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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 02ª VARA CÍVEL DE FLORIANÓPOLIS, ESTADO DE SANTA CATARINA (5 linhas) Autos nº xxx (5 linhas) PEDRO DE CASTRO, nacionalidade xxx, profissão xxx, estado civil xxx, com inscrição no CPF/MF sob o nº xxx, residente e domiciliado na Rua xxx, nº xxx, bairro xxx, Florianópolis/SC, endereço eletrônico xxx, vem, por intermédio de seu advogado (procuração anexa), com endereço profissional na Rua xxx, nº xxx, bairro xxx, cidade xxx/UF xxx, opor EMBARGOS À EXECUÇÃO em face de BANCO QUERO SEU DINHEIRO S.A., com sede no Rio de Janeiro/RJ. 1. DOS FATOS O embargante assinou nota promissória a Laura como avalista de empréstimo financeiro contraído por esta na instituição financeira embargada em agosto de 2015, tendo quitado a dívida em 03 de abril de 2016. Porém, não solicitou a entrega do documento previamente citado. Recentemente, o embargante tomou conhecimento de que o embargado propôs uma Ação de Execução fundada em Título Executivo Extrajudicial na qual figura como réu, junto a Laura. Quando esse consultou os autos do processo, descobriu que o título que embasa a execução era o já quitado, e está relacionado a um novo empréstimo contraído por Laura, sendo que essa nova concessão de crédito não tem sua participação em qualquer nível. Além de ter sido incluído no pólo passivo da referente demanda, o embargado também requereu a penhora do consultório do embargante, localizado na Rua Nóbrega, nº 36, sala 801, Centro, Florianópolis/SC, sendo o pedido deferido pelo juiz. 2. DO DIREITO 2.1. DA AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE NA AÇÃO DE EXECUÇÃO Reafirmando a matéria de fato exposta no caso em tela, é visível que o embargante não tem ligação em qualquer nível da demanda iniciada pelo embargado, seja quanto ao objeto bem como parte legítima para figurar no litisconsórcio. Requer- se, então, a retirada do embargante do pólo passivo da Ação de Execução. 2.2. DO MOTIVO DA ALEGAÇÃO DE ILEGITIMIDADE PASSIVA De acordo com o art 917, VI, CPC, é válida alegar que o embargante não é parte legítima passiva, uma vez que não há ligação financeira verdadeira que faça existir uma relação cambial entre o embargante e o embargado. Isto se deve ao fato de que o embargante não participou de qualquer forma do empréstimo não pago que fundamenta a Ação de Execução do embargado. 2.3. DA CONCESSÃO DO DIREITO SUSPENSIVO A) FUMUS BONI IURIS O embargante possui prova documental, em anexo, que comprova definitivamente que não devedor do embargado. A única falha do embargante foi não exigir a devolução da nota promissória na qual consta seu nome, fundamento central da ação iniciada pelo embargado, sendo que já foi paga completamente. B) PERICULUM IN MORA Ademais, o andamento da demanda do embargado se provou extremamente prejudicial ao embargante, pois houve a concessão de penhora de seu meio de trabalho e subsistência, ou seja, seu consultório. Tal ação pelo Judiciário apenas criará danos de natureza financeira e patrimonial ao embargante, não favorecendo de forma alguma o embargado. 3. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer-se: a) que seja atribuído o efeito suspensivo aos embargos; b) que seja realizada a oitiva do embargado, no prazo de 15 dias; c) que seja reconhecida a ilegitimidade passiva do embargante; d) que seja desconstituída a penhora que incide sobre o bem imóvel localizado na Rua Nóbrega, nº 36, sala 801, Centro, Florianópolis/SC; e) que o embargado seja condenado ao pagamento de honorários e custas sucumbenciais. 4. DAS PROVAS Pede-se a produção de todas as provas em direito admitidas, segundo os termos do artigo 369 do CPC, especialmente documental. Em anexo seguem-se todas as provas comprobatórias das alegações. 5. VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor do R$ xxx (valor do bem penhorado). Nestes termos, pede-se deferimento. (2 linhas) Florianópolis, data. (2 linhas) Advogado OAB/UF
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