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esclerose múltipla

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Esclerose Múltipla
Discentes: Cleycilane
 Daniel
 Dayane
 Míria
 
Disciplina: Ensino Clínico II – Adulto e Idoso
Docente: Giselle Freiman
5º período / 2017.1 
 
Conceito
A Esclerose Múltipla é uma doença degenerativa, autoimune, que acomete a Bainha de Mielina, que reveste o axônio dos neurônios. Os anticorpos vão até a Bainha de Mielina e a ‘’atacam’’, fazendo com que os impulsos nervosos passem do cérebro para a medula de forma mais lenta e ineficaz, como estímulos motores, cognitivos, de fala, visão e outras coisas simples do dia-a-dia.
Cada paciente manifesta sintomas diferentes inicialmente, pois cada um reage de uma maneira, dependendo de qual função é atacada primeiro. A progressão da doença também é relativa e privativa de cada indivíduo, o que torna difícil o diagnóstico preciso no estágio inicial, devido ser uma doença caracterizada por surtos, que variam o tempo de cada um deles e podem ‘’ir’’ e ‘’vir’’.
Causa
Vários fatores influenciam o aparecimento da doença, tais como:
imunidade
local onde a pessoa vive 
hereditariedade 
Infecções virais
Fator Imune
 O sistema imunológico não reconhece a mielina como sendo um tecido da própria pessoa, mas como um corpo estranho, assim, o sistema imunológico a ataca e a destrói como faria com outros antígenos .
Fator Ambiental
 Há mais relatos da doença em países temperados, mas as pessoas que vivem fora desta zona também podem ser afetadas. Estudos mostram que a maior parte dos doentes passou a infância nestas regiões, por isso acreditamos que o fator ambiental deve ser considerado, apesar de ainda não existirem provas que comprovem esta informação.
Fator Hereditário
 Se o pai ou a mãe tiver esclerose múltipla, o risco de seu filho desenvolver a doença será multiplicado por 20 a 50. 
Infecções Virais
 As infecções virais atuam em indivíduos com susceptibilidade genética, onde provocando a resposta auto-imune, surge a desmielinização . Portanto, a infecção por vírus pode ser um fator que leve a causa inicial da desmielinização e depois surgem reações inflamatórias, síntese de anticorpos contra o próprio SNC em resposta à infecção primária.
Embora a causa da doença ainda seja desconhecida e não ter cura, a EM tem sido foco de muitos estudos no mundo todo, o que têm possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes. Os pacientes são geralmente jovens, em especial mulheres de 20 a 40 anos.
Alterações Iniciais:
Sensitivas
Cerebelares
Motoras
Visuais 
Esfincterianas
Manifestações 
Clínicas
As manifestações clínicas iniciais podem evoluir de forma:
Remitente recorrente
 - 80% dos casos
 - Surtos (episódios agudos de comprometimento do sistema nervoso central) , durando mais que 24 horas e com intervalo de no mínimo 30 dias entre uma nova manifestação. 
 - Sintomas aparecem de forma gradual, atingindo o ápice em até 2 ou 4 semanas. 
 - Após sua instalação pode evoluir em semanas a meses com melhora completa, parcial ou ausência de melhora.
As manifestações clínicas iniciais podem evoluir de forma:
Primariamente progressiva
 - 15 a 20% dos casos
 - O paciente apresenta déficit neurológico progressivo que terá duração maior que um ano. Nesta fase ele terá a coordenação motora prejudicada, baixa acuidade visual, acometimento no tronco encefálico, cerebelo e esfíncteres
A instalação da incapacidade permanente e de maior gravidade do paciente com Esclerose Múltipla são caracterizados pelo alto número de surtos nos primeiros anos de doença, recuperação incompleta dos surtos, início dos sintomas após 45 anos de idade, comprometimento inicial motos ou cerebelar.
O grau de incapacidade do paciente com EM é classificado mediante a Escala Expandida do Estado de Incapacidade de Kurtzke
Diagnóstico
Atualmente ainda não existe um exame específico para o diagnóstico. Eles incluem avaliação clínica, exames laboratoriais e exame de imagem a Ressonância Magnética (RM) de crânio e coluna em níveis cervical, torácico, lombar (em alguns casos). Outras formas de identificar são: colhendo o Líquor onde o fluido que banha o SNC é retirado para exame.
Critérios básicos para diagnóstico:
Evidência de múltiplas lesões no Sistema Nervoso Central (SNC).
Evidência (clínica ou paraclínica) de pelo menos dois episódios de distúrbio neurológico num indivíduo entre 10 e 59 anos de idade.
Tratamento
TRATAMENTO DO SURTO:
 É FEITO COM CORTICÓIDES EM PULSOTERAPIA, COM OBJETIVO DE DIMINUIR OS SINTOMAS.
MODELO DE PRESCRIÇÃO:
 METILPREDNISOLONA 1G ENDOVENOSO AO DIA, POR 3 A 5 DIAS CONSECUTIVOS.
TERAPIA MODIFICADORA DA DOENÇA: Tem o objetivo de diminuir os eventos e reduz a incapacidade neurológica futura .
Tratamento
O TRATAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
 DEVEM SER SINTOMÁTICOS, MUDANÇA DE ESTILO
 DE VIDA E HÁBITOS ALIMENTARES.
ACOMPANHAMENTO COM UM NEUROLOGISTA E 
 UMA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL PODE OFERECER 
 BOAS INTERVENÇÕES, COMO FISIOTERAPEUTA ,
 FONOAUDIÓLOGO, PSICÓLOGO E ENFERMEIRO.
APOIO FAMILIAR É FUNDAMENTAL PARA QUE A 
 PESSOA NÃO SE SINTA ABANDONADA E PARA 
 TER UM RESULTADO MAIS SATISFATÓRIO.
Caso Clínico
A.C.M. , sexo feminino, 46 anos, casada, diagnosticada a 2 anos com Esclerose Múltipla, no dia 3 de internação relatou estar sentindo perda de força nas mãos, dificuldade para falar e andar. Sua filha, que estava acompanhando-a, disse que após o último surto da doença, a poucos dias, estava esquecendo de algumas coisas simples, como o que havia almoçado ou se já havia tomado banho.
Ao exame físico: lúcida, orientada, apresentando nistagmo no olho direito, marcha espástica, retenção urinária e relata dor à palpação do abdome.
NANDA
(Diagnósticode Enfermagem)
NOCINICIAL
(Resultado esperado)
NIC
(INTERVENÇÕES)
NOCFINAL
(Resultado obtido)
Mobilidade física prejudicada relacionado a alteração na função cognitiva, controle muscular diminuído e prejuízo neuromuscular, evidenciado por astenia, espasmo, ataxia e tempo de resposta diminuído.
1. Família colabora na determinação dotratamento
2. Paciente realiza os exercícios para aumentar a força
3. Paciente participa dos exercícios propostos
1. Incluir a família no planejamento e a manter o programa doexercício.
2. Implementar com uma equipe multidisciplinar um cronograma de exercícios para aumento de força muscular.
3. Monitorar a resposta do indivíduo ao programa de exercício.
1. Família colabora e participa dos exercícios, incentivando o paciente.
2. Paciente colaborativo e disposto a participar do tratamento com os exercícios.
3. Melhora na coordenação motora e na força muscular.
NANDA
(Diagnósticode Enfermagem)
NOC INICIAL
(Resultado esperado)
NIC
(Intervenções)
NOCFINAL
(Resultado obtido)
Memória prejudicada relacionado a prejuízo neurológico, evidenciado por incapacidade de executar habilidade previamente aprendida e incapacidade de reter novas informações.
1. Esclarecimento de dúvidas dos familiares quanto aos sinais e sintomas da doença.
2. Memória remota preservada.
3.Melhora na capacidade de reter novas informações.
1.Ouvir preocupações, sentimentos e questões familiares.
2. Colocar objetos familiares e fotografias no ambiente do paciente.
3. Implementar técnicas de memória adequadas, tais como imagens visuais , jogos da memória, pistas para a memória e etc.
1.Familiares participativos no tratamento do paciente.
2. Paciente reconhece familiares e amigos em fotos e nas visitas.
3. Pequena melhora na recordação informações recentes.
NANDA
(Diagnósticode Enfermagem)
NOC INCIAL
(Resultado esperado)
NIC
(Intervenções)
NOCFINAL
(Resultado obtido)
Comunicação verbal prejudicada relacionado
a percepção alterada, evidenciado por dificuldade para articular palavras (disartria).
1. Paciente comunica-se através de ajuda com métodos alternativos.
2. Redução dadisartria.
3. Paciente realiza os exercícios propostos pelo fonoaudiólogo ou terapeuta responsável pelo tratamento.
1. Fornecer métodos alternativos de comunicação de voz (ex.: quadro, imagens, sinais com as mãos)
2. Orientar o paciente a falar devagar.
3. Colaborar com a família e fonoaudiólogo ou terapeuta para desenvolver um plano de comunicação efetiva.
Melhora na comunicação do paciente com os familiares e equipe.
2. Melhora na articulação das palavras na hora da fala.
3. Comunicação verbal, do paciente, mais clara e fácil após os exercícios propostos pelo fonoaudiólogo.
Cuidados de Enfermagem
Com o paciente: 
Avaliar necessidades do paciente, intervindo para promover bem-estar e equilíbrio emocional durante a doença.
 Monitorar necessidades físicas e fisiológicas do paciente, promovendo a melhora da qualidade de vida do paciente.
 Providenciar auxílio para locomoção do paciente, prevenindo quedas devido a alteração da marcha. 
Com a família: 
Esclarecer dúvidas sobre a doença
Orientar sobre a importância da participação da família no tratamento durante a doença.
Orientar a família quanto aos esquecimentos da memória recente do paciente, para que não haja desentendimento entre ambos por falta de compreensão
Referências
CORSO, N. A. A; GONDIM, A. P. S; D’ALMEIDA, P. C. R; et. Scielo.br, Rev. Esc. Enferm. USP vol.47 nº3 , São Paulo, jun. 2013, acesso em 06 mar. 2017.
MOREIRA, M. A; EDUARDO, F; MENDES, M. F; et. Scielo.br, Arquivos de Neuro-Psiquiatria vol.58 nº2B, São Paulo, jun. 2000, acesso em: 06 mar. 2017.
LAMPERTI, G. D; DE PAULA, A. S; Revista Simpac, ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PORTADOR DE ESCLEROSE MÚLTIPLA, v.5 n.1 2013. acesso em: 07 mar. 2017.
DA SILVA, D. F; DO NASCIMENTO, V. M. S; ESCLEROSE MÚLTIPLA: IMUNOPATOLOGIA, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO – ARTIGO DE REVISÃO, Interfaces Científicas - Saúde e Ambiente, Aracaju , V.2 N.3 p. 81 - 90 Jun. 2014.
BIENES, G; OLIVEIRA, E. M. L; BICHUETTI, D. B; COMO DIAGNOSTICAR E TRATAR ESCLEROSE MULTIPLA, RBM Dez 14 V 71 N 12 págs.: 37-45, acesso em: 07 mar. 2017.
Callegaro, D; Diagnóstico e Tratamento da Esclerose Múltipla, Academia Brasileira de Neurologia , Projeto Diretrizes Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, 29 jul. 2001. acesso em: 07 mar. 2017.

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