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CONTRATOS- PARTE GERAL Roteiro n°3 Professora: Laura Dutra de Abreu 5° Período Direito 1- CONCEITOS INICIAIS O contrato é um ATO JURÍDICO EM SENTIDO AMPLO, onde há uma manifestação lícita da vontade humana e que pretende um objetivo patrimonial. É UM NEGÓCIO JURÍDICO POR EXCELÊNCIA. Para a existência do contrato, seu conteúdo deve observar: - Objeto Lícito; - Não contrário ao ordenamento jurídico; - Boa-Fé Objetiva; -Função Social; - Bons costumes. > Não conceituação pelo NCC. O Código Civil Português não o define também. Vide CC Italiano, artigo 1321. > Obs: Princípios Estruturantes do Código Civil de 2002: Eticidade, Socialidade e Operabilidade. > Segundo Tartuce, o contrato é a fonte principal do Direito das Obrigações, revestindo- se como instituto primordial ao Direito Privado. > Clóvis Beviláqua entende por contrato “o acordo de vontade de duas ou mais pessoas com a finalidade de adquirir, resguardar, modificar ou extinguir direito”. > Para Maria Helena Diniz, “contrato é o acordo de duas ou mais vontades, na conformidade da ordem jurídica, destinado a estabelecer uma regulamentação de interesses entre as partes, com o escopo de adquirir, modificar ou extinguir relaçõe jurídicas de natureza patrimonial”. > Para Orlando Gomes “contrato é, assim, o negócio jurídico bilateral, ou plurilateral, que sujeita as partes à observância de conduta idônea à satisfação dos interesses que regularam”. > CONCEITO PAULO NALIN: CONCEITO MODERNO DE CONTRATOS: “O contrato constituí a relação jurídica subjetiva, nucleada na solidariedade constitucional, destinada a produção de efeitos jurídicos existenciais e patrimoniais, não só entre os titulares subjetivos da relação, como também perante terceiros” > Para Lucas de Abreu Barroso, portanto, “ no instante em que o contrato recebe esse novo impulso jurídico e ideológico, avulta indiscutivelmente a relevância do papel do juiz na realização dos valores e interesses nele contidos, tendo em vista o integral cumprimento dos deveres contratuais gerais (justiça, solidariedade, cooperação, função social, boa-fé, equivalência material, confiança, transparência e informação)...” >Obs: função ambiental do contrato > Segundo muitos autores modernos, o contrato é o instituto jurídico mais relevante, mais importante, para o direito privado. Tem como escopo principal atender os interesses, necessidades da pessoa humana. Em um segundo plano, serve como base á circulação de riquezas. > Tese do Diálogo das Fontes- NCC e CDC- vide Enunciado n° 167 da III Jornada de Direito Civil: 167 – Arts. 421 a 424: Com o advento do Código Civil de 2002, houve forte aproximação principiológica entre esse Código e o Código de Defesa do Consumidor, no que respeita à regulação contratual, uma vez que ambos são incorporadores de uma nova teoria geral dos contratos. 2- ESCADA PONTEANA > Criada pelo grande jurista Pontes de Miranda, que concebeu a estrutura do negócio jurídico. > Grupo de estudos da Professora Giselda Hironaka. Negócio Jurídico é dividido em 3 planos: a- Existência-----� inexistência b- Validade---� nulidade de pleno direito, eventualmente anulável. c- Eficácia---� consequênciase e efeitos. > Um plano não existe sem o outro, portanto o plano seguinte não pode existir sem o anterior. >OBS: Segundo Gilseda Hironaka, é possível que um contrato exista, seja inválido e gere efeitos. Vide artigo 157 NCC.---� convalidação. > Vide Apelação n° 994.07.037921-0, da Comarca de Praia Grande ,SP. > Direito Intertemporal e a Escada Ponteana. VIDE ARTIGO 2035 NCC > Possibilidade de se aplicar ao mesmo contrato o CC/16 e o NCC. > Não há a inconstitucionalidade deste artigo por lesão a direito adquirido e ato jurídido perfeito. > Vide Resp 691.738 SC. Ministra Nancy Andrighi Ementa RECURSO ESPECIAL. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. IMPUGNAÇÃO EXCLUSIVAMENTE AOS DISPOSITIVOS DE DIREITO MATERIAL. POSSIBILIDADE. FRACIONAMENTO DE HIPOTECA. ART. 1488 DO CC/02. APLICABILIDADE AOS CONTRATOS EM CURSO. INTELIGÊNCIA DO ART. 2035 DO CC/02. APLICAÇÃO DO PRINCIPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS. - - Se não há ofensa direta à legislação processual na decisão do Tribunal que revoga tutela antecipadamente concedida pelo Juízo de Primeiro Grau, é possível a interposição de Recurso Especial mencionando exclusivamente a violação dos dispositivos de direito material que deram fundamento à decisão.. - O art. 1488 do CC/02, que regula a possibilidade de fracionamento de hipoteca, consubstancia uma das hipóteses de materialização do princípio da função social dos contratos, aplicando-se, portanto, imediatamente às relações jurídicas em curso, nos termos do art. 2035 do CC/02. - Não cabe aplicar a multa do art. 538, § único, do CPC, nas hipóteses em que há omissão no acórdão recorrido, ainda que tal omissão não implique a nulidade do aresto. - Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido. > Caso Boris Casoy- vide: http://www.conjur.com.br/2006-out-27/record_pagar_61_milhoes_boris_casoy Record é condenada a pagar R$ 6,1 milhões para Boris Casoy A Rede Record foi condenada a pagar R$ 6,1 milhões para o jornalista Boris Casoy por ter rescindido seu contrato de trabalho. A decisão, do juiz André Gustavo Cividanes Furlan, da 13ª Vara Cível de São Paulo, beneficia em parte a rede de televisão, já que a multa prevista no contrato, em caso de rescisão, é de R$ 27 milhões. Casoy recorreu à Justiça pedindo o valor integral da multa. Ele contou que seu contrato com a emissora foi renovado em abril de 2004, mas, em janeiro de 2006, foi cancelado. O juiz considerou que, embora o contrato preveja multa integral em caso de rescisão, o Código Civil permite que essa multa seja reduzida. O artigo 413 do código diz: “a penalidade deve ser reduzida eqüitativamente pelo juiz se a obrigação principal tiver sido cumprida em parte”. Como parte do contrato foi cumprida, o juiz Furlan considerou que o dispositivo do Código Civil poderia ser aplicado. > Outorga Uxória e Marital- 1647 NCC. O CC/16, previa a nulidade absoluta. Compra e venda de imóvel celebrada em 2001, sem a outorga conjugal! Nula ou anulável? > Sociedade entre cônjuges- artigo 977 NCC.
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