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Idoso Endocrino

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DISTÚRBIOS ENDÓCRINOS
PROF. GISELLE FREIMAN
ENSINO CLÍNICO TEÓRICO ADULTO E IDOSO
UNESA
A TIREOIDE
A glândula tireoide é um órgão em forma de borboleta localizada na parte inferior do pescoço, anterior a traqueia. 
Função da Tireoide
A tireoide produz três hormônios: levotiroxina (T4), a triodotironina (T3) que são referidos coletivamente como hormônio tireoideo e a calcitonina.
DISTÚRBIOS DA TIREOIDE
A função primária dos hormônios tireoideos é controlar a atividade metabólica celular. O T4 mantém o metabolismo corporal em um estado de equilíbrio. O T3 é cerca de cinco vezes mais potente que o T4 e apresenta uma ação metabólica mais rápida.
Esses hormônios aceleram os processos metabólicos por aumentarem o nível de enzimas específicas que contribuem para o consumo de oxigênio.
DISTÚRBIOS DA TIREOIDE
A calcitonina é secretada em resposta aos elevados níveis plasmáticos de cálcio, e reduz o nível plasmático de cálcio por aumentar sua deposição no osso.
HIPOTIREOIDISMO
Conjunto de sinais e sintomas decorrentes da diminuição dos hormônios da tireoide. Diminuição do funcionamento da tireoide, popularmente: falta de tireoide ou tireoide cansada.
CAUSAS DO HIPOTIREOIDISMO
Doença autoimune;
Radiação;
Deficiência de iodo: (Esse problema não costuma ser comum no Brasil, porque aqui o nosso sal é iodado por lei);
Atrofia da glândula tireoidea com o envelhecimento.
SINAIS E SINTOMAS 
HIPOTIREOIDISMO
Alopecia;
Unhas quebradiças;
Pele seca;
Dormência;
Rouquidão;
Distúrbios menstruais;
SINAIS E SINTOMAS
HIPOTIREOIDISMO – FORMA GRAVE
Hipotermia;
Bradicardia;
Aumento ponderal;
Mixedema;
Fadiga;
Lentificação do processo mental;
Demência;
Distúrbios respiratórios;
Coma Mixedematoso.
Mixedema palpebral
Mixedema mãos
Mixedema pés
COMA MIXEDEMATOSO
Pacientes com hipotireoidismo apresentam uma série de adaptações fisiológicas para compensar a falta dos hormônios tireoidianos, porém em determinadas situações, como por exemplo, uma infecção, não serão suficientes, o paciente descompensará e caminhará para o coma. 
Pacientes hipotireoideos graves, têm uma longa história de cansaço, aumento ponderal, obstipação intestinal e intolerância ao frio. 
Na suspeita de coma mixedematoso, o paciente deverá ser admitido no CTI para cuidados respiratórios e cardiovasculares. É de grande importância reconhecer a causa da descompensação e tratá-la agressivamente.
TRATAMENTO
HIPOTIREOIDISMO
Reposição de hormônio tireoideo;
Suporte ventilatório e hídrico. (Internação).
Orientações nutricionais
HIPERTIREOIDISMO
HIPERTIREOIDISMO
Produção excessiva de hormônios da tireoide causado pela estimulação anormal da glândula tireoide.
CAUSAS DO HIPERTIREOIDISMO
Choque emocional;
Estresse;
Tireoidite.
SINAIS E SINTOMAS
HIPERTIREOIDISMO
TRATAMENTO
HIPERTIREOIDISMO
Radiação;
Medicamentos antitireoideos; (inibem a produção dos dos hormônios da tireoide, ajudando assim a estabilizar estes hormônios na corrente sanguínea). 
Propiltiouracil (PTU), Propilracil, Metimazol ou Tapazol.
Tireoidectomia.
DOENÇA DE GRAVES
A Doença de Graves é uma condição autoimune que leva à super atividade da tireoide. 
Aproximadamente de 60 a 80% dos casos de hipertireoidismo são causados pela Doença de Graves, que foi descrita pela primeira vez em 1825, na Inglaterra, e, posteriormente, em 1835, por Robert Graves, na Irlanda.
TIPOS DA DOENÇA DE GRAVES
Oftalmopatia de Graves consiste em uma alteração na órbita do olho provocada pela disfunção na tireoide. É caracterizado pelo deslocamento do globo ocular para frente.
Há, ainda, um outro tipo da doença, que é bem menos frequente: a dermopatia de Graves. Ela afeta a pele, deixando-a com aspecto mais grosso e avermelhado – principalmente as partes inferiores do corpo, como pernas e pés.
Oftalmopatia de Graves/Dermopatia de Graves
CAUSAS DA DOENÇA DE GRAVES
A doença de Graves é uma doença autoimune, ou seja, causada por um defeito no sistema imunológico que leva à destruição de células da tireoide e tecidos saudáveis do corpo pelos próprios anticorpos. 
Na doença de Graves por razões idiopáticas, a doença ocorre quando a tireoide passa a produzir mais quantidade de hormônio do que o normal.
No caso da Oftalmopatia de Graves, as causas suspeita-se que os mesmos anticorpos problemáticos que atacam as células saudáveis da tireoide também atacam o globo ocular.
FATORES DE RISCO PARA 
DOENÇA DE GRAVES
Histórico familiar: Este é um dos fatores de risco mais conhecidos – acredita-se que possa existir um ou mais genes que tornam uma pessoa mais suscetível à Doença de Graves.
Sexo: Pessoas do sexo feminino são mais propensas a desenvolver a Doença de Graves.
Idade: A Doença de Graves geralmente se desenvolve em pessoas com menos de 40 anos.
SINAIS E SINTOMAS 
DOENÇA DE GRAVES
Ansiedade e irritabilidade;
Tremor nas mãos ou dedos;
Sensibilidade ao calor, aumento da transpiração , pele quente e úmida;
Perda de peso anormal, apesar de hábitos alimentares normais;
Alargamento da glândula tireoide (bócio);
Alterações no ciclo menstrual;
Disfunção erétil ou diminuição da libido;
Evacuações frequentes;
Palpitações.
Aproximadamente 30% das pessoas com Doença de Graves também apresentam sinais de Oftalmopatia de Graves. Os principais sinais desta forma da doença são:
Exoftalmia;
Sensação de areia nos olhos;
Pressão ou dor nos olhos;
Pálpebras retraídas;
Olhos avermelhados ou inflamados;
Fotofobia;
Diplopia;
Perda de visão, em casos mais graves.
DIAGNÓSTICO
DOENÇA DE GRAVES
Exame físico: examina os olhos do paciente. Examina a tireoide para ver se está ampliada. Verifica o pulso, a pressão arterial e procura por sinais de tremor – principalmente nas mãos.
Exames laboratoriais – avaliar os níveis de hormônio estimulante da tireoide (TSH), pessoas com doença de Graves geralmente têm menos quantidade de TSH no sangue e níveis mais elevados de hormônios da tireoide T3 e T4;
Ultrassom - mostra se a tireoide está maior que o normal;
TC ou RM para confirmar diagnóstico.
TRATAMENTO
DOENÇA DE GRAVES
 Terapia com iodo radioativo
Neste tipo de tratamento, o paciente ingere iodo radioativo. 
No organismo, essa substância entra nas células da tireoide e destrói as células superativas da glândula, que passa a encolher.
 Com isso, os sintomas começam a desaparecer gradualmente. Esse processo pode demorar de algumas semanas a alguns meses. 
Este tratamento não pode ser administrado a pacientes que já tenham problemas oculares graves, pois pode levar a oftalmopatia de Graves. Ele também não é recomendado para mulheres grávidas ou mulheres que estejam amamentando.
Outro problema decorrente deste método é que o iodo radioativo diminui consideravelmente a atividade da tireoide, de modo que, após o fim do tratamento, o paciente pode precisar repor os hormônios produzidos pela glândula.
TRATAMENTO
DOENÇA DE GRAVES
Medicamentos anti-tireoide servem mais como uma alternativa à ingestão de iodo radioativo. 
Betabloqueadores – Ex: atenolol. Estes medicamentos não são capazes de inibir a produção de hormônios da tireoide, mas podem, sim, bloquear o efeito desses hormônios no corpo do paciente. Eles podem fornecer alívio relativamente rápido a batimentos cardíacos irregulares, tremores, ansiedade ou irritabilidade, intolerância ao calor, sudorese, diarreia e fraqueza muscular. Os betabloqueadores não costumam ser prescritos a pessoas com asma. PQ?
Beta Bloqueadores
São bloqueadores dos receptores β adrenérgicos, parte do SNS.
Ele compete com a norepinefrina e epinefrina pelos receptores B adrenérgicos. A sua ação é uma inibição por competição.
Este bloqueio simpático provoca uma diminuição da contratilidade e da velocidade da contração cardíaca, diminuição da FC, sobretudo no esforço ou ansiedade. Estas ações levam a uma diminuição do consumo de oxigênio pelo miocárdio. 
o sistema nervoso simpático pode acelerar os batimentos cardíacos; dilatar
as passagens dos brônquios; diminuir a motilidade do intestino grosso; constringir vasos sanguíneos; aumentar o peristaltismo do esôfago; piloereção e transpiração; além de aumentar a PA. As mensagens aferentes (que chegam ao sistema) podem transmitir sensações como calor, frio ou dor.
TRATAMENTO 
DOENÇA DE GRAVES
Tireoidectomia. Após a cirurgia, o paciente provavelmente precisará repor as quantidades necessárias de hormônios produzidos pela tireoide.
OFTALMOPATIA DE GRAVES:
Corticosteroides;
Cirurgia de descompressão orbital. Nesta cirurgia, o médico remove o osso entre a órbita e as regiões ao redor, fazendo com o que o olho volte à aparência normal;
Radioterapia orbital. Este costumava ser o tipo mais comum de terapia para Oftalmopatia de Graves, mas hoje ele só é recomendado para casos em que outros alternativas de tratamento não funcionarem.
Diferença entre Hipo/Hipertireoidismo
DISTÚRBIOS DO PÂNCREAS
O pâncreas encontra-se localizado na parte superior do abdome. 
Possui funções exócrinas (enzimas digestivas) e endócrinas.
A parte endócrina do pâncreas libera os hormônios glucagon (hiperglicemiante), insulina e a somatostatina (hipoglicemiante).
Pâncreas
Pâncreas: Órgão nodular (no ABDOME) que abriga GLÂNDULAS ENDÓCRINAS e GLÂNDULAS EXÓCRINAS. 
A pequena porção endócrina é composta pelas ILHOTAS DE LANGERHANS, que secretam vários hormônios na corrente sanguínea. 
A grande porção exócrina (PÂNCREAS EXÓCRINO) é uma glândula que secreta várias enzimas digestivas no sistema de ductos pancreáticos (que desembocam no DUODENO).
PANCREATITE
É a inflamação do pâncreas. É um distúrbio grave do pâncreas que pode variar em gravidade desde um distúrbio relativamente brando e autolimitado até uma doença rapidamente fatal que não responde a nenhum tratamento.
O pâncreas produz enzimas que são eliminadas inativas para o intestino e estômago. 
Na pancreatite essas enzimas já são ativadas dentro do pâncreas produzindo o processo inflamatório, destruindo, assim, suas próprias células. Quando eliminadas na circulação sanguínea destroem o sistema vascular.
CAUSAS DA PANCREATITE
Etilismo;
Componente familiar (pequena incidência);
Trauma abdominal;
Pós operatório de cirurgia no pâncreas ou em locais próximos;
Distúrbios metabólicos;
Doença autoimune.
SINAIS E SINTOMAS 
PANCREATITE
Dor abdominal intensa tipicamente na região epigástrica média, após ingestão de grande quantidade de álcool ou alimentação pesada;
Distensão abdominal;
Massa abdominal palpável e mal definida;
Peristalse diminuída;
Abdome rígido ou em tábua é sinal de mau prognóstico – peritonite;
O abdome permanece flácido na ausência de peritonite;
A presença de equimose em flanco esquerdo (sinal de Gray-Turner) ou na região periumbilical (sinal de Cullen) são indicativos de hemorragia retroperitoneal que pode ocorrer em casos de pancreatite grave;
Náuseas e vômitos (podem conter bile);
Febre;
Icterícia;
Confusão mental;
Agitação;
Fezes volumosas, esbranquiçadas e com odor fétido;
Continuação... SINAIS E SINTOMAS 
PANCREATITE 
Hipotensão - reflete a hipovolemia e o choque provocado pela perda de grandes quantidades de líquido rico em proteínas para dentro dos tecidos e cavidade peritoneal.
Taquicardia;
Cianose;
Pele fria e pegajosa;
Insuficiência renal aguda;
Angústia respiratória;
Hipóxia;
Dispneia;
Taquipneia;
Infiltrados pulmonares difusos;
Valores gasométricos anormais;
Hipocalcemia;
Hiperglicemia.
DIAGNÓSTICO
PANCREATITE
Histórico do paciente;
Exame físico: O exame abdominal mostra dor em hipocôndrio direito e/ou epigástrio com defesa muscular, mas raramente com descompressão dolorosa;
Exames laboratoriais (Serão observados os níveis séricos de amilase e lipase que se apresentam elevados. Leucocitose. Hipocalcemia. Hiperglicemia. Níveis séricos de bilirrubina elevados). Hematócrito e hemoglobina são monitorados para avaliar sangramentos;
Raio x de abdome e tórax (diferencia pancreatite de outras patologias);
Ultrassom e Tomografia Computadorizada (identificam aumento no diâmetro do pâncreas e detectam cistos e abscessos);
Paracentese (avalia os níveis aumentados de enzimas pancreáticas no líquido peritoneal).
TRATAMENTO
PANCREATITE
Laparotomia diagnóstica;
Antibioticoterapia;
Nutrição parenteral;
Cateter nasogástrico em sifonagem.
Analgesia com meperidina (dolantina), pois não estimula os esfíncteres; NÃO USAR MORFINA!
* Meperidina é analgésico opioide que se liga a receptores opioides µ e kappa no sistema nervoso central inibindo a transmissão do impulso doloroso. 
 Antieméticos;
Correção da perda hídrica e sanguínea para evitar insuficiência renal;
Gasometria;
Insulina, se, hiperglicemia significativa!!!
DIABETES MELITTUS
Diabetes mellitus (DM) é uma condição na qual o pâncreas deixa de produzir insulina ou as células param de responder à insulina que é produzida, fazendo com que a glicose sanguínea não seja absorvida pelas células do organismo e causando o aumento dos seus níveis na corrente sanguínea.
Existem dois tipos principais da doença. O diabetes tipo 1 (DM1) e o tipo 2 (DM2).
TIPO 1
O DM1 é o tipo de diabetes predominante na infância e na adolescência, a idade em que ela se inicia geralmente é de 10 aos 14 anos (pico de incidência). 
O diabetes tipo 1 resulta da destruição das células beta do pâncreas – células produtoras de insulina. Esta destruição é mediada por respostas auto-imunes celulares. Ou seja, o próprio organismo destrói suas células, levando ao aumento da glicose no sangue por déficit absoluto de produção de insulina.
TIPO 2
O DM2 é considerado uma das grandes epidemias do século XXI e afeta quase 90% das pessoas que têm diabetes, sendo o tipo mais comum.
Ocorre quando o nível de glicose no sangue fica muito alto. A glicose é o combustível que as células do corpo usam para obter energia. O diabetes  tipo 2 ocorre quando não há produção suficiente de insulina pelo pâncreas  ou porque o corpo se torna menos sensível à ação da insulina  que é produzida - a chamada resistência à insulina. A insulina  ajuda o corpo a levar a glicose para dentro das células.
É uma doença crônica que pode causar complicações à saúde; incluindo insuficiência renal, doenças do coração, acidente vascular encefálico e cegueira.
PRÉ-DIABETES
Pré-diabetes: Condição em que um teste de glicose, feito após 8 a 12 horas de jejum, mostra um nível de glicose mais alto que o normal mas não tão alto para um diagnóstico de diabetes. A medida está entre 100 mg/dL e 125 mg/dL. A maioria das pessoas com pré-diabetes têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2, doenças do coração e Acidentes vasculares encefálicos. Uma vez cientes desta condição, podem iniciar medidas preventivas.
CAUSAS 
DIABETES MELITTUS TIPO 1
No DM1, a causa básica é uma doença auto-imune que lesa irreversivelmente as células beta do pâncreas (células produtoras de insulina). Nos primeiros meses após o início da doença, são detectados no sangue anticorpos - anticorpo anti-ilhota pancreática, anticorpo contra enzimas das células beta (anticorpos antidescarboxilase do ácido glutâmico - antiGAD, por exemplo) e anticorpos anti-insulina.
CAUSAS 
DIABETES MELITTUS TIPO 2
No DM2, ocorrem diversos mecanismos de resistência à ação da insulina. O estilo de vida moderno tem papel fundamental no desenvolvimento do diabetes, quando consiste em hábitos que levam ao acúmulo de gordura principalmente na região abdominal. Tipo de distribuição de gordura que é mais relacionado ao aumento do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
SINAIS E SINTOMAS
DIABETES MELITTUS
DIAGNÓSTICO
DIABETES MELITTUS
Presença dos sinais e sintomas da doença;
Exame laboratorial (jejum de 8 a 12 horas);
O diagnóstico sempre deve ser confirmado com uma segunda medida.
Critérios para a presença de anormalidades da tolerância à glicose, segundo a ADA-2005:
Categoria
 Glicemia de Jejum
 Glicemia 2h pós-sobrecarga
Normal
<100 mg/dl
 <140 mg/dl
Glicemia de jejum alterada (GJA)
100-125 mg/dl
-
Tolerância à glicose diminuída (TGD)
-
140-199 mg/dl
Diabetes*
 126 mg/dl
 200 mg/dl
*O diagnóstico de diabetes requer confirmação em uma outra coleta.
(Adaptado da American Diabetes Association - ADA 2005)
Tratamento
INSULINAS
A insulina humana (NPH e Regular) utilizada no tratamento de diabetes atualmente é desenvolvida em laboratório, a partir da tecnologia de DNA recombinante.
A insulina chamada de ‘regular’ é idêntica à humana na sua estrutura. Já a NPH é associada a duas substâncias (protamina e o zinco) que promovem um efeito mais prolongado.
A insulina não pode ser tomada em pílulas ou cápsulas, pois os sucos digestivos presentes no estômago interferem em sua eficácia!!!
Com o avanço das pesquisas na área, essa realidade talvez seja viável no futuro. Está para ser lançada no mercado norte americano uma insulina administrada por via inalada.
Dicas práticas para diferenciar 
INSULINA Regular da INSULINA NPH
A insulina regular tem ação rápida e sua coloração é transparente. Após ser aplicada, seu início de ação acontece entre meia e uma hora, e seu efeito máximo se dá entre duas a três horas após a aplicação.
 A Insulina NPH é uma insulina intermediária e tem coloração leitosa. 
TRATAMENTO
O objetivo principal é manter os níveis glicêmicos o mais próximo dos valores considerados normais. Também é importante manter os níveis adequados de colesterol, controlar a pressão arterial e o peso corporal de acordo com o que se segue:
TRATAMENTO DM 
CONTINUAÇÃO...
Glicemia plasmática (mg/dl)*:
Jejum: <100 
Pós-prandial: até 140
Colesterol (mg/dl):
Total: < 200
HDL: > 45
LDL: < 100
Triglicérides: < 150
Pressão arterial (mmHg):
Sistólica: < 130
Diastólica: < 80
Índice de Massa Corporal - IMC
CURIOSIDADE
Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sanguíneos. 
Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
TRATAMENTO DM 
CONTINUAÇÃO...
Quanto ao controle glicêmico, deve-se procurar atingir valores os mais próximos do normal. Como muitas vezes não é possível, aceita-se, nesses casos, valores de glicose plasmática em jejum até 126 mg/dl e pós-prandial (duas horas) até 160 mg/dl. 
Acima desses valores, é sempre necessário realizar intervenção para melhorar o controle metabólico!!!
EXAMES QUE DEVEM SER FEITOS PERIODICAMENTE POR DIABÉTICOS
Exame de fundo de olho: faz a análise da retina do diabético;
Dosagem da microalbuminúria: verifica a presença de pequenas quantidades de proteínas na urina que podem causar nefropatia;
Aferição da pressão arterial;
Lipidograma;
Exame Físico dos pés: para evitar as lesões do pé diabético e amputações de MMII.
COMPLICAÇÕES DA DIABETES
O desenvolvimento das complicações crônicas está relacionado ao tempo de exposição à hiperglicemia que tendem a ir se agravando podendo levar a complicações severas e agudas como:
Cetoacidose diabética (no DM1) 
Coma hiperosmolar (no DM2), caso a doença não seja diagnosticada, nem tratada.
COMPLICAÇÕES DM
Hiperosmolar: A osmolaridade do plasma do sangue reflete a concentração de certas substâncias como a glicose, as proteínas, etc. Por exemplo, quando os valores da hiperglicemia são muito elevados, há um aumento da concentração de glicose no sangue, ou seja, há uma hiperosmolaridade.
Os sintomas das complicações que ocorrem a longo prazo, ou seja, aquelas decorrentes da hiperglicemia mantida ao longo dos anos, envolvem alterações visuais, circulatórias, digestivas, renais, urinárias, neurológicas, dermatológicas, ortopédicas e problemas cardíacos.
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Cetoacidose diabética é uma condição grave que pode resultar em coma ou até mesmo a morte. Acontece quando os níveis de glicose no sangue do diabético encontram-se muito altos.
 A insulina é responsável por fazer com que a glicose que está na corrente sanguínea entre nas células do nosso corpo e gere energia.
Quando há falta de insulina, duas situações simultâneas ocorrem: o nível de glicose no sangue vai aumentando e as células sofrem com a falta de energia. Para evitar que as células parem de funcionar, o organismo passa a usar os estoques de gordura para gerar energia. Só que nesse processo em que o corpo usa a gordura como energia, formam-se as cetonas.
As cetonas são ácidos que se acumulam no sangue e aparecem na urina. Níveis elevados de corpos cetônicos podem envenenar o corpo. Quando os níveis ficam muito altos, têm-se a cetoacidose diabética. 
ISSO É UMA EMERGÊNCIA MÉDICA E DEVE SER TRATADA IMEDIATAMENTE!!! 
CAUSAS 
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Uma infecção ou outra doença pode fazer o corpo produzir níveis mais elevados de certos hormônios, como a adrenalina ou cortisol. Infelizmente, esses hormônios trabalham contra a insulina às vezes provocando um episódio de cetoacidose diabética. 
Outros possíveis gatilhos de cetoacidose diabética incluem:
Estresse;
Trauma físico ou emocional;
Hipertermia;
Cirurgia;
IAM;
Abuso de álcool ou outras drogas, especialmente a cocaína.
SINAIS E SINTOMAS
CETOACIDOSE DIABÉTICA
A cetoacidose diabética geralmente se desenvolve lentamente. Os primeiros sintomas incluem:
Sede ou boca muito seca
Micção frequente
Hiperglicemia
Altos níveis de cetonas na urina.
Em seguida, outros sintomas aparecem:
Cansaço constante
Pele seca ou corada
Náuseas, vômitos ou dor abdominal
Dificuldade em respirar
Odor frutado na respiração
Dificuldade de concentração.
DIAGNÓSTICO
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Teste para cetonas em uma amostra de urina é uma das primeiras etapas para diagnosticar a cetoacidose diabética. 
Glicemia. 
Teste de amilase no sangue para avaliar a função pancreática;
Raio-X do tórax para buscar sinais de uma infecção como pneumonia.
TRATAMENTO
CETOACIDOSE DIABÉTICA
Se a cetoacidose é resultado de uma infecção ou doença, receberá tratamento para as complicações também.
Reposição de fluidos – via oral ou por via intravenosa para substituir o líquido que é normalmente perdido como resultado da cetoacidose diabética. A reposição de líquidos também é útil para diluir a glicemia.
Insulinoterapia - a insulina provavelmente vai ser administrada por via intravenosa até o nível de açúcar no sangue cair para 240 mg/dL ou menos. Quando os níveis glicêmicos estiverem dentro de uma faixa aceitável, a rotina normal de insulina voltará.
Substituição de eletrólitos - Níveis de insulina abaixo do normal podem afetar a produção de eletrólitos do corpo.
COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS
Hipoglicemia: devido ao tratamento para cetoacidose;
Hipocalemia: os fluidos e insulina usados para tratar a cetoacidose diabética pode causar a hipocalemia podendo prejudicar também as atividades cardíacas, musculares e nervosas;
Edema cerebral: Devido ao ajuste dos níveis glicêmicos feitos rapidamente.

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