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10/11/2015 1 Sinonímia: - Hidrofobia - Lyssa - Rabies (inglês) - Rabia (espanhol) - Rage (francês) • Zoonose 100% fatal. • A cada 15 minutos. • Transmissão mordedura de animal enfermo. • 1000 pessoas tratadas/hora. Importância: Etiologia: • RNA vírus – Família Rhabdoviridae – Gênero Lyssavirus • Morfologia projétil • Tamanho 100 a 300 nm de comprimento • Simetria helicoidal • Envelope: – Externo membrana fósforo-lipídica dupla e espículas de glicoproteína (G) e proteína de membrana (M). ACs neutralizantes • Possui 7 genotipos: – Clássica (GT1). – Lagos bat (GT2). – Mokola (GT3). – Duvenhagen (GT4). – EBL1 (European Bat Lyssavirus)=(GT5). – EBL2 (European Bat Lyssavirus)=(GT6). – ABLV (Australian Bat Lyssavirus)=(GT7). - L: Transcriptase viral: RNA polimerase - RNA dependente. - P: Relacionada ao nucleocapsídeo. - G: Glicoproteína = Transmembrana. Responsável pela indução de anticorpos neutralizantes. - M: Parte externa do envelope – Matriz - N: Nucleoproteína. • Constituído por 5 proteínas: Resistência Inativado Resiste Raios UV * Congelamento e descongelamento Raios X * Dessecação Calor Termolábil mantido 5 anos ou mais Detergentes liofilizado ou à -70ºC Oxidantes pH 5 - 9 Álcool Saliva 24h Iodados Enzimas proteolíticas Epidemiologia: • Distribuição mundial. • Erradicada em algumas ilhas –Japão, –Reino Unido, –Havaí, –algumas ilhas do Pacífico e –Oceania único continente livre. 10/11/2015 2 Reservatórios da doença no mundo Sinantropismo Guaxinim Racoon Gambá Skunk Raposa Fox Raiva Urbana • Ocorre nas cidades. • Reservatórios: cão (85%), gato, morcegos não hematófagos. Desmodus rotundus Diphylla ecaudata Diaemus youngi Raiva Rural ou Desmondina • Ocorre em áreas rurais e acomete principalmente bovinos e equinos. • Reservatórios morcegos hematófagos ou vampiros. 10/11/2015 3 Desmodus rotundus • Dentes • Saliva • Língua • Lábios • Narina • Quirópteros Distribuição de morcegos no mundo e no Brasil 10/11/2015 4 Cabras sugadas por Desmodus rotundus Suínos sugados por Desmodus rotundus Raiva Silvestre • Ocorre nos ambientes silvestres • Reservatórios quati, gambá, raposa e macacos Ciclo aéreo • Importância: – Manutenção do vírus. – Várias espécies de morcegos. • Hematófagos – Frutívoros – Insetívoros. – Transposição de barreiras geográficas → • Todas espécies de morcegos: • Susceptíveis. • Transmissores. • Apresentam sintomas → evolui para morte. • Não são portadores sadios Epidemiologia • Todas as espécies de animais de sangue quente são susceptíveis ao vírus rábico, inclusive o homem. • Importância epidemiológica carnívoros e quirópteros Mantenedores do vírus rábico na natureza Herbívoros e outros animais não mordedores Sem importância epidemiológica 10/11/2015 5 Fonte de infecção animal eliminando vírus na saliva. Transmissão contato com saliva de animal infectado. Mordeduras, lambeduras ou arranhaduras Porte de entrada Mucosa ou de pele com solução de continuidade Outras formas: Aerossóis cavernas com morcegos infectados e em laboratório. Transplante córnea, seguimento arterial, rins, fígado e pulmão. Período de incubação – porta de entrada do agente SNC – inervação da área – múltiplas mordeduras e a profundidade das mesmas – quantidade de vírus inoculado e sua patogenicidade – ausência de tratamento imediato → ferida PI – Homem 2 a 10 semanas, em média 45 dias (até 6 anos). – Cão 10 dias a 2 meses ou mais. – Bovinos 25 a mais de 150 dias. – Morcegos hematófagos 2 a 25 semanas (laboratório). - Podem transmitir no PI - Vacinação neste período ???? Período de Transmissibilidade – Animal infectado eliminção → saliva → mesmo antes sintomas clínicos. – Cão e gato de 5 a 3 dias antes dos sintomas • até 14 dias • (estimativa 65-70%) – Bovinos 1 a 2 dias antes dos sintomas. – Morcegos indeterminado. Patogenia: Se a Qtade ↓ = 1ª X ↑ Qtdade ↑ Qtdade = direto centrípeta ↓ pode ser demorada centrífuga ↓ rápida 10/11/2015 6 PATOGENIA V ír u s rá b ic o Tempo Porta de entrada Migração axonal Vírus no SNC Vírus na saliva Período de incubação Infecção Pródromo Fase aguda Coma Morte Corpúsculo de Negri - corpo celular - dendritos Sintomatologia: 1- Raiva atípica ou prodrômica – = p. prodrômico Alteração comportamento * grande desconhecida dos veterinários! procuram locais escuros, irritabilidade, anorexia, pirexia. – Progressiva excitação e ansiedade reage ao menor estímulo. – Dura de 24 a 48 horas. – Pode morrer nesta fase diagnóstico mais difícil. Importante associar : - mudança de comportamento - mordedura (nem sempre!) 2- Raiva furiosa ou clássica – Carnívoros domésticos cão e gato. – Pêlos eriçados cernelha. – Olhar ansioso midríase. – Alteração alimentação – Ataques de furor correm sem controle e mordem outros animais, pessoas (inclusive o dono) e objetos diversos. – Morde a si mesmo ferimentos graves. – Tendência exagerada em deambular foge de casa. - sialorreia = (espuma) / sangue - latido rouco e prolongado - Fase final convulsões, ataxia, paralisia, parada respiratória morte. O cão com os sintomas de raiva furiosa vive cerca de 5 dias. 10/11/2015 7 3- Raiva paralítica ou muda – > Herbívoros bovinos e equinos. – Início isolamento, tristeza, hiperexcitabilidade. – Depois engasgo, sialorréia, tremores musculares, paralisia de posteriores, caem e apresentam movimentos de pedalagem. “engasgado” – Morte 3 e 5 dias do início dos sintomas. – Eqüinos prurido intenso no local de penetração do vírus. – Sintomas e período de duração semelhantes aos bovinos. – Ovinos, caprinos e suínos menos frequente. Raiva em Quirópteros – Taxa metabólica reduzida e hipotermia Período de incubação prolongado (2 a 25 semanas). – Vários anos estado de "portador são”. – Morcegos hematófagos atividade diurna, hiperexcitabilidade e agressividade, ataxia, paralisia e morte. – Morcegos não hematófagos paralisia sem agressividade e excitabilidade são encontrados em locais não habituais. – Sintomas morte ocorre em poucos dias. – O período experimental médio é 17 dias. Raiva em Animais Silvestres – Suspeita atitudes incomuns à espécie. – Andar errante nos arredores de propriedades. – Aparecer durante o dia. – Tomar água em bebedouro de animais domésticos. – Ataxia ou paralisia não fugir ou o ficar indiferente frente ao homem ou cão. – Atropelados!!?? 10/11/2015 8 • Anamnese e quadro clínico sugestivos. • Confirmação testes laboratoriais. – IFD rápida,muito sensível e específica. – Prova biológica inoculação em camundongos lactentes. • Morte 5 e 10 dias. • Observação 30 dias. Diagnóstico: – Soroneutralização – Imunohistoquímica – Histopatológico • Corpúsculo de Negri patognomônico. • Não é prova padrão. – Cultivo celular – células VERO – PCR - Imunofluorescência rápido, muito sensível e específico Colheita de material – Enviar cabeça, encéfalo inteiro ou fragmentos do tecido cerebral de ambos os hemisférios (córtex, cerebelo e o hipocampo) do animal suspeito. • Tronco cerebral • Equino possível - medula espinhal. • Animais silvestres pequenos encaminhados inteiros para identificação da espécie. 10/11/2015 9 Acondicionamento das amostras – Saco plástico duplo vedado hermeticamente e identificado. – Enviar em caixa de isopor com gelo suficiente para manter a conservação da amostra. – Não misturar de amostras para outras análises Modo de conservação – Depende do tempo (estimado) decorrido entre a remessa ao laboratório e o processamento da amostra: • Até 24 horas refrigerado; • Mais de 24 horas congelado; • Sem condições de refrigeração solução salina com glicerina a 50%. – Materiais autolisados impossível a realização das provas. Ficha epidemiológica – Enviada juntamente com o material • nome e endereço do solicitante, • espécie do animal, • possíveis contatos com o homem e outros animais; • se houve observação do animal doente e qual o período; • se o animal foi sacrificado ou morreu naturalmente, etc. – Vários fragmentos especificar no pedido e identificar. – Possíveis suspeitas = (diag. ≠) Raiva urbana – Vacinação em massa de cães e gatos (vacina inativada tipo Fuenzalida & Palácios). – Apreensão de animais errantes. – Observação clínica mínimo de 10 dias. – Vigilância epidemiológica colheita e envio de material para exame laboratorial e controle de áreas de foco da raiva. – Atendimento a pessoas envolvidas em agravos com animais. – Tratamento de pessoas exposta ao risco de infecção rábica. – Educação em saúde. Prevenção e controle Observação clínica 10/11/2015 10 • Vacinação de cães e gatos: – Campanhas anuais de vacinação em massa; – Postos fixos de vacinação durante o ano; – Clínicas Veterinárias. Raiva rural – Controle de morcegos hematófagos. • Pasta vampiricida (Warfarin 2%), • Equipe especializada. – Atuação em focos • Vacinar todos os animais no raio de 5 Km. – Vacinação vacina inativada. – Educação em saúde. • Vacinação de bovinos e equinos: – Animais acima de 3 meses de idade. – Áreas endêmicas vacinação anual. – Áreas epidêmicas vacinação a cada 6 meses. – Primovacinados dose de reforço após 30 dias. 10/11/2015 11
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