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Direito Constitucional II
Sistema Constitucional de Repartição de Competências
Sistema Constitucional de Repartição de Competências
1) Generalidades:
	-A repartição das competências ocorrerá basicamente em razão da pessoa e em razão da função
		-Pessoa (União, distrito federal, estado-membro e município
		-Função (administrativa e legislativa)
2) Princípio norteador: Princípio da Preponderância do Interesse do Ente Federativo
		-União (nacional)
		-Estado-membro (regional)
		-Município (local)
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		-Distrito federal: ente federativo híbrido (possui competências dos estados-membros e dos municípios) e de capacidade parcialmente tutelada (algumas competências que tradicionalmente, nos estados-membros, são dos estados-membros, no distrito federal essas mesmas competências serão da União (organização e manutenção do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar – art. 21, XIII e XIV).
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3) Capacidades:
	-auto-organização: autonomia para tratar de seu regramento próprio para sua organização e estrutura
	-autogoverno: autonomia para tratar da eleição para a escolha de seus membros do poder legislativo e executivo
	-autoadministração ( e também autolegislação): autonomia para tratar da gerência dos negócios públicos 
	
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4) Tipos de competências:
	-Art. 21 - Exclusiva
		-Administrativa: atribuição para realizar tarefas (sempre verbos no infinitivo)
		-União
		-Exclusiva: é aquela competência que pertence a um ente federativo somente e a nenhum outro ente federativo e sobre a qual não haverá delegação( delegação significa a transferência de uma competência de um ente federativo para outro ente federativo)
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4) Tipos de competências:
	-Art. 22 - Privativa
		-Legislativa: atribuição para legislar, ou seja, produzir normas de modo geral, impessoal e abstrato (sempre substantivos)
		-União
		-Privativa: é aquela competência que pertence a um ente federativo somente e a nenhum outro ente federativo e sobre a qual poderá haver delegação( delegação significa a transferência de uma competência de um ente federativo para outro ente federativo)
	-Parágrafo único: delegada - autorização (delegação), por meio de lei complementar, da União para os Estados-membros para legislar de modo específico sobre os conteúdos elencados no 22
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4) Tipos de competências:
	-Art. 23 - Comum
		-Administrativa: atribuição para realizar tarefas (sempre verbos no infinitivo)
		-União, distrito federal, estado-membro e município
		-Comum: é aquela competência que pertence a todos os entes federativos ao mesmo tempo e que não há ordem constitucional a ser seguida para a execução das tarefas
OBS: este tipo de competência e típica de federalismo cooperativo, próprio do momento contemporâneo onde, em razão da necessidade de entrega de dignidade da pessoa humana, as atuações públicas precisam se operacionalizar de modo solidário
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4) Tipos de competências:
	-Art. 24 - Concorrente
		-Legislativa: atribuição para legislar, ou seja, produzir normas de modo geral, impessoal e abstrato (sempre substantivos)
		-União, distrito federal e estado-membro
		-Concorrente: é aquela competência que pertence a vários entes federativos (União, distrito federal e estado-membro) ao mesmo tempo e que há ordem constitucional a ser seguida para a execução das tarefas
OBS: este tipo de competência é típica de federalismo cooperativo, próprio do momento contemporâneo onde, em razão da necessidade de entrega de dignidade da pessoa humana, as atuações públicas precisam se operacionalizar de modo solidário
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-A ordem constitucional a ser observada na execução das competências concorrentes está presente nos seus parágrafos.
-§1º - Princípio da Primazia da União sobre normas gerais – União legisla sobre normas gerais
-§2º - Competência suplementar dos estados-membros – a competência geral da união não exclui a competência suplementar dos estados-membros
-§3º - Competência plena dos estados-membros – inexistência de norma geral da união não exclui a competência plena dos estados, estes legislarão de modo geral e especial sobre os conteúdos do art. 24
-§4º - Lei federal superveniente – superveniência de lei federal sobre questão geral, suspende a lei estadual no que for contrária a lei federal e o que não for contrário permanece a lei estadual
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-Art. 25, §1º - Residual
		-Legislativa e administrativa: atribuição para legislar, ou seja, produzir normas de modo geral, impessoal e abstrato (sempre substantivos) e para realizar tarefas relacionadas aos negócios públicos do ente (sempre verbos no infinitivo) 
		-estado-membro
		-Residual: são as competências que sobram, ou seja, que não são atribuições da união e do município
-Art. 25, §2º - exceção a regra de competência residual, pois prevê expressamente a competência dos estados-membros para exploração dos serviços de gás canalizado
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-Art. 30 – Competências dos municípios
-I – competência legislativa de interesse local: esta competência existe para que o município legisle sobre os conteúdos de interesse local, ou seja, sobre questões que se relacionam com o bem-estar dos munícipes
-II – competência suplementar: esta competência existe para que o município possa complementar legislação da união e do estado-membro no que couber. OBS: por meio desta competência o município participa da legislação de modo específico sobre os conteúdos do artigo 24 (concorrente) para regulamentar as questões que forem cabíveis
-III a VIII: competências administrativas do município
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-Ponto de atenção: as competências tributárias são expressas no texto constitucional e serão objeto de estudo em momento adequado e mais adiante no curso.