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FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Cardiopatias Isquêmicas ATEROGÊNESE ANGINA INSTÁVEL IAM FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Lipídios • Lípides - mais relevantes são os fosfolípides, o colesterol, os triglicérides e os ácidos graxos. - fosfolípides formam a estrutura básica das membranas celulares. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Lipídios • Colesterol precursor dos hormônios esteróides, ácidos biliares e vitamina D. constituinte das membranas celulares atua na fluidez e na ativação de enzimas FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Lipídios • triglicérideos constituem uma das formas de armazenamento energético mais importante no organismo, depositados nos tecidos adiposo e muscular FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Lipídios • ácidos graxos - saturados : láurico, mirístico, palmítico e esteárico - monoinsaturados, ácido oléico - polinsaturados, ômega-3 ômega-6 (linolêico) FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Lipídios • Lipoproteínas - permitem a solubilização e transporte dos lípides, - formação intracelular das partículas lipoprotéicas 4 tipos : ricas em TG - quilomícrons, de origem intestinal - VLDL(very low density lipoprotein) lipoproteínas de densidade muito baixa, de origem hepática; ricas em colesterol LDL –” low density lipoprotein”, de densidade baixa HDL - “high density lipoprotein”, de densidade alta FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Lipídios HDL - proteção do leito vascular contra a aterogênese, - remoção de lípides oxidados da LDL, - inibe a fixação de moléculas de adesão e monócitos ao endotélio - estimula a liberação de óxido nítrico. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Aterogênese • aterosclerose - doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão endotelial - acomete principalmente a camada íntima de artérias de médio e grande calibre. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Aterogênese • inicia-se com a agressão ao endotélio vascular - pela elevação de lipoproteínas aterogênicas (LDL, IDL, VLDL) consequência : - disfunção endotelial → aumenta a permeabilidade da íntima às lipoproteínas plasmáticas favorece a retenção no espaço subendotelial FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Aterogênese Partículas de LDL retidas sofrem oxidação, tornando-as imunogênicas. “O depósito de lipoproteínas é proporcional à concentração dessas lipoproteínas no plasma.” FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Aterogênese • Outra manifestação da disfunção endotelial : Surgimento de moléculas de adesão leucocitária na superfície endotelial, estimulado pela presença de LDL oxidada. As moléculas de adesão são responsáveis pela atração de monócitos e linfócitos para a parede arterial. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Aterogênese • os monócitos - migram para o espaço subendotelial onde se diferenciam em macrófagos, que se ligam as LDL oxidadas. - Os macrófagos repletos de lípides são chamados células espumosas * células espumosas : principal componente das estrias gordurosas → lesões macroscópicas iniciais da aterosclerose FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Aterogênese • mediadores inflamatórios estimulam a migração e proliferação das células musculares lisas da camada média arterial. • ao migrarem para a íntima produzem citocinas e fatores de crescimento → matriz extracelular formará parte da capa fibrosa da placa aterosclerótica. • A placa aterosclerótica é constituída por elementos celulares, componentes da matriz extracelular e núcleo lipídico. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Aterogênese A placa aterosclerótica é constituída - elementos celulares, - componentes da matriz extracelular, - capa fibrosa, rica em colágeno - núcleo lipídico, rico em colesterol FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Aterogênese • Placas estáveis predomínio de colágeno, organizado em capa fibrosa espessa, escassas células inflamatórias e núcleo lipídico de proporções menores • Placas instáveis apresentam atividade inflamatória intensa, grande atividade proteolítica, núcleo lipídico proeminente e capa fibrótica tênue. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Aterogênese - A ruptura expõe material lipídico altamente Trombogênico → aterotrombose - um dos principais determinantes das manifestações clínicas da aterosclerose. IAM, AVE, TVP, TEP, Aterogênese FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Angina Instável Síndrome clínica situada entre a angina estável e o infarto agudo do miocárdio (IAM). 1) História de IAM prévio, angioplastia ou revascularização miocárdica, 2) alteração de ST ou T dinâmico durante a dor, 3) positividade de um teste indutor de isquemia miocárdica ex: T. ergométrico, cintilografia miocárdica, ecocardiograma de estresse 4) positividade de troponina 5) cateterismo positivo. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Angina Instável • 10% dos casos de angina instável evoluem para infarto agudo do miocárdio • mesmo quando são tratados adequadamente, este número fica em torno de 4%. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Angina Instável • 5 etiologias - Progressiva obstrução - Trombose não oclusiva em placa preexistente - Obstrução dinâmica- Vasoconstrição ou vasoespasmo - Angina secundária ao aumento do consumo de oxigênio -Inflamação → níveis elevados de proteína C reativa, interleucina-6 e substância amilóide A FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Angina Instável • Fisiopatologia célula endoteliais - barreira de parede arterial - forma tecido conectivo - produz fatores de crescimento, substâncias vasoativas • Hipercolesterolemia - LDL, quando oxidado, estimula a migração de linfócitos T e monócitos e aderindo por meio formação de moléculas de adesão. • O macrófago aderido ao LDL oxidado possui receptores, que englobam-no e invaginam para o subentdotélio (endocitose) FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Angina Instável - O LDL lesa o endotélio e expõe a camada subendotelial, promovendo a aderência e agregação plaquetária, liberação de substâncias vasoativas e a sua degranulação, liberando fatores de crescimento, que levam a resposta proliferativa da camada íntima - Esta proliferação celular vacuolizados com gordura (LDL) e matriz celular formam a placa gordurosa. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Angina Instável • disfunção endotelial e diminuição da liberação de fatores de relaxamento, como o óxido nítrico, leva à isquemia durante estresse, mesmo na ausência de lesões ateroscleróticas obstrutivas de artérias epicárdicas • O rompimento desta placa com rico teor lípídico, ocorre com mais freqüência na cápsula fibrosa e depende de 3 fatores para que isto ocorra: estresse da parede, características da placa (tamanho, localização) e características do fluxo. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Angina Instável angina instável, • pode durar mais 30 de minutos, • dor precordial em repouso ou acordar • observar o inicio e a progressão do quadro clínico monitorando o tipo de dor, o aumento da freqüência, a intensidade e, a resposta ao tratamento e ainda a presença de angina noturna. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Angina Instável • Avaliação - procura de fatores de risco - Exames complementares - Eletrocardiograma - Exames Laboratoriais troponinas, creatinoquinase FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR Angina Instável • ANGINA DE ALTO RISCO - Insuficiência Mitral (novo sopro ou piora) - Refratariedade do tratamento anti-isquêmico pleno - Insuficiência Ventricular esquerda com manifestação clínica - Disfunção do Ventrículo esquerdo ao Ecocardiograma (FE < 40%) - Hipotensão arterial - Arritmia ventricular freqüente, taquicardia Ventricular sustentada e não sustentada - Variações do segmento ST >/= 1mm ou inversão de onda T>/= 3 mm - Troponina T ou I positivas Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST Arq Bras Cardiol 2007; 89(4) : e89-e131 Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Angina Instável e Infarto Agudo do Miocárdio sem Supradesnível do Segmento ST Arq Bras Cardiol 2007; 89(4) : e89-e131 FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM Fisiopatologia da Cardiopatia Isquêmica oferta e a demanda de oxigênio → desequilíbrio → isquemia e/ou hipoxemia. diminuição do fluxo sanguíneo, sendo a maioria dos casos de infarto (IAM) e dos episódios de angina instável. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Infarto agudo do miocárdio(IAM) - Resultado final da isquemia prolongada - interrupção total do fluxo sanguíneo - necrose isquêmica do miocárdio causa a diminuição da F.E do V.E por disfunção contrátil FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM Consequências: • Diminuição e/ou alteração na sístole e diástole • Quando a lesão é extensa: alterações da bomba cardíaca, alteração da função ventricular, diminuição do DC, do Vs e P.A FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Quadro clinico - dor precordial, retroesternal em “aperto” - intensidade variável - Pode irradiar cervical, MSE, região epigatrica, mandíbula. • Sintomas inespecíficos - náusea, êmese, sudorese, palidez, fadiga, sincope FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Passada fase aguda ocorre o remodelamento cardíaco • Altera a função, tamanho e contratilidade ventricular que temInfluência no prognóstico - hipertrofia da região não infartada - dilatação da região infartada • Arritmias pós infarto é decorrente de ativação de catecolaminas localizadas no miocárdio FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Diagnóstico tríade: Quadro clínico ECG Enzimas FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Três fases no ECG a) Hiperaguda – logo após o evento supra ST e aumento da amplitude da onda T b) Aguda - elevação ST, ondas Q patológicas diminuição da onda T c) Pós aguda - inversão da onda T retorno ST à linha de base FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • DA anterior V3,V4 septal (ramos septais) V1,V2 lateral (ramos diagonais) V5,V6 • Cx lateral D1, aVL, V5, V6 • CD inferior DII, DIII, aVL FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Enzimas - dosagem plasmática Troponina, CKmb – se elevam em 3 a 6 horas do inicio dos sintomas, com pico em 12 a 24hrs HDL , CPK, TGO FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Tratamento fase aguda - até 12 hrs Reperfusão imediata - farmacológica - fibrinolíticos, analgesia, ansiolítico mecânica - angioplastia, ou Revasc. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Oxigenioterapia nas primeiras 24hrs SpO2 > 90% • Nitratos vasodilatador coronariano – redirecionamento do fluxo sanguíneo diminui a pré e pós carga cardíaca FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • AAS – antiagregante plaquetário • Betabloqueadores – inibe a descarga adrenérgica diminui a frequência cardíaca diminui o consumo de O2 no miocárdio diminui a P.A • Sinvastatina - anticolerterol FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Reabilitação cardíaca - equipe multiprofissional Benefícios - ↓ FC, ↓ P.A, ↓ [ ] catecolaminas, melhora no limiar de angina – maior tempo diástole melhora fluxo sanguíneo FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Fases da Reabilitação Fase 1 intra hospitalar – 12 a 24 hrs pos IAM - U.T.I, U.C.O exercícios de 2 a 4 Mets – mobilização precoce, ortostatismo, deambulação FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Fase 2 – ambulatorial - pós alta hospitalar ate 2 a 3 meses após evento coronariano Melhorar capacidade funcional, diminuir fatores de risco, restituir autoconfiança, retorno a atividade profissional, proporcionando melhor qualidade de vida. FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Fase 3 – condicionamento cardiovascular pctes crônicos com estabilidade clínica Alto nível de atividade , aumentando as capacidades aeróbicas duração de seis a 12 meses Monitorização menos rígida, estimular automonitorização, e preparação para a fase 4 FISIOTERAPIA CARDIOVASCULAR IAM • Fase 4 – atividade domiciliar – não supervisionada aumento na potencia aeróbica e capacidade funcional com modificação dos fatores de risco orientação, recomendações ambulatoriais Conscientizar e estimular o condicionamento físico. Descondicionamento é rápido, perdendo os benefícios com a interrupção das atividades.
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