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Roteiro 8 Contratos

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CONTRATOS- PARTE GERAL 
Roteiro n°8 
 
Professora: Laura Dutra de Abreu 
5° Período Direito 
 
1- CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS 
1.1- Quanto aos direitos e deveres das partes envolvidas: 
 a) Unilateral 
 b) Bilateral ( Sinalagmático) 
 c) Plurilateral 
> Unilateral: Segundo Álvaro Villaça de Azevedo, note-se que, se o contrato se forma 
com vontades, em posição de cada lado da relação jurídica negocial, poderia parecer 
incongruente a referência ao contrato unilateral. 
Essa classificação estudada, o encara sob o aspecto das obrigações dos contrantes, 
nele assumidas, sob o ângulo dos efeitos que dele fluem. Daí, dizer que nos contratos 
unilaterais, somente uma das partes tem obrigação( exemplo: mútuo). 
 No entanto, alguns contratos como a doação, apresentam em alguns casos, embora 
sua natureza unilateral, bilateralidade de obrigações. É o que chamamos de doação 
modal ou com encargo- modalidade de doação onerosa, por trazer um ônus ao 
donatário. É chamada de contrato unilateral imperfeito. 
 Para Stolze e Pamplona, apenas um dos contratantes assume deveres em face do 
outro. Não existe a figura da contraprestação. Por exemplo: doação pura e simples, 
mútuo (empréstimo de bem fungível para consumo), comodato ( empéstimo de bem 
infungível para uso). 
Apesar da presença de duas vontades, para Tartuce, apenas uma delas será 
devedora, não havendo contra-prestação. 
> Bilateral: Stolze asservera que os contratantes são simultânea e reciprocamente 
credores e devedores uns dos outros, produzindo o negócio de direitos e deveres para 
AMBOS. É também denominado de sinalagmático, pela presença do sinalagma, que é 
proporcionalidade das prestações, eis que as partes têm direitos e deveres entre si. 
Um exemplo típico, é o contrato de compra e venda, onde o vendedor tem o dever de 
entregar a coisa e o direito de receber o preço; e o comprador tem o dever de pagar o 
preço e o direito de receber a coisa. 
“Exceptio Non Adimpleti Contractus”- O contratante que não cumpre a sua 
obrigação não pode exigir o cumprimento da do outro. Este poderá defender-se ante 
esse inadimplemento contratual arguindo a exceção do contrato não cumprido. Senão 
vejamos: 
Art. 476. Nos contratos bilaterais, nenhum dos contratantes, antes de cumprida a sua 
obrigação, pode exigir o implemento da do outro. 
Art. 477. Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das partes contratantes 
diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou tornar duvidosa a prestação 
pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à prestação que lhe incumbe, até que 
aquela satisfaça a que lhe compete ou dê garantia bastante de satisfazê-la. 
Exemplo: Uma empreiteira que tenha descumprido sua obrigação de bem construir, 
mostrando seu serviço defeituoso. Poderá o proprietário desta obra, ao recebê—la, 
suspender o pagamento do saldo devedor, relativo á remuneração do serviço, por não 
ter sido cumprida convenientemente a obrigação. 
 
A ambas as partes, portanto, atribuem-se obrigações. Nesta relação obrigacional, tais 
contratantes, devem-se mutuamente, cada qual é devedor e credor do outro, ao 
mesmo tempo. 
 
> Plurilateral: Envolve várias pessoas, trazendo direitos e deveres para todos os 
envolvidos, na mesma proporção. Por exemplo, temos o seguro de vida em grupo e o 
consórcio. 
*******OBS: Não confundir tal classificação com a classificação do negócio jurídico em 
unilateral, bilateral e plurilateral. Isso, porque, todo contrato é NEGÓCIO JURÍDICO, 
PELO MENOS, BILATERAL. 
*****Negócios jurídicos unilaterais e contratos ou negócios jurídicos bilaterais 
O Código Civil contém uma regulamentação geral do negócio jurídico, abrangendo 
assim as duas modalidades. O critério classificativo é o do número e modo de 
articulação das declarações integradoras do negócio. 
Nos negócios unilaterais, há uma declaração de vontade ou várias declarações, mas 
paralelas formando um só grupo. 
Nos contratos ou negócios bilaterais, há duas ou mais declarações de vontade, de 
conteúdo oposto, mas convergentes, ajustando-se na sua comum pretensão de 
reduzir resultado jurídico unitário, embora com um significado para cada parte. 
 
 
1.2- Quanto ao sacrifício patrimonial das partes: 
 
 a) Onerosos 
 b) Gratuitos 
 
>Onerosos: Segundo Tartuce, são aqueles que trazem vantagens para ambos os 
contratantes, pois ambos sofrem o mencionado sacrifício patrimonial (Idéia de proveito 
alcançado). Ambas as partes assumem deveres obrigacionais, havendo um direito 
subjetivo de exigí-lo. Exemplo: contrato de compra e venda, locação, etc. 
Portanto, a compensação de vantagens, existe. O benefício recebido, auferido por 
uma das partes contratantes, leva que a outra parte obtenha também uma vantagem. 
 
Gratuitos: A sua tônica, é a liberalidade. Acorde com Álvaro Villaça, nele, somente 
uma das partes contratantes obtém vantagem. Ex: doação pura e simples. 
Também denominado de Benéfico. Portanto, segundo Tartuce, são aqueles em que 
só uma das partes obtém um proveito, podendo este, por vezes, ser obtido por terceira 
pessoa, quando há espitulação neste sentido, como na doação pura e simples. 
 
Obs 1: Ver artigo 114 do NCC: Interpretação restritiva e também artigo 392 NCC. 
Obs 2: Em regra, os contratos onerosos são bilaterais, ao passo que os gratuitos são 
unilaterais. Porém existem execções. Por exemplo: contrato de mútuo de dinheiro, 
sujeito a juros (Mútuo feneratício), em que além da obrigação de restituir a quantia 
emprestada ( contrato unilateral), devem ser pagos os juros ( contarato oneroso) 
Obs 2: Questão da Onerosidade Excessiva. Teoria da Imprevisão. Rebus Sic 
Stantibus. Boa- Fé Objetiva e Função Social do Contrato. ( ver artigo 478 e ss) 
 
 
3- Quanto ao momento do aperfeiçoamento do Contrato 
 
 a) Consensuais 
 b) Reais 
 
>Consensuais: São os que se consideram formados pela simples proposta e 
aceitação, ou seja, são concretizados com a simples declaração de vontade, classe 
em que se enquadra a quase totalidade das avenças. Exemplo: compra e venda, 
locação, doação, etc. 
 
>Reais: são os que só se formam com a entrega efetiva da coisa (Traditio Rei), de 
um contratante para o outro. Exemplo: comodato, mútuo, depósito, etc.. 
Para MHD, “ antes da entrega efetiva da coisa, ter-se-á mera promessa de contratar e 
não um contrato perfeito e acabado”. 
Segundo Orlando Gomes, os contratos reais são geralmente, unilaterais, porque a 
entrega da coisa essencial para a sua formação, não significa um começo de 
execução. Se não houver a entrega da coisa numa avença nesse tipo, existirá, quando 
muito, um pré- contrato inominado”. 
 
> FORMAIS OU SOLENES: Ainda quanto á esta classificação, alguns autores, dentre 
eles, Álvaro Villaça de Azevedo, o conceitua como solene ou formal, ou seja, aqueles 
que dependem de certas formalidades especiais para o seu cumprimento. No entanto, 
o veremos adiante. 
 
OBS 1- Não se pode confundir o aperfeiçoamento do contrato (plano de validade), 
com o seu cumprimento ( plano de eficácia). Quanto á tradição, é melhor dizer que 
está, em regra, no plano de eficácia. Por vezes, pode-se encontrar no plano de 
validade, que é o caso da entrega da coisa nos contratos reais. 
 
4- Quanto aos riscos que envolvem a prestação 
 
 a) Comutativo ( Pré- estimado) 
 b) Aleatório 
 
Comutativo: Existe a equivalência de prestações, ou seja, as partes contratantes, 
segundo Azevedo, logo ao nascer do contrato, sabem o que vão ganhar e o que vão 
perder, têm a previsibilidade dos seus interesses contratuais. 
Neste tipo de contrato, nã haverá, com isso, o fator de risco em relação as prestações, 
que serão certas e determinadas. Em regra, a compra e venda é um contrato 
comutativo, bem como a locação. 
 
Aleatório: A álea estápresente, a sorte está lançada no contrato. Nele, a prestação 
de uma das partes não é conhecida com exatidão no momento da celebração do 
negócio jurídico, pelo fato de depender da sorte, que é um fator desconhecido. Ver 
artigos 458 a 461 do NCC 
 
 De um lado alguns negócios são aleatórios devido à sua própria natureza 
(exemplo: casos de contratos de seguro- artigo 757 e ss; e de jogo e aposta – artigo 
814 a 817 do NCC). De outro, o contrato é aleatório em virtude da existência de um 
elemento acidental, que torna a coisa incerta quanto a sua existência ou quantidade. 
Por exemplo: compra e venda de uma colheita futura. 
 
 Artigo 458: Contrato Aleatório Emptio Spei ( venda de esperança na compra e 
venda)- safra de café, resultado de uma pesca- A safra e o resultado da pesca 
podem ser altamente compensadores, ou não, como podem inexistir. Neste caso, o 
risco pode ser total. Vale lembrar aqui também da relação das empresas exploradoras 
de petróleo e a Petrobrás. 
 Artigo 459: Contrato Aleatório Emptio Rei Speratae ( venda da esperança com 
coisa esperada na compra e venda)- O risco é parcial. Pelo menos deve existir a 
coisa, no futuro, que foi objeto do contrato. Ex: Colheita não pode ser 30% inferior da 
colheita feita anteriormente. Parque de diversão- presentes. ( urso, chaveiro, etc). 
 Artigo 460: Alienação de Coisa Existente Sujeita a Risco. 
 Artigo 461: Anulabilidade pela presença de Dolo Essencial ( ver artigo 178, II, 
do NCC) 
 Importante salientar que nos contratos aleatórios, em regra, não é possível 
rever judicialmente o mesmo, seja pela ocorrência de uma imprevisibilidade ou em 
virtude de simples onerosidade excessiva, visto que o risco, em tais casos, é da 
essência do negócio jurídico. 
 Não confundir contrato condicional com contrato aleatório. O primeiro, a 
condição é aposta pelas partes como seu elemento acidental; nos contratos aleatórios 
a incerteza é seu elemento estrutural, conforme assevera Venosa. 
Para Stolze, no contrato aleatório, a incerteza ocorre em relação ás vantagens 
procuradas pela parte. No contrato condicional, a eficácia da avença dependerá da 
ocorrência de um evento futuro e incerto. Ex: competidor ganhar ou não uma corrida 
de rua. 
 
 5 – Quanto à previsão legal 
 
 a) Típico 
 b) Atípico 
 
Típico: São aqueles regulados por lei 
 
Atípico: Não têm previsão legal ( ver artigo 425, NCC)- Ex: contratos eletrônicos, em 
geral, celebrados pela via digital- contrato de guarda e cuidados de um animal., etc. 
 
Obs 1: Diferenciação entre contratos nominados e inominados e contratos típicos e 
atípicos. Parte da doutrina aponta que contratos atípicos, seria sinônimo de contratos 
inominados e contratos típicos seria sinônimo de contratos nominados. 
 
Obs 2 : Para outros, as expressões contratos nominados e inominados, devem ser 
utilizadas apenas quando a figura negocial constar ou não em lei. Ao passo que as 
expressões contratos típicos e atípicos servem para apontar se o contrato tem ou não 
um tratamento legal mínimo. 
 Senão vejamos: ver artigo 1º, parágrafo único, alínea “a”, II, Lei 8.245/91- Lei 
de Locação. Perceba que o contrato de garagem é nominado, pois seu nome consta 
em lei. Entretanto, como não há uma previsão legal mínima, trata-se de um contrato 
atípico. Portanto ele é nominado e atípico. 
 
 Nas palavras da Professora Giselda Maria Hironaka,em palestra proferida no 
5º Seminário de Estudos sobre o Novo Código Civil, promovido pela Escola Judicial 
Des. Edésio Fernandes e pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, em 
Uberlândia, em 23 de agosto de 2002, e no 2º Ciclo de Palestras sobre o novo Código 
Civil, promovido pelo Centro de Estudos da Procuradoria Geral do Estado (SP), em 20 
de março de 2003. 
 “Nesse passo, levanto pedido de licença para registrar, desde logo, a 
inconveniência e o desacerto de se prosseguir, doutrinaria e dogmaticamente, com 
aquela posição que sempre deu, como sinônimas as expressões inominado e atípico. 
Sob nenhuma hipótese desconsidero tal crítica, eis que a atipicidade de um contrato 
não se traduz pelo fato de ter ele, ou não, um nomem juris, mas sim pelo fato de não 
estar devidamente regulamentado em lei. 
 Reconhece-se com freqüência cada vez mais acentuada que contratos há que 
têm nome e nem por isso são nominados-típicos já que, para que assim fossem 
considerados, estariam a exigir a presença de um regramento legislativo específico. 
Fico com a melhor e dominante doutrina para admitir que é preferível se referir, nestes 
casos, a contratos típicos e a contratos atípicos, em lugar de nominados e inominados. 
 Assim, é contrato típico aquele que a lei regulamenta, estabelecendo regras 
específicas de tratamento e lhe concedendo um nomem juris. Aliás, penso que a 
denominação decorre da regulamentação, e não vice-versa, como poderia parecer se 
o adjetivo preferido fosse nominado. 
 A seu turno, portanto, contrato atípico é aquele não disciplinado pelo 
ordenamento jurídico, embora lícito, pelo fato de restar sujeito às normas gerais do 
contrato e pelo fato de não contrariar a lei, nem os bons costumes, nem os princípios 
gerais de direito. Pouco importa se tem ou não um nome, porque este não é a 
característica da sua essência conceitual; seu traço característico próprio é o fato de 
não estar sujeito a uma disciplina própria. 
 
 »Ver classificação de Álvaro Villaça Azevedo, quanto aos contratos atípicos: 
 
 1- Típicos---Com regulamt. ppria. 
 Contratos 
 
 2- Atípicos--- Sem regulamt. ppria 
 
Contratos Atípicos: 2.1 Singulares: Figura totalmente nova 
 
2.2 Mistos: a) Contrato típico + elemento típico= 
garagem 
 b) Contrato Atípico + elemento 
atípico= nova garantia pela internet 
 c) Contrato Típico+ elemento atípico= 
venda pela internet. 
 
 
 
 
 
6- Quanto a negociação do Conteúdo: 
 
 a) Contrato de Adesão 
 
 b) Contrato Paritário 
 
Contrato Paritário: No tipo tradicional de contrato, as partes discutem ampla e 
livremente suas cláusulas, aceitando-as ou não. É, portanto, o contrato em que as 
disposições contratuais são amplamente discutidas entre as partes, há um amplo 
debate sobre as cláusulas do contrato; ambas as partes atuam na formação do 
contrato. 
Adesão: Existe, outra categoria contratual, em que não ocorre tal liberdade, devido à 
preponderância de um dos contratantes, que, por assim dizer, impõe ao outro sua 
vontade. Compreende essa categoria os chamados Contratos de Adesão. São 
também chamados de contratos estandardizados, vindo da expresão standard. 
Para Orlando Gomes, seria o negócio Jurídico no qual a participação de um dos 
sujeitos sucede pela aceitação em bloco de uma série de cláusulas formuladas 
antecipadamente, de modo geral e abstrato, pela outra parte, para constituir conteúdo 
normativo e obrigacional de futuras relações concretas. Ou seja, apresenta-se com 
cláusulas predispostas por uma das partes. Ver artigos 423 e 424 do NCC e artigo 54 
da lei 8078/90. 
Contrato tipo: Para Venosa, neste contrato, as cláusulas, mesmo que predipostas, 
decorrem da vontade paritária de ambas as partes. Nos contratos de adesão as 
cláusulas são dirigidas a um número indeterminado e desconhecido a priore, de 
pessoas. Nos contratos tipo, o âmbito dos contratantes é identificável. Se a elaboração 
das cláusulas for unilateral, estaremos diante de um contrato de adesão. 
Contrato Coletivo: Perfaz-se pelo acordo de vontade entre duas pessoas jurídicas de 
direito privado. exemplo: associações e sindicatos 
Contrato Coativo: exemplo concessionárias de serviço publico de fornecimento de 
água, luz, esgoto e de outro lado o usuário. É um contrato imposto. 
Contrato Dirigido ou Regulamentado:Nese tipo de contrato, o Estado impõe 
determinada orientação, estabelecendo cláusulas ou as proibindo, e delimitando o 
âmbito da vontade privada. Exemplo: legislação bancária, tabelamento de preços, 
etc.... 
 
 »»»»»»Diferença entre Contrato de Consumo e Contrato de Adesão: 
 
 O contrato de consumo é retirado da análise dos artigos 2º e 3º da Lei 
8078/90. Ora, é portanto, um contrato em que alguém, um profissional, fornece um 
produto ou presta um serviço a um destinatário final, denominado consumidor, 
mediante remuneração direta ou vantagens indiretas. 
 O contrato de adesão é aquele em que as cláusulas contratuais são pré- 
dispostas por uma das partes, de forma plena ou restrita, restanto à outra, a opção de 
aceitá-las ou não. Ou seja, a construção do contrato de adesão leva em forma a 
contratação e não as partes envolvidas, ao contrário do contrato de consumo. 
 Nem todo contrato de consumo é de adesão e nem todo contrato de adesão é 
de consumo. 
Exemplo 1: pessoa que vai a uma loja para comprar um sofá, barganhando o preço e 
impondo, até mesmo, a data da entrega. Neste caso, seria um contrato de consumo, 
porém partitário, pq a pessoa discutiu amplamente os termos do contrato. Portanto, se 
aplicará toda legislação consumeirista, com exceção do que consta do seu artigo 54. 
Exemplo 2: Franquia do Subway- o franqueado recebe toda a estrutura do 
franqueador, que cede, inclusive, o direito de utilização da marca. Por não ser o 
franqueado um consumidor, pois irá repassar os seus produtos e serviços para outros, 
esses sim, destinatários finais, esse seria um exemplo de contrato de adesão, mas 
não de consumo. 
 
 Ver Enunciado 171 do Conselho de Justiça Federal: 
 O contrato de adesão, mencionado nos arts. 423 e 424 do novo Código Civil, não se 
confunde com o contrato de consumo. 
 
 No entanto, existem doutrinadores que apontam não a interpretação finalista 
do CDC, mas , sim a interpretação maximalista do mesmo. Neste sentido Alinne 
Arquette Leite Novaes, em sua obra a Teoria Contratual e o Código de Defesa do 
Consumidor. Na interpretação finalista, somente será consumidor aquele que for 
destinatário fático e econômico do bem de consumo. Na interpretação maximalista, 
amplia-se o conceito de consumidor e de contratos de consumo. 
 
Processo 
REsp 716877 / SP 
RECURSO ESPECIAL 
2005/0004852-3 
Relator(a) 
Ministro ARI PARGENDLER (1104) 
Órgão Julgador 
T3 - TERCEIRA TURMA 
Data do Julgamento 
22/03/2007 
Data da Publicação/Fonte 
DJ 23.04.2007 p. 257 
Ementa 
CIVIL. RELAÇÃO DE CONSUMO. DESTINATÁRIO FINAL. A expressão 
destinatário final, de que trata o art. 2º, caput, do Código de Defesa do 
Consumidor abrange quem adquire mercadorias para fins não econômicos, e 
também aqueles que, destinando-os a fins econômicos, enfrentam o mercado de 
consumo em condições de vulnerabilidade; espécie em que caminhoneiro reclama 
a proteção do Código de Defesa do Consumidor porque o veículo adquirido, 
utilizado para prestar serviços que lhe possibilitariam sua mantença e a da família, 
apresentou defeitos de fabricação. Recurso especial não conhecido 
 
7- Quanto à presença de formalidades: 
 
 a) Formal 
 b) Informal 
 
Formal: Exigem uma forma para sua celebração. Para alguns autores contratos 
formais são sinônimos de contratos solenes. No entanto, outra parte da doutrina, 
aceita que solenidade significa a necessidade de ato público (escritura pública), 
enquanto formalidade é a exigência de qualquer forma apontada pela lei, como, por 
exemplo, a forma escrita. Ou seja, a forma seria o gênero, enquanto solenidade é 
espécie. 
 
Informal: Admite forma livre para sua celebração. ( exemplo artigo 656 do NCC) 
 
 Ver artigo 107 e 108 do NCC. 
 
 Para Venosa, contrato solene “ entre nós é aquele que exige escritura pública. 
Outros contratos exigem forma escrita, os que os torna formais, mas não solenes. No 
contrato solene, a ausência de forma, tona-o nulo, e a relação jurídica gerará efeitos 
entre as partes, quando se trata de preterição da formalidade em contrato não solene”. 
 
8- Quanto à independência do Contrato: 
 
 a) Principal 
 b) Acessório 
 
 
Principal: Existem por si só, não existindo qualquer relação de dependência em 
relação a outro pacto. 
 
Acessório: A validade depende de outro negócio, ou seja, do contrato principal. 
Exemplo: contrato de fiança que depende de um contrato de locação, por exemplo. 
Este contrato não pode tomar proporções maiores do que o contrato principal. 
Diante do princípio da gravitação jurídica (segundo o qual, o acessório, segue o 
principal), temos: 
- A extinção do principal provoca a extinção do acessório; 
- A nulidade do principal provoca a nulidade do acessório; 
- A prescrição do principal provoca a prescrição do acessório. 
 
 No entanto: a nulidade do contrato acessório, não gera nulidade do contrato 
principal; 
 a anulabilidade do contrato acessório, não gera anulabilidade do 
contrato principal; 
 
 > Ver artigo 184 do NCC. 
 
Contratos Coligados: São aqueles que, embora distintos, estão ligados por uma 
cláusula acessória implícita ou explícita. Exemplo: compra um automóvel e arrenda a 
garagem, ou seja, fica o arrendamento subordinado a essa compra; compra-se uma 
casa na praia e se não for para lá transferido, aluga-a para veraneio...) Ou seja, 
mantem-se a individualidade dos contratos, mas as vicissitudes de um podem influir 
sobre o outro, segundo Carlos Roberto Gonçalves. 
 
ACÓRDÃO, Processo: 2002/0013090-6, Superior Tribunal de Justiça, de 12 de Março 
de 2003 
CONFLITO DE COMPETÊNCIA. Clube esportivo. Jogador de futebol. Contrato de 
trabalho. Contrato de imagem. Celebrados contratos coligados, para prestação de 
serviço como atleta e para uso da imagem, o contrato principal é o de trabalho, 
portanto, a demanda surgida entre as partes deve ser resolvida na Justiça do 
Trabalho. Conflito conhecido e declarada a competência da Justiça Trabalhista. 
 
9- Quanto ao momento do cumprimento: 
 
 a) Instantâneo ( Imediato) 
 b) Execução Diferida 
 c) Execução Continuada ( Trato Sucessivo) 
 
Instantâneo: Têm o aperfeiçoamento e cumprimento de imediato. Por exemplo: 
compra e venda a vista. 
Execução Diferida: Têm o cumprimento previsto de uma só vez no futuro. Por 
exemplo, compra e venda pactuada com cheque pré-datado 
Execução Continuada: Têm o cumprimento de forma sucessiva ou periódica no 
tempo. Por exemplo: Compra e venda com boleto, com periodicidade mensal, ou 
trimestral.... 
 
Ver artigo 317 do NCC e 6º , V do CDC= não se aplicam aos contratos instantâneos 
 
10- Quanto à Pessoalidade: 
 
 a) Pessoal ( Intuito Personae) 
 b) Impessoal 
 
Pessoal: A pessoa do contratante é um elemento determinante de sua conclusão- 
Exemplo: contrato de fiança ( ver artigo 836 do NCC) 
Impessoal: A pessoa do contratante não é juridicamente relevante para a conclusão 
do negócio. 
 
11- Quanto às pessoas envolvidas: Classificação dada por Roberto Senise 
Lisboa, em sua obra Manual de Direito Civil. 
 
 a) Contrato Individual 
 b) Contrato Individual Plúrimo 
 c) Contrato Individual Homogêneo 
 d) Contrato Coletivo 
 
 
Individual: Conta com apenas um sujeito em cada pólo da relação jurídica. 
Individual Plúrimo: Conta com mais de um sujeito em um ou em ambos os pólos da 
relação jurídica. 
Individual Homogêno: Realizado por uma entidade, com autorização legal, para 
representar os interesses de pessoas determinadas, cujos direitos são 
predeterminados ou preestabelecidos, havendo uma relevância social. 
Coletivo: Possuí, ao menos, em um dos pólos uma entidade autorizada pela lei para 
a defesa de interesses de um grupo,classe ou categoria de pessoas vinculadas por 
uma relação jurídica-base. 
 
 
12- Autocontrato: 
 
 Na verdade, não se constituí um contrato consigo mesmo, propriamente, mas 
sim um contrato em que um dos sujeitos é representado por outro com poderes para 
celebrar contratos e que, em vez de pactuá-lo com outro, estipula consigo próprio. 
 
 Ver artigo 117 do NCC 
Exercício: Magistratura do Estado de São Paulo- 2006- 2 fase- Dissertação: 
Plano de saúde. Contratos que o estabelecem. Sua natureza e elementos 
característicos. Atos normativos que regulam as relações entre os contratantes. 
Coberturas obrigatórias e exclusões permitidas pela lei. Regras a serem 
obedecidas nas cláusulas restritivas e na interpretação dos contratos.

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