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Faculdades Integradas Vianna Júnior
Direito Administrativo
Prof. Ricardo Rodrigues de Lima
CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
Definição: “ajuste firmado entre a Administração Pública e um particular, regulado basicamente pelo direito público, e tendo por objeto uma atividade que, de alguma forma, traduza interesse público” (FILHO, José dos Santos Carvalho).
O contrato administrativo ou o contrato civil representam vínculos bilaterais, ou seja, se tem um acordo entre uma parte que deseja algo e se vincula a uma prestação e a outra parte também deseja algo e se obriga a uma prestação. O poder publico se obriga a pagar se receber o serviço, a outra parte se obriga a oferecer o serviço em troca do pagamento. 
O elemento vontade é indispensável para a formação do vinculo contratual. Não existe contrato forçado, o contrato ainda que de adesão, da à parte liberdade de aderir ou não o objeto do contrato. 
Principio da boa-fé, da confiança e outros presentes no contrato privado, também existem em matéria de contrato público. O poder público também pode ser responsabilizado quando ferir os critérios estabelecidos em lei. 
Porem, o contrato administrativo é marcado por peculiaridades. Nos contratos privados, vigora o principio da igualdade pois ambas as partes possuem interesse privado, sendo assim uma parte não pode ter mais poder que a outra. Já no poder público, encontra-se o interesse privado do empreiteiro, do prestador de serviços, do fornecedor de produtos e tem se o interesse público representado pelos entes estatais. O interesse público tem que se sobressair nesses casos, sendo observado o princípio da supremacia do interesse público do regime jurídico administrativo. Por essa razão não se aplica o principio da igualdade nos contratos da administração pública. O contrato administrativo tem por natureza atribuir ao poder publico prerrogativas que o particular não possui, que são as chamadas cláusulas exorbitantes. O poder publico possui essa prerrogativa em nome do interesse público pela qualificação que ele representa. 
Contratos da Administração:
Contratos de direito privado celebrados pela Administração Pública (quando o poder público não exerce prerrogativas em relação ao particular, embora o regime não seja 100% privado, uma vez que nos ajustes que envolvem a Administração deve sempre estar presente a finalidade pública);
Contratos administrativos (aqueles ajustes firmados sob regime de direito público, ou seja, quando a Administração se coloca no exercício de prerrogativas que o particular não possui).
No tocante ao contrato de comodato (modelo de contrato de direito civil), que é um modelo de contrato privado celebrado pelo poder publico, o Estado não exerce prerrogativa nenhuma. Porem, o contrato não é 100% de direito privado, pois a finalidade pública é essencial. 
Regime legal: art. 22, XXVII, CF; art. 37, XXI, CF; art. 173, §1º, III, CF; Lei nº8.666/93, Lei nº 8.987/95 (concessões e permissões do direito público) e Lei nº12.462/2011 (disciplinou o regime diferenciado de contratação).
Características:
O contrato da administração pública possui características próprias, o que o faz diferente do contrato privado. 
Presença da Administração como poder público;
O poder público não participa como parte simplesmente, mas como parte qualificada que representa o interesse coletivo. Participa como poder público, isso significa que ele participa do exercício de prerrogativas (clausulas exorbitantes, de privilégio) que são estabelecidas em valor em beneficio do interesse coletivo. 
Finalidade pública;
Nenhum ato, nenhum contrato, nenhum procedimento administrativo se mostra válido se não estiver em sintonia com o interesse coletivo. 
Obediência à forma prescrita em lei:
Diferencia-se do contrato privado, pois neste vigora a liberdade das partes, podendo até ser celebrado de forma oral, ou seja, o contrato pode ser celebrado de modo informal. Já a regra no direito público é a formalidade, o contrato não pode ser feito de modo verbal. 
- Presença de cláusulas essenciais (art. 55);
São clausulas que não podem faltar no contrato Ex. indicação da cotação orçamentária, ou seja, onde esta a autorização legal que autoriza o pagamento do contrato; Publicação resumida como condição de eficácia; respeitar procedimentos e requisitos formais. 
- Necessidade da forma escrita, mesmo nos casos em que a lei admite a substituição do termo contratual por outros instrumentos, como é o caso da nota de empenho, da carta-contrato, da ordem de serviço ou da ordem de fornecimento (art. 60, p. único e art. 62);
- Publicação resumida como condição de eficácia (art. 61, p. único);
- Lavratura formal em repartição e registro administrativo (art. 60);
- Indicação da finalidade, do ato que autorizou a sua lavratura, do número do processo da licitação, da dispensa ou da inexigibilidade, da sujeição dos contratantes às normas da lei e às cláusulas contratuais (art. 61).
Procedimento legal;
É um contrato de adesão;
A lei diz que a minuta do futuro contrato constitui anexo do edital. Quando a parte entra para participar de uma licitação já se tem ciência das clausulas do contrato que vai ser firmado, pois quem estabelece essas clausulas é poder público. 
Natureza intuitu personae;
É celebrado em razão da pessoa. Na fase de habilitação o poder público verifica as condições de quem está participando. 
Presença de cláusulas exorbitantes;
Mutabilidade: cláusula rebus sic stantibus.
Cláusulas exorbitantes (ou cláusulas de privilégio):
exigência de garantia e retenção em caso de rescisão por culpa do contratado (arts. 56, §1º e 80, III);
alteração unilateral (qualitativa ou quantitativa – art. 65, I, “a” e “b”): a alteração primária é apenas a relativa às cláusulas de execução do serviço ou da obra, ou dos quantitativos do objeto (cláusulas de serviço ou regulamentares, segundo o prof. Hely Lopes Meireles); a modificação do preço se faz por meio da alteração derivada. Uma vez alteradas as condições do contrato, o contratado tem direito à manutenção do equilíbrio econômico-financeiro (art. 65, §§4º, 5º e 6º).
rescisão unilateral (por culpa do contratado: como é o caso do não cumprimento de cláusulas contratuais, cumprimento irregular, morosidade indevida, atrasos (art. 78, I a VIII e XVIII); sem culpa do contratado: quando razões de interesse público recomendam a rescisão (art. 78, XII), ou quando desaparece a figura do contratado ou ocorre a sua insolvência ou comprometimento da execução do contrato (art. 78, IX a XI). Quando há culpa, a Administração paga apenas o que já foi realizado, não indeniza o particular, o particular pode ser compelido a indenizar e o poder público pode reter a garantia e aplicar sanções. Se não houver culpa, o particular deve ser, a princípio, indenizado pelo custo da desmobilização.
fiscalização (arts. 58, III e 67): dever e não faculdade. Quando o particular não cumpre as determinações do poder público resultantes da fiscalização, o contrato poderá ser rescindido (art. 78, VII);
aplicação de penalidades (arts. 58, IV e 87): o próprio poder público contratante, ao mesmo tempo em que é parte na relação contratual, pode aplicar as sanções ao particular, respeitados o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa;
anulação (poder decorrente da autotutela e não dependente de ação judicial: Súmula 473 do STF): a Administração aqui deve pagar aquilo que foi realizado pelo particular, evitando-se, com isso, o enriquecimento sem causa;
retomada do objeto (acompanhada de ocupação temporária dos bens, serviços e pessoal empregados na execução do contrato; execução da garantia, retenção dos créditos até o limite dos prejuízos causados pelo contratado): art. 80;
restrições ao uso da exceptio non adimpleti contractus (art. 476, CC): baseia-se a restrição no princípio da continuidade dos serviços públicos. É preciso, no entanto, lembrar que nem todo contratoadministrativo se refere a serviço público (ex. obras). A Lei de Licitações também prevê de forma expressa a possibilidade de o particular suspender a execução do contrato quando o poder público estiver atrasado com os pagamentos por prazo superior a 90 (noventa) dias (art. 78, XV).
Mutabilidade:
álea ordinária ou empresarial: alguns dizem que aqui o eventual desequilíbrio deve ficar por conta do particular, uma vez que se trata do risco normal da atividade. Outros, porém, afirmam que qualquer desequilíbrio merece o devido ajuste pelo poder público, uma vez que o art. 37, XXI da CF exige a manutenção das condições efetivas da proposta.
álea extraordinária:
álea administrativa: alteração unilateral do contrato, fato do príncipe (medidas de ordem geral, não relacionadas diretamente com o contrato, mas que nele repercutem, provocando desequilíbrio econômico-financeiro em detrimento do contratado ) e fato da administração (compreende qualquer comportamento da Administração que, como parte contratual, poder tornar impossível ou dificultar a execução do contrato);
álea econômica: teoria da imprevisão. Compreende todas as outras situações excepcionais que, de forma imprevisível ou previsível de efeito incalculável, atingiram o equilíbrio financeiro do contrato administrativo.
Equação econômico-financeira: ver art. 65 da lei.
Sentido: equilíbrio entre os encargos.
Efeitos: manutenção do equilíbrio durante a execução do contrato.
Reajuste e revisão de preços: o primeiro é previsível e tem em vista a recomposição do preço em virtude da corrosão inflacionária, enquanto a revisão decorre de fato futuro imprevisível ou previsível de efeito incalculável.
8- Prazos:
art. 57.
Prorrogação: hipóteses: art. 57, §1°.
Renovação: é possível? Trata-se de novo contrato e, por isso, deve se sujeitar a uma nova licitação ou, conforme o caso, ao procedimento de contratação direta (dispensa ou inexigibilidade).
9- Inexecução:
sem culpa: onerosidade excessiva (art. 478, CC); teoria da imprevisão; fato do príncipe, caso fortuito e força maior;
com culpa: os prejuízos devem ser reparados.
10- Espécies: obras, serviços, fornecimento, concessão (de serviço público, de uso e de serviço público precedido da execução de obra pública), alienações e locações (os dois últimos vêm sendo entendidos como contratos de direito privado celebrados pelo Estado).
11- Concessão de serviços públicos: MATÉRIA A SER ESTUDADA NO CAPÍTULO DE SERVIÇOS PÚBLICOS.
12- Convênios e consórcios: nos convênios e consórcios os interesses das partes são coincidentes, não buscando nenhuma delas o lucro, diferente do que ocorre nos contratos administrativos em que o particular busca a sua remuneração. Existirá convênio quando as partes forem de naturezas distintas (ex.: UFJF e Município) e consórcio quando os envolvidos possuírem a mesma natureza (ex.: Município de Juiz de Fora e Município de Matias Barbosa).

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