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PROVISÕES, PASSIVOS E ATIVOS CONTINGENTES IAS 37

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
EDILTON MENESES
THAIRA SUIHEN
THAIS VASCONCELOS
PROVISÕES, PASSIVOS E ATIVOS CONTIGENTES IAS 37
RIO DE JANEIRO
2017
EDILTON MENESES
THAIRA SUIHEN
THAIS VASCONCELOS
PROVISÕES, PASSIVOS E ATIVOS CONTIGENTES IAS 37
Trabalho apresentado em cumprimento das exigências da disciplina Contabilidade Internacional, do curso de Ciências Contábeis, na Universidade Estácio de Sá, ministrada pelo professor Eduardo Brito.
RIO DE JANEIRO
2017
�
RESUMO
A conversão contábil no Brasil acarretou grandes transmutações em nosso processo contábil, a fim de unificar a metodologia aos padrões internacionais de contabilidade para facilitar a análise dos usuários em geral. Sendo assim, o claro entendimento sobre provisão, ativo e passivo contingente é imprescindível para as entidades, pois eles poderão afetar diretamente o valor delas no mercado. Esse estudo visa compreender e explicitar as diferentes relações, mensurações e reconhecimento contábeis no que concerne a provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, entender as técnicas e requisitos para execução dessas provisões além de elucidar algumas dúvidas acerca da aplicação das normas emitidas pelo comitê de pronunciamentos contábeis (CPC 25) em normatização com a international accounting standard (IAS 37), trata-se de uma revisão de literatura, observando e analisando pesquisas e bibliografias referentes ao tema em questão de modo que consigamos contribuir com melhor entendimento sobre os procedimentos empregados nas empresas de capital aberto.
SUMÁRIO
1.Introdução...............................................................................................................
2. Fundamentos Teóricos....................................................................................... 2.1 Provisões Passivos e ativos Contingentes........................................................... 
2.2 Reconhecimento da Provisão.............................................................................. 
2.3 Relação entre Provisão e Passivo Contingente ...................................................
2.4 Árvore de decisão................................................... .......................................... 
3. Saída Provável de Recursos que Incorporam Benefícios Econômicos...........
4.Estimativa confiável da Obrigação.....................................................................
4.1 Melhor Estimativa...............................................................................................
5. Historia do IAS 37...............................................................................................
5.1 Escopo.................................................................................................................
5.2 Visão Gera do IAS 37.........................................................................................
5.3 Objetivo do IAS 37..............................................................................................
6.Obrigações e Contingências Decorrentes do IAS 37........................................
6.1 Obrigações Legais...............................................................................................
6.2 Obrigações Não Formalizadas............................................................................
6.3 Obrigações Presente...........................................................................................
7.Estimativa Confiável...........................................................................................
7.1 Melhor Estimativa............................................................................................	
8.Mensuração das Provisões................................................................................
8.1 Mudanças de uso das Provisões.......................................................................
9.Risco e Incerteza...................................................................................................
10.Reembolso..........................................................................................................
11.Provável,Possível e Remota................................................................................
12. Conclusões Finais......................................................................................... 
13.Referencias Bibliográficas..............................................................................
LISTA DE ABREVIATURAS
 
CPC Comitê de Pronunciamento Contábil
CVM Comissão de Valores Mobiliários
CFC Conselho Federal de Contabilidade
IAS International Accounting Standards Board
IASB International Accounting Standards Board
IFRS Internacional Financial Reporting standard
NIC Norma Internacional de Contabilidade
NCRF Normas Contabilísticas e de relato financeiro	
NPC Norma e Pronunciamento de Contabilidade
ESNL Entidade do Setor Não Lucrativo
�
INTRODUçÃO
A contabilidade é capaz de registrar e quantificar, todos os eventos que promovam, ou não, alterações na estrutura patrimonial de uma entidade, sendo possível através de seus relatórios fornecer informações a seus usuários internos e externos sobre a real situação econômica e financeira da empresa, auxiliando assim a melhor tomada de decisão de seus gestores. Através de seus registros e relatórios é possível conhecer o ativo e passivo das entidades, e fazer a analise para saber se houve lucro ou prejuízo em suas operações, como também seus custos e despesas de suas compras e vendas, entre outras informações.
A contabilidade deve fornecer de maneira clara e objetiva as informações sobre suas transações, mesmo que muita das vezes se depare em seu cotidiano com eventos cujo valores e vencimentos no momento presente não altere a estrutura patrimonial, sendo que num futuro próximo ou distante podem vir a ser alterado. Sendo assim tudo deverá ser registrado, para que se preciso, em um futuro, possa ser alterado dentro das normas. Estaremos falando a partir de agora especificamente sobre o CPC 25 – Provisões contingentes e ativos contingentes, sendo ele um desses registros. Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC (Comitê de pronunciamento Contábil) e tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais". 
As normas contábeis brasileiras já demonstravam preocupação com o adequado registro de tais eventos, por conta da edição da Deliberação CVM 489/2005, que aprovou e tornou obrigatório, a partir de 1º de janeiro de 2006, para as companhias abertas, o Pronunciamento NPC nº 22, relativo a Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingências Ativas. Tal dispositivo já possuía uma forte inclinação em buscar convergência com as normas contábeis internacionais – no caso a IAS 37 (Provisions, Contingent Liabilities and Contingent Assets), emitida pelo International Accounting Standards Board (IASB). Na sequência, tivemos a Deliberação CVM 594/2009, tornando obrigatória a partir do exercício de 2010 a adoção do Pronunciamento Técnico CPC 25 – Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes, sendo assim revogada a Deliberação CVM 489/2005. 
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FUNDAMENTOS TEÓRICOS 
Conceito provisões, passivo e ativo contingente, o reconhecimento a mensuração e divulgação deles.
2.1 PROVISOES, PASSIVOS E ATIVOS CONTINGENTES.
Provisão – passivo de cronograma ou quantidade incerta;
A obrigação presente como resultadoda liquidação de eventos passados deverá resultar em uma saída de recursos (pagamento)
Ativo contingente – um possível ativo que surge de evento passados e que será confirmado a partir de eventos futuros incertos, que não estão totalmente sob controle da empresa; 
Passivo contingente – obrigação possível que surge de eventos passados e que será confirmada pela ocorrência de eventos futuros incertos, que não estão sob o controle da empresa.
2.2 Reconhecimento da provisão
Provisões, incluindo as de caráter ambiental, só devem ser reconhecidas quando cumulativamente:
a) A empresa possua obrigação presente que seja resultado de evento passado;
b) Seja provável desembolso de recursos que gerem benefícios econômicos;
c) Possa ser feita estimativa confiável do valor a ser pago.
Em casos raros não é claro se existe ou não uma obrigação presente. Nesses casos, presume-se que um evento passado dá origem a uma obrigação presente se, levando em consideração toda a evidência disponível, é mais provável que sim do que não que existe uma obrigação presente na data do balanço.
Um acontecimento passado que conduza a uma obrigação presente é chamado um acontecimento que cria obrigações. Para um evento ser considerado um acontecimento que cria obrigações, é necessário que a entidade não tenha nenhuma alternativa realista senão liquidar a obrigação por ele criada, o que apenas ocorre:
 a) Quando a liquidação da obrigação possa ser imposta legalmente, ou
b) No caso de uma obrigação construtiva, quando o evento (que pode ser uma ação da própria entidade) crie expectativas válidas em terceiros de que ela cumprirá a obrigação.
Para que um passivo se qualifique para reconhecimento precisa de haver não somente uma obrigação presente mas também a probabilidade de um exfluxo de recursos que incorporem contributos para o desenvolvimento das atividades presentes e futuras da entidade para liquidar essa obrigação. Um exfluxo de recursos ou outro acontecimento é considerado como provável se o acontecimento for mais provável do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o acontecimento ocorrerá for maior do que a probabilidade de isso não acontecer. Quando não for provável que exista uma obrigação presente, uma entidade divulga um passivo contingente, a menos que a possibilidade de um exfluxo de recursos que incorporem contributos para o desenvolvimento das atividades presentes e futuras da entidade seja remota. 
O uso de estimativas é uma parte essencial da preparação de demonstrações financeiras e não prejudica a sua fiabilidade. Isto é especialmente verdade no caso de provisões, que pela sua natureza são mais incertas do que a maior parte de outros elementos do balanço. Uma entidade pode, normalmente, fazer uma estimativa da obrigação que seja suficientemente fiável para usar ao reconhecer uma provisão. Quando tal não seja possível, existe um passivo que não pode ser reconhecido, sendo divulgado como um passivo contingente.
2.3 RELAÇÃO ENTRE PROVISÃO E PASSIVO CONTINGENTE
Todas as provisões são contingentes porque são incertas quanto ao seu prazo ou valor. Neste Pronunciamento Técnico o termo “contingente” é usado para passivos e ativos que não sejam reconhecidos sua existência somente será confirmada pela ocorrência ou não de um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controle da entidade. O termo passivo contingente é usado para passivos que não satisfaçam os critérios de reconhecimento.
Este Pronunciamento Técnico distingue entre:
Quadro 01
	
PROVISÕES
	São reconhecidas como passivo porque são obrigações presentes e é provável que uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação.
	 
PASSIVOS CONTINGENTES
	Que não são reconhecidos como passivo porque são:
 Obrigações possíveis,visto que ainda há de ser confirmado se a entidade tem ou não uma obrigação presente que possa conduzir a uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos,ou
Obrigações presentes que não satisfazem os critérios de reconhecimento deste Pronunciamento Técnico (porque não é provável que seja necessária uma saída de recursos que incorporem benefícios econômicos para liquidar a obrigação, ou não pode ser feita uma estimativa suficiente confiável de valor da obrigação).
2.4 ÁRVORE DE DESCISÃO QUE INTEGRA A NCRF-ESNL
 Começo
Obrigações presentes como Não	 Nãoconsequência de um conhecimento Obrigação possível?
que cria obrigações
Sim
Sim
Não	 Sim
Fluxo Possível	 Remoto?
Sim
Não(raro)
Estimativa fiável	Não
Sim
 
 Provisionar Divulgar passivo contingente
	Não fazer nada
	 
3. SAÍDA PROVÁVEL DE RECURSOS QUE INCORPORAM BENEFÍCIOS ECONÔMICOS
Para que um passivo se qualifique para reconhecimento, é necessário haver não somente uma obrigação presente, mas também a probabilidade de saída de recursos que incorporam benefícios econômicos para liquidar essa obrigação. Para a finalidade deste Pronunciamento Técnico, uma saída de recursos ou outro evento é considerado como provável se o evento for mais provável que sim do que não de ocorrer, isto é, se a probabilidade de que o evento ocorrerá for maior do que a probabilidade de isso não acontecer. Quando não for provável que exista uma obrigação presente, a entidade divulga um passivo contingente, a menos que a possibilidade de saída de recursos que incorporam benefícios econômicos seja remota. Quando há várias obrigações semelhantes (por exemplo, garantias sobre produtos ou contratos semelhantes), a avaliação da probabilidade de que uma saída de recursos será exigida na liquidação deverá considerar o tipo de obrigação como um todo. Embora possa ser pequena a probabilidade de uma saída de recursos para qualquer item isoladamente, pode ser provável que alguma saída de recursos ocorra para o tipo de obrigação. Se esse for o caso, uma provisão é reconhecida (se os outros critérios para reconhecimento forem atendidos).
4. ESTIMATIVA CONFIÁVEL DA OBRIGAÇÃO 
O uso de estimativas é uma parte essencial da elaboração de demonstrações contábeis e não prejudica a sua confiabilidade. Isso é especialmente verdadeiro no caso de provisões, que pela sua natureza são mais incertas do que a maior parte de outros elementos do balanço. Exceto em casos extremamente raros, a entidade é capaz de determinar um conjunto de desfechos possíveis e, dessa forma, fazer uma estimativa da obrigação que seja suficientemente confiável para ser usada no reconhecimento da provisão. Nos casos extremamente raros em que nenhuma estimativa confiável possa ser feita, existe um passivo que não pode ser reconhecido. Esse passivo é divulgado como passivo contingente.
4.1 MELHOR ESTIMATIVAS
O valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço. A melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente é o valor que a entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação na data do balanço ou para transferi-la para terceiros nesse momento. É muitas vezes impossível ou proibitivamente dispendioso liquidar ou transferir a obrigação na data do balanço. Porém, a estimativa do valor que a entidade racionalmente pagaria para liquidar ou transferir a obrigação produz a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço.
5 HISTÓRIA DO IAS 37
Quadro 02
	 DATA
	 DESENVOLVIMENTO
	 COMENTÁRIOS
	Agosto de 1997 
	Provisões E59 de exposição, passivos contingentes e ativos contingentes publicados
	
	Setembro de 1998
	IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes emitidos
	Operacional para demonstrações financeiras anuais abrangendo períodos com início em ouapós 1 de julho de 1999
	30 de Junho
	Exposição de Emendas ao IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes e IAS 19 Benefícios a Empregados publicados
	Prazo de comentários 28 de outubro de 2005 (as propostas não foram finalizadas, em vez de serem reconsideradas como um projeto de pesquisa de longo prazo)
 
A IAS 37 foi emitido em 1998 substituindo partes da IAS 10 (Contingências e Eventos Ocorrendo Após a Data do Balanço, emitida em 1978 e reformulada em 1994.) Em 2003, 2004, 2005,2007 e IAS 37 foi alterada como consequência de emissão de novas Normas ou mudanças ocorridas naquelas existentes.
5.1 Escopo
Faz parte do escopo da IAS 37 tratar de todas as provisões, passivos contingentes e ativos contingentes, exceto aqueles tratados por outros pronunciamentos.
Quando existir Pronunciamento específico sobre determinada provisão, passivo ou contingente, aquele Pronunciamento deverá ser aplicado e não a IAS 37.
Exemplo: 
a) Instrumentos Financiados tratados pela IAS 39; 
b)Contratos Financeiros, tratados pela IAS 11;
C) Imposto de Renda, tratado pela IAS 12;
d) Leas, tratados pela IAS 17, exceto se cotrato de leasing se tonar oneroso, quando a IAS 37 deverá ser aplicada;
e)Benefícios de Empregados tratados pela IAS 19;
f) Contratos de seguro tratados pela IFRS 4,exceto as provisões, passivos e ativos contingentes das seguradoras, quando então a IAS 37 é aplicável;
g) Instrumento Financeiros incluindo garantias, que são tratados pela IAS 39.
5.2 VISÃO GERAL DO IAS 37
O IAS 37 Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes descreve a contabilização de provisões (passivos de cronograma ou montante incerto), juntamente com ativos contingentes (possíveis ativos) e passivos contingentes (possíveis obrigações e obrigações presentes que não são prováveis ou não são mensuráveis de forma confiável). As provisões são mensuradas com a melhor estimativa (incluindo riscos e incertezas) das despesas necessárias para liquidar a obrigação atual e refletem o valor presente das despesas necessárias para liquidar a obrigação, quando o valor do tempo do dinheiro é material.
O IAS 37 foi emitido em setembro de 1998 e é operacional para períodos iniciados em ou após 1 de julho de 1999.
5.3 OBJETIVO DO IAS 37
O objetivo da IAS 37 é garantir que os critérios de reconhecimento e as bases de medição adequadas sejam aplicados às provisões, passivos contingentes e ativos contingentes e que informações suficientes sejam divulgadas nas notas às demonstrações financeiras para permitir que os usuários compreendam sua natureza, tempo e quantidade. O princípio fundamental estabelecido pela Norma é que uma provisão deve ser reconhecida apenas quando existe um passivo, ou seja, uma obrigação presente resultante de eventos passados. O Padrão visa assim garantir que apenas as obrigações genuínas sejam tratadas nas demonstrações financeiras - as despesas futuras planejadas, mesmo quando autorizadas pelo conselho de administração ou órgão de administração equivalente, estão excluídas do reconhecimento.
Este pronunciamento Técnico tende a estabelecer que sejam aplicados critérios de reconhecimento e bases de mensuração apropriada a provisões e a passivos e ativos contingentes e que seja divulgada informação suficiente nas notas explicativas para permitir que os usuários entendam a sua natureza, oportunidade e valor. 
6 OBRIGAÇÕES E CONTINGÊNCIAS DECORRENTES DO IAS 37
A IAS 37 se aplica a outras provisões, passivos contingentes e ativos contingentes de itens de seguradora cobertos por outra IFRS. Por exemplo, a IAS 11 Contratos de Construção aplica-se às obrigações decorrentes desses contratos; O IAS 12 Imposto sobre o rendimento aplica-se às obrigações de imposto de renda corrente ou diferido; IAS 17 Arrendamentos aplica-se a obrigações de locação; e a NIC 19 Benefícios a Empregados aplica-se a obrigações de pensão e outros benefícios a empregados.
6.1 OBRIGAÇÕES LEGAIS
 
(a) contrato (por meio de termos explícitos ou implícitos);
 
(b) legislação; ou
 
(c) outra ação da lei.
6.2 OBRIGAÇÕES NÃO FORMALIZADAS
É uma obrigação que decorre das ações da entidade em que:
 
(a) por via de padrão estabelecido de práticas passadas, de políticas publicadas ou de declaração atual suficientemente específica, a entidade tenha indicado a outras partes que aceitará certas responsabilidades; 
 
(b) em consequência, a entidade cria uma expectativa válida nessas outras partes de que cumprirá com essas responsabilidades.
 
6.3 OBRIGAÇÕES PRESENTE
Se não for claro que a entidade tem uma obrigação presente (por exemplo, em um processo judicial em que a empresa esteja questionando se o evento ocorreu ou se aquele evento gerou uma obrigação presente) ela deve considerar que um evento passado dá origem a uma obrigação presente se, considerando todas as evidências disponíveis é “mais provável do que não” que aquela obrigação presente existe.
Exemplo:
Após uma festa em 20x7 oferecida para os convidados, dez pessoas morreram, possivelmente como resultado de ingestão de comida contaminada por produtos vendidos pela entidade. Os procedimentos legais para requerer indenizações são iniciados, mas a entidade contesta sua responsabilidade no caso. Até a data da autorização de publicação das demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 20x7, os advogados da entidade avaliam que é provável que a entidade não será responsabilizada. Contudo, quando a entidade prepara sua demonstrações contábeis para 31 de dezembro de 20x8 em consequência da evolução do caso, seus advogados advertem sobre a probabilidade da entidade ser responsabilizada.
 a) Em 31 de dezembro de 20x7
Com base, nas evidências disponíveis quando as demonstrações financeiras foram aprovadas, não existe nenhuma obrigação resultante de eventos passados (obrigação presente) e, como consequência, nenhuma provisão deve ser reconhecida. O problema deve ser divulgado como um passivo contingente, a menos que a probabilidade de qualquer saída de recursos seja remota, quando então nenhuma divulgação deve ser feita.
b) Em 31 de dezembro de 20x8
Com base nas evidências disponíveis, existe uma obrigação presente e é provável uma saída de recursos para quitação da divida. Assim, uma provisão deve ser reconhecida pela melhor estimativa do montante destinado ao pagamento da obrigação.
A obrigação presente pode originar-se de uma obrigação legal ou implícita.
 
7. ESTIMATIVA CONFIÁVEL
O uso de estimativas é parte essência da preparação de relatórios contábeis e não compromete sua confiabilidade. Isso é particularmente verdade no caso das provisões, que por sua natureza são muito mais incertas que outros itens das demonstrações contábeis. Pode ser feita, um passivo existe, mas não poderá ser reconhecido. Nesse caso, o passivo é tratado como um passivo contingente, cabendo somente a divulgação nas notas expectativas.
7.1 MELHOR ESTIMATIVA 
O valor reconhecido como provisão deve ser a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço. A melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente é o valor que a entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação na data do balanço ou para transferi-la para terceiros nesse momento. É muitas vezes impossível ou proibitivamente dispendioso liquidar ou transferir a obrigação na data do balanço. Porém, a estimativa do valor que a entidade racionalmente pagaria para liquidar ou transferir a obrigação produz a melhor estimativa do desembolso exigido para liquidar a obrigação presente na data do balanço. As estimativas do desfecho e do efeito financeiro são determinadas pelo julgamento da administração da entidade, complementados pela experiência de transações semelhantes e, em alguns casos, por relatórios de peritos independentes. As evidências consideradas devem incluir qualquer evidência adicional fornecida por eventossubsequentes à data do balanço. As incertezas que rodeiam o valor a ser reconhecido como provisão são tratadas por vários meios de acordo com as circunstâncias. Quando a provisão a ser mensurada envolve uma grande população de itens, a obrigação deve ser estimada ponderando-se todos os possíveis desfechos pelas suas probabilidades associadas. O nome para esse método estatístico de estimativa é “valor esperado”. Portanto, a provisão será diferente dependendo de a probabilidade da perda de um dado valor ser, por exemplo, de 60 por cento ou de 90 por cento. Quando houver uma escala contínua de desfechos possíveis, e cada ponto nessa escala é tão provável como qualquer outro, é usado o ponto médio da escala.
8. MENSURAÇÃO DAS PROVISÕES
A entidade deve mensurar uma provisão pela melhor estimativa do valor exigido para liquidar a obrigação na data das demonstrações contábeis. A melhor estimativa é o valor que a entidade racionalmente pagaria para liquidar a obrigação ao final da data das demonstrações contábeis ou para transferi-la, nesse momento, para um terceiro:
a)Quando a provisão envolve grande conjunto de itens, a estimativa do valor reflete a ponderação de todos os possíveis resultados pelas suas probabilidades associadas. A provisão será, portanto, diferente dependendo se a probabilidade de perda de certo valor é, por exemplo, 60% ou 90%. Quando existir um conjunto contínuo de possíveis resultados e cada valor nesse conjunto for tão provável quanto qualquer outro, o ponto médio do intervalo deve ser utilizado.
b)Quando a provisão surge de uma única obrigação, o resultado individual mais provável pode ser a melhor estimativa do valor exigido para liquidar a obrigação. Entretanto, mesmo em tal caso, a entidade considera outros resultados possíveis. Quando os outros resultados possíveis forem principalmente muito mais altos ou, principalmente, muito mais baixos do que o resultado mais provável, a melhor estimativa será um valor mais alto ou mais baixo.
8.1 MUDANÇAS DE USO DAS PROVISÕES 
A entidade deve rever o valor das provisões e ajustá-las, se for o caso, em todas as datadas demonstrações contábeis, para refletir a melhor estimativa naquelas datas. Se não for mais provável que uma saída de recursos será exigida para quitar a obrigação, a provisão deverá ser revertida. Quando o calculo do valor presente da provisão for adotado, a cada período aquele valor devera ser aumentado para refletir a passagem do tempo e esse aumento deve ser tratado como despesa financeira.
Cada provisão somente poderá ser utilizada para o propósito pelo qual ela foi originalmente constituída. 
9. RISCO E INCERTEZA
 Os riscos e incertezas que inevitavelmente existem em torno de muitos eventos e circunstâncias devem ser levados em consideração para se alcançar a melhor estimativa da provisão. O risco descreve a variabilidade de desfechos. Uma nova avaliação do risco pode aumentar o valor pelo qual um passivo é mensurado. É preciso ter cuidado ao realizar julgamentos em condições de incerteza, para que as receitas ou ativos não sejam superavaliados e as despesas ou passivos não sejam subavaliados. Porém, a incerteza não justifica a criação de provisões excessivas ou uma superavaliação deliberada de passivos. Por exemplo, se os custos projetados de desfecho particularmente adverso forem estimados em base conservadora, então esse desfecho não é deliberadamente tratado como sendo mais provável do que a situação realística do caso. É necessário cuidado para evitar duplicar ajustes de risco e incerteza com a consequente superavaliação da provisão. 
10. REEMBOLSO 
Quando se espera que algum ou todos os desembolsos necessários para liquidar uma provisão sejam reembolsados por outra parte, o reembolso deve ser reconhecido quando, e somente quando, for praticamente certo que o reembolso será recebido se a entidade liquidar a obrigação. O reembolso deve ser tratado como ativo separado. O valor reconhecido para o reembolso não deve ultrapassar o valor da provisão. Na demonstração do resultado, a despesa relativa a uma provisão pode ser apresentada líquida do valor reconhecido de reembolso. Algumas vezes, a entidade é capaz de esperar que outra parte pague parte ou todo o desembolso necessário para liquidar a provisão (por exemplo, por intermé- dio de contratos de seguro, cláusulas de indenização ou garantias de fornecedores). A outra parte pode reembolsar valores pagos pela entidade ou pagar diretamente os valores. Na maioria dos casos, a entidade permanece comprometida pela totalidade do valor em questão de forma que a entidade teria que liquidar o valor inteiro se a terceira parte deixasse de efetuar o pagamento por qualquer razão. Nessa situação, é reconhecida uma provisão para o valor inteiro do passivo e é reconhecido um ativo separado pelo reembolso esperado, desde que seu recebimento seja praticamente certo se a entidade liquidar o passivo. Em alguns casos, a entidade não está comprometida pelos custos em questão se a terceira parte deixar de efetuar o pagamento. Nesse caso, a entidade não tem nenhum passivo relativo a esses custos, não sendo assim incluídos na provisão. A obrigação pela qual a entidade esteja conjunta e solidariamente responsável é um passivo contingente, uma vez que se espera que a obrigação seja liquidada pelas outras partes.
11. Provável, Possível e Remota.
As ações judiciais devem ser classificadas em três categorias e então tratadas de forma diferenciada:
Provável: para as ações judiciais categorizadas aqui, a empresa deve registrar os valores contabilmente;
Possível: para as ações judiciais categorizadas aqui, a empresa não deve fazer o registro contábil, mas deve fazer a divulgação falando sobre estas ações e seus montantes;
Remota: para as ações judiciais remotas a empresa não deve nem registrar contabilmente, nem divulgar, ou seja, a empresa não fará nada para as ações judiciais categorizadas aqui.
Ou seja, é a classificação do passivo anteriormente denominado Provável. Passivo Contingente– Essa classificação deve ser adotada nas ações judiciais cuja condenação é incerta, porém não remota. É a classificação do passivo anteriormente denominado Possível.
CONCLUSÃO
A finalidade do presente estudo foi entender e caracterizar as relações e determinações contábeis no que se refere ao CPC 25 e IAS 37, compreender as técnicas e exigências para efetuação dessas normas.
Esta pesquisa atingiu seu objetivo Ressaltando a importância da boa qualidade de informações divulgadas pelas empresas para que atendam a necessidade de seus diversos usuários e auxiliar no bom entendimento para que se tenha um claro conhecimento sobre a situação financeira da entidade.
A normatização foi uma exigência do mercado globalizado e contribuiu para maior transparência e comparabilidade dos relatórios financeiros possibilitando os investimentos internacionais com mais segurança por parte dos investidores.
Infere-se que toda provisão é contingente e não deve ser reconhecida sem que atenda os critérios citados nesse estudo.
Sobre os passivos contingentes entende-se que estes podem se desenvolver de maneira não esperada pela empresa podendo desta maneira acarretar em uma perda além do esperado, sendo assim, devem ser periodicamente avaliados afim de averiguar a exequibilidade de uma saída de recursos da entidade e assim serem reconhecidas as provisões no período a qual ocorre a mudança de probabilidade.
Os ativos contingentes não devem ser reconhecidos nas demonstrações salvo quando a entrada de recursos é de fato certa e devem ser avaliados constantemente para verificar a probabilidade de entrada de benefícios econômicos na empresa esse for provável seja divulgado como ativo contingente.
Pode-se observar a necessidade de constante estudo sobre o tema no meio acadêmico devido ao conteúdo corpulento a fim de que os estudantes de ciências contábeis se aperfeiçoem e elucidem quaisquer duvidas referentes as novas aplicações das normas, tendo em vista a primordialidadede futuros profissionais habilitados a gerir todas as informações.
REFERENCIAS
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS- Pronunciamento Técnico CPC 25.Disponível:< http://www.normaslegais.com.br/legislacao/CPC_25_Sumario.pdf >. Acesso em 21 Set 2017.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS Disponível:<http://www.cpc.org.br/CPC/CPC/Conheca-CPC>
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