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DIREITO DO TRABALHO CRP UNIDADE I INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 1456772637

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Direito do Trabalho 
 
 
CRP 
 Direito do Trabalho 
 
 
CRP 
Conteúdo que será abordado no primeiro semestre/2016: 
 
•Unidade I – Introdução ao Direito do Trabalho 
•Unidade II – Contrato de Trabalho 
•Unidade III - Remuneração 
•Unidade IV – Segurança e Medicina do Trabalho 
•Unidade V – Proteção ao Trabalho da Mulher 
•Unidade VI – Proteção ao Trabalho do Menor 
 
O conteúdo deste arquivo representa um roteiro de estudo, com abordagem em sala de aula e 
me hipótese alguma esgota a matéria. 
 
Além deste material o aluno deverá utilizar o conteúdo do arquivo em PDF também 
encaminhado na área do aluno. 
 
O aluno também deve estudar por meio dos livros indicados na bibliografia básica. 
 
As provas serão elaboradas com fundamento no conteúdo abordado em sala, nos roteiros 
encaminhados e nos livros indicados. 
 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
1. Bases Conceituais 
 
 “conjunto de princípios, normas e instituições, 
aplicáveis à relação de trabalho e situações 
equiparáveis, tendo em vista a melhoria da 
condição social do trabalhador, através de 
medidas protetoras e da modificação das 
estruturas sociais” 
Octavio Bueno Magano 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 Direito do Trabalho 
 
 Finalidade: normatizar as regras inerentes às relações 
de trabalho. 
 
 Objetivo: assegurar às partes segurança jurídica, 
prevendo deveres e obrigações para ambos de forma 
a permitir sustentabilidade e justiça na contratação 
estabelecida. 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 O Direito do Trabalho possui uma divisão natural. 
 
 Direito Individual do Trabalho e Direito Coletivo do 
Trabalho, o primeiro regula a disciplina em face das 
“pessoas e matérias envolvidas”, enquanto o segundo 
cuida diretamente da disciplina sob o aspecto das regras e 
normas, “considerada sua ação coletiva”, estabelecidas de 
maneira autônoma ou com a participação de entidades 
profissionais e econômicas, tais como os sindicatos 
vinculados às categorias profissionais e empresariais. 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
Natureza Jurídica 
Quanto à sua natureza, vamos adotar aqui a tendência majoritária que nos apresenta cinco correntes 
relativas ao Direito do Trabalho. 
CRP 
Direito Público Direito Privado Direito Social Direito Misto Direito Unitário 
o Estado determina as 
regras mínimas do 
contrato, é 
intervencionista e 
considera nulo 
qualquer ato que vise 
desvirtuar a aplicação 
da legislação do 
trabalho (art. 9º da 
CLT). Vale igualmente 
lembrar que o Direito 
do Trabalho tem como 
objetivo social, o de 
proteger os 
hipossuficientes e suas 
normas tratam de 
direitos indisponíveis. 
o Direito do Trabalho 
decorre de um contrato 
firmado entre 
particulares, razão, 
portanto de sua 
natureza privada, não 
obstante seja 
regulamentado por 
leis, ou seja, com 
condições mínimas 
legais. 
O fato do Direito do 
Trabalho amparar os 
hipossuficientes, em 
razão de sua 
característica protetiva 
e social, levou o 
mestre Cesarino Junior 
a defender a corrente 
de que não seria nem 
público nem privado, 
entretanto neste 
aspecto é importante 
destacar que todo 
direito tem seu objetivo 
social, notadamente 
aqueles com maior 
destaque para as 
minori 
Esta corrente está 
fundamentada na tese 
de que suas normas 
coexistem sem 
divergência, pois há 
um contrato mínimo 
previsto em lei, porém 
existe também a 
intervenção do Estado 
com a legislação 
protetiva, 
indisponibilidade de 
direitos e interesse 
pela harmonia entre as 
classes, desta forma 
defende a tese da 
natureza mista, ou 
seja, público e privado. 
Arnaldo Sussekind e 
Evaristo de Moraes 
Filho,fundamentados 
em correntes alemãs, 
destacavam que 
haveria uma fusão 
entre as normas do 
direito público e do 
direito privado, 
destacavam que a 
diferença estaria no 
fato de que a teoria do 
direito misto é que 
haveria uma 
coexistência entre as 
normas, enquanto na 
teoria unitária haveria 
uma fusão das 
normas, ou seja, 
enquanto na primeira 
haveria a convivência 
simultânea das 
normas, na segunda 
teríamos a união das 
normas. 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 2. Bases Históricas 
 
 Em decorrência do cenário que se desenhou com a Revolução 
Industrial, marcado com a crescente e incontrolável exploração no 
trabalho, o Direito do Trabalho surgiu como reação da classe 
trabalhadora no século XIX, contra a exploração ilimitada do 
trabalho humano. 
 
 Sem amparo no Direito Civil que com suas regras privadas de 
mercado não atendiam os anseios dos trabalhadores explorados e 
oprimidos diante de um mercado de trabalho em efervescência, em 
decorrência da recém-chegada de máquinas a vapor, de teares, de 
energia elétrica e obviamente da consequente revolução industrial, 
os trabalhadores careciam de regras protetivas. 
 
 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 um ofício ou profissão, ficou em segundo plano com a mecanização e, qualquer 
pessoa estaria em condições de exercer atividades laborativas com 
remunerações ínfimas e sem qualquer poder de negociação, principalmente 
porque a oferta tornou-se superior à demanda. Desta forma o trabalhador 
ficava em posição de desvantagem em qualquer negociação, o que o levava a 
aceitar condições desumanas e degradantes de trabalho. 
 
 Crianças e mulheres também eram submetidas a condições insalubres e/ou 
perigosas, em jornadas exorbitantes sem descansos e com salários ínfimos. 
 
 Este quadro emergenciava um sistema legislativo protecionista, intervencionista, 
com o Estado adotando seu paternalismo e intervencionismo, visando assim 
coibir, “impedir a exploração do homem pelo homem de forma vil” (BONFIM, 
Vólia. Direito do Trabalho. 9ª. Ed. São Paulo. Método, 2014.p.12). 
 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
• visa proteger o trabalhador e reger o contrato mínimo de 
trabalho, protegendo o trabalhador de cláusulas abusivas, 
garantido-lhe um mínimo. 
Tutelar 
• em razão de sua necessidade de realizar valores, de injetar 
capital no mercado e democratizar o acesso às riquezas, de 
abalar a economia do país. 
Econômico 
• visa harmonizar os naturais conflitos entre capital e 
trabalho. Coordenadora 
• toda medida estatal coletiva atinge a população e tem 
interesse público. Política 
• visa à melhoria social do trabalhador, da sociedade como 
um todo Social 
CRP 
Em razão de tal necessidade surge o Direito do Trabalho com função tutelar, econômica, 
política, coordenadora e social, cuja definição doutrinária de Vólia Bonfim destacamos 
abaixo: 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 Histórico Mundial 
 
 
 
 
CRP 
- Trabalho subordinado 
Trabalho sempre exercido pelo homem, que na 
antiguidade trabalhava para alimentar-se, defender-
se, abrigar-se e para fins de construção de 
instrumentos. 
O início das lutas pelo poder veio com a formação de 
tribos e, aqueles derrotados eram explorados, mortos 
e em alguns casos comidos, outros se tornavam 
escravos para a execução das atividades mais 
penosas, surgindo assim o trabalho subordinado em 
favor de terceiro. 
- Locação do trabalho 
Século XXI a.C até o XIX, o trabalho foi regido pelo Código deHammurabi no século XIX a.C na Babilônia, que tratava de 
questões relativas às condições de prestação de trabalho livre, 
inclusive contrapartida financeira, vislumbrando assim uma forma 
de arrendamento do trabalho. Posteriormente no Direito Romano 
“nasceu o arrendamento da coisa = locatio conducto rei: a) locatio 
conducto operis, e b) locatio conducto operarum” (BONFIM, Vólia. 
Direito do Trabalho. 9ª. Ed. São Paulo. Método, 2014.p.13). 
Ainda segundo Vólia Bonfim, surge paralelamente “como forma 
de trabalho autônomo dos artesãos e artífices na antiguidade”, 
sendo que grande parte do Direito do Trabalho contemporâneo 
foi inspirado nas antigas regras da locatio operarum. 
- Servidão – Séculos I a XI 
Com a proteção militar e política oferecida pelos senhores 
feudais, os servos trabalhavam nas terras de seus 
senhores, entregando parte de sua produção, exatamente 
em permuta por tal proteção. 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
CRP 
- Mita espanhola 
 
No século XIV na América espanhola surgiu o trabalho obrigatório por sorteio, através do qual o “contemplado” era 
compelido ao trabalho vitalício, em troca de uma contraprestação por seu serviço. Nesta modalidade o trabalhador 
também recebia algumas garantias: 
 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 - Corporações de artes e ofícios – Séculos XII a XVI 
 Corporações compostas por três categorias, mestre, companheiro e aprendiz. Nessas corporações o 
aprendiz devia obediência ao mestre (especialista no ofício) e, ao final de seu aprendizado, cuja duração 
era de aproximadamente cinco anos se tornava companheiro (oficial), o que ocorria apenas após uma prova 
paga pelo próprio aprendiz. 
 
 As corporações de ofício acumulavam os “poderes estatais”: 
 - legislativo – ditavam os estatutos e estabeleciam as condições de trabalho 
 - executivo – exercido pelos chefes 
 - judicial – tinham poderes para sancionar as faltas dos agremiados. 
 
 Jornadas eram extrapoladas de forma absurda, chegando em alguns casos ultrapassar 18 horas, não 
obstante a média estivesse entre 12 e 14 horas. Exploração do trabalho da mulher e da criança era uma 
característica, assim como a submissão a condições insalubres e perigosas. 
 
 - Compagnonnage – Século XVI 
 Em decorrência do desvirtuamento da finalidade das corporações de ofício, em face da exploração de 
aprendizes e companheiros que quase nunca chegavam à condição de mestres, surgiram as 
compagnonnage, compostas por companheiros que se organizaram em defesa de seus interesses. Com a 
criação das compagnonnage tivemos o início das lutas de classes. 
 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 Histórico Mundial 
 
 
 
 
CRP 
- Escravidão 
Até o século XIX havia uma estrita relação de domínio, quando o escravo 
era reconhecido como coisa, mercadoria e seu trabalho era franco e 
forçado em favor de seu “proprietário”. 
 
Condições análogas à de escravidão 
Submissão de trabalhador a trabalhos forçados; a sujeição de trabalhador 
a condições degradantes de trabalho; a restrição da locomoção do 
trabalhador, seja em razão de dívida contraída, seja por meio do 
cerceamento do uso de qualquer meio de transporte por parte do 
trabalhador, ou por qualquer outro meio com o fim de retê-lo no local de 
trabalho; a vigilância ostensiva no local de trabalho por parte do 
empregador ou seu preposto, com o fim de retê-lo no local de trabalho; a 
posse de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, por parte do 
empregador ou seu preposto, com o fim de retê-lo no local de trabalho. 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 Condições análogas à de escravidão 
 
 
 
 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 Condições análogas à de escravidão 
 
 
 
 
 
CRP 
Expansão das 
empresas 
Necessidade do 
trabalho do homem 
para operar as 
máquinas 
Trabalho do menor e 
das mulheres 
Lei de mercado 
Liberdade contratual Jornada de 16 horas 
Exploração da mão 
de obra infantil e da 
mulher 
Direito do Trabalho 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
- Revolução Industrial: transição para novos processos de manufatura no período entre 1760 a algum 
momento entre 1820 e 1840 (Séculos XVIII e XIX). 
 
- Transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas, a fabricação de novos 
produtos químicos, novos processos de produção de ferro, maior eficiência da energia da água, o uso 
crescente da energia a vapor e o desenvolvimento das máquinas-ferramentas, além da substituição da 
madeira e de outros biocombustíveis pelo carvão. A revolução teve início na Inglaterra e em poucas 
décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados Unidos. Com a Revolução Industrial, teve 
início uma forma específica de relação jurídica, que dará origem ao Direito do Trabalho tal qual o 
conhecemos. 
 
CRP 
Trabalho assalariado 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
CRP 
Alterações protetivas de destaque no Brasil 
1824 Constituição do Império Art. 179, XXV 
1850 Código Comercial 
- possibilidade de aviso prévio; 
- indenização pela rescisão injusta do contrato por prazo determinado; 
- justa causa; 
- salário em caso de acidente do trabalho. 
1871 Lei do Ventre Livre Nascidos do ventre de escravas eram livres 
1885 Lei Saraiva Cotegibe 
Liberdade aos escravos com mais de 60 anos após mais de 3 anos de trabalho 
espontâneo 
1888 Lei Áurea 
- abolição da escravatura; 
- (*) mão de obra desqualificada. 
1890 Férias 15 dias úteis para ferroviários da Estrada de Ferro Central do Brasil 
1891 
Carta 
- livre exercício de qualquer profissão; 
- liberdade de associação. 
Decreto 1.313/91 
- proibição do trabalho do menor de 12 anos em fábricas; 
- jornada de 7 horas para menores entre 12 e 15 anos dos sexo feminino e entre 12 e 
14 anos do sexo masculino. 
1903 Decreto 979/03 Sindicalização e organização sindical dos rurais 
1907 Decreto 1.637/07 Organização sindical dos urbanos 
1916 Código Civil Locação de serviços 
1919 OIT Instituição de regras de obediência mundial de proteção ao trabalho 
1923 
Lei Eloy Chaves (DL 4.682/23) - Caixa de assistência dos ferroviários 
Decreto 16.027/23 Conselho Nacional do Trabalho 
CRP 
Alterações protetivas de destaque no Brasil 
1925 Lei 4.982/25 Estendeu as férias de 15 dias úteis para os trabalhadores do comércio, indústrias e bancos. 
1927 Decreto 17.934-A 
- idade mínima de 12 anos para o trabalho; 
- proibição aos menores de trabalho noturno e em minas de subsolo 
1930 Decreto 19.443/30 Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio. 
1931 DL 19.770/31 Regulamentou a organização sindical 
1932 
DL 21.396/32 Comissão mista e permanente de conciliação 
DL 22.132/32 Juntas de Conciliação e Julgamento 
 DL 21.417-A Regulamentou o trabalho da mulher 
Decreto 21.186 Jornada de 8 horas no comércio, posteriormente estendida aos industriários. 
1934 
Constituição da 
República 
- salário mínimo; 
- jornada de 8 horas; 
- férias; 
- repouso semanal; 
- pluralidade sindical; 
- indenização por despedida imotivada; 
- justiça do trabalho. 
1935 Lei 62/35 
- regulamenta a rescisão do contrato; 
- justa causa; 
- aviso prévio; 
- estabilidade decenal. 
1936 Lei 185/36 Salário mínimo 
1937 Constituição 
- reconhecimento dos sindicatos; 
- contribuição sindical; 
- unicidade sindical 
CRP 
Alterações protetivasde destaque no Brasil 
1939 Dec.-Lei 1.237/39 Organização da Justiça do Trabalho 
1943 Dec.-Lei 5.452/43 CLT 
1949 Lei 605/49 Repouso semanal remunerado 
1955 Lei 2.573/55 Adicional de periculosidade 
1962 Lei 4.090/62 13º salário (gratificação natalina) 
1966 Lei 5.107/66 FGTS 
1972 Lei 5.859/72 Doméstico 
1973 Lei 5.889/73 Trabalho rural 
1974 Lei 6.019/74 Trabalho temporário 
1983 Lei 7.102/83 Vigilantes 
1988 
Constituição 
Federal 
- direitos dos trabalhadores com o objetivo de melhoria de sua condição social (art. 7º); 
- condições para a flexibilização dos direitos trabalhistas. 
1999 EC nº 24 Varas do trabalho e extinção dos classistas 
2004 EC nº 45 Ampliação da competência da Justiça do Trabalho 
2011 Lei 12.506/11 Regulamentação da prorrogação do Aviso Prévio 
2011 Lei 12.551/11 Meios Telemáticos 
2015 
Lei Complementar 
150/2015 
Doméstico 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 3. Bases Normativas – Fontes 
 As fontes do Direito do Trabalho são divididas em 
duas categorias, ou seja, materiais e formais, 
cabendo destacar que as formais se subdividem em 
autônomas e heterônomas. 
 
CRP 
Fontes 
Materiais 
Formais 
Autônomas 
Heterônomas 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 Fontes Materiais 
 As fontes materiais do Direito do Trabalho são aquelas que eclodem das movimentações dos trabalhadores com suas 
reivindicações, protestos e paralisações, por meio das quais buscam assegurar melhorias nas condições de trabalho, 
assim como as reivindicações de empregadores em busca de seus interesses econômicos ou ainda para a flexibilização 
das regras e normas do Direito do Trabalho. Desta forma ambos conseguem pressionar as partes cabíveis e 
competentes para as necessárias regulamentações ou melhorias. 
 A Revolução Industrial, o associacionismo, a encíclica Rerum Novarum em que a igreja denunciava as 
injustiças dos trabalhadores nas indústrias e principalmente a exploração das ‘meias forças’, todos 
esses acontecimentos históricos são fontes materiais do direito do trabalho. 
 
 Fontes Formais 
 As fontes formais não significam necessariamente uma norma escrita, mas sim uma norma positiva, com força sobre 
seus destinatários em razão de um costume e se dividem em autônomas e heterônomas. 
 
 Fontes Formais Autônomas 
 São aquelas elaboradas pelos próprios interessados, fruto geralmente de negociações entre as partes, sem que haja 
intervenção do Estado, emergindo, portanto da vontade das partes e produzindo seus efeitos para aqueles que a 
subscrevem. Como evidências temos os acordos coletivos de trabalho, as convenções coletivas de trabalho, os 
regulamentos das empresas, entre outros. 
 
 Fontes Formais Heterônomas 
 Estas emanam do próprio Estado, são impostas e fiscalizadas pelos órgãos responsáveis, dentre as quais podemos 
destacar a Constituição Federal, as leis, os decretos, a sentença normativa, súmula vinculante, entre outras. 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 HIERARQUIA DAS FONTES FORMAIS 
 
 Vólia Cassar tem um posicionamento similar ao de Délio Maranhão e Arnaldo Sussekind: 
1° Constituição (regras, valores e princípios); 
 2° leis; 
 3° decreto (expedido pelo Executivo); 
 4° sentença normativa; 
 5° convenção coletiva e acordo coletivo; 
 6° laudo ou sentença arbitral coletiva; 
 7° regulamento de empresa 
 8° súmula vinculante; 
 9° costume. 
 
 Vale destacar que no direito do trabalho prevalece a aplicação da norma mais benéfica ao 
trabalhador.. 
CRP 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
Proteção 
Norma mais 
favorável 
Condição mais 
benéfica 
In dubio pro operario 
CRP 
 Princípio da proteção 
 
 Trata-se da essência do Direito do Trabalho, um princípio que visa atenuar a 
desigualdade entre as partes em Juízo, razão pela qual, engloba os demais princípios 
que favorecem o trabalhador. 
 
 Revela-se de maneira inconfundível através da própria norma, demonstrando que a 
sociedade reconhece naquele que dispõe unicamente de sua força de trabalho, a parte 
mais fraca na relação, o que bem ilustra o art. 468,“caput”, da CLT: 
 
 “Art. 468 – Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração 
das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, 
desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, 
sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.” 
 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 Princípio da Norma mais Favorável 
 Este princípio informa que se existirem duas ou mais normas aplicáveis ao caso concreto, dever-se-á 
aplicar aquela que melhor atenda aos interesses do trabalhador. 
 
 Na aplicação deste princípio, permite-se até mesmo afastar a aplicação hierárquica das normas, o que 
implica objetivamente, que determinado dispositivo legal com prevalência sobre outro(s) poderá ser 
preterido, caso o interessado tutelado exerça força de atração à norma “inferior”, ao se vislumbrar que 
apresenta condição favorável de solução à demanda proposta, não há dúvida, entretanto, que a 
aplicação de tal princípio encontra-se subordinada aos rígidos limites estabelecidos pela ordem jurídica. 
 
 exemplo, em uma Convenção Coletiva há férias de 30 dias com adicional de 70% para hora extra, e 
no Acordo Coletivo há férias de 60 dias com adicional de 60%, seriam aplicadas as férias do acordo e 
o adicional da convenção. 
 
 EMENTA.RECURSO ORDINÁRIO DO SINDICATO AUTOR - AÇÃO DE CUMPRIMENTO - NORMA 
COLETIVA APLICÁVEL - TEORIA DO CONGLOBAMENTO. 
 Uma vez constatado que a norma coletiva apresentada pelo reclamado é, genericamente, mais 
benéfica aos empregados e por melhor atender às especificidades das condições de trabalho dos 
seus empregados, não há que se cogitar de aplicação, unicamente, da cláusula de reajuste salarial 
prevista nas convenções coletivas juntadas pelo sindicato, porquanto deve ser observada a teoria do 
conglobamento, sendo aplicável o instrumento normativo mais favorável, em sua totalidade, aos 
empregados. Precedentes do C. TST. PROCESSO TRT/CAMPINAS nº488-2006-041-15-00-2. 
 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 Princípio da Condição mais Benéfica 
 
 Este princípio demonstra as mesmas propriedades do princípio 
da norma mais favorável, todavia sua diferença está no fato de 
que este princípio é aplicável em relação às cláusulas do 
contrato, ou seja, se quando do ingresso do trabalhador em 
uma empresa, rezava em instrumento normativo que o 
adicional a ser pago a título de horas extraordinárias seria de 
60% (sessenta por cento), não será válida cláusula que estipule 
índice inferior, de modo que alcance, validamente, aquele 
referido trabalhador. 
 
 “cláusulas contratuais benéficas somente poderão ser suprimidas caso 
suplantadas por cláusula posterior ainda mais benéfica” (GODINHO, 
Maurício Delgado. CURSO DE DIREITO DO TRABALHO. 7º ED. LTR. 2008) 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 Princípio “in dubio pro operário” 
 
 Este princípio encontra-se absorvido pelo princípio da norma mais favorável, que colocou à margem 
eventuais estrabismos jurídicos que pretendiam legitimar a desigualdade entre as partes através do 
franco favorecimento ao trabalhador. 
 
 Sérgio Pinto Martins, na obra “Direito do Trabalho”, ed. Atlas, 11 ed. Pág.76, assevera que “Oin dubio 
pro operario não se aplica integralmente ao processo do trabalho, pois, havendo dúvida, à primeira 
vista, não se poderia decidir a favor do trabalhador, mas verificar quem tem o ônus da prova no caso 
concreto, de acordo com as especificações dos arts. 333, do CPC, e 818, da CLT”. 
 
 Arnaldo Sussekind em seu livro “Instituições de Direito do Trabalho”, ed. Ltr, 11 ed. p. 129, leciona que o 
“(...) princípio ‘in dubio pro operario’, que aconselha o intérprete a escolher, entre duas ou mais 
interpretações viáveis, a mais favorável ao trabalhador, desde que não afronte a nítida manifestação do 
legislador, nem se trate de matéria probatória”. 
 
 A decisão com base no princípio in dubio pro operario aplicado à valoração das provas, torna a 
sentença frágil, suscetível de virtual reforma pelo grau de jurisdição superior. A desigualdade real entre 
as partes, entretanto, há de ser outorgada por leis processuais adequadas e não pela pessoa do 
julgador, a poder de certos critérios subjetivos e casuísticos. 
 
 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 Princípio da Imperatividade das Normas 
Trabalhistas 
 Deve haver prevalência das normas 
trabalhistas, não podendo as partes, via de 
regra, as afastarem mediante declaração 
bilateral de vontades, caracterizando, assim, 
restrição à autonomia das partes no ajuste 
das condições contratuais trabalhistas. 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 Princípio da Indisponibilidade/Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas 
 
 Este princípio projeta o anterior, revelando o caráter imperativo das normas trabalhistas, bem como a sua 
essência social, cujo conteúdo protetivo delimita restritivamente a possibilidade de disponibilidade das 
partes, preservando desta forma os direitos do trabalhador. 
 
 “Art. 9º – Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar 
a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.” 
 
 “Art. 468 da CLT: Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições 
por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao 
empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.” 
 
 Destaca-se que a limitação imposta por este princípio tem como objetivo principal assegurar o trabalhador 
suas garantias mínimas e essenciais asseguradas em Lei, não sendo possível sua negociação para a 
concessão, supressão ou redução. 
 
 O empregado não pode dispor de suas férias; não pode individualmente firmar acordo que reduza o seu 
salário; não pode prescindir de equipamentos de segurança na realização de trabalhos que coloquem em 
risco sua vida ou saúde, não pode renunciar à assinatura de sua CTPS etc. 
 
 Este princípio é também conhecido como “princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas”. 
 
CRP 
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 Princípio da Indisponibilidade/Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas 
 
 
CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
TST - RECURSO DE REVISTA RR 
2520000620035020002 252000-06.2003.5.02.0002 (TST) 
Data de publicação: 01/07/2011 
Ementa: RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA ARC 
TRANSPORTES LTDA. 1. TERMO DE QUITAÇÃO 
FIRMADO PERANTE A COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO 
PRÉVIA. EFEITOS 
RESTRITOS. PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE E 
DAINDISPONIBILIDADE DE DIREITOS TRABALHISTAS 
. COMPROVAÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DA 
LEGISLAÇÃO IMPERATIVA. RESTRIÇÃO E 
PARCELAMENTO DE VALORES. LIMITES DA 
QUITAÇÃO. Não obstante a força interpretativa da Súmula 
330 do TST e da OJ 270 da SDI1 desta Corte Superior, a 
Subseção de Dissídios Individuais I do Tribunal decidiu 
que o recibo de quitação lavrado nas CCP's, em princípio, 
regra geral, tem força ampla de quitação. Ressalva de 
entendimento deste Relator que aplicaria o mesmo critério 
da Súmula 330 e OJ 270 já mencionadas. Entretanto , no 
presente caso, está demonstrado que a prática da CCP foi 
manifestamente ilegal, reduzindo e parcelando valores, 
razão por que não tem sua quitação o efeito amplo 
imaginado. 
 
TST - Inteiro Teor. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM 
RECURSO DE REVISTA: AIRR 2699820135060193 
Data de publicação: 04/09/2015 
Decisão: . Saliente-se, ainda, que, em face 
aos princípios da irrenunciabilidadee 
da indisponibilidade... dos direitos trabalhistas, não se 
pode presumir que tenha havido renúncia à estabilidade 
provisória, pela... - O desconhecimento do estado 
gravídico pelo empregador não afasta o direito ao 
pagamento 
 
TRT-1 - Agravo de Peticao AP 01453007819955010013 
RJ (TRT-1) 
Data de publicação: 05/09/2014 
Ementa: AGRAVO DE PETIÇÃO. HOMOLOGAÇÃO DE 
ACORDO EXTRAJUDICIAL. FACULDADE DO 
JUIZ. PRINCÍPIO DA IRRENUNCIABILIDADE DE 
DIREITOS. A homologação de acordo, celebrado 
extrajudicialmente, é mera faculdade do juízo, 
principalmente na Justiça Trabalhista onde vigora 
o princípio da irrenunciabilidadedos direitos. O juiz não 
está obrigado a homologar todo e qualquer acordo, 
consoante entendimento pacificado pelo TST, por meio da 
Súmula 418, ficando sua decisão, contudo, sujeita ao livre 
convencimento motivado. 
 
 
 Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva 
 Este princípio, embasado no princípio geral do Direito Comum, pacta sunt 
servanda (os pactos devem ser cumpridos), assume sua posição também no 
Direito do Trabalho, tendo como objetivo a intangibilidade contratual, ou seja 
proibição de supressão ou redução de direitos e vantagens dos trabalhadores. 
 
 É importante destacar que temos atualmente uma tendência de as condições de 
trabalho sejam cada vez mais objeto de livre negociação por parte de 
trabalhadores e empregadores, o que deverá ocorrer através do fortalecimento 
das entidades representativas dos trabalhadores, desde que tais alterações não 
resultem em prejuízo para o empregado. 
 
 “Art. 444 da CLT – As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de 
livre estipulação pelas partes interessadas em tudo quanto não contravenha às 
disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam 
aplicáveis e às decisões das autoridades competentes.” 
 
 
 . 
 
CRP 
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 Princípio da Primazia da Realidade 
 Este princípio define que na avaliação das questões relativas às relações de trabalho, deve-se 
observar a realidade dos fatos em detrimento dos aspectos formais. 
 
 Destacamos alguns aspectos que legitimam a imperatividade de tal princípio: 
 
 a) Durante a relação de trabalho, dada sua condição de subordinação e dependência, o 
trabalhador não pode opor-se à formalização de alterações contratuais e práticas que, não raro, 
lhe são lesivas. Exemplo é a proibição de anotação em cartão de ponto do horário efetivamente 
trabalhado; 
 
 b) É bastante comum verificar alterações nas condições de trabalho pactuadas (através de 
contrato escrito) ao longo do tempo, alterações estas que, salvo raras exceções, não são 
incorporadas formalmente ao contrato de trabalho e; 
 
 c) Como cediço, os contratos de trabalho podem ser escritos ou verbais. Evidente que nos verbais 
o contrato só assume condição de efetiva existência com o decorrer do tempo, ditado pelas 
práticas estabelecidas entre os sujeitos da relação de trabalho. 
 
 
 . 
 
CRP 
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 Princípio da IntangibilidadeSalarial 
 Este princípio assegura a irredutibilidade salarial, 
revelando-se como espécie do gênero 
da inalterabilidade contratual lesiva. 
 
 Seu objetivo principal é garantir ao trabalhador sua 
contraprestação de maneira estável, não sujeita as 
oscilações da economia e às instabilidades do mercado 
e, por extensão, assegurar a satisfação de um 
conjunto, ainda que eventualmente mínimo, de suas 
necessidades, entre as quais a alimentação. 
 
 Este princípio encontra-se fundamentado na própria 
constituição federal: 
 
 “Art. 7º, da C.F.: - São direitos dos trabalhadores (...) 
além de outros: 
 VI – irredutibilidade do salário, salvo o disposto em 
convenção ou acordo coletivo; 
 X – proteção do salário na forma da Lei, constituindo 
crime a sua retenção dolosa.” 
 
 Vale destacar que excepcionalmente admite-se a 
redução salarial, desde que decorrente de convenção 
ou acordo coletivo de trabalho, por prazo determinado, 
com consequente e proporcional redução da jornada 
de trabalho. 
 
CRP 
 
 
 
 
 
 
TRT-1 - RECURSO ORDINÁRIO RO 
00115895120145010064 RJ (TRT-1) 
Data de publicação: 13/07/2015 
Ementa: DIREITO DO 
TRABALHO. INTANGIBILIDADE SALARIAL. O 
princípio daintangibilidade do salário ( CLT , 
art. 462 ) veda ao empregador efetuar descontos 
sem a comprovação do nexo causal entre o 
prejuízo e a culpa do empregado. 
 
TRT-1 - RECURSO ORDINÁRIO RO 
00103955520135010030 RJ (TRT-1) 
Data de publicação: 25/06/2015 
Ementa: DESCONTOS SALARIAIS. 
NECESSIDADE DE PRÉVIA AUTORIZAÇÃO. 
PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE SALARIAL. 
Os descontos salariais pressupõem existência 
de autorização prévia, sob pena de ofensa ao 
princípio da intangibilidadesalarial. 
 
 
 
 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
CRP 
Alternativas? 
 
Negociação Coletiva 
 
Art. 476-A da CLT 
 
PPE 
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 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 Negociação Coletiva 
 
 CLT - Art. 503 - É lícita, em caso de força maior ou 
prejuízos devidamente comprovados, a redução 
geral dos salários dos empregados da empresa, 
proporcionalmente aos salários de cada um, não 
podendo, entretanto, ser superior a 25%, respeitado, 
em qualquer caso, o salário mínimo. 
 § único - Cessados os efeitos decorrentes do motivo 
de força maior, é garantido o restabelecimento dos 
salários reduzidos. 
 
CRP 
 
CRP 
 Art. 476-A - O contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco meses, para 
participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional oferecido pelo empregador, com 
duração equivalente à suspensão contratual, mediante previsão em convenção ou acordo coletivo de trabalho e 
aquiescência formal do empregado, observado o disposto no art. 471 desta Consolidação. 
 § 1º - Após a autorização concedida por intermédio de convenção ou acordo coletivo, o empregador deverá 
notificar o respectivo sindicato, com antecedência mínima de 15 dias da suspensão contratual. 
 § 2º - O contrato de trabalho não poderá ser suspenso em conformidade com o disposto no caput deste artigo 
mais de uma vez no período de dezesseis meses. 
 § 3º - O empregador poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal, sem natureza salarial, 
durante o período de suspensão contratual nos termos do caput deste artigo, com valor a ser definido em 
convenção ou acordo coletivo. 
 § 4º - Durante o período de suspensão contratual para participação em curso ou programa de qualificação 
profissional, o empregado fará jus aos benefícios voluntariamente concedidos pelo empregador. 
 § 5º - Se ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período de suspensão contratual ou nos três meses 
subseqüentes ao seu retorno ao trabalho, o empregador pagará ao empregado, além das parcelas indenizatórias 
previstas na legislação em vigor, multa a ser estabelecida em convenção ou acordo coletivo, sendo de, no 
mínimo, cem por cento sobre o valor da última remuneração mensal anterior à suspensão do contrato. 
 § 6º - Se durante a suspensão do contrato não for ministrado o curso ou programa de qualificação profissional, 
ou o empregado permanecer trabalhando para o empregador, ficará descaracterizada a suspensão, sujeitando o 
empregador ao pagamento imediato dos salários e dos encargos sociais referentes ao período, às penalidades 
cabíveis previstas na legislação em vigor, bem como às sanções previstas em convenção ou acordo coletivo. 
 § 7º - O prazo limite fixado no caput poderá ser prorrogado mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho e 
aquiescência formal do empregado, desde que o empregador arque com o ônus correspondente ao valor da 
bolsa de qualificação profissional, no respectivo período. 
 
 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
CRP 
 O que está previsto na legislação é o seguinte: 
 
 - o contrato de trabalho poderá ser suspenso, por um período de dois a cinco meses; 
 
 - a empresa poderá conceder ao empregado ajuda compensatória mensal, sem natureza salarial, 
durante o período de suspensão contratual nos termos do caput deste artigo, com valor a ser 
definido em convenção ou acordo coletivo, portanto não se trata de uma obrigação e sim de uma 
concessão; 
 
 - durante o período de suspensão contratual o empregado fará jus aos benefícios; 
 
 - se ocorrer a dispensa do empregado no transcurso do período de suspensão contratual ou nos 
três meses subseqüentes ao seu retorno ao trabalho, o empregador pagará ao empregado, além 
das parcelas indenizatórias previstas na legislação em vigor, multa a ser estabelecida em 
convenção ou acordo coletivo, sendo de, no mínimo, cem por cento sobre o valor da última 
remuneração mensal anterior à suspensão do contrato; 
 
 - se durante a suspensão do contrato não for ministrado o curso ou programa de qualificação 
profissional, ou o empregado permanecer trabalhando para o empregador, o empregador será 
obrigado a pagar imediatamente os salários e encargos sociais referentes ao período, além das 
penalidades cabíveis; 
 
 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
CRP 
 
 PPE 
 MP 680 e o Decreto 8.479. A primeira trata da instituição do denominado PPE - Programa de Proteção ao 
Emprego. O nome do programa demonstra literalmente o que espera o executivo e abaixo transcrevo 
alguns pontos importantes. 
 Objetivo 
 - preservação de empregos em momentos de crise; 
 - favorecer a recuperação econômico-financeira das empresas; 
 - Estimular a produtividade do trabalho; 
 - aumento da duração do vínculo empregatício; 
 - estimular a negociação coletiva. 
 - Quem pode aderir? 
 - empresas que demonstrarem situação de dificuldade econômico-financeira; 
 - Condições de adesão 
 - prazo 
 - a adesão terá duração de no máximo 12 meses; 
 - a adesão poderá ser feita até 31/12/2016; 
- comprovar o que? 
 - CND ou CP com efeitos de Negativa para o FGTS e INSS 
 - situação de dificuldade econômico-financeira 
 - essas informações deverão ser fornecidas também ao sindicato 
 
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CRP 
 PPE 
 - o que reduzir? 
 - redução temporária de até 30% de: 
 - jornada de trabalho; 
 - salário 
 - como? 
 - a redução está condicionada à celebração de ACT específico 
 - quem? 
 - todos os empregados da empresa ou, 
 - no mínimo empregados de um setor específico 
 - por quanto tempo? 
 - 6 meses; 
 - admitindo-se a prorrogação por igualperíodo 
 - condições de prorrogação 
 - demonstração da situação de dificuldade econômico-financeira 
 - e para os empregados? 
 - os empregados farão jus a uma compensação financeira 
 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO 
 
 
CRP 
 PPE 
 - quanto? 
 - 65% do valor máximo da parcela do seguro-desemprego 
 - enquanto perdurar a redução 
 - o valor pago pela empresa não poderá ser inferior ao salário mínimo 
 - estabilidade? 
 - as empresas que aderirem ficam proibidas em relação aos empregados abrangidos de: 
 - dispensas arbitrárias 
 - dispensa sem justa causa 
 - prazo da estabilidade 
 - enquanto vigorar a adesão ao programa e, após o seu término, durante o prazo equivalente a 
1/3 do período de adesão. 
 Exemplo: se o programa vigorar por 12 meses, o período estabilitário deverá vigorar por 16 
meses 
 - outras obrigações 
 - durante o período de adesão ao PPE a empresa não poderá: 
 - contratar empregados para executar total ou parcialmente as mesmas atividades 
exercidas pelos empregados abrangidos pelo programa, exceto: 
 - reposição ou aproveitamento do concluinte do curso de aprendizagem e, nesse caso o 
novo empregado deverá ser abrangido pelo programa. 
 
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CRP 
 - penalidades 
 - se descumprir o acordo a empresa será excluída, ficará impedida de aderir novamente, será autuada, 
multada e compelida a devolver o valor despendido pelo FAT. 
 - INSS e FGTS 
 - os recolhimentos devem também incidir sobre a parcela de compensação financeira recebida pelo 
empregado 
 - Gestão do PPE 
 - foi instituído o CPPE – Comitê do Programa de Proteção ao Emprego 
 - Obrigações do CPPE 
 - estabelecer as regras e procedimentos em um prazo de 15 dias 
 - e o ACT? 
 - o ACT deverá conter no mínimo o seguinte: 
 - período pretendido de adesão ao PPE; 
 - percentuais de redução da jornada e remuneração; 
 - estabelecimentos ou setores abrangidos; 
 - relação dos empregados abrangidos; 
 - previsão de comissão paritária com representantes da empresa e dos empregados abrangidos, 
 para acompanhamento e fiscalização; 
 - acordo aprovado em assembleia dos empregados abrangidos; 
 - demonstração para o sindicato que foram esgotados: 
 - período de férias, inclusive coletivas; 
 - banco de horas 
 
 
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 Princípio da Continuidade da Relação de Emprego 
 
 O objetivo deste princípio é de assegurar em síntese, possibilidade de permanência do 
trabalhador em seu emprego, razão portanto da indeterminação do prazo do contrato de trabalho, 
assim como as restrições quanto às prorrogações dos contratos a prazo e também o critério da 
despersonalização do empregador, que possibilita a manutenção do contrato nos casos de 
substituição do empregador, casos em que se aplica a sucessão trabalhista. 
 
 Com o passar do tempo incorporam-se ao seu patrimônio jurídico vantagens alcançadas pelas 
negociações coletivas e pelas inovações legislativas e, principalmente, aquelas de caráter 
pessoal, como por exemplo, promoções e adicionais que, por sua habitualidade, passam a 
integrar o contrato de trabalho. 
 
 “Art. 10 da CLT – Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não afetará os direitos 
adquiridos por seus empregados.” 
 
 “Art. 448 da CLT – A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da empresa não afetará os 
contratos de trabalho dos respectivos empregados.” 
 
 
 
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CRP 
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 Reflita sobre o conteúdo abordado em aula e responda às questões abaixo: 
1. O que representa o trabalho que submete o trabalhador a trabalhos forçados, condições 
degradantes de trabalho, com restrição da locomoção do trabalhador? 
2. Qual o princípio consiste no fato de que as cláusulas contratuais benéficas somente poderão ser 
suprimidas caso suplantadas por cláusula posterior ainda mais benéfica? 
 
 
 
 
 
 
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CRP 
 UNIDADE I – INTRODUÇÃO AO DIREITO DO TRABALHO

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