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CASO BANCO DINEHEIRO BOM SA

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 99º VARA DO DIREITO DO TRABALHO DE BELÉM/PA.
PROCESSO Nº...
RECLAMANTE: PAULA
RECLAMADO: BANCO DINHEIRO BOM /SA.
BANCO DINHEIRO BOM/SA, pessoa jurídica de direito privado inscrito no CNPJ nº..., situado na Rua..., nº... , Bairro... , Estado... , Cidade... , CEP... , Endereço eletrônico... , Neste ato representado por seu advogado abaixo assinado, devidamente qualificado no instrumento procuratório em anexo, vem com o devido respeito com base nos artigos 769 e 847 da CLT c/c artigo 336 ao artigo 343 do CPC/2015, apresentar, tempestivamente, CONTESTAÇÃO à Reclamação Trabalhista interposta por Paula já devidamente qualificada nos autos da inicial, o que faz nos termos a seguir.
SINTESE FÁTICA:
Paula foi gerente geral da agência de pequeno porte por 4 anos, cumprindo jornada de segunda a sexta-feira das 8h às 20h , com intervalo de 20(vinte) minutos para o almoço.Foi dispensada sem justa causa no dia 06/02/2017 percebendo salário de R$ 8.000,00 (oito mil reais), além de gratificação de função de 50%(cinquenta por cento), a mais que o cargo efetivo.
Insatisfeita com as verbas rescisórias entrou com Reclamação Trabalhista da qual o Banco Dinheiro Bom/AS contesta as seguintes alegações:
DO DIREITO:
A reclamante exercia a função de Gerente Geral da Agência Bancária, sendo responsável por controlar o desempenho profissional e a jornada dos funcionários, bem como o desempenho comercial da Agência. Percebia 50% (cinquenta por cento como gratificação de função.
Enseja na inicial, receber horas extras durante o período laborado, conforme o artigo 224,§ 2º as disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerencia e fiscalização, equivalente ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor de gratificação não seja inferior a 1/3 do salário do cargo efetivo. Essa situação é ratificada pela súmula 287 do TST,ao lecionar que o Gerente Geral de Agência bancária presume-se em cargo de gestão , aplicando-lhe o que prescreve o artigo 62,inciso II ,§ único da CLT , não cabendo assim, pagamento de horas extraordinárias.
Portanto, a reclamante não faz jus ao pagamento das horas trabalhadas, além de jornada normal de trabalho, por exercer cargo de confiança e perceber 50%(cinquenta por cento) de gratificação de função, sequer são devidos os seus reflexos.
EQUIPARAÇÃO SALARIAL /DIFERENÇAS SALARIAIS:
A empregada informou que o seu salário era menor que o de João Petrônio, que percebia o valor de R$ 10.000,00 ( dez mil reais) de salário efetivo como gerente de agência de grande porte, atendendo contas de pessoas físicas e jurídicas . A agência de Paula era de pequeno porte e atendia somente pessoas físicas.
Verifica-se, assim que há distinção entre as tarefas desempenhadas por João Petrônio na sua, agência o que justifica a aplicação do artigo 481 § 1º da CLT, corroborado pela súmula 6 inciso III do TST.
Desta forma não prospera a pretensão da reclamante em pleitear as diferenças decorrentes da equiparação salarial, nem seus respectivos reflexos.
DO ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA:
Paula foi transferida de São Paulo para Belém, após um ano de serviço, tendo fixado residência com sua família, está requerendo o pagamento do adicional de transferência em forma de adicional mensal.
Vale salientar que há previsões de transferência para empregados que exercem cargo de confiança, nos termos do artigo 469, § 1º da CLT, porém, a orientação jurisprudencial 1/3 da seção de dissídios individuais ,subseção 1(oj-113 SDI,1) do TST, aduz que esta transferência está apta a legitimas a percepção do adicional de transferência, se for de forma provisória, o que não é o caso.
Sendo assim, requer a improcedência do pedido de adicional de transferência pelas razões acima expostas.
DO DECONTO SALARIAL/ PLANOS DE SAÚDE:
A reclamante assinou, em sua demissão, a autorização de descontos relativos ao plano de saúde, tenso indicado dependentes. No entanto na inicial está requerendo a sua devolução.
De acordo com a súmula 342 do TST, os descontos salariais efetuados pelo empregador, autorizado pelo empregado por escrito integrando planos de assistência médico-hospitalar entre outros em benefício do empregado e de seus dependentes, não afrontam as disposições do artigo 462 da CLT,salvo se demonstrado a coação ou outro defeito praticado pelo empregador.
Portanto não pode prosperar o pedido de devolução de descontos relativos ao plano de saúde.
DA MULTA DO ARTIGO 477,§ 8º DA CLT: 
A reclamante requer a multa prevista no artigo 477,§ 8º da CLT, tendo em vista que as verbas foram pagas dia 16/02/2017, sendo que a dispensa se deu 06/02/2017, no momento do pagamento se deu a homologação. Segundo Paula um dia após o prazo.
Conforme o artigo 477,§ 6º b, da CLT,o prazo é de dez dias prescritos porém contado da data da notificação da demissão, excluindo o dia da notificação e incluindo o dia do vencimento, de acordo com artigo 132 do Código Civil.
Desta forma, não houve atraso o prazo terminou exatamente no dia 16/02/2017. Portanto a empregada não faz jus a multa prevista no artigo 477,§ 8º da CLT.
DO PEDIDO
De acordo com os fatos e fundamentos explicitados requer que Vossa Excelência receba a CONTESTAÇÃO a fim de que as pretensões na Reclamação Trabalhista sejam julgada totalmente improcedentes e que a reclamante seja condenada a pagar as custas processuais, e demais legais conferidas a presente causa.
DAS PROVAS:
Protesto provar por todos os meios de provas em direito permitidos, notadamente, depoimento pessoal da parte autora, sob pena de confesso, oitiva testemunhal, exibição de juntada posterior de documentos perícia e tudo mais necessário para o bom exercício da ampla defesa.
Nestes termos 
Pede deferimento
Local/ Data
Assinatura do advogado
OAB nº...

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