO FUNDAMENTAL DA TRIGONOMETRIA Considere M=(cos(a),sen(a)). A distância de M até a origem (0,0) é igual a 1. Dessa forma, 𝑑(𝑀, 𝑂) = √(𝑐𝑜𝑠𝑎 − 0)2 + (𝑠𝑒𝑛𝑎 − 0)2=1 𝑐𝑜𝑠2𝑎 + 𝑠𝑒𝑛2𝑎 = 1 BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL COTANGENTE Considere a reta s tangente à circunferência no ponto B=(0,1), perpendicular ao eixo OY. A interseção da reta que passa pelo ponto M e pelo centro da circunferência e a reta s é o ponto S=(s',1). COTANGENTE do ângulo a: abscissa s' . Notação: cot(AM)=cor(a) RELAÇÃO ENTRE COTANGENTE E TANGENTE: cot(𝑎) = cos (𝑎) 𝑠𝑒𝑛(𝑎) = 1 𝑡𝑔(𝑎) SECANTE E COSSECANTE Considere a reta r tangente à circunferência SECANTE do ângulo a: abscissa do ponto V. Notação: sec(a)=sec(AM) Interseção da reta r com o eixo OY: o ponto U=(0,u). COSSECANTE do ângulo a: ordenada do ponto U. Notação: csc(AM)=csc(a) RELAÇÃO ENTRE SECANTE E COSSENO sec(𝑎) = 1 cos (𝑎) , cos (𝑎) ≠ 0 RELAÇÃO ENTRE COSSECANTE E SENO csc(𝑎) = 1 sen (𝑎) , sen (𝑎) ≠ 0 Os segmentos representativos: BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL RELAÇÕES ENTRE FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 𝑠𝑒𝑛2𝑥 + 𝑐𝑜𝑠2𝑥 = 1 sec 𝑥 = 1 cos 𝑥 1 + 𝑡𝑔2𝑥 = 𝑠𝑒𝑐2𝑥 𝑡𝑔 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 𝑥 cos 𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐 𝑥 = 1 sen 𝑥 1 + 𝑐𝑜𝑡𝑔2𝑥 = 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐2𝑥 𝑐𝑜𝑡𝑔 𝑥 = 1 𝑡𝑔 𝑥 REDUÇÃO AO PRIMEIRO QUADRANTE Ângulos que diferem de 900: 900 e 90- A abcissa de Q é simétrica da ordenada de P, e a ordenada de Q é igual à abcissa de P: 𝑠𝑒𝑛(900 + 𝑎) = 𝑐𝑜𝑠𝑎 𝑐𝑜𝑠(900 + 𝑎) = −𝑠𝑒𝑛𝑎 Ângulos Suplementares: e 180- Os pontos P e Q do círculo trigonométrico, respectivamente associados a a e 180°- a, são simétricos em relação ao eixo das ordenadas. As ordenadas de P e Q são iguais e as suas abcissas são simétricas: 𝑠𝑒𝑛(1800 − 𝑎) = 𝑠𝑒𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑠(1800 − 𝑎) = −𝑐𝑜𝑠𝑎 BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Ângulos que diferem de 1800: e 180- Os pontos P e Q do círculo trigonométrico, respectivamente associados a a e a 180° + a, são simétricos em relação a O, assim, as suas ordenadas e as suas abcissas são simétricas: 𝑠𝑒𝑛(1800 + 𝑎) = −𝑠𝑒𝑛𝑎 𝑐𝑜𝑠(1800 + 𝑎) = −𝑐𝑜𝑠𝑎 Ângulos Simétricos: e - Os pontos P e Q do círculo trigonométrico, respectivamente associados a e -a, são simétricos em relação ao eixo das abcissas, assim, as abcissas de P e Q são iguais e as suas ordenadas são simétricas: 𝑠𝑒𝑛(−𝑎) = −𝑠𝑒𝑛𝑎 cos(−𝑎) = 𝑐𝑜𝑠𝑎 Arcos Complementares: arcos com origem na origem dos arcos do ciclo e extremidades simétricas com relação à bissetriz do 1 e 3 quadrantes. 𝑠𝑒𝑛 𝑥 = 𝑐𝑜𝑠 ( 𝜋 2 − 𝑥) 𝑐𝑜𝑠 𝑥 = 𝑠𝑒𝑛 ( 𝜋 2 − 𝑥) SOMA E DIFERENÇA DE DOIS ARCOS cos(𝑎 + 𝑏) = 𝑐𝑜𝑠𝑎 ∙ cos 𝑏 − 𝑠𝑒𝑛𝑎 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑏 cos(𝑎 − 𝑏) = 𝑐𝑜𝑠𝑎 ∙ cos 𝑏 + 𝑠𝑒𝑛𝑎 ∙ 𝑠𝑒𝑛𝑏 sen(𝑎 + 𝑏) = 𝑠𝑒𝑛𝑎 ∙ cos 𝑏 + 𝑠𝑒𝑛𝑏 ∙ cos 𝑎 sen(𝑎 − 𝑏) = 𝑠𝑒𝑛𝑎 ∙ cos 𝑏 − 𝑠𝑒𝑛𝑏 ∙ cos 𝑎 𝑡𝑔(𝑎 + 𝑏) = 𝑡𝑔𝑎+𝑡𝑔𝑏 1−𝑡𝑔𝑎∙𝑡𝑔𝑏 , 𝑎 ≠ 𝜋 2 + 𝑘𝜋, 𝑏 ≠ 𝜋 2 + 𝑘𝜋 e 𝑎 + 𝑏 ≠ 𝜋 2 + 𝑘𝜋 𝑡𝑔(𝑎 − 𝑏) = 𝑡𝑔𝑎−𝑡𝑔𝑏 1+𝑡𝑔𝑎∙𝑡𝑔𝑏 , e 𝑎 − 𝑏 ≠ 𝜋 2 + 𝑘𝜋 BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL sen 2a = 2𝑠𝑒𝑛𝑎 ∙ cos 𝑎 cos 2𝑎 = 𝑐𝑜𝑠2𝑎 − 𝑠𝑒𝑛2𝑎 𝑡𝑔2𝑎 = 2∙ 𝑡𝑔𝑎 1−𝑡𝑔2𝑎 , 𝑎 ≠ 𝜋 4 + 𝑘 𝜋 2 e 𝑎 ≠ 𝜋 2 + 𝑘𝜋 𝑠𝑒𝑛 𝑝 + 𝑠𝑒𝑛 𝑞 = 2 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝑝 + 𝑞 2 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 − 𝑞 2 𝑠𝑒𝑛 𝑝 − 𝑠𝑒𝑛 𝑞 = 2 ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝑝 − 𝑞 2 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 + 𝑞 2 𝑐𝑜𝑠 𝑝 + 𝑐𝑜𝑠 𝑞 = 2 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 + 𝑞 2 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 − 𝑞 2 𝑐𝑜𝑠 𝑝 − 𝑐𝑜𝑠 𝑞 = −2 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 + 𝑞 2 ∙ 𝑐𝑜𝑠 𝑝 − 𝑞 2 Avaliação 1. Determinar o sen75 2. Resolva a equação 2secx-2cosx=3, considerando somente aquelas que pertencem ao intervalo (0,π/2). 2𝑠𝑒𝑐𝑥 − 2𝑐𝑜𝑠𝑥 = 3 Substituindo 𝑠𝑒𝑐𝑥 = 1 𝑐𝑜𝑠𝑥 , obtemos 2 1 𝑐𝑜𝑠𝑥 − 2𝑐𝑜𝑠𝑥 = 3 2 − 2𝑐𝑜𝑠2𝑥 = 3𝑐𝑜𝑠𝑥 2𝑐𝑜𝑠2𝑥 + 3𝑐𝑜𝑠𝑥 − 2 = 0 Fazendo uma substituição de variável, 𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑦, ficamos com: 2𝑦2 + 3𝑦 − 2 = 0 Resolvendo, obtemos para raízes y=1/2 e y=-2. Como 𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑦 o valor y=-2 não nos serve. cosx=1/2, o que significa que a primeira determinação do ângulo é 600. 3. Um automóvel percorre 78,5cm de uma curva, descrevendo um arco de 450. Determine o raio da curva. Considere =3,14. (a) 100m (b) 200m )4530(75 000 sensen 4 6 4 2 75 2 2 2 3 2 2 2 1 75 4530cos45cos30)4530( coscos)( sen sen sensensen senyxysenxyxsen BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL (c) 78,5m (d) 246m Resp: (a) 100m 4. Um avião levanta vôo e sobe fazendo um ângulo de 15º com a horizontal. A que altura ele estará e qual a distância percorrida quanto sobrevoar uma torre a 2 Km do ponto de partida? Dados: tg15=0,27 cos15=0,97 sen15=0,26 (a)400m (b) 540m (c)600m (d)1.000m Resposta: (b) 540m 5. Simplificando a expressão: T = (cossec x + sec x) / (sen x + cos x), obtemos: (a) cosx (b) senx (c) senx+cosx (d) 1/(senxcosx) Resp: (d) 1/(senxcosx) Semana Aula: 14 Limites de funções e continuidade Objetivos Ao término desta aula, o aluno deverá: Compreender conceito de limite de uma função. Aplicar as propriedades básicas de limite. Resolver limites envolvendo funções polinomiais. Resolver limites envolvendo funções exponenciais. Resolver limites envolvendo funções logarítmicas. Resolver limites envolvendo funções trigonométricas. Compreender conceito de continuidade de uma função. Determinar se uma função é continua. Compreender conceito de limite lateral. Determinar os limites laterais de uma função. Estrutura de Conteúdo Tópicos referentes ao conteúdo específico: Limites. Noção intuitiva e definição informal de limite Propriedades básicas de limite. Limites envolvendo funções exponenciais. BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Limites envolvendo funções logarítmicas. Limites envolvendo funções trigonométricas. Continuidade Limites Laterais 1. INTRODUÇÃO/MOTIVAÇÃO. O Cálculo Diferencial e Integral está fundamentado em um conjunto de operações que envolvem quatro operadores: limite, diferencial, derivada e integral. Neste momento, introduziremos o primeiro destes operadores: o Limite. O conceito de Limites é utilizado para descrever o comportamento de uma função à medida que o seu argumento se aproxima de um determinado valor. Além disso, o limite é importante para estudarmos o comportamentode uma sequência de números reais, à medida que o índice da sequência vai crescendo. Os limites são fundamentais para definirmos derivadas e a continuidade de funções. 2. IDÉIA INTUITIVA DE LIMITE E DEFINIÇÃO INFORMAL. Imagine uma placa metálica quadrada que se expande uniformemente porque está sendo aquecida. Se x = comprimento do lado, A = área, temos que A = x2. Quanto mais x se avizinha de 3, a área A tende a 9. Simbolicamente: 2 3 lim 9 x x O que importa é como a função f está definida próximo de a, não importando o que acontece em a. Se f é uma função e a é um número, escrevemos lim ( ) x a f x L e dizemos “o limite de f(x) , quando x tende a a, é igual a L” se pudermos tornar os valores de f(x) próximos de L ( tão próximos de L quanto quisermos), tornando x suficientemente próximos de a, mas não igual a a. Isso significa que os valores de f(x) ficam cada vez mais próximos do número L, a medida que x tende ao número a ( por qualquer lado de a), mas x ¹ a . Exemplo. 2 lim ( ) x f x , quando ( ) 2f x x -2 0 2 4 6 8 10 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 x*x 2( )f x x BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Observe pelo gráfico que, a medida de o valor de x se aproxima de 2, o valor de y=f(x) se aproxima de 4. Dizemos então que lim 𝑥→2 (𝑥 + 2) = 4. Exemplo. 2 lim ( ) x f x , 2 4 ( ) 2 x f x x . Observe pelo gráfico que, a medida de o valor de x se aproxima de 2, o valor de y=f(x) se aproxima de 4. Estamos preocupados com os valores próximos de x=2, e não no valor exato de x=2. Dizemos então que lim 𝑥→2 ( 𝑥2+4 𝑥−2 ) = 4. Exemplo. 2 lim ( ) x f x , 2 , 2 ( ) 6 , 2 x x f x x -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 x+2 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 (x*x-4)/(x-2) -2 0 2 4 6 8 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6 (x*x-4)/(x-2) Observe que a função não está definida para x=2 BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Observe pelo gráfico que, a medida de o valor de x se aproxima de 2, o valor de y=f(x) se aproxima de 4. Estamos preocupados com os valores próximos de x=2, e não no valor exato de x=2. Dizemos então que lim 𝑥→2 𝑓(𝑥) = 4. Observe ainda que, para x=2, a função retorna como imagem o valor 6. 3. PROPRIEDADES BÁSICAS DE LIMITES Suponha que lim ( ) x a f x L e que lim ( ) x a g x M . Então: 1) lim[ ( ) ( )] lim ( ) lim ( ) x a x a x a f x g x f x g x L M 2) lim[ ( )] lim ( ) x a x a cf x c f x cL , onde c é uma constante qualquer. 3) lim[ ( ) ( )] lim ( ) lim ( ) x a x a x a f x g x f x g x L M 4) Se lim ( ) 0 x a g x M então lim ( )( ) lim ( ) lim ( ) x a x a x a f xf x L g x g x M 5) lim ( ) lim ( ) n n n x a x a f x f x L , onde n é inteiro positivo qualquer. 6) lim ( ) lim ( ) nn n x a x a f x f x L , onde L > 0 e n inteiro positivo qualquer ou L 0 e n inteiro positivo ímpar qualquer. 7) lim ( ) lim ( ) x a x a f x f x L 8) lim x a c c , c é constante qualquer. 9) lim x a x a 4. LIMITES ENVOLVENDO FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS Teorema Comparação entre um ângulo e seu seno Se 2 0 t , então ttsen 0 Teorema- 0lim 0 sent x Teorema- Todas as seis funcões trigonométricas – seno, cosseno, tangente, secante e cotangente, cossecante - são contínuas. Teorema 1lim 0 x senx x 5. LIMITES ENVOLVENDO FUNÇÕES EXPONENCIAIS E LOGARITMICAS Exemplo: Determine BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Observando o gráfico genérico da função exponencial de base entre 0 e 1, podemos afirmar que a medida que x cresce muito e tende ao infinito, a imagem da função exponencial 𝑓(𝑥) = ( 1 3 ) 𝑥 tende a zero. Exemplo: Determine Observando o gráfico genérico da função exponencial de base maior que 1 e lembrando que o número e é maior que 1, podemos afirmar que a medida que x cresce muito e tende ao infinito, a imagem da função exponencial 𝑓(𝑥) = 𝑒𝑥 aumenta cada vez mais também, ou seja, tende a infinito. Teorema- e x x x 1 1lim ou ainda ex x x 1 0 1lim Teorema - a x a x x ln 1 lim 0 x x e lim BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL 6. CONTINUIDADE O conceito de continuidade é um conceito fundamental no Cálculo Diferencial, quando tratamos das funções. Se contínua em alguns ou todos os pontos de seu domínio são hipóteses que com frequências precisamos considerar quando precisamos provar alguns resultados. Intuitivamente, uma função continua em um ponto P de seu domínio é uma função que não apresenta “salto” em P. Dizemos que a função f é contínua em um número a se e somente se as seguintes condições forem válidas: (i) f(a) é definido (ii) lim ( ) x a f x L existe (iii) lim ( ) ( ) x a f x f a Exemplo- A função f definida por 2( ) 3f x x é contínua em 0? (i) f(0)=02-3=-3 (ii) 2 0 0 lim ( ) lim 3 3 x x f x x (iii) 0 lim ( ) (0) x f x f Se qualquer das condições (i), (ii) e (iii) da definição falhar, dizemos que f é descontínua no número a. Uma função f é contínua em um intervalo se for contínua em todos os números do intervalo. Exemplo - A função f não é contínua . 3 2 3 ( ) 5 3 x x f x x x Observamos pelo gráfico a descontinuidade em x=3 Exemplo - A função Heaviside H, que homenageia o engenheiro elétrico Oliver Heaviside ( 1850-1920), é usada para descrever uma corrente elétrica que é estabelecida quando t = 0. Esta função é definida por 01 00 )( tse tse tH . Esta função não é contínua. 3 7 2 1 x y BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Suponha que f é uma função descontínua em a, mas lim ( ) x a f x exista. Então, ou ( ) lim ( ) x a f a f x ou f(a) não existe. Tal descontinuidade é chamada removível uma vez que se f for redefinida em a, de forma que lim ( ) ( ) x a f x f a então f tornar-se-ia continua em a. Se a descontinuidade não for removível ela é chamada de essencial. 7. LIMITES LATERAIS Escrevemos lim ( ) x a f x L e dizemos que o limite a esquerda de f(x) quando x tende a a ( ou o limite de f(x) quando x tende a a pela esquerda ) é igual a L se pudermos tornar os valores de f(x) arbitrariamente próximos de L, tornando-se x suficientemente próximo de a e x menor do que a. Analogamente,se for exigido que x seja maior do que a, obteremos o limite a direita de f(x) quando x tende a a como sendo igual a L e escrevemos lim ( ) x a f x L Se os dois limites laterais existem e têm o mesmo valor, o limite da função no ponto existe e todos os três limites têm o mesmo valor. Ou seja, Se lim ( ) x a f x L e lim ( ) x a f x L então temos que lim ( ) x a f x L Exemplo: A força gravitacional exercida pela Terra sobre uma unidade de massa a uma distância r do centro do planeta é onde M é a massa da Terra, R é seu raio e G é a constante gravitacional. Fé uma função contínua de r? Para valores de r menores que R a função é contínua e para valores maiores também. A questão é verificar se no ponto r=R a função é continua. Precisamos determinar os limites laterais e verificar se são iguais. Calculando o limite a esquerda, pensamos em valores menores do que R. lim 𝑟→𝑅− 𝐹(𝑟) = lim 𝑟→𝑅 𝐺𝑀𝑟 𝑅3 = 𝐺𝑀𝑅 𝑅3 = 𝐺𝑀 𝑅2 Calculando o limite a direita, pensamos em valores maiores do que R. lim 𝑟→𝑅+ 𝐹(𝑟) = lim 𝑟→𝑅 𝐺𝑀 𝑟2 = 𝐺𝑀 𝑅2 Como os limites laterais são iguais, a função é continua também para r=R Indicação de Leitura Específica Rrse r GM Rrse R GMr rF 2 3 )( BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL http://www.somatematica.com.br/superior/limites/limites5.php http://matematiques.com.br/download.php?tabela=documentos&id=7 http://www.somatematica.com.br/superior/limites/limites3.php http://ecalculo.if.usp.br/derivadas/continuidade/continuidade.htm Sugestão de leitura e exercícios: http://www.eu-e-a-matematica.net/2013/08/exercicios-resolvidos-de-limites-1.html http://www.somatematica.com.br/superior/limites/limites2.php http://www.matematicadidatica.com.br/Fatoracao.aspx http://www.matematiques.com.br/conteudos.php?t=Q&d=Resumos&idcategorias=83 http://www.matematicamuitofacil.com/fatoracao.html http://www.eu-e-a-matematica.net/2013/08/exercicios-resolvidos-de-limites-1.html http://www.matematiques.com.br/arquivos/doc_calculo__1770670608.pdf http://matematiques.com.br/download.php?tabela=documentos&id=624 http://www.somatematica.com.br/superior/limites/limites2.php Avaliação 1 Determine 2. Determine Observe que não podemos substituir o valor de 3 no lugar de x pois teremos 0/0. Assim, precisamos transformar a fração de modo que possamos fazer a substituição. Utilizamos a fatoração conhecida como diferença de dois quadrados. 3. Determine Observe que não podemos substituir o valor de 3 no lugar de x pois teremos 0/0. Assim, precisamos transformar a fração de modo que possamos fazer a substituição. Utilizamos a fatoração conhecida como Produto de Stevin. 4. Determine lim 𝑥→0 𝑡𝑔 𝑥 𝑥 7)1()1(35)35(lim 22 1 xx x 3 9 lim 2 3 x x x 6)3(lim 3 )3)(3( lim 3 9 lim 33 2 3 x x xx x x xxx 3 32 lim 2 3 x xx x 4)1(lim 3 )1)(3( lim 3 32 lim 33 2 3 x x xx x xx xxx xx senx x x senx x tgx xxx cos limcoslimlim 000 BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Mas, sabemos que 1lim 0 x senx x . Então, Mas, cos0o=1. 5. Determine Mas, como 1lim 0 x senx x , temos que 1lim 2 0 x senx x , assim, Pois cos0o=1. 6. Determine 7. Determine lim 𝑥→∞ (1 + 1 𝑥 ) 𝑥+2 lim 𝑥→∞ (1 + 1 𝑥 ) 𝑥+2 = lim 𝑥→∞ (1 + 1 𝑥 ) 𝑥 (1 + 1 𝑥 ) 2 Mas, e x x x 1 1lim e lim 𝑥→∞ (1 + 1 𝑥 ) 2 = 1, pois lim 𝑥→∞ 1 𝑥 = 0. Assim, lim 𝑥→∞ (1 + 1 𝑥 ) 𝑥+2 = 𝑒 x x x 2 1 1lim 2 22 2 1 1lim 1 1lim 1 1lim e xxx x x x x x x xxx senx xx cos 1 lim cos lim 00 1 cos 1 limlim 00 xx tgx xx 20 cos1 lim x x x )cos1( lim )cos1( cos1 lim )cos1( )cos1)(cos1( lim cos1 lim 2 2 02 2 02020 xx xsen xx x xx xx x x xxxx 2 1 )cos1( 1 lim )cos1( lim 02 2 0 xxx xsen xx BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL 8. Determine Precisamos mudar a variável, pois temos dentro do parenteses o quociente 3/x que nos impede de utilizar o teorema acima. Fazemos 3 𝑥 = 𝑦, e a medida que x tende a infinito, percebemos que y tende a zero. Fazendo a substituição, obtemos: 9. Determine (a)1 (b)3 (c)2 (d) ½ Resp: (c)2 10. Observando a função abaixo podemos afirmar que: (a) É uma função contínua. (b) É descontínua para x=3. (c) Não é uma função (d) Nada podemos afirmar. Resp: (b) É descontínua para x=3. 11. Considere a função abaixo e as afirmativas a seguir. 2 1 0 2 1 ; 21 12 )( xse xse x x xf (I) O limite da função quando x tende a esquerda é igual a 1 (II) O limite da função quando x tende a direita é igual a -1. (III) O limite da função é igual a 0 x x x 3 1lim 3 3 1 0 3 1 0 3 0 1lim1lim1lim 3 1lim eyyy x y y y y y y x x 2 1 1 lim 1x x x 3; 39 35 )( a xsex xsex xf BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL (a) Somente (I) e (II) são verdadeiras. (b) Somente (I) é verdadeira. (c) Somente (II) é verdadeira. (d) Somente (III) é verdadeira. Resp: (a) Somente (I) e (II) são verdadeiras. BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Semana Aula: 15 Limites Laterais, Limites envolvendo infinito e Assíntotas Objetivos Ao término desta aula, o aluno deverá Compreender conceito de limite de uma função envolvendo infinito. Resolver limites de funções envolvendo infinito. Compreender a definição formal de limite. Provar o limite de uma função. Estrutura de Conteúdo Tópicos referentes ao conteúdo específico: Limites. Limites no infinito. Limites infinitos. Assíntotas verticais. Assíntotas horizontais. Definição Formal de Limite. 1. INTRODUÇÃO/MOTIVAÇÃO. Os limites infinitos e no infinito têm tudoa ver com crescimento, decrescimento e assíntotas. Com o auxílio da noção de Limite, podemos analisar o comportamento de uma função quando a variável cresce "muito", em valor absoluto. Podemos também observar quando a variável tende a um valor fixo e a função cresce "muito". As assíntotas horizontais ocorrem quando uma função se aproxima de um valor finito, ficando muito próxima desse valor, enquanto a variável cresce muito, em valor absoluto, enquanto que as assíntotas verticais ocorrem quando a função cresce muito, em módulo, enquanto a variável se aproxima de um valor finito. 2. LIMITES INFINITOS Seja I um intervalo aberto que contém o número real a. Seja uma função definida em I-{a} . Dizemos que, quando x se aproxima de a, f(x) cresce (decresce) ilimitadamente e escrevemos: lim ( ) x a f x Observe 2 1 ( )f x x em x=0 BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Exemplo - 4 ( ) 2 3 f x x Atenção: Observe que não é um número. O limite não existe. O símbolo é apenas uma forma particular de expressar a não existência do limite, significa que a função pode assumir valores tão grandes quanto quisermos. Teorema Seja ( ) ( ) ( ) p x f x q x . Se o denominador da fração tende a zero enquanto o numerador tende a um número qualquer diferente de zero, a fração tenderá a ter um enorme valor absoluto, i.e., Se lim ( ) 0 x a p x L e lim ( ) 0 x a q x então ( ) lim ( )x a p x q x Ou ainda Se lim ( ) 0 x a p x L e lim ( ) 0 x a q x e I ) se 0 )( )( xg xf , quando ax então )( )( lim xg xf ax II ) se 0 )( )( xg xf , quando ax então )( )( lim xg xf ax Exemplo- 2 2 2 5 1 ( ) , 3 6 x x f x a x x -100 0 100 200 300 400 500 600 700 -1 -0.5 0 0.5 1 1/(x*x) -10 -5 0 5 10 -10 -5 0 5 10 4/(2*x-3) 0 lim x 3/2 3 2 4 lim 2 3x x 3 2 4 lim 2 3x x BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL a esquerda 3 ( ) lim ( ) ( )x p x f x q x a direita 3 ( ) lim ( ) ( )x p x f x q x f não tem limite, finito ou infinito. Exemplo: 21 )1( 23 lim x x x Fazendo o estudo do sinal: -2/3 1 23 x - + + 2)1( x + + + )()( xgxf - + + 3. LIMITES NO INFINITO Seja f uma função definida em um intervalo aberto (a,+). Dizemos que, quando x cresce ilimitadamente ( ou indefinidamente ), f(x) se aproxima do número L e escrevemos: Lxf x )(lim Analogamente podemos definir os seguintes limites: Lxf x )(lim , )(lim xf x e )(lim xf x Exemplo: Observe 1 ( )f x x Teorema Se n é um número inteiro e positivo, então: n x xlim imparfornse parfornse xn x lim Teorema: Se n é um número inteiro positivo, então Teorema : Se 0,)( 10 n n n axaxaaxf é uma função polinomial, então: n n xx xaxf lim)(lim -100 -50 0 50 100 -1 -0.5 0 0.5 1 1/x 0 1 lim 1 lim nx n x xx lim ( ) 0 lim ( ) 0 x x f x f x )( )( lim0 )( )( xg xf xg xf ax BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Exemplo : 535 lim13lim xxxx xx Teorema : Se 0,)( 10 n n n axaxaaxf e 0,)( 10 m m m bxbxbbxg são funções polinomiais, então: m m n n xx xb xa xg xf lim )( )( lim Exemplo : 5 3 5 3 lim 15 23 lim x x x x xx Exemplo: Exemplo: 4. ASSÍNTOTAS HORIZONTAIS E VERTICAIS Limites infinitos são úteis no traçado de gráficos pois podem ser usados para localização de assíntotas destes gráficos. Considere 2 6 ( ) 5 x f x x Da mesma maneira, a linha horizontal y = 2 é chamada assíntota horizontal do gráfico, pois lim ( ) 2 x f x e lim ( ) 2 x f x A linha reta vertical x = a é chamada assíntota vertical do gráfico da função f se pelo menos uma das seguintes condições for válida: (i) lim ( ) x a f x (ii) lim ( ) x a f x -40 -30 -20 -10 0 10 20 30 40 -10 -5 0 5 10 (2*x-6)/(x-5) 0 5 2 lim 5 2 lim 5 32 lim 3 2 3 2 xx x x x xxx 0 1 limlimlim 101 100 100101 99100 xx x xx xx xxx x = 5 y = 2 Note a maneira pela qual o gráfico se aproxima da reta vertical x = 5. 5 lim ( ) x f x e 5 lim ( ) x f x Essa reta é chamada de assíntota vertical do gráfico BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL (iii) lim ( ) x a f x (iv) lim ( ) x a f x A linha horizontal y = b é chamada de assíntota horizontal do gráfico de uma função f se pelo menos uma das seguintes condições for válida: (i) lim ( ) x f x b (ii) lim ( ) x f x b Antes de começarmos a aula, é importante que haja uma leitura atenta do Plano de Aula da disciplina, seus objetivos, o conteúdo que será apresentado e a bibliografia recomendada. Tópicos referentes ao conteúdo específico: Limites. Definição Formal de Limite. 5. CAUCHY E WEIRSTRASS. Deve-se a Cauchy, matemática inglês, em 1821, a primeira definição formal de Limites: " Quando os valores sucessivos atribuídos a uma variável aproximam-se indefinidamente de um valor fixo, chegando a diferir dele tão pouco quanto se deseje, este último e chamado limite de todos os outros. " A definição formal de limite, com epsilons e deltas, utilizada hoje em dia, deve-se ao matemático alemão Karl Weierstrass " Diz-se que L é um limite da função f(x) para o valor x=a se, dado qualquer numero positivo epsilon, existe um numero positivo delta tal que |f(x)-L|<epsilon para qualquer x que verifique 0<|x-a|<delta". 6. DEFINIÇÃO FORMAL Comentário: “estar próximo” é muito vago, relativo, carece de precisão. Definição: Limite Seja f uma função definida sobre algum intervalo aberto que contém o número a, exceto possivelmente no próprio a. Então dizemos que o limite de f(x) quando x tende a a é L, e escrevemos lim ( ) x a f x L se para todo número > 0 há um número correspondente > 0 tal que se 0 x a então ( )f x L Uma vez que x a é a distância de x a a e ( )f x L é a distância de f(x) a L, e como pode ser arbitrariamente pequeno, a definição de limite pode ser expressa em palavras da seguinte forma: lim ( ) x a f x L significa que a distância entre f(x) e L pode ser arbitrariamente pequena tomando-se a distância de x a a suficientemente pequena ( mas não 0). Geometricamente, lim ( ) x a f x L significa que, para xa, podemos garantir que f(x) se encontra em qualquer pequeno intervalo aberto em torno de L se garantirmos que x está em um intervalo aberto escolhido em torno de a. BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL Estratégias de Aprendizagem Sugestão de Objeto de Aprendizagem: http://www.im.ufal.br/professor/thales/tics/1-deflimite/01_deflimite.html No site sugerido acima, há um objeto de aprendizagem no qual podemos definir os valores de a, L e e, e a própria função f. Pode se tentar encontrar um valor para d que satisfaça a condição da definição formal. Se L for realmente o limite, sempre será possível encontrar d para qualquer e, por menor que este seja. Indicação de Leitura Específica Sugerimos a leitura do material didático referente à Limites, e a resolução dos exercícios relacionados. Sugestão de vídeos: https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/limits_topic/limits-infinity/v/limits- and-infinity https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/limits_topic/limits-infinity/v/limits- at-positive-and-negative-infinity https://pt.khanacademy.org/math/differential-calculus/limits_topic/limits-infinity/v/more- limits-at-infinity Sugestão de exercícios resolvidos: http://www.professores.uff.br/salete/cdii/a2.pdf http://www.somatematica.com.br/superior/limites/limites4.php http://www.uff.br/webmat/Calc1_LivroOnLine/Cap07_Calc1.html matematiques.com.br/arquivos/doc_calculo__752171686.ppt Sugestão de Leitura: http://www.mathlynx.com/online/pt_calc1var_limits_at_infinity Avaliação a a+ a- L f(a-) f(a+) L+ L- x y f BASES MATEMÁTICAS PARA ENGENHARIA NOTAS DE AULA - PARTE 3 PROF. DRA. DENISE CANDAL 1. Determine x xsen x cos1 lim 2 0 (a) 2 (b) 1 (c)0 (d) ½ Resp: (a)2 2. Determine x x x 5 1 1lim (a) e1/5 (b) e5 (c) 0 (d)1 Resp: (b) e5 3. Determine 253 14 lim 2 xx x x (a) 3/4 (b) 0 (c) 1 (d) 4 Resp: (b) 0 4. Para cada uma das funções definidas abaixo , calcule o limite da função quando x e quando x . Resp: ½ Resp: 0
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