Buscar

Direito Constitucional Aulas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE
DIREITO FUNDAMENTAL À VIDA:
→ Perspectiva protetiva (respeito à vida): 1ª dimensão;
→ Perspectiva positiva (ter direito a uma vida digna – saúde, educação, lazer, cultura): 2ª dimensão;
→ Perspectiva coletiva: 3ª dimensão (consumidores de produtos e serviços);
→ Perceptiva pluralista: 4ª dimensão (transexualidade, fertilização in vitrro, dupla maternidade/paternidade);
→ Perspectiva de pacificação: 5ª dimensão (direito fundamental à paz) → direito da humanidade → evitar conflitos armados e nucleares que levem ao fim da humanidade.
Direito à vida pode ser relativizado em situações constitucionais
Guerra declarada;
Estado de necessidade;
Legítima defesa;
Aborto necessário.
Direitos e garantias fundamentais de caráter absoluto:
Proibição de tortura;
Proibição de exploração de trabalho escravo;
Vedação de extradição de brasileiro nato;
Proibição de pena desumana.
Pressuposto lógico do execício dos demais direitos fundamentais
Tutela fundamental
Início:
Teoria natalista (posicionamento clássico): a proteção jurídica e o início da personalidade jurídica ocorrerá com o nascimento da pessoa física com vida;
Teoria concepcionista (tutela dos direitos do nascituro): a partir da concepção advinda da união entre o óvulo e espermatozoide e a consequente nidação deverá ser protegido o nascituro, resguardando-se os seus direitos e interesses;
A lei de biossegurança (Lei nº 11.105/2005) foi julgada constitucional pelo STF, permitindo a utilização de células-tronco para fins terapêuticos, como também indicando que o embrião não tem direito fundamental à vida.
A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 54) descriminalizou a antecipação terapêutica de feto anencéfalo sobre o argumento de inviabilidade de vida extrauterina, considerando o fato materialmente atípico.
O STF mediante interpretação criativa, possibilitou a criação de novo elemento extintivo da punibilidade no aborto, gerando uma decisão normativa ou manipulativa de efeitos aditivos (Vide Art. 128, CP).
O ministro Luis Roberto Barroso veio a compreender que não haverá crime de aborto caso haja interdição da gravidez até três meses da concepção, fato esse também indicativo de que o STF tem adotado a teoria natalista.
Teoria da personalidade condicionada (MHD): protege-se os direitos extrapatrimoniais do nascituro desde a concepção, entretanto, somente adquirirá personalidade jurídica a partir do nascimento com vida, momento em que incorporará os direitos patrimoniais.
Fim: não há mais atividade nervosa cerebral.
Eutanásia: provocação da morte por questão ética e moral de paciente que se encontra em estado crítico ou irreversível, geralmente ligado ao alívio da dor e sofrimento (não aceito no Brasil, sendo considerado homicídio mesmo que privilegiado – art. 121, § 1º, CP).
Distanásia: prolongamento artificial da vida humana com emprego de recursos tecnológicos, medicinais e humanos (não é crime no Brasil).
Ortotanásia: corresponde ao abandono do tratamento médico e hospitalar por ato voluntário e consciente do paciente, o qual escolherá o mecanismo de maior conforto em ambiente familiar, social ou doméstico.
Nascituro (proteção)
Direito fundamental à maternidade (proteção constitucional ao nascituro);
Direito fundamental à saúde da mulher gestante e do feto (acompanhamento no período pré-natal e pós-natal pelo SUS);
Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto São José da Costa Rica) adota expressamente a teoria concepcionista.
* Fragilização da tutela constitucional sobre o nascituro em julgados do STF:
ADPF nº 54: descriminalização do aborto de feto anencéfalo;
ADI nº 5310: embrião possui direito fundamental à vida.
DIREITO FUNDAMENTAL À IGUALDADE:
Perceptivas
Valor: meio de orientação às relações sociais, políticas e econômicas.
Princípio: conferir unidade, sistematicidade, organização ao ordenamento jurídico, possuindo força normativa.
Direito: uma vez incorporado ao patrimônio jurídico da pessoa é possível exigir prestações positivas do Estado.
Garantia: mecanismo de restabelecimento de direitos fundamentais quando lesionados ou ameaçados.
Ex.: No processo o sujeito parcial (parte) tem a garantia à igualdade de oportunidades processual.
Dimensões
Formal (1ª dimensão): todos são iguais sem distinção de raça, cor, credo, situação econômica, política, social.
Material (2ª dimensão): viabiliza tratamento diferenciado a pessoas em situação material – isonomia → ações afirmativas → cotas para negros em concursos e vestibulares, vagas para pessoas deficientes, cota para índios em programas governamentais – de desigualdade.
Científica
Fator de discriminação: justo, adequado, coerente, razoável, legítimo e proporcional.
Correlação lógica abstrata e concreta entre o fator de discriminação e o tratamento jurídico diferenciado.
Consonância com os valores, princípio e regramentos constitucionais.
04.05.17
DIREITOS DA NACIONALIDADE
Importância: possui relevância especial na medida em que viabiliza o exercício de outros direitos e garantias fundamentais de natureza civil e política, viabilizando a fiscalização e o controle dos atos da administração (ex.: ajuizamento de ação popular), bem como a participação na vida política do Estado, seja votando (capacidade eleitoral ativa) ou sendo votado (capacidade eleitoral passiva).
Tratamento jurídico internacional: Direitos Humanos
Declaração Universal dos Direitos Humanos, art. XV (1948): o direito à nacionalidade é tratado como Direito Humano imprescindível a realização do postulado da dignidade da pessoa humana, não podendo a pessoa ter suprimida sua nacionalidade como meio de penalização, nem mesmo será possível impedir que a pessoa adquira outra nacionalidade.
Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto São José da Costa Rica), art. 20: combate a situação de apatria, aplicando a regra do local de nascimento, se possível.
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (1966): a identificação de uma nacionalidade é imprescindível ao exercício de direitos civis e políticos.
Definição: corresponde ao vínculo jurídico-político de caráter permanente que une a pessoa ao Estado, possibilitando o exercício de prerrogativas, liberdades, direitos e garantias assegurados constitucionalmente.
Critérios universais de identificação da nacionalidade
Jus Soli: critério territorial, ligado ao local do nascimento. Geralmente aplicado aos países colonizados (colônia de exploração e povoamento);
Jus Sanguinis: baseado nos laços de ascendência e filiação, historicamente vinculado àquelas situações anteriores a formação do Estado (ex.: genealogia de Jesus Cristo).
Advertência: O Brasil adota, em regra geral, o critério Jus Soli com temperamento ou flexibilização, pois em algumas situações se utiliza o critério Jus Sanguinis.
Espécies de nacionalidade
Primária (originária): é aquela identificada no momento do nascimento, imposta pelo Estado, inexistindo voluntariedade.
Secundária (adquirida): é aquela em que voluntariamente a pessoa escolhe outra nacionalidade (processo de naturalização).
Nacionalidade no Estado Brasileiro
Brasileiro nato: nacionalidade originária/primária
Critério Jus Soli: pessoas nascidas no território brasileiro, ainda que de pais estrangeiros, serão considerados brasileiro nato, salvo se os pais estrangeiros estiverem a serviço de seu Estado.
Critério Jus Sanguinis + Serviço do Brasil (critério funcional): corresponde ao critério de identificação da nacionalidade por razões funcionais, quando o filho de pai ou mãe brasileiro, nascido no estrangeiro, estiver a serviço do Estado Brasileiro, alcançando a administração direta (U, E, DF e M), como também a administração indireta (Aut., EP, FP, SEM).
Jus Sanguinis + Registro: corresponde ao critério de identificação da nacionalidade vinculada ao laço de filiação, cujo registro em repartição pública brasileira propiciará o reconhecimento da nacionalidade primária brasileira, ou seja, filho de pai ou mãe brasileira nascido em território estrangeiroque não esteja a serviço do Brasil, mas seja registrado em Consulado ou Embaixada Brasileira ou Cartório no Brasil será considerado Brasileiro nato.
CF/88: redação originária (art. 12, I, “a”): admitia Jus Sanguinis + Registro;
Emenda Constitucional de Revisão nº 03/94 (07/06/1994): suprimiu o critério Jus Sanguinis + registro;
Emenda Constitucional nº 54/2007
Retomada do critério original
Eficácia retroativa da EC nº 54/2007, art. 2º (ADCT, art. 95): aos brasileiros nascidos no estrangeiro, filho de pai ou mãe brasileiro que não esteja a serviço do Brasil, nascido no período de 07/06/94 (data de promulgação da ECR nº 03/94) até 20/07/07 (data da promulgação da EC nº 54/07) desde que registrado em repartição pública brasileira será considerado brasileiro nato. Na vigência da EC nº 54/07 admite-se plenamente o critério Jus Sanguinis + Registro.
Critério Jus Sanguinis + opção (nacionalidade potestativa): o filho, de pai ou mãe brasileiro, nascido em território estrangeiro, sem que os pais estejam a serviço do Brasil e não haja registro em repartição brasileira poderá optar pela nacionalidade brasileira, depois de atingida a maioridade quando vier a residir no Estado brasileiro.
Advertência: Deverá a pessoa ajuizar ação perante a justiça federal de 1ª instância (art. 109, X, CF), devendo a sentença declaratória do juiz federal reconhecer a nacionalidade primária brasileira quando preencher os seguintes requisitos: 1) pai ou mãe brasileiro, 2) atingimento da maioridade civil, 3) inexistência de vício de consentimento, provando que o ato foi voluntário e consciente, 4) residência no Brasil.
CF (05/10/88 até 07/06/1994)
Nacionalidade potestativa: Jus Sanguinis + residência no Brasil (antes da maioridade) + opção (maioridade);
Emenda Constitucional de Revisão nº 03/94 – vigente de 08/06/94 até 19/09/2007
Nacionalidade potestativa segundo a ECR nº 03: Jus Sanguinis + Residência no Brasil (a qualquer tempo) + opção
Emenda Constitucional nº 54/2007 até hoje: nacionalidade potestativa: Jus Sanguinis + opção + residência no Brasil (a qualquer tempo).
Brasileiro naturalizado
Naturalização ordinária
Originários de países de língua portuguesa (Guiné-Bissau, Açores, Gimão, Goa, Timor Leste, Angola, Moçambique, Macau)
Residência por 1 ano ininterrupto + idoneidade moral
Estrangeiros não originários de países que adotam a língua portuguesa e apátridas (Lei nº 6.815/80, art. 112)
Critérios: Saber ler e escrever em português, ter residência por 04 anos interruptos no Brasil, podendo reduzir para um ano se provar que possui filho brasileiro, cônjuge brasileiro, ou seja, filho de brasileiro, bem como se provar ou conseguir comprovar serviços relevantes ao Brasil ao critério do Ministro da Justiça; provar que tem patrimônio ou renda suficiente para se manter; provar que tem visto permanente no Brasil; provar que não foi denunciado, pronunciado, nem condenado por crime; boa saúde; bom procedimento.
Portugueses (Tratado Internacional de Amizade, Cooperação e Consulta entre Brasil e Portugal – Decreto nº 3.927/2001) – português não se naturaliza.
Igualdade de direitos
Requisitos formais: requerimento formal, civilmente capaz, residência habitual no país.
Direitos Políticos – Requisitos: 03 anos de residência ininterrupta no Brasil + requerimento formal dirigido à autoridade competente.
Naturalização Extraordinária: 15 anos de residência ininterrupta no Brasil + sem condenação penal.
11.05.17
Distinções entre brasileiros nato e naturalizado
Regra geral: não haverá discriminações entre brasileiros, sejam natos ou naturalizados, salvo as discriminações expressamente previstas na Constituição. Não se admitindo nenhuma discriminação por ato infraconstitucional.
Cargos privativos (art. 12, § 3º e art. 89, VII): Presidente, Vice-Presidente da República, Presidente da Câmara, Presidente do Senado Federal, Ministros do STF, Ministro de Estado de Defesa, Oficiais das Forças Armadas e Membros das Carreiras Diplomáticas.
Cargos privativos por regra de extensão: Presidente do Congresso Nacional, Presidente do CNJ, Presidente e Vice-Presidente do TSE, Ministros Militares que integram o STM.
Oficiais da PM e CBM por extensão e interpretação → por poderem ser utilizados em situação de guerra.
Propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora (art. 222, CF): obrigatoriamente pertencerá a brasileiros nato ou naturalizados a pelo menos 10 anos, podendo também pertencer a pessoa jurídica brasileira, desde que constituída de acordo com as leis nacionais e tenha sede no Estado Brasileiro.
Capital total e capital votante: pelo menos 70% deve pertencer a brasileiro nato ou naturalizado a mais de 10 anos.
Responsabilidade editorial, atividades de direção e seleção da programação: só pode brasileiro nato ou naturalizado a mais de 10 anos.
Pesquisa e lavra de recursos minerais e aproveitamento dos potenciais de energia hidráulica (art. 176, § 1º, CF): pode ser explorado por brasileiro nato ou naturalizado, bem como empresa constituída segundo as leis brasileiras, que tenha sede no Brasil.
Outras distinções (arts. 172, 178, § único, 190, 192, 199, § 3º, CF).
Competência para julgamento envolvendo questões de nacionalidade: Juiz Federal de 1º instância (art. 109, X, CF).
Perda da Nacionalidade
A. Cancelamento da naturalização: só ocorre para nacionalidade secundária (adquirida); haverá perda da nacionalidade secundária, por sentença judicial transitado em julgado, proferida por juiz federal, no qual reconhece o brasileiro naturalizado é nocivo ao interesse nacional.
B. Aquisição de outra nacionalidade (voluntária): servirá para brasileiros nato ou naturalizados quando vierem a adquirir voluntariamente outra nacionalidade, situação em que se tornarão estrangeiros sujeitos à extradição.
Exceções (involuntárias):
Reconhecimento da nacionalidade originária pela Lei Estrangeira: a pessoa natural já nasce com várias nacionalidades, uma vez que foi imposta pela Lei Estrangeira, sendo portanto involuntário.
Imposição da naturalização pela norma estrangeira: quando se tratar de naturalização imposta para o exercício de trabalho, profissão ou ofício, bem como o exercício de direitos civis, o brasileiro nato ou naturalizado não perderá sua nacionalidade de brasileiro.
Extradição
Inextradibilidade de brasileiro nato: enquanto ostentar a qualidade de brasileiro nato jamais será extraditado, pois se trata de direito fundamental de caráter absoluto.
Extradibilidade de brasileiro naturalizado
Crime comum: se o brasileiro naturalizado cometer o crime antes da naturalização poderá ser extraditado, entretanto, quando cometer o crime depois da naturalização não poderá mais ser extraditado.
Crime de tráfico ilícito de entorpecentes: independente do momento da naturalização poderá ser extraditado.
Crime político ou de opinião: jamais será extraditado, em razão da natureza do crime.
De Português: por ser equiparado a brasileiro só pode ser extradito para Portugal, em razão do Tratado de amizade e cooperação entre Brasil e Portugal.
Limites materiais (Sistema da Contenciosidade Limitada ou Sistema Belga): os Ministros do STF ao apreciarem o pedido de extradição, não impulsionaram no mérito (se é culpado ou inocente), mas apenas avaliará o preenchimento dos requisitos formais previstos em lei, tais como: identificação correta do extraditando, competência da autoridade judiciária estrangeira, natureza da pena aplicada (não se admite pena desumana), a situação de dupla tipicidade (tem que ser crime nos dois países) e a pena privativa de liberdade tem que ser superior a um ano.
Requisição da nacionalidade
A. Dos instrumentos das rescisões (diferença de competência):
Ação Rescisória: será possível a reaquisição da nacionalidade brasileira mediante julgamento favorável ou procedente de ação rescisória, julgado pelo TRF.
Ação Declaratória de Nulidade da Sentença: será também possível ajuizar ação declaratória de nulidade da sentença (Querella nulitatis) dirigida ao próprio juiz federal quando houver víciostransrescisórios que jamais se convalescerão com o tempo (vício de citação). Deverá ser julgada procedente.
B. Lei nº 818/49, art. 36: exige o preenchimento dos seguintes requisitos:
1. Requerimento formal dirigido ao PR;
2. Comprovação de residência permanente no Brasil;
3. Processo Administrativo que tramitará no Ministério da Justiça;
4. Reconhecimento da nacionalidade brasileira mediante decreto presidencial.
Condições para a concessão da extradição (art. 78, lei nº 6.815/80): existência de sentença penal condenatória transitado em julgado ou decisão cautelar de prisão expedida por autoridade estrangeira competente e que o crime tenha sido cometido no Estado requerente ou que o extraditando seja submetido às leis daquele país.
Vedação à concessão da extradição (art. 77, lei nº 6.815/80):
Princípio da dupla tipicidade: o fato narrado na extradição deverá ser considerado crime no Brasil e no Estado requerente.
Competência exclusiva brasileira: será de aplicação obrigatória a lei penal brasileira nos crimes contra a vida e liberdade do PR, contra a fé pública e patrimônio público e contra a administração pública em razão do princípio da extraterritorialidade incondicionada (art. 7º, § 1º do CP).
Pena privativa de liberdade <= 1 ano: em crimes de menor potencial ofensivo não haverá extradição.
Extinção da punibilidade (art. 107, CP): prescrição.
Fato constituir crime político
Julgado por juízo ou tribunal de exceção: violação da garantia do juiz natural
Bis in idem: se o extraditando em razão dos mesmos fatos do pedido extradicional, já tiver sido processado, condenado ou absolvido não será extraditado.
Distinções científicas entre:
Asilo político: corresponderá a concessão de abrigo permanente no Estado estrangeiro em razão de perseguição de natureza política, oriunda de crimes de opinião ou crimes políticos;
Asilo diplomático ou territorial: corresponde a asilo territorial, em que a pessoa será abrigada em repartição estrangeira (embaixadas, consulados) por período determinado até que a situação de crise e violência venha a se findar. Características: territorial e temporário.
Expulsão: o Estado Brasileiro, de ofício, promoverá a expulsão do estrangeiro que se mostre nocivo ou perigoso ao interesse nacional, especialmente quando causar grave pertubação a ordem pública e a paz, a ordem política e econômica, situação em que será expulso do território nacional ainda que seu Estado de origem nada peça.
Deportação: corresponde a uma situação de irregularidade administrativa em que o estrangeiro excedeu o prazo de permanência no Brasil ou exerce irregularmente atividade profissional na situação de turista.
Banimento: é a expulsão do nacional como pena, de tal maneira que ele jamais retorne ao seu Estado-Nação de origem.
Entrega:
	
	Entrega
	Extradição
	TIPO DE RELAÇÃO
	Tribunal Penal Internacional x Estado
	Estado x Estado
	NATUREZA DO CRIME
	Genocídio, crime de guerra ou crime contra a humanidade
	Crime comum. Pena privativa de liberdade superior a um ano
	OBJETO DA EXTRADIÇÃO
	Qualquer pessoa, inclusive brasileiro nato
	Estrangeiros, apátridas e brasileiros naturalizados que cometeram crimes antes da naturalização
	AUTORIDADE JUDICIÁRIA COMPETENTE
	Juiz natural: Tribunal Penal Internacional
	Juiz natural: autoridade competente será estabelecida de acordo com lei do Estado requerente
Formas de processamento da extradição
1) Estado estrangeiro → pedido extradicional → Pacto de Reciprocidade → encaminhamento por via diplomática → STF
2) Estado estrangeiro → pedido extradicional → Tratado Internacional → encaminhamento do pedido de extradição ao Ministério da Justiça → Ministro da Justiça → Juízo positivo de admissibilidade →STF ou Juízo negativo de admissibilidade* → arquivamento.
STF (quem julga é o tribunal pleno) → juízo de delibação do pedido extradicional (não verifica o mérito, mas apenas se cumpriu os requisitos formais do Estatuto do Estrangeiro e normas constitucionais) → indeferimento do pedido de extradição (juízo vinculativo) → arquivado ou defere o pedido extradicional → encaminha para o PR (juízo de discricionariedade: segundo conveniência e oportunidade)→ conceder o pedido ou negar o pedido de extradição (atua como chefe de Estado).
*Juízo de admissibilidade: o Ministro da Justiça realizará um juízo de admissibilidade do pedido extradicional, cujos requisitos compreenderão: natureza do crime, local do crime, data do crime, circunstâncias de ocorrência do crime, identificação exata do autor do crime, autoridade judiciária competente que expediu a ordem de extradição, prescrição da pena, tipo de pena que será aplicado.
18.05.17
DIREITOS POLÍTICOS
Importância: possibilita a alternância do poder, viabilizando a manutenção da República, por meio da participação popular exercida por intermédio do voto direto, secreto, universal e periódico (cláusula pétrea, art. 60, § 4º, II), bem como por meio do referendo popular, plebiscito, lei de iniciativa popular, ação popular e participação no Conselho de Sentença do Tribunal do Júri nos crimes dolosos contra a vida, além de viabilizar a escolha do Chefe de Estado e de governo, e os chefes dos Poderes Republicanos.
Definição: corresponde a direito fundamental de caráter participativo que viabiliza a manifestação de vontade soberana do povo, a sustentação do regime político-democrático, a supremacia da soberania popular e a manutenção do Estado republicano.
Matérias:
1. Direitos Políticos Positivos:
Direito ao sufrágio universal: corresponde ao poder-dever de índole político constitucional que viabiliza a manifestação de vontade soberana de um povo, seja de forma indireta, elegendo seus representantes (voto), seja por meio direto, sem intermediários ou representantes (plebiscito, referendo e lei de iniciativa popular).
Voto (art. 60, § 4º, II, CF → cláusula pétrea):
Universal;
Igualitário;
Personalíssimo;
Direto (advertência: vacância do cargo de PR nos últimos dois anos, possibilitará eleição indireta pelo CN →art. 81, § 1º, CF/88);
Periódico (alternância do poder: senadores → 2 candidaturas, 8 anos, demais parlamentares e chefes do executivo → 1 legislatura);
Secreto (para impedir impressões externas)
Livre.
Alistamento eleitoral e voto:
Obrigatório: A obrigatoriedade é de comparecimento a sessão eleitoral, ou caso impossível, a sua justificação; Para maiores ou igual a 18 e menor de 70 anos.
Facultativo: para maiores ou igual a 16 anos ou menores de 18 anos, igual ou superior a 70 anos e analfabetos.
Dispensável: pessoas que apresentem grave deficiência física ou enfermidade que gere grande dificuldade de comparecimento a sessão eleitoral serão dispensados segundo a resolução 20921/TSE.
Plebiscito: consulta prévia dirigida ao povo para que delibere sobre matéria de relevância constitucional, política e social, podendo aprovar a medida ou rejeitá-la. Por meio de convocação pelo Congresso Nacional (competência privativa, art. 49, XV, CF). Ex.: definição plebiscitaria da forma de governo (republicana e do sistema de governo presidencialista, art. 2º do ADCT). Decreto legislativo.
Referendo: corresponde a consulta posterior dirigida ao povo para que delibere sob matéria de relevância constitucional, política, jurídica e social, podendo ratificar a medida já existente ou rejeitá-la. Por meio de autorização pelo Congresso Nacional (competência privativa). Decreto legislativo.
Lei de inciativa popular:
Exige-se os seguintes requisitos cumulativos: 1 % dos votos do eleitorado nacional, distribuídos em, pelo menos, cinco estados federativos, cada um devendo alcançar pelo (3/10)/100 = 0.003.
Emenda constitucional de inciativa popular: apesar de formalmente não possuir previsão constitucional que discipline o tema, será possível materialmente discutir referida possibilidade com base na teoria dos poderes implícitos, visto que o povo, titular do poder constituinte originário poderá instaurar uma nova ordem constitucional, logo poderá também ter a iniciativa de reformara CF mediante emenda.
1.1. Capacidade eleitoral ativa (alistabilidade):
Requisitos:
Nacionalidade brasileira;
Alistamento eleitoral (materializado: título de eleitor);
Idade mínima de 16 anos;
Mínimo discernimento e capacidade de autodeterminação;
Não pode se encontrar em situação de recrutamento militar (conscrito).
1.2. Capacidade eleitoral passiva (elegibilidade): relaciona-se a capacidade de ser eleito por meio de voto popular, a fim de participar diretamente da vida política do Estado.
Requisitos:
Nacionalidade brasileira;
Alistamento eleitoral;
Pleno gozo dos direitos políticos (não poderá se encontrar em situação de inelegibilidade, nem de perda ou suspensão de direitos políticos;
Filiação partidária (com antecedência mínima de 06 meses antes das eleições);
Fixação de domicílio eleitoral (antecedência mínima de 01 ano antes das eleições). O domicílio eleitoral será fixado com base em critérios amplos, relacionados a negócios na região, vínculo familiar, vínculo social, presença de laços históricos da família na região e por vontade de estabelecer um novo domicílio civil.
Idade mínima: avaliada a partir da posse.
Presidente, vice-presidente e senador: 35 anos;
Governador e vice: 30 anos;
Deputados federais, estaduais e distritais: 21 anos;
Prefeito e juiz de paz: 21 anos;
Vereadores: 18 anos.
2. Direitos Políticos Negativos: referem-se a situações que geram restrição ou impedimento ao exercício da capacidade eleitoral passiva, relacionando-se a situações de inelegibilidades, perda e suspensão dos direitos políticos.
2.1.Inelegibilidade
Absolutas: impedem totalmente o exercício da capacidade eleitoral passiva.
Inalistáveis: estrangeiro e conscrito;
Analfabetos: não sabe ler ou escrever.
Relativas: correspondem a restrições à capacidade eleitoral passiva, em razão de critérios funcionais, de laços familiares e em decorrência do exercício da atividade militar.
Em razão da função: Chefes do Poder Executivo; Desincompatibilização: os chefes do poder executivo, caso pretendam, concorrer a outros cargos de natureza parlamentar obrigatoriamente deverão renunciar ao mandato até seis meses antes do término do mandato; Proibição: não pode exercer um terceiro mandato sucessivo, a renúncia ao segundo mandato antes do término deste não permitirá a reeleição (verificar resolução 20114//TSE), O vice que se tornou efetivo, em razão da vacância definitiva do cargo, não poderá concorrer a uma segunda reeleição; Permissões: exercício de um terceiro mandato não sucessivo: não será preciso renunciar ao mandato o candidato à reeleição; os vices para se candidatarem não precisam renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do período eleitoral para concorrerem a outros cargos.
Em razão de parentesco: evitar o nepotismo eleitoral. Serão inelegíveis, os parentes consanguíneos ou afins até o segundo grau ou por adoção o PR (território nacional), governador (território estadual) e prefeitos (territórios municipais). Parentes de até 2º, incluindo afinidade: pais, avós, irmãos, filhos, netos, sogro, cunhado, esposo.
Em razão da atividade castrense (militar):
Mais de 10 anos: o militar que for se candidatar que tem por mais de 10 anos de serviço será agregado pela autoridade superior e se eleito passará automaticamente para a inatividade no ato da diplomação. Caso não seja eleito poderá regressar a atividade militar.
Menos de 10 anos: deverá se afastar definitivamente da atividade militar, não sendo possível o seu retorno, ainda que não seja eleito.
2.2. Perda de Direitos Políticos
2.3. Suspensão de Direitos Políticos.
Regimes Políticos Democráticos:
Democracia direta: o próprio povo definirá as decisões políticas fundamentais de seu Estado, sem que haja intermediários ou representantes. Ex.: Cidades-estados Gregas (Antiguidade Clássica).
Democracia representativa (indireta): o povo escolherá os seus representantes para que, em nome do povo e para o povo, venham a definir as decisões políticas fundamentais do Estado.
Democracia participativa: corresponde a um sistema híbrido de atuação ordinária representativa, mas também com características da democracia direta, tal como ocorre no plebiscito, referendo popular, lei de iniciativa popular.
25.05.17
Perda dos Direitos Políticos (Situação 1)
Cancelamento da naturalização: o brasileiro naturalizado passará a condição de estrangeiro quando houver o cancelamento da naturalização por sentença judicial transitada em julgado, proferida por juiz federal quando considerar nocivo a pessoa perante os interesses nacionais. Na condição de estrangeiro perderá seus direitos políticos já que o pressuposto necessário ao seu exercício será a nacionalidade brasileira.
Obs.: Pode pedir a requisição por ação rescisória.
Obs 2.:
A. Sentença responsável pelo cancelamento da naturalização (Juiz Federal)
A1. Prazo recursal (15 dias) → Interposição de apelação → TRF → Provimento de recurso→ Reformar a sentença → manutenção da nacionalidade brasileira
TRF → Improvimento → Perda da nacionalidade → Acórdão → Recurso extraordinário (STF)
A2. Trânsito em julgado da sentença → Prazo de até dois anos para ajuizar ação rescisória → Julgada pelo TRF → Improcedente → Mantém a condição de estrangeiro
Julgada pelo TRF → Procedente → Passa a condição de brasileiro naturalizado.
Advertência: Se a Ação Declaratória de Nulidade da Sentença (usada quando houver vício de citação → gera violação às garantias do contraditório e ampla defesa) for julgada procedente o estrangeiro passa à condição de brasileiro naturalizado.
Recusa em cumprir prestação alternativa (escusa de consciência) – situação 2: qualquer pessoa, por motivos de convicção política, filosófica, ideológica ou religiosa, poderá validamente se recusar a cumprir obrigação legal a todos imposta sem perder direitos políticos desde que cumpra a prestação alternativa fixada em lei. Se a pessoa vier a se recusar a cumprir a prestação alternativa, aí sim, perderá direitos políticos.
Aquisição voluntária de outra nacionalidade (Situação 3): o pedido voluntário de naturalização, sem que haja imposição da lei estrangeira para o exercício de direitos civis ou trabalho, provocará perda da nacionalidade brasileira e consequentemente de direitos políticos.
Suspensão dos Direitos Políticos
Incapacidade civil absoluta X Lei nº 13.146/2015: a Constituição expressamente suspende os Direitos Políticos das pessoas com incapacidade civil absoluta, entretanto o estatuto do deficiente veio a alterar a Teoria da Incapacidade Civil, de tal maneira que não existe mais pessoa maior absolutamente incapaz, mas tão somente a possibilidade de ser relativamente incapaz quando a deficiência sensorial, cognitiva, intelectual e física prejudicarem totalmente sua manifestação de vontade. Segundo o art. 4º do CC. Se o deficiente conseguir manifestar sua vontade de forma livre e consciente terá os mesmos direitos políticos e civis de qualquer cidadão, podendo inclusive votar. Art. 85, caput e § 1º da lei 13.146/2015.
Advertência: a pessoa que perdeu a sua capacidade de autodeterminação e juízo de discernimento, não sendo possível a sua manifestação de vontade direta será considerado relativamente incapaz devendo-lhe nomear um curador para administração de seus bens e valores, portanto, nessa situação não será possível votar por meio do seu curador já que o voto é personalíssimo e não admite intermediários (não é propriamente uma suspensão na literalidade da Constituição, mas não vota).
Condenação criminal transitada em julgado
Cidadão: os direitos políticos serão suspensos diante da condenação criminal transitada em julgado, não importando se a pena é de reclusão ou detenção, se é crime ou contravenção penal, se o regime de cumprimento da pena é aberto, semi-aberto ou fechado, se o crime foi praticado por culpa ou dolo, bem como nas situações de livramento condicional, suspensão condicional da pena.
A suspensão condicional da pena (art. 77 do CP) provocará a suspensão dos direitos políticos enquanto perdurar os seus efeitos.Na suspensão condicional do processo por não haver uma sentença criminal transitada em julgado, mas, apenas a aplicação de uma medida despenalizadora do art. 89 da lei nº 9.099/95, não haverá suspensão dos direitos políticos.
Cuidado: A transação penal não gerará a suspensão dos direitos políticos.
Advertência: Preso provisório poderá validamente votar quando a prisão constituir-se em medida cautelar para assegurar o cumprimento da lei penal e a observância da ordem social e econômica, resguardando o resultado útil do processo penal, pois nessas circunstâncias, a prisão não será oriunda de sentença criminal transitada em julgado.
Parlamentares: a sentença criminal transitada em julgado não gera automaticamente a perda do mandato eletivo, pois a casa legislativa mediante votação aberta da maioria absoluta dos seus membros decidirá se haverá perda ou não do mandato eletivo, sendo possível parlamentar cumprir pena definitiva, em regime fechado sem que haja perda do mandato eletivo, razão pela qual, será possível que senador e deputado mantenham as suas prerrogativas dentro da prisão.
Advertência: de qualquer forma como não poderá comparecer as sessões eleitorais, quando completar 1/3 de ausência da sessão legislativa perderá o mandato por força do art. 55, III, § 3º, CF.
1º momento: RE 179.502 → decisão política da casa legislativa mediante voto secreto da maioria absoluta para a perda do mandato.
Art. 15, III x Art. 55, VI, §2, CF
2º momento: ação penal nº 470 → perda automática do mandato.
Na ação penal nº 470 (caso Mensalão) a sentença criminal transitada em julgado conduzia a perda automática do mandato eletivo do parlamentar, devendo a casa legislativa apenas declarar a perda do mandato. Infelizmente, esse posicionamento foi alterado no julgamento da ação penal nº 565/RO.
3º momento (atual): ação penal nº 565/RO (Caso Senador Ivo Cassol) → decisão política da casa legislativa mediante voto aberto da maioria absoluta dos parlamentares para a perda do mandato.
Improbidade administrativa
	Lei nº 8.429
	Suspensão de Direitos Políticos
	Multa
	Enriquecimento ilícito (art. 9º)
	8 a 10 anos
	3 vezes o valor do prejuízo
	Prejuízo ao erário (art. 10)
	5 a 8 anos
	Multa civil de 2 vezes o valor do prejuízo causado ao erário
	Violação aos princípios da Administração Pública (art. 11)
	3 a 5 anos
	Multa civil de até 100 vezes o valor do subsídio/salário
O condenado por improbidade administrativa perderá o cargo público, terá o dever de ressarcir os prejuízos causados ao erário, perderá bens e valores, terá seus direitos políticos suspensos a variar de acordo com a situação de gravidade (ver quadro). Essas sanções dependerão de ação judicial, não havendo foro especial por prerrogativa de função, sendo também possível a condenação criminal do infrator.
Decorrente de Lei Complementar: a Constituição autoriza situações legais que geram suspensão de direitos políticos desde que realizada por lei complementar tal como ocorre com a LC nº 64 e nº 135 (Lei da Ficha Limpa) em que declara situações de inelegibilidades relativas e suspensão de direitos políticos nos crimes ali previstos, especialmente, quando houver confirmação da condenação por órgão colegiado (2ª instância).
Requisição de Direitos Políticos
Situação 1 → julgada procedente a ação rescisória junto ao TRF voltará a ter direitos políticos.
Situação 2 → bastará o cumprimento da prestação alternativa.
Situação 3 → será possível a reaquisição de direitos políticos desde que se comprove que a naturalização foi involuntária, sendo realizada para o exercício de direitos civis ou trabalhista.
Em situação de suspensão → será possível quando o condenado cumprir a pena, bem como nas situações de extinção da punibilidade (anistia, indulto, graça, prescrição – art. 107, CP).
Nos casos 3 e 4 da suspensão dos direitos políticos → adquirirá os direitos políticos quando ultrapassar o prazo fixados na lei de improbidade administrativa e na lei complementar nº 64 e nº 135.
Servidores públicos e Direitos Políticos
Se cumprir mandato eletivo federal, estadual ou distrital deverá se afastar do cargo público para exercício do mandato contando com o tempo de serviço para todos os efeitos, inclusive previdenciários, mas não promoção. Se exercer o mandato de Prefeito, deverá se afastar do cargo público como servidor, mas poderá optar pela remuneração do cargo, como prefeito ou servidor. Se exercer o mandato como vereador, desde que os horários sejam compatíveis, poderá acumular as funções e a remunerações.
Distinções científicas
Recall (EUA, 1903, Carta Los Angeles): perda individual do mandato eletivo mediante votação popular direta, em razão de incompetência, inoperância ou disconformidade com a vontade popular.
Direito de destituição/ revogação (Abberufungsrecht): perda coletiva de mandatos dos parlamentares que integram um congresso, assembleia ou parlamento mediante voto popular direto.
Impeachment: perda do mandato do chefe do executivo mediante votação qualificada dos parlamentares nos crimes de responsabilidade contra o Estado (arts. 85 e 86, CF).
O juízo de admissibilidade da denúncia será feita pela Câmara dos Deputados mediante votação de 2/3, o qual encaminhará ao Senado caso julguem positivo o juízo de admissibilidade. No Senado Federal se realizará o 2º juízo de admissibilidade, mediante votação da maioria absoluta dos senadores, sendo feita a partir daí a instrução do processo. Concluída a instrução do processo, com garantia do contraditório e ampla defesa ao presidente o Senado julgará politicamente o fato mediante votação aberta, sendo necessário 2/3 de votos dos senadores para julgar impedido o presidente da república. Quem preside é o presidente do STF que não vota.
01.06.17
1. Inviolabilidade domiciliar
Acepção de casa: a casa representa o asilo inviolável do indivíduo e caracterizando-se como um direito de defesa frente ao Estado, alcançando trailers, quarto de hotel, bolea de caminhão, quarto de motel, casas que não sejam de alvenaria, escritórios, casas alugadas por temporada.
Situações permissivas de violação: autorização prévia do morador; crime cometido em flagrante delito; o crime de manter em depósito drogas em domicílio, segundo o STF, exige ordem judicial de autoridade competente a ser cumprida durante o dia, não cabendo prisão em flagrante delito quando os policiais ingressam na casa e lá descobrem a existência da droga; para prestar socorro e salvar de desastres.
*Se a pessoa cometer um crime anteriormente e estiver sendo perseguido pela polícia, ingressando em domicílio não haverá crime de violação domiciliar.
2. Inviolabilidade do sigilo:
2.1. Correspondência (física, epistolar): em situação de estado regular, regra geral, não haverá quebra do sigilo de correspondência, entretanto, o STF permitiu a quebra do sigilo epistolar quando a pessoa dela se utiliza para cometer crimes, como ocorre nas cartas feitas por presidiários integrantes de organização criminosa. Em estado de defesa ou de sítio, será possível a restrição dessa inviolabilidade de sigilo epistolar.
Estado regular (HC nº 70.814-5/SP);
Estado de crise.
2.2. Telegráficas: segue a regra do sigilo de correspondência.
2.3. Bancário
Conteúdo: envolve a proteção dos dados bancários relativos as receitas, investimentos, empréstimos e depósitos de qualquer ativo financeiro pertencente a pessoa física ou jurídica nacional ou estrangeira.
Excepcionado nas situações:
Ordem judicial: autoridade judiciária competente + motivação da decisão + decisão judicial prévia.
CPI (Estadual e Federal): autoriza-se desde que seja devidamente identificado ou investigado, o fato investigado seja delimitado no espaço e no tempo e haja motivação mínima da decisão tomada pela CPI.
Receita Federal (ADI nº 2390, 2386 e 2387): o STF autorizou a quebra do sigilo bancário, sem ordem judicial diretamente feita pela RFB, desde que haja a instauração de um procedimento administrativo autorizado pela autoridade fiscal competente. Não precisa de ordem judicial.Ministério Público: regra geral o MP deverá pedir autorização ao magistrado para promover a quebra do sigilo bancário das pessoas físicas e jurídicas, entretanto, envolvendo capital público pertencente a União, estados, DF e municípios não será necessário a autorização judicial, podendo o MP requisitar diretamente os dados bancários da pessoa jurídica de direito público sem que haja violação ao sigilo bancário.
Inquérito 2.245/07
Mandado de segurança 21.729/STF
2.4. Fiscal: comporta a proteção dos dados patrimoniais, de rendimentos e da atividade exercida pela pessoa física ou jurídica, somente sendo autorizada a quebra do sigilo fiscal por ordem de autoridade judiciária competente, devidamente fundamentada, por autorização de Comissão Parlamentar de Inquérito e mediante procedimento administrativo instaurado pela autoridade fiscal. *A autoridade judiciária se utilizada do “INFOJUD” - Sistema Informatizado do Judiciário. O Poder judiciário terá acesso eletrônico às bases de dados patrimoniais e de rendimentos das pessoas físicas e jurídicas.
2.5. Comunicações telefônicas e telemáticas (internet + telefonia): o sigilo visa proteger o conteúdo informativo das ligações telefônicas e telemáticas.
Distinção de gravação clandestina (HC nº 91.613/MG e AgRE 630.944/BA): na interceptação telefônica os interlocutores desconhecem a situação de gravação da comunicação telefônica, já na gravação clandestina, um dos interlocutores tem conhecimento da gravação da conversa, sendo que o STF admite como prova lícita a gravação clandestina, desde que não haja causa legal específica de sigilo e nem reserva de conversação.
*Na gravação clandestina não há ordem judicial autorizando a gravação da conversação, mas será aceita como prova lícita quando não houver reserva de conversação, ou causa legal específica de sigilo. Essa situação é diferente da gravação autorizada por pacto de leniência, oriundo de delações premiadas ou colaborações premiadas, pois nesses casos há autorização judicial e monitoramento da atividade pelo MP e autoridade policial.
Interceptação telefônica: requisitos permissivos da quebra de sigilo:
Constitucionais: somente sendo possível a quebra do sigilo dessas comunicações diante do cumprimento cumulativo dos seguintes requisitos: 1. Empregado para fins de investigação criminal ou instrução de processo penal; 2. Exige ordem de autoridade judiciária competente para investigação criminal ou instrução de processo penal.
Legais: 1. Indícios suficientes de autoria (identificação do autor do fato); 2. Prova da materialidade do crime (comprovação da existência de fato típico e ilícito); 3. Crimes punidos com reclusão (penas privativas de liberdade); 4. Indispensabilidade do meio empregado (somente será efetiva a investigação ou a instrução do processo penal mediante emprego da intercepção telefônica, constituindo-se em único meio adequado e legítimo capaz de gerar eficiência ao exercício da pretensão punitiva).
→ Distinção de quebra de dados telefônicos: compreende dados telefônicos apenas a data da chamada, o horário, o tempo de duração e a identificação de quem ligou e quem recebeu a ligação, podendo nesse caso, ser quebrada o sigilo por ordem judicial e por ordem de Comissão Parlamentar de Inquérito.
3. Direito à intimidade
Distinções científicas: é a esfera de maior proteção e sigilo conferido a pessoa física, tocando as relações sexuais, as confidenciais, as relações amorosas. A vida privada, diferentemente, confere uma proteção mais branda, pois se trata da relação da pessoa com o meio familiar, meio profissional e meio social, devendo as pessoas públicas terem uma maior tolerância.
4. Liberdade de manifestação do pensamento: consiste no exercício do direito de opinião sobre fatos históricos, políticos, econômicos, sociais e jurídicos, sendo obrigatório a identificação do manifestante, uma vez que o abuso do exercício desse direito provocará a reparação pelos danos materiais, morais e a imagem da pessoa. Além do direito há desagravo no mesmo meio de comunicação, no mesmo tempo de duração da ofensa a fim de reparar a honra objetiva e subjetiva da pessoa ofendida.
Vedação do anonimato
Caso da “Marcha da Maconha”
Abuso
5. Liberdade de consciência: as pessoas podem adotar qualquer profissão de fé, convicção filosófica ou política não podendo ser criminalizado por pensar dessa forma, entretanto, quando se recusar a cumprir obrigação legal a todos imposta vindo também a deixar de cumprir a prestação alternativa fixada em lei perderá seus direitos políticos e consequentemente a sua cidadania.
Crença religiosa
Convicção filosófica
Convicção política
→ Escusa de consciência
6. Liberdade de atividade: a liberdade de atividade artística, científica, de comunicação e outras servirão para o desenvolvimento cultural, tecnológico, profissional e acadêmico não podendo o Estado sem qualquer justificativa proibir o acesso aos dados, nem mesmo promover a censura prévia, mas será possível responsabilizar a pessoa que abusou de referido direito, a imagem, honra ou nome da pessoa, mediante indenização e desagravo.
Intelectual
Artística
Científica
→ Comunicação
Imprensa (Proibição de censura)
Abusividade
Limitações constitucionais (art. 221, I a IV e 220, § 3º, I e II)
7. Liberdade de profissão: a pessoa poderá exercer livremente qualquer ofício, trabalho ou função, podendo a lei dispor de requisitos para o seu exercício, uma vez que se trata de norma constitucional de eficácia contida ou restringida. Advogado = aprovação no exame da Ordem; Médico = formação superior específica; Jornalista = não precisa de formação específica.
8. Liberdade de informação: as pessoas terão amplo acesso as informações históricas, científicas, políticas e acadêmicas não podendo o Estado restringi-la sem qualquer justificativa, somente possível sua restrição para defesa da intimidade, para proteção do interesse público e social e para proteção da segurança nacional.
9. Liberdade de locomoção: corresponde a liberdade física da pessoa e poderá livremente permanecer, circular, ingressar e sair do território nacional sem que haja restrição. Excepcionalmente será possível a restrição a liberdade física da pessoa nas situações envolvendo crime em flagrante delito, ordem judicial autorizada e fundamentada determinando a prisão para cumprimento de pena definitiva ou prisão cautelar, e nos casos dos militares será ainda possível ser detido por transgressão disciplinar militar e crimes militares próprios (insubordinação em serviço e abandono de posto). Será também possível restringir a liberdade no caso de inadimplemento voluntário de prestação alimentar, das três últimas prestações que se vencerem.
→ HC, concessão de liberdade provisória.
Limitações
Estado regular
Civis
Militares
Estado de crise
10. Liberdade de reunião
Características: deverá ter por objeto de discussão temática lícita e determinada, empregada com caráter temporária, com a definição de local, data e horário, bem como da pauta que será discutida, não sendo necessário autorização judicial ou administrativa.
Restrições constitucionais
Estado de defesa (art. 136, § 1º, I, “a”): restrição
Estado de sítio (art. 139, IV, CF): suspensão
11. Liberdade de associação: as pessoas poderão livremente se associarem e dissociarem, sendo proibido associações para fins ilícitos ou de caráter paramilitar, sendo possível a suspensão de suas atividades por sentença judicial não transitada em julgado e até mesmo a dissolução definitiva por sentença judicial transitada em julgado.
Conteúdo
Suspensão:
Dissolução
CONTEÚDO DIRECIONADO PARA A PROVA
AV2
→ PRINCIPIO DA IGUALDADE: ASPECTOS MATERIAIS E FORMAIS
→ NACIONALIDADE: DISCRIMINAÇÃO POSITIVA ENTRE NATOS, NATURALIZADOS E ESTRANGEIROS (CONSTITUIÇÃO)
→ EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
→ CLASSIFICAÇÃO DA NOSSA CONSTITUIÇÃO
→ DIREITOS POLÍTICOS (SUBJETIVA)
AV3
→ DIREITO DA IGUALDADE
→ DIREITOS FUNDAMENTAIS
→ DIREITOS POLÍTICOS
→ EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS
→ DIREITO NACIONALIDADE
→ TEORIAGERAL DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
→ PODER CONSTITUINTE (DIFERENÇAS).

Outros materiais