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Idoso Hep. Biliar Novo

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ENSINO CLÍNICO TEÓRICO IV
PROF. GISELLE FREIMAN
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO CLIENTE COM PROBLEMAS HEPÁTICOS E BILIARES
DISFUNÇÕES HEPÁTICAS E BILIARES
O fígado, a maior glândula do corpo, pode ser considerado uma fábrica química que manufatura, armazena, modifica e excreta uma grande quantidade de substâncias envolvidas no metabolismo. A localização do fígado é essencial nessa função, pois ele recebe o sangue rico em nutrientes diretamente do TGI e, em seguida, armazena ou transforma esses nutrientes em substâncias químicas que serão utilizadas em outros locais do corpo para as necessidades metabólicas.
DISFUNÇÕES HEPÁTICAS E BILIARES
O fígado é particularmente importante na regulação do metabolismo da glicose e da proteína.
O fígado fabrica e secreta a bile, que possui uma importante função na digestão e absorção dos lipídios no TGI. Ele remove os produtos de degradação a partir da corrente sanguínea e secreta-os dentro da bile. A bile produzida no fígado é temporariamente armazenada na vesícula biliar até que seja necessária para o processo de digestão, em cujo momento a vesícula biliar se esvazia e a bile penetra no intestino.
CIRROSE HEPÁTICA
É uma doença crônica caracterizada pela substituição do tecido hepático normal pela fibrose difusa (cicatriz), a qual rompe a estrutura e a função do fígado. 
CIROSSE HEPÁTICA
CAUSAS 
CIROSSE HEPÁTICA
Principal causa é a ingesta excessiva/abusiva de álcool.
SINAIS E SINTOMAS
 CIRROSE HEPÁTICA COMPENSADA
Febre baixa intermitente; 
Aranhas vasculares;
Eritema palmar (palmas avermelhadas);
Epistaxe inexplicada;
Edema de tornozelo;
Indigestão matutina;
Dispepsia flatulenta;
Dor abdominal;
Fígado firme e aumentado;
Esplenomegalia (aumento do volume do baço).
ARANHAS VASCULARES
SINAIS E SINTOMAS 
CIRROSE HEPÁTICA DESCOMPENSADA
Ascite;
Icterícia;
Fraqueza;
Desgaste muscular;
Perda ponderal;
Febre baixa contínua;
Baqueteamento dos dedos;
Púrpura (devido a contagem das plaquetas diminuída);
Equimoses espontâneas; (Equimose é uma infiltração de sangue na malha dos tecidos com 2 a 3 centímetros de diâmetro. Surge com a ruptura de capilares). 
Epistaxe;
Hipotensão;
Pelos corporais escassos;
Unhas esbranquiçadas;
Atrofia de gônadas (responsáveis pela produção de gametas).
TRATAMENTO 
CIRROSE HEPÁTICA
Antiácidos para diminuir o desconforto gástrico e minimizar a possibilidade de sangramento GI;
Vitaminas e suplementos nutricionais para promover a cura de células hepáticas lesionadas e melhora do estado nutricional geral;
Diuréticos poupadores de potássio (espironolactona (aldactone)) podem estar indicados para diminuir ascite, quando existente; esses diuréticos são preferíveis a outros porque minimizam as alterações hidroeletrolíticas comuns com outros diuréticos;
Dieta balanceada e suspensão da ingesta de álcool, embora a fibrose do fígado cirrótico não possa ser revertida, sua progressão pode ser estancada ou lentificada por essas medidas.
COLECISTITE
É a infecção aguda da vesícula biliar que provoca dor, sensibilidade e rigidez no quadrante superior direito do abdome e está associada a náuseas, vômitos e aos sinais de uma inflamação aguda. A colecistite pode ser calculosa ou acalculosa.
QUADRANTES ABDOMINAIS
TIPOS DE COLECISTITE
COLECISTITE LITIÁSICA: Ocorre quando um cálculo da vesícula biliar obstrui o fluxo da bile que permanece no interior do órgão provocando um processo inflamatório.
COLECISTITE ALITIÁSICA: Refere-se a inflamação da vesícula biliar na ausência de obstrução por cálculos biliares. Ocorre depois de procedimentos cirúrgicos, trauma grave e infecção bacteriana.
CAUSAS COLECISTITE
Cerca de 80% das colecistites são devidos à presença de cálculos que causam obstrução dos canais biliares, ou seja, são uma consequência da litíase biliar: cálculos no interior da vesícula. Em geral estes cálculos, constituídos de colesterol ou bilirrubina são os responsáveis pelo início do quadro clínico. A estase de líquido biliar permite a multiplicação de bactérias que levam à inflamação.
Outras causas de obstrução são os tumores do canal cístico ou próximos a ele.
A colecistite alitiásica, ou acalculosa pode aparecer após um período sem alimentação por via oral. Isto pode ocorrer por causa do jejum necessário para realizar uma cirurgia e pelo período após a cirurgia em que o doente permanece sem alimentar-se. 
A colecistite alitiásica aparece também como complicação em pacientes imunodeprimidos, portadores do vírus HIV. Os microorganismos envolvidos em geral são o  citomegalovírus (família herpes) e criptosporídeo (parasita).
DIAGNÓSTICO COLECISTITE
Hemograma completo: as análises sanguíneas demonstram leucocitose. 
Sinal de Murphy: Positivo quando o paciente suspende a inspiração por dor à compressão do rebordo costal direito (local onde se encontra a vesícula biliar).
Ecografia: é um exame que utiliza ultra-sons para produzir imagens dos órgãos internos. Vai confirmar o diagnóstico, observando-se espessamento significativo da parede do órgão. Se possível é também localizado o cálculo responsável. 
ECOGRAFIA
Ecografia é um método diagnóstico muito recorrente na medicina que utiliza o eco gerado através de ondas ultrassônicas de alta frequência para visualizar, em tempo real, as estruturas internas do organismo.
A ecografia permite detectar lesões focais ou difusas em órgãos e estruturas parenquimatosas, como por exemplo no fígado, pâncreas, baço, rins, próstata, mama e tireoide, entre outras, e tem um papel fundamental na avaliação ginecológica (útero e ovários).
TRATAMENTO
COLECISTITE
Entrar com antibioticoterapia urgente!
Terapia nutricional pobre em lipídeos;
Analgesia;
Cateter nasogástrico em sifonagem.
Após diminuição dos sintomas agudos é feita a cirurgia: Colecistectomia tradicional ou por laparoscopia.
COLELITÍASE
É a presença de cálculos na vesícula biliar.
SINAIS E SINTOMAS
COLELITÍASE
Podem ser assintomáticos.
Desconforto epigástrico;
Distensão abdominal;
Dor no quadrante superior direito;
Febre;
Náuseas e vômitos;
Cólica biliar;
Prurido (devido ao acúmulo de sais biliares no sangue);
Icterícia (ocorre geralmente quando acontece obstrução do duto biliar. A bile não mais transportada para o duodeno é absorvida pelo sangue dando a pele uma coloração amarelada);
Acolia fecal ou fezes acólicas (sem cor);
Diurese escura e colúrica (devido à excreção de bilirrubina/colúria é uma espuma amarelada presente na urina deste paciente).
TRATAMENTO
COLELITÍASE
Litotripsia por ondas de choque extracorpórea;
Colecistectomia tradicional ou por laparoscopia.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
EM GERAL
Observar e manter permeabilidade das vias aéreas;
Instalar monitorização cardíaca e oxímetro de pulso;
Verificar sinais vitais;
Instalar balanço hídrico;
Observar nível de consciência;
Avaliar e registrar icterícia;
Avaliar e registrar edema;
Observar e registrar presença de dor;
Observar e registrar sinais de sangramento;
Instalar cateter nasogástrica e manter em sifonagem;
Observar aspecto, coloração e odor das eliminações vesicointestinais;
Manter o paciente em Fowler, em casos de dispneia;
Estimular o repouso no leito;
Mensurar circunferência abdominal;
Registrar aspecto e quantidade de secreção gástrica drenada;
Observar e registrar a ocorrência de náuseas e vômitos.
REFERÊNCIAS
SMELTZER; Suzane C.; BARE; Brenda G. BRUNNER E SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2011.

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