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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
PROFESSOR: ROBERTO GIRÃO
ESTUDO PARA A AV2
AGRAVO DE PETIÇÃO
1. CONCEITO: É o recurso que serve para atacar as decisões do juiz nas execuções (art. 897,a) da CLT). É o único recurso cabível em fase de execução, e não na fase de conhecimento. Fase que não cabe mais discussão de mérito
Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; 
§ 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença.
ESPECIALIDADES PRÓPRIAS
A) IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA
O agravo de petição tem um requisito específico que torna impossível o agravo de petição genérico. É necessário que o agravante – durante a interposição – impugne especificamente, delimitando justificadamente a matéria e os valores impugnados, que ele quer recorrer.
Tem a finalidade de evitar o agravo genérico.
Prazo: 8 dias
B) CABIMENTO
Em fase de sentença, ele é cabível.
Quanto às decisões interlocutórias, existem duas correntes:
1ª) Defendida pela 2ª Turma do TST, que diz que cabe o agravo de petição.
Essa corrente segue literalmente o que está no art.897, a); que deixa bem claro quando afirma “das decisões em execução”, o mesmo não se referindo às sentenças. O artigo não delimitou o tipo de decisão. PORTANTO, o agravo de petição seria cabível tanto nas decisões interlocutórias como nas decisões terminativas (no caso as sentenças).O fundamento disso seria afirmar que o agravo de petição não será trazido na fase de mérito e sim na fase de execução.
2ª) Defendida pela 1ª Turma do TST, que diz que NÃO cabe agravo de petição.
Essa corrente afirma que NÃO cabe agravo de petição nas decisões interlocutórias, devido ao Princípio da Irrecorribilidade Imediata das Decisões Interlocutórias, ou seja, pelo fato destas serem irrecorríveis.
Obs1: Nas decisões de embargos de execução e de embargos de terceiros, sempre é CABÍVEL o agravo de petição, visto que os mesmos põem fim ao processo, portanto, tem caraterística de sentença.
EXERCÍCIOS
01. Em reclamação trabalhista que se encontra na fase de execução, o executado apresentou exceção de pré-executividade. Após ser conferida vista à parte contrária, o juiz julgou-a procedente e reconheceu a nulidade da citação e de todos os atos subsequentes, determinando nova citação para que o réu pudesse contestar a demanda. Considerando essa situação e o que dispõe a CLT, assinale a opção que indica o recurso que o exequente deverá apresentar para tentar reverter a decisão.
a) Apelação
b) Recurso de Revista
c) Agravo de Petição
d) Recurso Ordinário
02. No tocante ao agravo de petição, considere:
I. Se a execução já estiver garantida pela penhora, não caberá depósito recursal.
II. Para interposição do agravo de petição o agravante deverá recolher as custas processuais pertinentes, sob pena de deserção do referido recurso.
III. O agravo de petição, em regra, suspenderá a execução, tratando-se de reclamação trabalhista em trâmite pelo rito ordinário.
IV. É incabível o agravo de petição quando interpostos embargos de terceiro na fase de conhecimento de reclamação trabalhista.
Está correto o que consta APENAS em 
c) I e IV
03. Analise as proposições abaixo. 
I. O agravo de petição só deve ser recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados. 
II. Nas prestações sucessivas por tempo determinado, a execução pelo não pagamento de uma prestação compreenderá as que lhe sucederem. 
III. Uma vez garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado, caso seja a Fazenda Pública, oito dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. 
IV. Elaborada a conta e tornada líquida a sentença, é facultado ao juiz abrir às partes prazo sucessivo de dez dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. 
V. Para o recebimento e regular processamento do agravo de petição é desnecessário identificar valores, quando o agravante cuida de definir especificamente as matérias impugnadas. 
Estão corretas APENAS as proposições 
c) I, II e IV
04. Carlos José Pereira teve julgados procedentes os pedidos de equiparação salarial e de pagamento das diferenças salariais daí decorrentes. Iniciada a execução provisória, Carlos apresentou seus cálculos de liquidação, requerendo a sua homologação. O juiz, contudo, abriu prazo para que a parte contrária se manifestasse sobre os cálculos. Feito o contraditório, o juiz acabou por homologar os cálculos apresentados pela demandada e, com base nesse valor, expediu o mandado de citação, penhora e avaliação. Vinte e quatro horas após a expedição, o executado garantiu o juízo e requereu a expedição de alvará para o exequente, com a consequente extinção da execução. O juiz indeferiu o requerimento do executado, sob o argumento de que deveria aguardar o decurso de cinco dias a contar da garantia efetuada. Passados os cinco dias, o juiz julgou extinta a execução pelo cumprimento da obrigação e determinou a expedição de alvará em favor do exequente, intimando-o dessa decisão.
Com base na situação acima descrita, é correto afirmar que o exequente tem o direito de interpor
b) agravo de petição no prazo de 8 dias, uma vez que não foi intimado da garantia do juízo e, portanto, não lhe foi dada a oportunidade de impugnar a sentença de homologação dos cálculos.
05. O advogado da empresa Beta interpôs apresentando fundamentação genérica, sem especificar a matéria e os valores impugnados. Considerando que no processo do trabalho é cabível agravo de petição das decisões do juiz do trabalho em execuções, responda, de forma justificada, a seguinte pergunta relativa à situação hipotética. O recurso interposto pelo advogado está apto a ser conhecido e provido?
R – De acordo com o art. 897,§1º,CLT; o recurso não será reconhecido, visto que, o advogado deveria ter especificado a matéria e os valores impugnados, afim de admitir a execução imediata. Trata-se de pressuposto específico de admissibilidade do agravo de petição.
BNDT – BANCO NACIONAL DE DEVEDORES TRABALHISTAS
É o cadastro onde os devedores executados que não pagam suas dívidas são incluídos. Caso a parte não esteja incluída no BNDT, ela terá direito à Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas, ou seja, a mesma não possui nenhum débito em execução, consequentemente, está ok com toda e qualquer obrigação trabalhista. Essa CNDT é utilizada quanto ao recebimento de verbas públicas. EX: Participação em licitação, programas em bancos públicos etc.
Quando houver débitos em execução:
Se esses débitos NÃO tiverem nenhum tipo de garantia, a parte terá uma CPDT (Certidão Positiva de Débitos Trabalhistas). Essa certidão comprova que a parte possui débitos em aberto e impede que a mesma receba alguma espécie de verbas públicas.
Se esses débitos tiverem algum tipo de garantia, a parte terá uma CPDT (Certidão Positiva de Débitos Trabalhistas), mas com efeito de NEGATIVA, visto que, há a garantia. Ex: uma penhora coercitiva. Essa certidão é suficiente para que a parte receba verbas públicas e participe de licitação e programas de bancos públicos.
EXERCÍCIOS
CASO CONCETO 16
O juízo trabalhista da 90ª Vara do Trabalho de Fortaleza comunicou à empresa X quanto a inserção do seu nome no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas. A respeito disso, responda às indagações abaixo: 
A) Em que situações o nome do devedor é inscrito no BNDT (Banco Nacional de Devedores Trabalhistas)?
R - Quando o devedor não cumprir obrigações estabelecidas em sentença condenatória transitada em julgado proferida pela Justiça do Trabalho, em acordos judiciais trabalhistas e acordos firmados perante o Ministério Público do Trabalho ou Comissão de Conciliação Prévia.
B) Qual(is) é(são) a(s) consequência(s) dainserção do nome de uma empresa no BNDT (Banco Nacional de Devedores Trabalhistas), com emissão de certidão positiva?
R - Ficará impossibilitada de participar de licitações e de programas de bancos públicos.
ÔNUS DA PROVA & MEIOS DE PROVA
O ônus da prova não é uma obrigação ou dever, mas um encargo que a parte desincumbir para provar suas alegações.
Em regra, o ônus da prova é de quem alega (art. 818,CLT)
Art. 818 - A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
Inversão do ônus da Prova!!!
SUM-338 (TST) JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais nºs 234 e 306 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. (ex-Súmula nº 338 – alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.2003)
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. (ex-OJ nº 234 da SBDI-1 - inserida em 20.06.2001) 
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. (ex-OJ nº 306 da SBDI-1- DJ 11.08.2003)
1. MEIOS DE PROVA
Art. 369,NCPC:  As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir eficazmente na convicção do juiz.
DEPOIMENTO
Das partes (tentativa de obter a confissão)
Confissão (Súmula 74, TST)
Não serve apenas para obter a confissão, mas também para esclarecer o juiz a respeito dos fatos do processo.
DOCUMENTAL
Os documentos devem ser juntados e apresentados, salvo exceções, pelo reclamante (no momento da reclamação) e pelo reclamado no momento da defesa / contestação.
TESTEMUNHAL
A testemunha é um terceiro em relação à lide que vem prestar depoimento em juízo, por ter conhecimento dos fatos narrados pelas partes.
Oitiva das testemunhas.
Caso prestem informações inverídicas dentro da sua oitiva, responderão por crime de FALSO TESTEMUNHO.
No RITO COMUM ou ORDINÁRIO: 3 testemunhas para cada parte
No RITO SUMARÍSSIMO: 2 testemunhas para cada parte
Na AÇÃO DE INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE: Sempre de legitimidade do próprio empregador. Nesse caso serão admitidas 6 testemunhas para cada parte.
Essas testemunhas devem ser levadas pelas partes. Caso contrário, serão conduzidas de forma coercitiva.
PERICIAL
Não é produzida pelas partes e sim por um terceiro (perito).
Pode ser requerida pelo juiz (de ofício) ou a requerimento das partes.
EXERCÍCIOS
01. Conforme normas contidas na Consolidação das Leis do Trabalho, sobre as testemunhas, nas ações que tramitam pelos procedimentos sumaríssimo e ordinário, a quantidade máxima por parte e a forma comum de comparecimento na audiência, são, respectivamente:
a) duas e três; ambas independentemente de intimação.
b) duas e três; independentemente de intimação e intimadas.
c) duas e cinco; independentemente de intimação e intimadas.
d) três e quatro; ambas independentemente de intimação.
02. José ajuizou reclamação trabalhista em face da sociedade empresária ABCD Ltda., requerendo horas extras. A sociedade empresária apresentou contestação negando as horas extras e juntou os cartões de ponto, os quais continham horários variados de entrada e saída, marcados por meio de relógio de ponto. O advogado do autor impugnou a documentação. Com base no caso apresentado, assinale a afirmativa correta.
a) Na qualidade de advogado do autor, você não precisará produzir qualquer outra prova, pois já impugnou a documentação.
b) Na qualidade de advogado da ré, você deverá produzir prova testemunhal, já que a documentação foi impugnada.
c) Na qualidade de advogado do autor, o ônus da prova será do seu cliente, razão pela qual você deverá produzir outros meios de prova em razão da sua impugnação à documentação.
d) Dada a variação de horários nos documentos, presumem-se os mesmos inválidos diante da impugnação, razão pela qual só caberá o ônus da prova à empresa ré.
03. Um empregado ajuizou reclamação trabalhista postulando o pagamento de vale transporte, jamais concedido durante o contrato de trabalho, bem como o FGTS não depositado durante o pacto laboral. Em contestação, a sociedade empresária advogou que, em relação ao vale transporte, o empregado não satisfazia os requisitos indispensáveis para a concessão; no tocante ao FGTS, disse que os depósitos estavam regulares. Em relação à distribuição do ônus da prova, diante desse panorama processual e do entendimento consolidado pelo TST, assinale a afirmativa correta.
a) O ônus da prova, em relação ao vale transporte, caberá ao reclamante e, no tocante ao FGTS, à reclamada
b) O ônus da prova para ambos os pedidos, diante das alegações, será do reclamante.
c) O ônus da prova, em relação ao vale transporte, caberá ao reclamado e, no tocante ao FGTS, ao reclamante.
d) O ônus da prova para ambos os pedidos, diante das alegações, será da sociedade empresária.
04. Paulo ajuizou reclamação trabalhista pelo rito sumaríssimo em face da sua empregadora Carregada Ltda.. Arrolou suas testemunhas na petição inicial e pediu a notificação das mesmas, solicitação que foi indeferida. Na audiência, o advogado de Paulo requereu o adiamento pela ausência das testemunhas, dizendo que protestava pelo indeferimento da notificação e por isso não convidou espontaneamente as testemunhas. O requerimento foi indeferido pelo juiz, que prosseguiu com a audiência. 
Sobre a decisão do juiz, a partir da hipótese apresentada, assinale a opção correta.
a) A decisão foi equivocada, devendo ser deferido o adiamento, pois o prosseguimento do feito poderia gerar a nulidade por cerceamento de defesa.
b) A decisão foi correta, já que o procedimento sumaríssimo não contempla a oitiva de testemunhas.
c) A decisão foi correta, pois o procedimento sumaríssimo não admite a intimação de testemunhas.
d) A decisão foi correta, pois no procedimento sumaríssimo as testemunhas deverão comparecer à audiência independentemente de intimação. Em caso de ausência e mediante comprovação de convite, as testemunhas serão intimadas.
CASO CONCETO 07
05. Em audiência realizada em reclamação trabalhista, o microempresário Moisés enviou como preposto um contador autônomo que não presenciou os fatos que foram objeto do litígio, no entanto, em razão da atividade desenvolvida, tinha pleno conhecimento dos fatos. O advogado do reclamante requereu a aplicação de confissão da reclamada. O juiz acolheu a confissão sob o argumento de que o preposto não presenciou os fatos e, ainda, que deveria ser gerente ou empregado da empresa reclamada. Diante do caso apresentado, diante da lei e do entendimento consolidado pelo Tribunal Superior do Trabalho, esclareça se o juiz agiu acertadamente.
R – O juiz não agiu corretamente. Tendo em vista entendimento já muito consolidado pelo TST de que, quando se trata de reclamação contra microempresário, não se torna obrigatório o preposto ser empregado do reclamado. Não é necessário que o preposto tenha presenciado os fatos, bastando, por então, o pleno conhecimento.
06. (OAB/FGV - 2013.1) Em reclamação trabalhista movida contra um município, este não comparece à audiência inaugural. Diante dessa hipótese, assinale a afirmativa correta. 
A) Não se cogita de revelia porque o direito é indisponível. 
B) Aplica-se a revelia contra o ente público.
C) Não há revelia, mas se aplica a confissão.
D) O juiz deve designar a audiência de instrução, haja vista tratar-se de ente público.
CASO CONCRETO09
07. Um empregado ajuizou reclamação trabalhista postulando o pagamento de vale transporte, jamais concedido durante o contrato de trabalho, bem como o FGTS não depositado durante o pacto laboral. Em contestação, a sociedade empresária advogou que, em relação ao vale transporte, o empregado não satisfazia os requisitos indispensáveis para a concessão; no tocante ao FGTS, disse que os depósitos estavam regulares. Analise, em relação a cada um dos pedidos formulados, a distribuição do ônus da prova, diante desse panorama processual e do entendimento consolidado pelo TST. Fundamente sua resposta.
R – Em regra, o ônus da prova é de quem alega. Mas conforme a súmula 338 do TST, há a inversão do ônus da prova, quando a causa versar sobre jornada de trabalho. Portanto, no caso concreto em questão, o ônus da prova para ambos os pedidos, diante das alegações, será da sociedade empresária. 
CASO CONCRETO 14
08. Lucas é dirigente sindical e empregado da sociedade empresária que o contrata como advogado. Na consulta, resta esclarecido que Lucas praticou falta grave e a sociedade empresária quer dispensá-lo.
Com base no caso narrado, responda aos itens a seguir.
A) Na qualidade de advogado(a) da sociedade empresária, qual a medida a ser adotada a fim de implementar a dispensa de Lucas? Fundamente.
R - Será necessário ajuizar um inquérito para apuração de falta grave, nos termos do Art. 853 da CLT ou da Súmula 379 do TST.
 B) Necessitando de prova testemunhal para as suas alegações, com quantas testemunhas você poderá contar na implementação da medida acima? Fundamente.
R - Cada parte poderá se valer de até seis testemunhas, conforme o Art. 821 da CLT.
09. Ana Maria ajuíza reclamação trabalhista em face da empresa Atlântico Ltda., postulando o pagamento de horas extraordinárias, aduzindo que sempre labutou no horário das 8h às 19h, de segunda a sexta-feira, sem intervalo intrajornada. A empresa ré oferece contestação, impugnando o horário indicado na inicial, afirmando que a autora sempre laborou no horário das 8h às 17h, com 1 hora de pausa alimentar, asseverando ainda que os controles de ponto que acompanham a defesa não indicam a existência de labor extraordinário. À vista da defesa ofertada e dos controles carreados à resposta do réu, a parte autora, por intermédio de seu advogado, impugna os registros de frequência porque não apresentam qualquer variação no registro de entrada e saída, assim como porque não ostentam sequer a pré-assinalação do intervalo intrajornada. Admitindo-se a veracidade das argumentações do patrono da parte autora e com base na posição do TST acerca da matéria, é correto afirmar que
b) diante da impugnação apresentada, inverte-se o ônus probatório, que passa a ser do empregador, prevalecendo o horário da inicial, se dele não se desincumbir por outro meio probatório, inclusive no que se refere à ausência de intervalo intrajornada.
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS E RECURSOS
Em Regra, as decisões interlocutórias NÃO são passíveis de recursos, devido o Princípio da Irrecorribilidade Imediata.
Exceção: Agravo de Petição.
Em caso da decisão interlocutória trazer prejuízo a uma das partes:
Mandado de Segurança: Remédio Constitucional com rito privilegiado de julgamento que visa garantir o direito líquido e certo das partes; direito esse já violado ou que ainda venha a ser violado. É contra um ato de uma autoridade (juiz).
Art. 893 - Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: (Redação dada pela Lei nº 861, de 13.10.1949)
I - embargos; 
II - recurso ordinário;
III - recurso de revista; 
IV - agravo. 
§ 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. 
§ 2º - A interposição de recurso para o Supremo Tribunal Federal não prejudicará a execução do julgado. 
EXERCÍCIOS
01. Das decisões proferidas nos processos que tramitam na Justiça do Trabalho cabem recursos que serão interpostos por simples petição, conforme previsão contida na Consolidação das Leis do Trabalho. Como regra geral, os recursos trabalhistas terão
A) Efeito meramente devolutivo
B) Efeito meramente suspensivo
C) Efeitos arbitral e fungível
D) Efeitos suspensivo e devolutivo
E) Efeitos retributivo e discricionário
02. Sobre os recursos no Processo do Trabalho, conforme previsão legal é correto afirmar:
A) O Agravo de Instrumento é o recurso cabível para questionar as decisões interlocutórias, devendo ser interposto no prazo de 8 (oito) dias. 
B) No Tribunal Superior do Trabalho cabem Embargos, no prazo de 8 (oito) dias das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ainda que a decisão recorrida esteja em consonância com súmula ou orientação jurisprudencial do próprio TST. 
C) Cabe Recurso Ordinário para a instância superior das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 15 (quinze) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. 
D) O Recurso de Revista, interposto em 10 (dez) dias, dotado dos efeitos suspensivo e devolutivo, será apresentado ao Presidente do Tribunal recorrido, que poderá recebê-lo ou denegá-lo, fundamentando, em qualquer caso, a decisão. 
E) O Agravo de Petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença. 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Em regra, não cabem na Justiça do trabalho.
Exceção: Parte representada pelo Sindicato + ser beneficiária da Justiça Gratuita. O honorário advocatício será destinado ao sindicato! São os chamados honorários assistenciais.

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